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Meus Documentos Alejandro Zambra




Resenhas - Meus Documentos


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kalebe 28/09/2015

A contínua evolução de Zambra
4° livro do autor chileno, e se ele já explorou as outras formas de contar histórias (noveleta, novela e romance), nesse livro ele escolheu os contos.
São 11 contos que compõem esse livro singular. Uma espécie de síntese de toda sua obra, 'Meus Documentos' retoma alguns dos temas da obra de Zambra: infância e ditadura no Chile, amadurecimento complicado, metalinguagem no ato de escrever, etc.
Zambra consegue equilibrar a sensibilidade em contos mais divertidos e o tom de pesar da sombra sempre presente da ditadura de Pinochet e ainda uma melancolia que parece inerente ao crescer.
Vale destacar o belo conto "Camilo", o divertido "Eu fumava muito bem".
O impressionante na obra de Zambra é perceber a evolução da sua escrita e "Meus Documentos" é mais um passo importante e decisivo nesse caminho.
Um dos melhores livros de 2015.
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Alexandre Melo @livroegeek 16/05/2016

Zambra e mais uma boa leitura!
Este livro é dividido em três partes, onde somam-se 11 contos. O sentimento que tive ao ler Meus Documentos foi o mesmo que tive ao ler as outras obras do Zambra: de que todos são livros confessionais. As características presentes nos personagens que o autor cria, são sempre muito semelhantes: são homens, professores (seja de literatura, ou história, educação física, etc) que relatam problemas ou situações relembrando sua infância e vida adulta, parecem ser infelizes, ou não realizados, são divorciados, fumantes de cigarros e maconha, e envolvem-se em aventuras sexuais pouco duradouras, etc, contudo ao invés de cair no mesmismo, Zambra se mostra surpreendente! O nível de intimidade a que somos mergulhados na leitura nos faz realmente pensar que Zambra fala de si mesmo... mas talvez não seja... ou seja... No livro, Zambra repete a formula de seu sucesso: histórias curtas, de poucas palavras, e sem muitos "arrudeios"; ele apresenta a situação, e ponto, e é aí que vem outra característica repetidas nessa obra, que é a maneira com que o autor termina seus contos - geralmente meio que abertos - onde nossa mente continua a história imediatamente após o ponto final. Isso é fantástico!

site: http://www.doqueeuleio.com.br/2015/07/meus-documentos-4-obra-do-zambra.html
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Dani.Peghim 24/11/2016

Zambra
Ler Zambra é sempre uma experiência muito gostosa, já li os 4 publicados dele no Brasil e sou só amores por ele. Meus Documentos foi o livro de que menos gostei de ter lido, talvez por não estar tão habituada a ler contos, pois na maioria deles fiquei com a sensação de que faltava algo, de que as estórias foram pouco aprofundadas, em vários momentos eu ficava pensando: "Mas e aí?! O que aconteceu depois?! Qual foi o destino dele/dela?! Enfim... Gostei muito do conto chamado Camilo, do conto chamada Meus Documentos e descobrir o nome do livro durante a leitura é sensacional! Recomendo muito a leitura!
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Guilherme.Marques 23/03/2017

Minhas Decepções
Eu tinha expectativas altas demais pro que seria o primeiro livro do Zambra, mais um escritor chileno da nova geração, que eu leria. E em boa parte, me decepcionei. Dividido em três partes, "Meus Documentos" traz desde contos que lembram a autoficção até experimentos de linguagem (não que um exclua o outro, é verdade), mas o problema é que a maioria do que aqui é contado não passa de razoável, se muito. Seja pelo conteúdo, sem impacto, ou a forma, desinteressante. Apenas da segunda parte para a frente, e novamente somente em alguns contos, é que Zambra mostra a que veio: nessa linha, são o genial "Eu fumava muito bem" (que quase me fez pegar um cigarro com a personagem) e os excelentes "Obrigada", "Vida de família" e "Vida de Família". No todo, contudo, o livro não passa da quase mediocridade, valendo a leitura apenas pelos contos já referidos.
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Ronaldo.Carvalho 16/01/2018

Instigante.
Um livro instigante, você começa a ler e fica totalmente envolvido com a narrativa, os contos são uma especie de auto biografia do autor, nunca tinha lido nada da literatura chilena, e conheço pouco da literatura latino Americana, coisa que me faz lembrar de um artigo sobre a negligência da Historiografia Brasileira com a História da América Latina, como se nós brasileiros, olhando geograficamente, estamos de costas para a américa latina, de frente pra a Africa porém a ignorando e por fim olhando para a Europa.

