As pequenas virtudes

As pequenas virtudes Natalia Ginzburg




Resenhas - As pequenas virtudes


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Alê | @alexandrejjr 28/07/2021

Sobre memória, intimidade e literatura

Eu não sou fã de memórias, devo admitir. Acho que escrever sobre si mesmo sempre é uma opção menos atraente para qualquer um que deseja exercer o árduo ofício da escrita. Tenho a impressão que diminui o horizonte de uma reflexão. Creio, talvez ingenuamente, que o desconhecido parte sempre do outro e não de mim.

Pois bem. Este foi o meu primeiro contato com o trabalho de Natalia Ginzburg. Conhecida por seus textos autobiográficos, esta autora italiana procurava entender as relações humanas, principalmente as relações familiares, a partir da própria vivência. Em “As pequenas virtudes” essa linha não é diferente. Nos onze textos dispostos aqui, divididos em duas partes, encontraremos muita tristeza, sofrimento e beleza. Há, obviamente, um excelente rigor técnico na escolha das palavras, que é inegável, além de muita intimidade, como é de se esperar neste tipo de escrita.

Eu tenho predileção por ensaios que não tragam uma contaminação de intimidade de quem os escreve, mas aqui é impossível fugir dessa variável. Por isso vou me concentrar nos seguintes textos: “La Maison Volpé”, “Ele e eu”, “O meu ofício” e “Silêncio”. Nestas quatro peças, duas na primeira parte e duas na segunda, ficam os textos mais proveitosos do livro. Para saber mais sobre os outros ensaios, indico procurar por aqui nas resenhas os apontamentos sempre precisos do Jota.

No curto “La Maison Volpé”, por exemplo, Natalia pincela seu olhar italiano sobre a cozinha britânica. Divertido e anacrônico - mas com um fundo de verdade que vai durar a eternidade -, o texto brinca com a questão do estrangeiro em outra cultura, sobre essa falta de pertencimento a um lugar que pode vir, como ela mostra muito bem, do nosso paladar. Já em “Ele e eu”, a escritora tenta se distanciar de si mesma para mostrar as diferenças e preferências de um casal italiano da década de 1960. Ao retratar Gabriele Baldini, seu segundo marido, sem nomeá-lo, Natalia pincela o machismo à italiana e faz ecoar as atitudes de personagens masculinos de uma certa tetralogia napolitana. No terceiro destaque, “O meu ofício”, Natalia reflete com brilhantismo sobre o papel de escrever. Altamente confessional, o texto aborda com sobriedade a importância de buscar ser autêntico e avisa que não devemos “ludibriar com palavras que não existem em nós” sempre que pensarmos no ato da escrita. Por último, o excelente “Silêncio” traz a necessidade de contemplar essa qualidade cada vez mais escassa em nosso mundo globalizado e de velocidade desenfreada. A ausência de som, refletirá Natalia, é a conservação de “um pecado comum”, e portanto é uma qualidade que nos aproxima.

Para uma apresentação, o livro é bom. Nenhum dos onze textos são descartáveis, longe disso. A maioria deles apenas não conversou comigo e isso pode acontecer com qualquer leitor. Mas não vou dizer que a Natalia entrou com preferência na minha lista de leituras. Quem sabe em outro momento, quando o tempo não parecer escasso? Um dia volto a ler ela.
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Vicente 15/06/2020

Pequeno e poderoso
As Pequenas Virtudes é uma coletânea de artigos escritos por Ginzburg entre 1944 e 1960, e publicados em jornais e revistas de grande prestígio. Os assuntos são bem variados e vão desde memórias familiares (assunto sempre presente em suas obras) a conselhos de como criar os filhos. Todos escritos com uma linguagem elegante e ao mesmo tempo acessível, outro ponto comum nos livros da escritora. Poucas páginas são suficientes para envolver o leitor e quando você se dá conta o livro já acabou.
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jota 23/07/2021

BOM: autora discorre sobre seu passado, o ofício de escritora e as relações humanas; narrativa memorialística me pareceu um pouco mais interessante do que a ensaística
Lido entre 17 e 21/07/2021. Avaliação da leitura: 3,8/5,0

A temática da obra de Natalia Ginzburg (1916-1991), italiana de ascendência judia, parece residir fortemente nas relações humanas, especialmente as familiares. Alguns relatos de As Pequenas Virtudes apresentam certa poesia e melancolia; por vezes são tristes, mas mesmo assim encerram certa beleza. Ou então são curiosos, como quando ela discorre sobre um país muito diferente da Itália, a Inglaterra, onde viveu durante algum tempo com o segundo marido e os filhos.

