Mortais

Mortais Atul Gawande




Resenhas - Mortais


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Paula 06/06/2022

Vou levar esse livro para minha vida toda.

Devia ser leitura obrigatoria para todos os medicos.
"Nosso fracasso mais cruel na maneira como tratamos os doentes e idosos é nossa falha em reconhecer que eles tem outras prioridades alem de simplesmente permanecer em segurança e viver por mais tempo"
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:: Sofia 11/06/2020

Mortalidade: a única consequência inevitável da vida
Em sociedades tecnológicas e ricas, a regra não é morrer abruptamente, como de infarto fulminante ou num acidente, mas, sim, morrer em hospitais, após tentativas de reanimação e com tubos enfiados na garganta. No livro, o autor e médico-cirurgião, mostra o porquê da medicina não dever sempre perseguir a vida, até seu último sopro, enquanto sacrifica o bem-estar do paciente.
A partir de exemplos vividos em sua carreira, família e pesquisa, Atul conta sua jornada de aprendizado e melhoria como médico, enfatizando que devem ser seguidos os reais desejos das pessoas que estão perto da morte. Como não realizar uma cirurgia que as impeça de tomar sorvete de chocolate e assistir futebol, mesmo que o procedimento pudesse lhe dar mais alguns meses de vida. Ou seja, aquilo que cada um de nós considera qualidade de vida deve ser mantido para a vida valer a pena. Por isso, sua pesquisa abrange também a evolução das casas de repouso e ressalta a importância da medicina paliativa.
A medicina precisa compreender que, como ciência, tem limites e que, então, deve visar cumprir uma nova meta ética: tornar o processo da morte um pouco menos sofrido para aquele que parte.

Marquei as páginas 31, 76, 93, 94, 98, 123, 148, 178, 222 e 228.
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Mercia50 29/08/2023

?Não há como embelezar a morte?
Falar sobre morte é um tabu. Eu já vi ela perto, perdi duas pessoas importantes e convivo com o luto há 3 anos.
Refletir sobre a minha mortalidade, não é algo mórbido pra mim e é uma pena que seja para a maioria das pessoas, pois saber conscientemente que vamos morrer, pode nos ajudar a viver melhor, mas achamos que isso demora muito e ignoramos nossa única certeza na vida. É compreensível, não é um assunto fácil, pois toca em inúmeros lugares da gente, mas como Atul diz ?fechar os olhos para a realidade tem seu custo?.

Mortais, de Atul Gawande traz uma perspectiva diferente dos outros livros que li sobre a temática, pois ele foca no processo de envelhecimento, pelo qual a maioria de nós vai passar. O livro é bem embasado e referenciado para quem desejar checar os dados e o autor desenrola algumas histórias com o intuito de explicar o que acontece quando enfrentamos doenças graves.

Não existem respostas simples para questões complexas, o livro traz questionamentos profundíssimos sobre como tratamos nossos idosos, como a medicina deveria cuidar das pessoas no fim da vida, como vivemos mais e nosso sistema econômico e social não está acompanhando as mudanças adequadamente.
Um livro engrandecedor, mas assim como outros dessa linha, não é para qualquer um. É necessário ter coragem e terapia em dia para refletir sobre nossa realidade como *mortais*.
?Aceitar nossa própria mortalidade e chegar a uma clara compreensão dos limites e das possibilidades da medicina é um processo, não uma epifania.?
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LG 14/09/2020

Quando é a nossa hora e o que fazer quando ela chegar?
O livro de Atul Gawande trata principalmente de dois aspectos: a condição mortal dos seres humanos e a Medicina enquanto meio de manutenção da vida humana.
A Medicina tem evoluído em termos de tratamento e aumento na perspectiva de idade biológica dos seres humanos, esse caráter biologicista da Medicina tem afastado esta da principal certeza da vida humana: a morte. Os médicos atuais não sabem como abordar a finitude da vida humana e nem tem sido instruídos para isso. A ciência médica quer assumir o controle das decisões humanas no que diz respeito a vida do indivíduo, com a desculpa de um pretenso cuidado. É preciso resgatar a autonomia do indivíduo no processo do morrer, conhecer os limites de até onde podemos ir com tratamentos e intervenções e direcionar as intervenções de acordo com os últimos desejos na vida do indivíduo.
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Ebenézer 26/11/2023

