Hagakure

Hagakure Yukio Mishima




Resenhas - Hagakure


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Alonso8 03/09/2021

Qual é o caminho do guerreiro samurai?
O livro é como um diário de anotações, feito pelo Yamamoto Tsunetomo para ele mesmo. São vários acontecimentos que ele testemunhou, regras que aprendeu e ensinamentos que absorveu, tudo em função da prática chamada retenção.

O caminho do samurai nos leva a fazer uma reflexão sobre os tempos antigos, outra vida, e em comparar com a atualidade. "Quem hoje em dia pode ser chamado de homem, quando suas mãos não tem uma marca do trabalho duro?" Uma similaridade entre aqueles que apenas usufruem das coisas sem ter que levantar um dedo para se esforçar por elas.

"A essência da fala está em não falar nada. Se você acha que pode resolver algo sem falar, faça-o sem dizer uma só palavra." Essa frase pode ser uma menção direta para aqueles que falam de mais e ouvem de menos; às vezes, para aprender sobre algo, basta apenas observar. Ou, o silêncio também é voz, uma forma de expressão.

São diversas ideias que podem ser atuais, outras antiquadas. Vale a pena a leitura, entender como era naquela época do Japão os costumes, valores, disciplinas, como avaliavam o tempo de vida, as atividades do dia a dia e o principal, a retenção.
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Jeffer 09/10/2009

Trechos selecionados
"Não é bom se limitar a um conjunto de opiniões. É um erro se esforçar para compreender as coisas e depois parar nesse ponto. Primeiramente se esforce muito para garantir que compreendeu o básico, depois pratique para que o que você aprendeu renda frutos. Isso é algo que se prepetuará por toda a sua vida. Não se conforme apenas com aquele conhecimento que você adquiriu, e sim pense: 'Isto não é suficiente'.
Você deve buscar durante toda a vida a melhor forma de seguir o Caminho. E deve estudar, deixando que a mente trabalhe sem descanso. O Caminho está nisso." (pg. 46)

"Estes são os ensinamentos de Yamamoto Jin'emon:
A sinceridade é poderosa.
Amarre até mesmo uma galinha assada.
Continue a esporear um cavalo que galopa.
Um homem que o critica abertamente não é conivente.
Um homem existe por apenas uma geração, mas seu nome existe até o final dos tempos.
Dinheiro é algo que estará lá quando for preciso. não se encontra um bom homem com tanta facilidade.
Caminhe com um homem de verdade por noventa metros e ele lhe contará pelo menos sete mentiras.
Perguntar o que você já sabe é sinal de boa educação. Perguntar o que não se sabe é uma regra." (pg. 210)
Victor 04/02/2017minha estante
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Carneiro 31/03/2017minha estante
Bom dia JLM, estou tentando ler o Hagakure, é o meu primeiro acesso, mas nao sei como faço para ler. Pode me ajudar?

Obrigado.


Rog 11/09/2020minha estante
Estranhamente a versão que li do Hagakure não contém essas passagens




Skywalking 06/05/2022

Interessante
É um livro legal para quem gosta do tema mas de aplicação prática no dia-a-dia não é muito útil para quem já leu A Arte da Guerra e/ou Bushido
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Miro 20/07/2010

Interessante, mas não envolvente
O livro é uma compilação de fatos do dia-a-dia de um samurai. Foi escrito durante sua reclusão a um mosteiro, pois a ele não foi permitida a morte para acompanhar seu falecido mestre.

Por ser uma lista de itens do cotidiano, não há muita conexão entre eles. São textos dispersos, mas muito esclarecedores de como funcionava a vida de um samurai a serviço de seu mestre.

Ele fala de tudo: desde itens simples, sobre como bocejar em público, até detalhes do estado mental de um samurai, indicando como eles já se consideravam mortos e, por isso, podiam entrar em uma batalha sem medo da morte.

É um livro que não envolve o leitor, mas que é muito interessante. Por ser um livro de poucas páginas, vale a leitura. Certamente, vai mudar a forma como você vê os samurais.

Abraços,
Miro.
Victor 04/02/2017minha estante
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Janus 17/01/2010

Um livro, pesado, sanguinário, triste acima de tudo verdadeiro.
Retrata de diversas maneiras a forma cruel e a vida fazia que viviam os japoneses no começo da sua civilização.
A falta de respeito para o proximo, o excesso de autonomia que os Samurais tinham são pontos fortes no livro.
Recomendo para todos aqueles que gostam e cultura Japonesa, para perceberem que a vida era bem dificil e voltada á dois fatores importantes, Palavra e Honra.
Victor 04/02/2017minha estante
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Arthur.Valenca 07/09/2011