No conjunto, o volume é composto por uma mescla de seis narrativas autobiográficas, como ocorre com os primeiros textos, e cinco ensaios, encontrados na segunda parte do livro. Todos foram escritos entre 1944 e 1962 e publicados primeiramente em revistas e jornais italianos. O último deles, um dos mais longos, é o que dá título ao livro. Na primeira parte encontramos:

Inverno em Abruzzo (1944): relato da temporada de cerca de três anos que passou num vilarejo dessa região, com o marido e os filhos, confinados que foram durante a guerra, em que a Itália fascista se aliou à Alemanha e Japão. Ginzburg diz que, mesmo assim, o tempo passado ali foi o melhor de sua vida. Porque depois, em Roma, seu marido, o professor e tradutor Leone Ginzburg, seria morto numa prisão (1944).

Os sapatos rotos (1945): lembranças do tempo em que Roma esteve ocupada pelos alemães, quando havia escassez de tudo e Natalia tinha apenas um par de sapatos. Eles tinham de durar uma eternidade então, mas isso não a incomodava, usava-os mesmo quando rotos, uma atitude que passava não apenas por seus pés, também pela cabeça.

Retrato de um amigo (1957): nesse texto Ginzburg não menciona o nome de seu querido amigo nenhuma vez, mas sabemos que se trata do escritor e poeta Cesare Pavese (1908-1950), identificado pelo tradutor nas notas de rodapé com trechos de Trabalhar Cansa, aqui editado pela Cosac Naify em 2009. Ele foi seu colega de trabalho numa editora, juntamente com Italo Calvino.

Elogio e lamento da Inglaterra (1961): é sobre a beleza e a melancolia que Londres proporcionava à autora no tempo em que morou na Inglaterra, nos anos 1960. Faz o elogio da civilização inglesa, de seu povo, mas também justifica seu ponto de vista de que o país seria o mais melancólico do mundo, com seus “lindos cemitérios, simples pedras inscritas, espalhadas aos pés das catedrais.” É verdade, visitei alguns.

La Maison Volpé (1960): começa com o relato sobre um estabelecimento londrino com nome francês, que podia ser um restaurante ou um café, mas onde ela nunca entrou. Prossegue com críticas à insípida cozinha inglesa e hábitos alimentares dos cidadãos do país. Entende-se Ginzburg: França e Itália têm comida e pratos famosos, ingleses têm como prato principal “fish and chips” (isso é por minha conta).

Ele e eu (1962): traz revelações bastante pessoais envolvendo a relação da autora com seu segundo marido, Gabriele Baldini, as preferências de cada um, quase sempre divergentes, mas o cinema como uma paixão comum. De quebra, uma história curiosa sobre um filme antigo, melhor, sobre uma atriz desse filme, razão principal para a ida a um cinema difícil de encontrar.

Na segunda parte temos:
O filho do homem (1946): diferentemente da primeira parte, na segunda os textos trazem mais reflexões da autora sobre alguns temas (família, profissão, filhos, educação deles) do que propriamente relatos sobre seu passado, memórias. Nesse caso, ela se identifica plenamente com a geração italiana que despontou com o fim da opressão fascista e da guerra.

O meu ofício (1949): texto ainda mais pessoal que o anterior, um mergulho naquilo que sabia fazer melhor, escrever, seu ofício. Diz que quando escrevia pensava que aquilo que fazia era importante, que era uma grande escritora, mas no fundo de sua alma sabia muito bem o que era, uma “pequena escritora”. Explica com detalhes como chegou até ali e porque pensava assim, mas sabemos que ela se tornou uma das grandes autoras italianas.

