Psicose

Psicose Robert Bloch




Resenhas - Psicose


1484 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Júlia Fortuna 06/02/2024

?Todos nós somos um pouco loucos de vez em quando.?
O clássico romance de Robert Bloch, ?Psicose?, foi publicado originalmente em 1959. Livro que deu origem ao mais famoso filme de suspense de todos os tempos. Psicose conta a história de Marion Crane, que foge após roubar o dinheiro que foi confiado a ela depositar num banco. Ela então vai parar no Bates Motel, cujo proprietário é Norman Bates, um homem atormentado por sua mãe controladora.

Mary conhece o gerente, Norman, que foi simpático o bastante para lhe dar um quarto muito bom e convidá-la para um jantar rápido em sua casa, atrás do motel. Fica sabendo também que ele mora com sua mãe e ela é muito doente. É então que, em seguida, temos a famosa cena do chuveiro.

?... Mary começou a gritar. A cortina se abriu mais e uma mão apareceu, empunhando uma faca de açougueiro. E foi a faca que, no momento seguinte, cortou seu grito. E sua cabeça.?

Poucos dias depois de se hospedar no Bates Motel, Sam (noivo de Mary) fica sabendo que Mary desaparecera. E agora? Onde foi parar Mary? Terá ela saído do motel e ido para o desconhecido ou Norman Bates sabe o que aconteceu a ela?

O enredo alterna entre a visão de Norman Bates e a busca da irmã, Lily e do noivo de Mary pela moça desaparecida. Tudo parece apontar para o Bates Motel como sendo o último lugar em que Mary aparece no mapa, mas nem o delegado parece convencido o suficiente para dar uma batida no motel.

Até que ponto realmente conhecemos alguém? Mesmo aqueles que compartilham nossa vida diária, como uma mãe, um marido, ou um filho. Será que conseguimos vislumbrar além da superfície, compreender sua verdadeira essência? Em "Psicose", Robert Bloch nos convida a uma profunda reflexão sobre a psique humana, destacando a complexidade e os mistérios que permeiam as relações interpessoais. Através de sua narrativa, o autor demonstra que até mesmo indivíduos aparentemente comuns e simplórios podem esconder aspectos sombrios e perturbadores de sua personalidade, desafiando nossas percepções e incitando um sentimento de inquietação diante do desconhecido.

A escrita de Bloch é diferente do terror visceral que estamos acostumados nos dias de hoje. O que o autor faz é uma exploração da mente de um homem perturbado por uma vida de privações. Stephen King já afirmou que ?Psicose? foi uma das obras que o fizeram decidir ser um autor de histórias de terror. A maioria dos leitores devem conhecer a obra através do filme magistral de Alfred Hitchcock, mas o livro caminha um trajeto muito diferente do filme. 

Robert Bloch constrói um labirinto para o leitor percorrer. Inocentemente nos deixamos conduzir sem perceber que o caminho, por mais conhecido que se mostre, guarda surpresas de tirar o fôlego.

Em primeira instância, somos apresentados à perspectiva de Norman Bates que junto com sua mãe Norma, dirigem um motel de beira de estrada. Logo no início da leitura testemunhamos que a relação entre mãe e filho é bastante turbulenta. Norma é uma mulher transtornada que, mesmo o filho já adulto, continua tratando-o como uma criança. Norman, por sua vez, não consegue desvencilhar-se da dominação materna, embora na maioria das vezes deseje matá-la ou abandoná-la em algum asilo.

Ademais, o que torna essa história ainda mais perturbadora é que o personagem Norman foi livremente inspirado em um caso real. Em 1957, Ed Gein era preso por crimes que ultrapassavam o limite da credulidade humana nas razões e porquês, nascia assim a inspiração para Norman Bates e Bloch lançou-se na notável tarefa de explicar a mente de um assassino.

Com uma criação parecida com a de Norman Bates, Eddie Gein também tem uma obsessão por sua mãe e questões de gênero mal resolvidas. Porém, quando a sua mãe morre - diferente do livro - ele não a desenterra, mas passa a desenterrar cadáveres parecidos com ela.