Nossa finitude
Não somos imortais ou, dito de outra forma, somos todos mortais, pelo menos em teoria, porque quanto à mortalidade a gente costuma pensar que é um problema do outro, o que na prática quase nos consideramos eternos.
Até que a realidade da finitude nua e crua dá uma batidinha na nossa porta, e todo o nosso mundo mágico da ilha da fantasia se desmorona em pó.
"Mortais" traz à nossa lembrança algo tão real como a falta da respiração: somos mortais e necessitamos de referenciais para lidar com lucidez nos momentos excruciantes que a vida traz como parte, também, da nossa existência, quando a vida humana antes exuberante, entra no processo de declínio e decadência rápido ou em conta-gotas.
O texto de "Mortais" introduz a narrativa com a menção do suplício da personagem principal da obra "A Morte de Ivan Ilitch", uma das mais belas e tristes novelas de Tolstoi. Aproveitei a sugestão e fui reler também Tolstoi. Que livro!
Enfim, "Mortais" resgata os grandes avanços que a medicina trouxe, entre tantos benefícios, a extraordinária elevação da perspectiva da vida humana. Temos vivido mais. Apesar de tanto avanço científico, ainda assim continuamos mortais...
Sob esse aspecto, o livro apresenta vários casos de pessoas debilitadas pela velhice, sequestradas por doenças crônicas degenerativas irreversíveis cujas vidas são prolongadas pelo uso excessivo de medicações ou procedimentos reconhecidamente inócuos ou que, muitas vezes, tornam ainda mais penosa a sobrevivência humana.
A preocupação primordial de "Mortais" é a questão humanitária no trato com as pessoas doentes em estado de vulnerabilidade física cujas esperanças familiares são excessivamente depositadas na medicina, sem que seja observado o estado de ânimo do próprio enfermo, cujo amparo emocional poderia ser mais adequado e humanitário com a adoção dos cuidados paliativos, geralmente em ambiente familiar, com orientações melhor direcionadas em busca do maior conforto para o paciente, em casos irreversíveis, visando sempre a sua autonomia e, principalmente sua dignidade.
Mortais é a um só tempo um livro de fácil leitura, todavia difícil em seu conteúdo, porque expõe nosso despreparo para enfrentar os dilemas últimos que envolvem nossa finitude humana.
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Holmes 16/05/2020

Aprendendo a morrer
Por meio da apresentação de casos reais, o autor nos presenteia com verdadeiras lições de como enfrentar a realidade da velhice e da inevitabilidade da morte.
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Luisa.Thieme 03/10/2020

Mudou meu jeito de pensar
Todos temos mais medo de envelhecer do que de morrer. De sermos dependentes, de perdermos nossa autonomia. Esse livro mostra que a mortalidade não é um inimigo a ser combatido.
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Ana 16/01/2022

A vida se finda. Precisamos falar sobre isso.
Leitura forte, desafiadora e para quem tem estômago forte. O autor nos revela, através de temas capítulos como: o ser independente, caindo aos pedaços, dependência, assistência, uma vida melhor, desapegar-se, conversas difíceis e coragem. Histórias de pessoas e pacientes em seu final de vida, muitos diagnosticados com câncer terminal, nos dá possibilidades de melhorar (ou não) os últimos dias de vida das pessoas que amamos.

Chorei muitas vezes, principalmente nos parágrafos finais de cada capítulo. Me fez, inclusive, conversar com minha mãe sobre a finitude da vida, sob um aspecto importante que o autor fala no decorrer da leitura: o que e como queremos continuar vivendo? A que custo queremos, na doença, continuar vivendo?

Cuidados paliativos, casa abrigo de abrigo, anatomia do envelhecimento, convivência, decisões sobre a vida do outro... Um livro e leitura indispensável para todas as pessoas, além de cuidadores, enfermeiros e médicos, que a vida dará de presente alguém para cuidar nos últimos meses de vida.

Me fez refletir demais, me tirou suspiros e me fez lembrar que em poucos anos estarei (ou meses, por que não?!) vivenciando cada história narrada, com as duas pessoas que mais amo na vida: meu pai e minha mãe.