Silêncio (1951): ensaio sobre o tema da incomunicabilidade e solidão, manifestações do silêncio. Ele pode se dar de dois modos: o silêncio conosco mesmos ou então com os outros. E é sempre perigoso: “deve ser contemplado e julgado no âmbito da moral. Porque o silêncio, assim como a acídia e a luxúria, é um pecado.”, afirma depois. (Acídia significa prostração, abatimento, apatia; desconhecia essa palavra: lendo e aprendendo)

As relações humanas (1953): texto longo sobre o relacionamento que as pessoas mantêm com seus familiares e amigos e como essas relações podem mudar ao longo da vida. Ser adulto é completamente diverso daquilo que se pensa sobre essa fase da vida quando se é jovem, causa surpresa, ela diz. E prossegue: “Agora somos tão adultos que nossos filhos adolescentes já começam a nos olhar com olhos de pedra; e sofremos com isso, mesmo sabendo o que é esse olhar; mesmo recordando bem que tivemos um olhar idêntico.” Pois é...

As pequenas virtudes (1960): texto longo, trata das virtudes que afetam a educação dos filhos. Escreve: “penso que se deva ensinar a eles não as pequenas virtudes, mas as grandes. Não a poupança, mas a generosidade e a indiferença ao dinheiro; não a prudência, mas a coragem e o desdém pelo perigo; não a astúcia, mas a franqueza e o amor à verdade; não a diplomacia, mas o amor ao próximo e a abnegação; não o desejo de sucesso, mas o desejo de ser e de saber.” Ela teve três filhos e um deles se tornou o respeitado professor e historiador Carlo Ginzburg.
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underlou 22/07/2022

"Uma casa é feita de tijolos e argamassa, e pode desabar. Uma casa não é tão sólida. Pode desabar de um momento para outro."

A citação acima sintetiza bem esse livro de memórias. "As Pequenas Virtudes" é formado por ensaios que ora nos transportam para lugares ocos, ora para locações revitalizadas; mas, em todos os casos, assombrados pelos traumas da guerra (mesmo nos textos mais "pessoais"), de onde, afinal, surgiram as memórias mais dolorosas sobre a condição humana.
Qlucas 22/07/2022minha estante
A nota mediana. Esse parece ser um 4. Gostei da resenha.


haroldo_leitor 08/05/2023minha estante
Preciso conhecer, ler Natalia.




Karina309 25/11/2023

Demorei para terminar
Achei o livro difícil de ler. Memórias cheias de detalhes que fazem o leitor se perder e muitas vezes incompreender o objetivo. Gostei do último capítulo. A escrita fez mais sentido.
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mimperatriz 20/09/2022

As pequenas virtudes
Natalia Ginzburg escreve sobre o cotidiano, sobre a escrita, sobre as relações humanas, sobre o silêncio sobre educação, sobre guerra, sobre Londres, sobre a vida.

As pequenas virtudes é um compilado de ensaios escritos pela autora entre os anos de 1944 e 1962. Alguns ensaios são autobiográficos, outros talvez, mas fato que nenhum texto de Natália é apenas um texto: através de observações simples, ela esmiuça os temas e traz reflexões intensas e nada comuns.

Foi meu primeiro contato com Natalia e achei a sua escrita macia, natural e muito gostosa de ler. Como mencionei no parágrafo anterior, as observações e a escrita são simples, mas o pensamento e as reflexões são requintadas, primorosas!

Pela simplicidade no relato de fatos comuns da vida, em muitos momentos fui levada a pensar nas minhas relações humanas, na minha educação, no meu silêncio e timidez e até na minha Londres rs. Parecia um delicioso e profundo bate-papo , daqueles que temos a certeza que sairemos com novas ideias e até mesmo novas opiniões.

Recomendo o livro e a autora. Espero ler mais Natália Ginzburg.
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Jasmine 23/03/2021

Algumas histórias nos fazem desaprender e reaprender, melhor aprender o que achávamos que sabíamos. E há uma sensação maravilhosa no momento em que nos surpreendemos com nossas próprias debilidades, que pareciam sutis, mas apenas para nós. Uma lufada de vento e tudo desmorona.

Antes da leitura, não imaginava que As pequenas virtudes trazia como tema principal a Educação; então, foi uma surpresa boa. Entre memórias e reflexões, os ensaios que compõem o livro trazem desembaraços de uma mãe escritora ? apaixonada pelo seu ofício ? e os meandros do amor materno e da tarefa educativa. Não é preciso ter filhos para identificar-se com o livro.

O primeiro tema que me prendeu foi o ofício de escrever, ao qual estou diretamente ligada neste momento. Ter uma ?vocação? ? como ela trata o seu ofício ? é um meio de não incorrer em erros fatais na educação dos filhos, contaminando-os com ?pequenas virtudes? racionais, de direção oposta à própria vida. O primeiro exemplo dessas pequenas virtudes é a poupança, o afeto ao dinheiro, percebida, por exemplo, quando os pais dão um cofre de presente ao(à) filho(a) pequeno(a).