Certa vez, eu li um artigo sobre o Complexo de Édipo - termo criado por Freud e inspirado na tragédia grega Édipo Rei -, e assim que se desenrola a trama e o conceito é citado, eu já tive uma noção mais ampla sobre a verdadeira natureza psicológica de Bates.

O romance "Psicose", juntamente com suas adaptações para o cinema e a televisão, proporcionou a elaboração de um perfil psicológico do personagem Norman Bates com base no Complexo de Édipo. Esse conceito, utilizado na teoria psicanalítica, descreve a fase do desenvolvimento em que a mãe se torna objeto de desejo do menino, enquanto o pai é percebido como o rival que impede o acesso a esse objeto.

Ao final do Complexo de Édipo, seguindo o desenvolvimento infantil, espera-se que esse desejo seja substituído pela riqueza do mundo social, uma vez que o menino adquiriu todas as regras morais necessárias para o seu convívio em sociedade.

Por outro lado, segundo a teoria psicanalítica, a ausência da instauração da lei/interdição na criança pode resultar em uma falha na elaboração do complexo de Édipo, ocasionando, em alguns casos, a recusa em abandonar a mãe como objeto de desejo, transformando-a em objeto de identificação.

Dessa forma, concluímos que diante da impossibilidade de abandonar a mãe como objeto de desejo, o personagem Norman Bates passa a identificar-se com a figura materna que se transforma em uma de suas duas personalidades, desenvolvendo um transtorno dissociativo de identidade.

?Norman, Norma e Normal.?

Por fim, a maioria das pessoas conhecem ?Psicose? através do filme de Hitchcock, e posso afirmar que é um dos melhores filmes que eu já vi. Hitchcock foi tão genial com a obra cinematográfica que na época, ele mandou comprar todos os livros publicados para manter o efeito surpresa da história que ele contaria nos cinemas (já que o livro não tinha feito muito sucesso até então). Tendo como destaque a cena icônica do chuveiro, o grito, o sangue e aquela trilha sonora de arrepiar? O filme é considerado um clássico de referência no gênero de horror e suspense.

Independentemente de você já conhecer tudo sobre ?Psicose? ou já ter assistido ao filme, não abra mão da leitura do livro. Por mais que Joseph Stefano tenha sido bastante fiel ao texto original em seu roteiro, apenas com pequenas alterações, eu o li sentindo emoções que eu ainda não tinha presenciado com o filme. É uma obra que nenhum fã de suspense/terror pode deixar de ler. Passe algumas horas no Bates Motel e terá a sensação de ler o melhor livro de suspense de todos os tempos. 
pietrarebeca 06/02/2024minha estante
Incrível amiga! Resenha maravilhosa e envolvente ?


Júlia Fortuna 06/02/2024minha estante
Obrigada amor!




Nick.Quarizimi 05/02/2024

Norman Bates é o proprietário de um motel na beira da estrada; estrada esta que agora vive deserta depois da construção da nova rodovia. Mary Crane sai do Texas em direção à Califórnia com 40 mil dólares roubados, na esperança de finalmente se casar com o noivo. Ela se perde e para no motel de Bates. E é aí que as bizarrices acontecem.

Eu já havia ouvido falar sobre o filme, mas nunca assisti, portando fui pega completamente de surpresa pelos plots. Parece até um conto de tão rápido que você lê, e do quanto a história te prende, literalmente do começo ao fim fiquei fascinada.

Eu gostei do livro, e estarei agora mesmo indo atrás do filme.
Fox.017 05/02/2024minha estante
Mentira que nunca assistiu? Aquele famoso som de quando o Norman vai matar ela com a faca? ahudhaudhau'




Giovanna 04/02/2024

É BABADO
Eu amei??? Sério, não esperava nada e recebi tudo. Nunca vi o filme também (por favor, não me julguem), então li sem nenhum background. O plot twist no final me surpreendeu muito, jamais imaginei esse desfecho, li até duas vezes pra me certificar que era aquilo mesmo. Durante a leitura eu teorizei mil coisas mas nenhuma chegou nem perto. Robert Bloch, você ganhou uma fã.
comentários(0)comente



toxieri 01/02/2024

Norman, norma e normal.
"todos nós somos um pouco loucos de vez em quando."

