Cris 10/05/2016Vovó Vader. Greg, o Casanova. Dominique, codinome Brockovich.Esse poderia ser um breve resumo do que foi esse segundo livro pra mim. A escrita se possível ficou ainda melhor, um amadurecimento que vem com a experiência do exercício criativo. Agora a melhor parte foi esse tinha uma trama completamente oposta ao primeiro, era outra história realmente e não mais do mesmo.
Confesso que quando comecei a ler esse segundo livro fiquei pensando onde o Greg tinha batido a cabeça para voltar a se relacionar com a vovó-diaba. Mas a medida que vamos avançando na história vemos o lado dele e compreendemos sua decisão. É difícil ser objetivo com sua família, ainda mais uma avó que em sua visão o amava incondicionalmente. Ele se lembra da mulher doce da sua infância, embora a visão seja completamente deturpada, sabemos que as memorias nem sempre são um retrato da realidade, ainda mais as infantis.
O Greg nesse livro não é mais aquele rapaz fofo e desencanado, logo nas primeiras paginas você vai sentindo que ele mudou e essa mudança não foi para melhor. E quando ele se torna um bastardo, cruel e sedutor você passa a odiá-lo com todas as suas forças. Honestamente achei o personagem um tanto frouxo e manipulável demais, e não sei se teria perdoado ele tão rápido como a Dominique fez, mas ao mesmo tempo deu uma dimensão de humanidade que o fez ainda mais verossímil. Ele cresce, amadurece, aprende com seus erros, mas a sensação que ficou foi que sem a Dominique ele continuaria perdido no lado negro da força.
Agora a Dominique foi como um bom vinho, só melhorou com o tempo. A mulher aparou as arestas, cortou as atitudes de merda desnecessárias, mas ainda manteve aquele lado seguro e com uma língua afiada. Ela nunca esmoreceu, sua força era algo surpreendente e magnifico de ver. Nada a derrubava, podia no máximo envergar. Ela fez o que foi preciso para se manter segura e criar seu filho, sem desculpas esfarrapadas ou besteiras.
Nesse segundo livro temos um arqui-inimigo com A maiúsculo. A vó do Greg é um demônio, sem escrúpulos e totalmente amoral. As coisas que a mulher foi capaz de fazer era de embrulhar o estômago de muito mau-caráter. E meu desejo era que ela sofresse metade da miséria que ela provocou. E apesar de não ficar impune acho que minha sede de vingança não foi aplacada.
Adorei ver alguns dos amigos que a Dominique fez, mas senti falta da Shelbi. Agora meu amor foi completo e absoluto pelo filho da Dominique, o Ty que menino incrível. O Hyatt também não era ruim, apenas carente e precisando ser educado. Agora gostaria de ter mais um pouquinho do Max, o menino era um versão miniatura da Dominique, imagina a delícia, um mini-Dominique?!
Enfim, se possível amei esse livro ainda mais que o primeiro. Ele foi mais profundo, maduro e mesmo odiando algumas atitudes de ambos o personagens podia entender a motivação de cada um. Era uma história tão verossímil, com o bom o mau, sem personagens perfeitinhos, e de tão imperfeita foi perfeita. É quase que uma leitura obrigatória! Tá na sua lista, então passa na frente. Não está, então coloque!