O sentido de educação expresso no livro é o respeito ao silêncio e à sombra necessários a cada um. É um pouco daquilo que algumas pedagogias chamam de ?respeitar o tempo e o espaço do outro?, mas não apenas isto. Pela minha leitura, pareceu também algo hedonista (em um sentido filosófico, sobre dar prazer ao outro, porque sou também o outro) e absolutamente diferente do egoísmo ou do egocentrismo de satisfazer os nossos desejos de sucesso e de orgulho. Sem dúvida, muitas reflexões sobre como educar os filhos e a si próprio, com um banho de lucidez e verniz psicanalítico.
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 20/07/2021

3 MOTIVOS PARA LER "AS PEQUENAS VIRTUDES" DE NATALIA GINZBURG
Meu primeiro contato com a Natalia Ginzburg foi em O Guia de Leitura de Elena Ferrante, e eu jamais poderia ignorar uma recomendação de leitura vinda de uma das minhas escritoras preferidas. Embora eu não tenha encontrado o livro que referencio neste guia, resolvi conhecer Ginzburg através desta antalogia, para ver se eu ia mesmo gostar do estilo dela. E gostei.
Além disso, posso definitivamente dizer que os escritores italianos são incríveis, como já tinha dito neste post: Desafio Livros pelo Mundo: 3 escritores italianos que você precisa conhecer


Mas vamos aos motivos para ler este livro.
1. O estilo de escrita
Natalia Ginzburg tem um estilo de escrita que eu invejo e que eu jamais seria capaz de reproduzir, que é mais ou menos a mesma vibe de Elena Ferrante e Ernest Hemingway. Ela consegue perceber as camadas mais escondidas dos personagens, aquelas coisas que queremos manter em segredo ou esconder do mundo (pelos mais diversos motivos), e traz à tona exatamente estas coisas que não deveriam ser ditas nem expostas, mas faz de um jeito que o leitor sente que está compartilhando o tal segredo com o personagem, como se fizesse parte de uma confissão. Além disso, o ritmo das frases e as escolhas de palavras de Ginzburg transformam alguns trechos quase em poesia, o que é muito lindo de se ler.
Neste livro em específico, como são 11 contos compilados ao longo de toda a sua carreira, o estilo de escrita dos primeiros contos é diferente dos últimos, e dá para perceber bem a evolução da escritora ao longo do tempo. Ela começa mais concreta e termina mais abstrata, é a melhor explicação que consegui encontrar.

2. O posicionamento sobre ser mãe e ser escritora
Ginzburg acreditava que, sem uma vocação, a vida pode se tornar bem vazia. É claro que nem todo mundo tem o privilégio de encontrar esta vocação (e menos ainda tem o de ganhar dinheiro com ela), e o fato de vivermos em uma sociedade tão esquisita só reforça a teoria dela, na minha opinião.
No caso dela, e no meu, a vocação é escrever, e eu nunca li nada tão bonito sobre ser escritor(a) como o que Ginzburg escreve em um dos contos.
Eu também gostei quando, em um conto na sequência, ela mostra que ser mãe não é a vocação dela e que foi algo que aconteceu por acaso, sem grandes expectativas ou emoções de sua parte, e que no fundo ela teve medo que a maternidade a afastasse de sua essência. Me identifiquei muito e fiquei emocionada enquanto lia.

3. A melancolia
Eu costumava ser consumida pela minha melancolia, como fica claro pelos primeiros posts do Perplexidade e Silêncio, quando eu escrevia contos autorais (você pode ler aqui). Com o tempo, fui aprendendo que eu precisava dosar essa melancolia na minha vida, pois ela estava me levando a lugares muito sombrios dos quais eu estava tendo dificuldade de voltar.
No caso dos contos de Ginzburg, eu senti que ela teve a medida perfeita entre melancolia, vontade/alegria de viver e "sangue nos olhos", o que nem sempre é fácil de encontrar na literatura. E acho que é essa medida que fez que me inspirar tanto pelo jeito que ela escreve.

Se você gosta de Contos, tenho uma categoria aqui no blog dedicada a este gênero da literatura, que você pode conferir aqui.