E fica aqui o agradecimento a uma mulher que é admiravelmente tão linda como um conto de
Alejandro Zambra, e tão poética como um soneto de Pablo Neruda, pois sem ela eu não teria lido um livro tão fantástico quanto esse.
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Jefferson Vianna 28/12/2019

"Não sei se li mal um romance bom ou se li bem um romance ruim. Mas li..."
Confesso que eu esperava muito mais deste livro. Há muito tempo que eu vinha querendo ler "Meus documentos" do autor Alejandro Zambra, e recentemente, após receber algumas indicações, resolvi iniciar a leitura. A princípio parecia se tratar de uma leitura agradável, no entanto a narrativa tomou rumos confusos e tão logo se tornou cansativa e pouco proveitosa, ou seja, não aguçou a curiosidade e nem prendeu a minha atenção. O livro é composto por textos aleatórios, como uma espécie de diário ou livro de memórias; o autor trás a tona algumas recordações que fazem parte de sua construção pessoal, alguns relatos que parecem construir a sua personalidade. No conto "Eu fumava muito bem" o autor diz: "Não sei se li mal um romance bom ou se li bem um romance ruim. Mas li.", talvez este seja o quote que mais veio de encontro comigo após finalizar a leitura de "Meus documentos". Desconsidero a possibilidade de fazer uma releitura, porém quem sabe eu mude a primeira impressão que ficou, após ler os outros livros do autor...

Quote do livro: "A poesia é loucura, a poesia é selvagem, a poesia é um fluxo de sentimentos externos."
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Isa(dora) 10/02/2020

Muito bom
Gosto bastante de Zambra e dos livros que li até agora. Recomendo o livro para quem gosta de contos que relatem situações cotidianos sem grandes pretensões mas contado de forma poética e até carinhosa.
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Pandora 18/03/2020

Sobre mediocridade, desamparo e solidão.
Alejandro Zambra é aquele autor que já me fez tanta companhia que tenho por amigo. Ele tem uma narrativa calma, poética, muito sintética que envolve e embala até tirar todas as minhas reservas e me deixar sozinha na chuva sem sombrinha. Eu amo!

Amo a franqueza do Zambra, a simplicidade da escrita dele. "Meus Documentos" era o único livro dele publicado em português que eu ainda não tinha lido e estava guardando esse livro para um momento especial.

De muitas formas não me arrependo de ter adiado tanto essa leitura. Os contos contidos em "Meus Documentos" carecem mesmo do tipo de atenção que posso da a ele nesse momento no qual me encontro tão fora de ritmo e me sinto tão descoloca em mim mesma sem entender o porquê.

Do jeito próprio do Zambra esses textos falam sobre desamparo, solidão e memórias. Somos invariavelmente apresentados homens vivendo situações absolutamente corriqueiras até sermos surpreendidos pelo absurdo e arremessados em a um final desalentador. A seu modo a maioria das histórias contadas, senão todas, guardam coisas corriqueiramente terríveis.

Os contos que falam sobre memória, o "Meus Documentos" (que empresta o título ao livro) e "Instituto Nacional" são meus favoritos, eles dialogam abertamente com o "Léxico Familiar" da Natalia Ginzburg e despertam ternura e desamparo e afeto e me fizeram ter vontade de contar minhas histórias familiares e escolares também. São histórias com o tom agridoce das memórias boas e dolorosas na mesma medida.
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yomaeli 31/03/2020

Meus, seus, nossos documentos
De primeira o livro parece autobiográfico, depois o tom vai mudando e fica mais fácil de ler esses documentos como documentos de várias pessoas. É meu segundo livro do Zambra, mas o primeiro a me causar mistura de admiração, tédio, repulsa, raiva, melancolia e compaixão. Tem alguns contos com ótimas sacadas em algumas partes, porém arrastados em seu desenvolvimento, como o "Eu fumava muito bem". Gostei muito de "Camilo", e com certeza leria mais mil contos sobre isso; "Vida de família" me trouxe uma reflexão de como às vezes a vida que se apresenta pra gente não é exatamente nossa, mas nos apropriamos, resistimos, apreciamos e finalmente nos despedimos. Este foi, sem dúvida, meu conto favorito. Já em "Tentar Lembrar", senti repulsa, raiva, mas muita compaixão por Yasna, desejando que existissem mais linhas para enfim obter seu direcionamento merecedor, mas nas entrelinhas ficou a esperança de que dias melhores chegaram, sim, para ela. Um livro muito relevante do autor, com toda certeza. Zambra escreve mesmo pra gente, de forma crua e familiar, descrevendo histórias que facilmente viveremos algum dia. Além disso, torna tudo real trazendo aspectos regionais em seus textos.
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@virginiagraciela 06/04/2020