Quem conta...
Fiquei com vontade de reler esse livro em tradução direta. É bem notável que perdeu-se muito de profundidade nessa viajem Tóquio-Washington-Brasília, mas o livro em si, a mensagem que ele busca passar, é uma maravilha. Profundamente espiritual, sem chegar a ser religioso (para isso, é bom procurar a literatura taoísta, pois essa raça Sabe ser religiosa), vem em preceitos contados em frases curtas, histórias de um minuto e recordações gerais do cotidiano do Japão imperial, já na época em que a cultura da servidão guerreira desinteressada (Samurai) começava a dar seus sinais de fraqueza, mas que como num daqueles Fulminantes arroubos de vitalidade pré-túmulo, deixa-se cristalizar no Hagakure, manuscrito original produzido através de alguns anos de conversas com o samurai Tsunetomo, então monge budista, que viria a ser fechado em cerca de 14000 verbetes, dos quais os mais importantes nos chegam nesse livro.
É uma viagem por vezes emocionante, por vezes transcendental (às vezes até demais), que lhe leva a, de fato, compreender todo o código de honra por trás de práticas como o sepukku, que era praticado de bom grado e que, ainda hoje, não tendo virado tabu, tem seus ecos no Japão moderninho dos video-games e animes.
Esse livro pode levá-lo a absorver muito da cultura dos estourados samurais, austeros guerreiros cuja excelência se alcançou por meio de um desapego profundo e de uma doação quase que búdica para a prática de suas funções, daí sua influência no (ou seria "do"?) zen-budismo. Talvez se absorva muito mais do que se espera ao ser acometido daquela curiosidade brejeira que nos leva a voltar a atenção para "o exótico".
O que seria o Bu-shi-dò, afinal? O Caminho do Guerreiro, cujas pegadas nos são mostradas nesse livro, consiste em basicamente um foco na vida: o servir pleno a uma função, uma ciência, do qual resulta o "considerar-se morto de antemão", e daí preparar-se para a guerra (em suas inúmeras concepções) durante todo o tempo de paz da vida, para que - em face a esta - o guerreiro possa agir de imediato, sem preparações tagarelas que colocariam esse livro - como, criminosamente, fizeram com A Arte da Guerra - nas prateleiras de administração de empresas. Preservar um grupo de valores, uma honra, um nome, se torna - na vida samurai - um hábito constante e quase que um fim em si mesmo. Não chega a importar a vitória ou a derrota numa guerra, contanto que não se desvie do Caminho, contanto que o guerreiro não traia a si mesmo pelo desespero e pela vileza.
Gilmar 16/09/2012minha estante
Não julgar o livro pela capa é fundamental.
ótima qualidade é meu livro de cabeceira


Victor 04/02/2017minha estante
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Ewerton.Carlos 22/11/2018minha estante
Li que esse livre sofreu uma adaptação pros tempos atuais, para facilitar o entendimento!!! Mas uma tradução direta ia ser ótimo. Quero muito achar esse livro pra comprar!!




Mariah 06/02/2022

Interpretação de texto, tempo e espaço na cultura x
Os que exprimem o já anteriormente aprendido no plano da disciplina de literatura da USP

I. > Cultura do "aqui". Chamada também de !!Comunitarismo.
II. > Tradição do "agora". Chamada também de !!Presentismo.
_

I.) "There is surely nothing other than the single purpose of the present moment. A man’s whole life is a succession of moment after moment. If one fully understands the present moment, there will be nothing else to do, and nothing else to pursue. Live being true to the single purpose of the moment."

I.) It was once said to one of the young lords that “right now” is ”at that time, ” and ”at that time” is ”right now.”

I.+II.) Be true to the thought of the moment and avoid distraction. Other than continuing to exert yourself, enter into nothing else, but go to the extent of living single thought by single thought.

outrem --> IPC

At times of happiness, too, one word will be enough. And when meeting or talking with others, one word will do. One should think well and then speak. This is clear and firm, and one should learn it with no doubts.
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ShigueS 13/01/2009

Dentro da mente de um samurai
Hagakure foi, por muitos anos, um tesouro escondido do mundo moderno. Ter acesso aos pensamentos de um dos últimos samurais que viveram é fazer uma viagem ao tempo e ver pelos olhos de Tsunetomo as mudanças que traziam o fim de uma era. Histórias de devoção, traição e vingança recheiam as páginas desse grande clássico da literatura samurai.
Victor 04/02/2017minha estante
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Paulo 19/10/2013