Você tem alguma leitura similar para me indicar? Deixe aí nos comentários que vou adorar saber!

site: https://perplexidadesilencio.blogspot.com/2021/07/3-motivos-para-ler-as-pequenas-virtudes.html
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Roberth 31/01/2023

Virtudes, relações e memórias
A autora recorre, em mais de um de seus ensaios, à importância da "vocação" e o quanto esta pode vir a gerar amor e vida. Em seu caso, a vocação pela escrita, de fato, é nítida, arrebatadora.

Um estilo que faz rir, chorar, pensar, imergir profundamente no que se está desenhando. Tristeza e beleza estão ali, sempre conversando, como boas amigas. Sabedoria e esperança também.

De longe, a cereja do bolo é o último ensaio do livro: as pequenas virtudes (eu poderia sublinhar e marcar ele inteirinho, de fato, foi difícil não fazer isso rs). Já penso em conversar com minha esposa sobre o tanto de reflexões importantes evocadas, principalmente sobre educação de filhos.

Menções honrosas demais para "As relações humanas", "Ele e eu", "Os sapatos rotos" e "Elogio e lamento da Inglaterra" (neste último ela conseguiu tirar boas risadas de mim).
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raninuness0 14/08/2023

Ser mulher desde sempre foi um penitência?
O livro inteiro só ecoou ?what was i made for?? na minha cabeça. Deve ser lido de forma mais lenta possível, pra conseguir processar o sofrimento todo.
Os contos Ele e Eu, e O filho do Homem foram os que mais me atingiram. São sentimentos genuínos.

?Sobre minhas dores reais, não choro nunca?
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Debora.Prada 19/12/2015

Escrita maravilhosa
Foi o primeiro livro da Natalia que eu li. Confesso que já quero ler mais dessa autora incrível, tudo que já me falaram a respeito dela é totalmente verdade. Eu particularmente adoro livros de memórias e esse então foi uma delícia de ler, apesar de terem alguns contos com passagens bem tristes, a autora nos faz acompanhar as memórias do mesmo jeito que ela sentiu, com extremo cuidado em detalhar tudo. Simplesmente sem palavras para esse livro!
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Jéssica Fernandes 09/07/2021

Breve porém imenso!
Terminei rapidinho e fiquei apaixonada pela escrita no primeiro contato. O livro é dividido em duas partes e retrata alguns ensaios e aprendizados inspirados na vida dela. Eu amei todos mesmo, mas os meus preferidos foram ?inverno em Abruzzo?, ?ele e eu?, ?o meu ofício? e ?silêncio?.
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Rafael482 18/01/2023

Textos sobre a vida, memórias
Bons textos, bem escritos, com leitura fluida. Dá pra sentir que são carregados de sentimentos. Alguns te fazem pensar e tentar entrar um pouco nas memórias da autora? parecem bem atuais, discorrendo sobre uma vida de observações e aprendizados? alguns textos não me pegaram assim?
Mas sim, vale a pena a leitura.
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Pâm 14/01/2022

A grande virtude do ofício da escrita
O que mais me encanta no que já li da Natalia Ginzburg é a sua escrita sem medo, o que até vai um pouco contra o conteúdo do que ela escreve, pois deixa escapar muito de seus receios e inseguranças. Mas é fato: sua caneta é firme. Neste livro temos vários textos, espécies de ensaios intimistas, em seu melhor estilo de trazer a partir de seu microcosmo reflexões universais. Vemos temas como família, guerra, amor, maternidade, elocubrações sobre lugares e, enfim, o próprio ofício da escrita. Natalia traz seu olhar certeiro a cada um desses temas de maneira muito fluida e ao mesmo tempo enérgica, muitas vezes não concordo com sua perspectiva a respeito de algumas coisas e, ainda assim, não há como desconsiderar o seu olhar. Sua escrita é destemida e não pede licença nem desculpas a nada ou ninguém, características que para mim são seu ponto forte e que me fazem querer ler mais e mais a autora.
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olivromefisgou 28/01/2023

Declarações de amor a Torino, ao amigo Cesare Pavese. O olhar sereno da memória diante das atrocidades por que passou durante a Segunda Guerra Mundial na Itália fascista. Reflexões sobre o ato de escrever, a família, a vida. A escrita de Natalia Ginzburg cala fundo no meu coração.
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