Os primeiros 6 contos do livro são os melhores , eu me senti completamente envolvida. Só mais lá para o final que tiveram alguns que não curti muito, e o último ativou alguns gatilhos meus e não gostei nem um pouco. Mas ainda acho o zambra um autor muito bom.
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Jose 24/07/2020

Estava indo tudo muito bem, até chegar ao último conto. Horrível!
Mesmo assim gosto bastante da escrita do Zambra.
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Ve Domingues 02/10/2020

O Alejandro Zambra é, sem sombra de dúvida, um dos meus autores favoritos. Admiro a maneira como ele fala da memória em seus textos, de um jeito tocante e irônico ao mesmo tempo. Os contos presentes em "Meus Documentos" são muito instigantes. É, certamente, uma leitura necessária para nos fazer refletir sobre os nossos fantasmas.
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Joao.Gabriel 15/03/2021

Zambra ou é bom, ou é ruim. Esse é dos bons! Surpreendentemente bom! Todos os contos trazem algo que toca no fundo de quem lê. Bem escrito e fluido.
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Steph.Mostav 17/04/2021

Perdeu a chance de encerrar quando devia
[TW: Pedofilia, estupro, incesto]
Livro de abril do clube, um livro que você acha que pode ser ruim. Depois de um início fraco com um conto bom e dois razoáveis, a qualidade da coletânea aumentou muito com uma sequência de contos muito bons ou excelentes. Meus preferidos foram Instituto nacional, Eu fumava muito bem e Camilo, alguns dos melhores textos que ele já escreveu. Mesmo que todos os personagens se pareçam entre si a ponto do leitor questionar se não se trata dos mesmos protagonistas, as diferentes formas de narrar e temas centrais definem muito bem cada história e as diferenciam entre as demais. Como sempre, Zambra trata da ditadura chilena, de família, de solidão, de memórias, de tentativas de conexão entre esses personagens quase sempre sem sucesso. Mas desta vez, notei uma atmosfera mais leve, bem humorada ainda que ligeiramente irônica, e também mais íntima comparada aos seus romances e novelas. Estava bastante satisfeita até chegar ao último conto, o décimo primeiro. Toda a leveza anterior mesmo ao tratar de temas pesados como luto, vícios e abandono foi completamente descartada em uma história que não pode ser chamada de nada além de insensível e ofensiva. As descrições explícitas de abuso infantil e incesto foram feitas da maneira mais nojenta possível e minha vontade era nunca ter lido essa história que, mesmo sem essas cenas grotescas, já seria de longe a pior do livro. Um bom livro que desperdiçou a oportunidade de encerrar antes desse conto horrível.
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Caco 29/12/2021

(?) só cartas de amor. (?)
Fernando Pessoa já disse certa vez que ?cartas de amor são ridículas? e que ?não seriam ridículas se não fossem cartas de amor?. (Ou algo assim?)

?Meus Documentos? são histórias; são cartas que se unem e se separaram, assim como as pessoas. São histórias que começam, atingem seu esplendor e caem. Caem com força. Caem de forma vertiginosamente violenta.

Porque Meus Documentos é a junção de narrativas fortes que arrebatam, que transformam e que intensificam uma reflexão de onde reside a humanidade.

Ler Zambra é compreender que realidades diferentes convergem com experiências vivenciadas. É entender que Santiago, com suas particularidades culturais, representa um território maior. Que a argentina, o chileno e o brasileiro, são construções sociais que possuem em si, um passado colonizador, subalterno e ditatorial.

Para além, Meus Documentos é um livro que me acolheu, que ressoou em mim a importância de uma América Latina pulsante que entrega olhares intensos e específicos daquilo que nos torna humanos.

Meus Documentos é um retrato social, emocional é porque não antropofágico das reminiscências de um mundo globalizado.
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