Símbolo de coragem, destreza e determinação, o samurai é uma das imagens mais fortes associadas ao Japão antigo. Desde ícones populares modernos como Samurai X e Samurai Jack, além do aclamado mangá da década de 70, Lobo Solitário, o conceito do guerreiro implacável, mas honrado, inspira inúmeras narrativas. Dominando o Japão entre 1185 e 1868, essa elite militar vivia, matava e morria para defender a segurança e a honra de seus mestres, os senhores feudais. No entanto, a compreensão do espírito desses espadachins sempre foi uma incógnita.
O autor de Hagakure, Yamamoto Tsunetomo, foi um samurai que, após a morte de seu mestre, foi proibido de cometer suicídio ritual para acompanhá-lo no além. Aposentou-se e tornou-se monge no ano de 1700. Para homenagear seu senhor, passou adiante seus ensinamentos, histórias e ideais a um jovem samurai chamado Tashiro Tsuramoto, que o visitou durante 7 anos. O resultado foi o Hagakure, cujo título pode ser traduzido por algo como "oculto pelas folhas" ou "folhas escondidas".
O Hagakure é literalmente o livro do samurai. Escrito no momento em que essa casta encontrava-se em declínio, Yamamoto tenta passar adiante, em uma série de curtas passagens, o espírito de sua classe, definindo exatamente o que significa ser um samurai, ao mesmo tempo em que serve como um tipo de manual para todos os que pretendiam seguir esse caminho.

"Se tivéssemos que dizer em poucas palavras o que é ser um samurai, a base de tudo seria a devoção total do corpo e da alma a nosso mestre. E se nos perguntássemos o que fazer além disso, a resposta seria nos prepararmos internamente com inteligência, humanidade e coragem."

O livro nos conta um pouco de tudo o que se relacionava à vida dos samurais, com muitas histórias interessantes. Diversas passagens relatam detalhes da vida cotidiana, aspectos sombrios do treinamento de um samurai, e fatos acontecidos com Yamamoto, com pessoas próximas ou que viveram em tempos anteriores e de cujas vidas ele tomou conhecimento. O resultado é um amplo painel histórico e social sobre o mundo em que o autor viveu.
É muito interessante ler as passagens que mostram até que ponto chegava a submissão desses guerreiros, sempre dispostos a morrer pelo mestre, e outras que trazem uma simplicidade e sabedoria desconcertantes e atuais. Ao mesmo tempo, toda a rigidez inflexível e impiedosa da cultura japonesa desse período é um tanto quanto assustadora. Não sei dizer se era assim também em outras partes do mundo na época, mas é um tanto quanto chocante ver pessoas matarem outras pessoas por coisas relativamente pequenas, como um encontrão na rua, ou uma encarada. Não que isso não acontece hoje em dia, mas esses eventos foram retratados quase como algo corriqueiro. Mas até nos exageros os japoneses tem seu próprio código de honra. Mais do que se sentir ofendido, é como um conjunto de regras não escritas que diz que nunca se deve levar um desaforo e não fazer nada. É melhor morrer em uma "honrosa" atitude de prestação de contas, do que continuar vivendo, mas carregando aquela ofensa a você e a seus antepassados pelo resto da vida.
Mas os ensinamentos de Tsunetomo também envolvem muito respeito, compaixão, solidariedade e gentileza com o próximo. É impressionante a complexidade e sabedoria da milenar cultura japonesa.

"Portanto, o Caminho do Samurai é, dia após dia, preparar-se para a morte, ponderando se ocorrerá aqui ou ali, imaginando a maneira mais honrosa de morrer, e focando a mente na morte com todas as forças."

Devemos relevar alguns comentários bastante machistas, afinal, foi escrito no Japão de séculos atrás. Há também uma pequena passagem que fala a respeito da homossexualidade. Mesmo que medindo as suas palavras, esse trecho deixa a entender que os japoneses lidavam com esse assunto com um pouco menos de tabu do que os ocidentais.
Diferente de A Arte da Guerra, de Sun Tzu, Hagakure não ensina generais a tomar decisões, e sim o guerreiro a viver cada dia.

"Enxergar o mundo como se fosse um sonho é um bom ponto de vista. Quando tem um pesadelo, você acorda e diz a si mesmo que era apenas um sonho. Dizem que o mundo em que vivemos não é muito diferente disso."

Hagakure definitivamente é um livro que vale a pena ser lido. Lê-lo só me fez gostar mais ainda da cultura japonesa, e me fez ficar embasbacado com o quanto uma cultura tão antiga podia ter princípios tão sábios. A melhor parte da leitura do Livro do Samurai é tentar imaginar um mundo onde as pessoas pensavam assim, todo um império funcionando de acordo com esses princípios. O livro pode ser lido também de modo aleatório, abrindo-se em qualquer página, como num livro de citações ou pequenas crônicas.
Enfim, é leitura obrigatória para interessados em cultura japonesa ou pessoas que queiram pensar um pouquinho fora da caixa. Hagakure O Livro do Samurai é uma preciosa incursão no honrado e repleto de belos ensinamentos, mas ao mesmo tempo violento e desconhecido, mundo dos samurais.
Victor 04/02/2017minha estante
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Giovani.Santana 22/10/2018

Hagakure
Otimo livro para adquirir um entendimento sobre o pensamento da cultura oriental, através das varias curtas passagens do livro que expõe a filosofia samurai de forma significativa.
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