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Júlia 21/01/2024

Ana Claudia delimitou um patamar muito alto
Sinto que eu teria amado mais esse livro se eu ainda não conhecesse a escrita da Ana Claudia Quintana Arante, autora de ?a morte é um dia que vale a pena viver?, porque ela é sem igual para falar sobre a medicina paliativa. apesar disso, eu amo a temática em si, então foi impossível não me envolver com essa leitura mesmo tendo uma abordagem mais técnica sobre o assunto da finitude.
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isiskarol 10/05/2018

Para todos os mortais
Como lidar com as limitações de saúde impostas pela passagem do tempo ou por doenças Crônicas? Temos coragem e discernimento para entender e tomar as decisões necessárias? Num mundo onde a prioridade é manter a vida a qualquer custo, o médico Atul Gawande foca no humano e propõe prioridade na qualidade de vida. Lúcido e bem escrito, esse livro solta ciscos nos olhos e traz reflexões importantes sobre viver e morrer. Recomendado a todos os mortais.
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Danilo 23/01/2019

Cuidados Paliativos
Acreditava que o livro falaria bem mais sobre filosofia e reflexões acerca do envelhecimento e morte, no entanto, nas primeiras páginas, o autor traz questões interessantes sobre a importância da geriatria, assim como discussões relacionadas a casas de asilo e como lidar com os desejos e sentimentos dos idosos em geral. Em seguida ocorre a apresentação de modelos mais humanos e inovadores para moradias assistidas e lares para idosos. Algumas histórias e relatos muito tristes e até angustiantes, porém necessários para os objetivos do livro, acontecem durante a metade para o fim, inclusive a do próprio pai, onde o autor destaca a importância dos cuidados paliativos (tema principal do livro) e o conhecimento que o próprio clínico precisa ter dessa área, para diminuir o sofrimento de seus pacientes.
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Caroline.Meneguzzi 28/09/2020

Mortais
Excelente livro que aborda com naturalidade o fato de sermos mortais, que envelhecemos e que a medicina é limitada. E é muito importante reconhecer esse limite, pois cada dia merece ser vivido com plenitude. O autor traz uma ótima reflexão: Ter em mente o que mais importa no final nos permite viver com dignidade até o último segundo de nós vidas.
Super indico a leitura!
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Carolina.Leao 07/02/2022

Leitura necessária...
A única certeza que temos na vida é a certeza de que iremos morrer. Mas ninguém gosta ou quer pensar sobre isso. Contudo, torna-se necessário falarmos sobre a finitude da vida e, principalmente, sobre como mantermos a qualidade de vida na velhice ou no decorrer de uma doença incurável/debilitante. É um livro que traz diversos ensinamentos mas, o maior aprendizado que Mortais trouxe para mim, foi a compreensão da importância da autonomia na vida dos idosos. Uma leitura necessária para todos!
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mateusagroecologia 27/03/2021

Inevitabilidade da decrepitude humana e da morte!
Comprei o livro devido uma referência em um podcast da UFMG sobre "terapias antienvelhecimento" que me despertou profundo interesse sobre a temática.

Comecei a lê-lo e o autor, Atul Gawande, como médico cirurgião, desmonstrou-se bastante cético sobre a medicina que vem sendo praticada ao redor do mundo e como muitas vezes, nas fases finais da vida humana, torna-se prolongadora de sofrimento das pessoas. Tal debate e proposta me "prendeu" por imediato a dar continuidade à leitura que se demonstrou tão instigante no decorrer do livro como em seu início.

Atul Gawande apresenta histórias e casos sobre diversos pacientes que, através da medicina tradicional, causaram-lhes profundo sofrimento ao próprio paciente e aos seus familiares, além de promovorem uma medicina que não reconhece a finitude de possibilidades da mesma.

Destaca também a necessidade de uma medicina que seja mais humana que permita e reconheça erros além da necessidade de demonstrar mais empatia para com as escolhas e metas de pacientes idosos e em fases terminais.

O livro é bastante realista diante das mudanças significativas que a medicina trouxe na prolongação da vida humana, mas também apresenta os custos que tal mudança trouxe às perspectivas da morte e da inevitabilidade da decrepitude humana.

Passar uns 2 meses absorvendo e apreendendo sobre conceitos e proposta na mudança da perspectiva da vida.

Livro sensacional!
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