um erro meu foi saber todos os plots desse livro, não minto que adoraria simplesmente esquecer da versão do hitchcock e o reler já que, por ter consciência, não foi surpreendente em nenhum aspecto. mesmo que a escrita do robert bloch seja fluída, extremamente simplória, e te faça ler todas as páginas numa sentada só, o livro se torna banal quando sabe todas as nuances do plot e piora ao ver que a parte ruim do filme também permanece nesse último capítulo.

mas creio que minha experiência foi esta pelo simples fato de que a trama de psicose é duas vezes mais velha que eu e seria impossível não ter conhecimento dela por inteiro. no final, foi um saldo neutro.
comentários(0)comente



barbrmn 31/01/2024

Mais um favorito
Sem condições de parar de ler este livro depois que você já inicia a leitura. Impossível.

Robert Bloch, eu te venero!
comentários(0)comente



Andressa1074 28/01/2024

PERFEITO
O livro é bom do início ao fim! a escrita é envolvente e os personagens ficam cada vez mais interessantes. Cabe salientar que Psicose é um daqueles típicos livros que te fazem querer ler sem parar! eu simplesmente amei, embora a tradução deixe a desejar em algumas partes.
comentários(0)comente



Robson 28/01/2024

Gostaria de ter lido Psicose primeiro e só depois ter assistido ao filme do Hitchcock para que a experiência com a história fosse mais imersiva para mim e pra ver se conseguiria adivinhar algumas coisas do enredo. Mas tirando isso, gostei bastante da leitura e da escrita do Robert Bloch.

A relação de Norman com sua mãe é mesmo um dos pontos altos da história e a conclusão sobre o personagem é bem satisfatória. Aqui, inclusive, vale muito a pena elogiar a grande atuação do Anthony Perkins que incorporou bem toda a tensão da cena final do livro.

Agora fiquei tentado a ver Bates Motel futuramente pra ter contato com mais da história de Norman e Norma Bates.
comentários(0)comente



MarAlia.Oliveira 28/01/2024

Muito bom !
Eu amei a leitura, as coisas acontecem bem rápido, e flui naturalmente a história. Eu super indico para quem gosta de suspense com um pouco de mistério. Confesso que iniciei a leitura sabendo que a serie Bates Motel, foi inspirada no livro, mas fiquei surpresa quão fiel ela é ao livro. Então eu ja sabia o final e a sensação que tive, era que estava relendo o livro.
comentários(0)comente



LuanGabs 27/01/2024

Um livro curto, rápido e direto ao ponto que entrega exatamente o que promete em seu título. A relação doentia de mãe e filho que culmina em um rastro de crimes absurdos.

A narrativa inicia com os dois pés na porta, em menos de 15 páginas você capta o panorama da mente perturbada de Norman Bates, sendo continuada por uma construção de tensão ininterrupta.

Diferentemente do que muitos thrillers fazem, o autor opta por diminuir as surpresas em detrimento de manter a atmosfera de perigo por muitas e muitas páginas.

O jogo de gato e rato entre a parte investigadora e a ?família? Bates é enxuta e não usa de firulas narrativas pra chegar na sua conclusão. Talvez nessa parte, um pouquinho mais de páginas trariam explicações mais fundamentadas e de forma que o leitor pudesse se recompensar mais com a descoberta final. Mas entendo que é um pouco de pedir demais de um livro que é inteiramente sem rodeios.
comentários(0)comente



Alcides.Ogaya 25/01/2024

Por mais que o suspense e terror estejam longe de serem meus gêneros favoritos, quis dar uma chance para esse livro pois sabia que era puxado mais para o lado do terror psicológico ( como o próprio título deixa explícito). Posso dizer que me prendeu bastante, no entanto, infelizmente consegui adivinhar o plot logo nas primeiras linhas ( E não, nunca nem tinha ouvido falar do tal clássico filme do Hitchcock, que se originou desse livro ), enfim, apesar disso, não me atrapalhou em nada a experiência da leitura e a escrita do autor é muito cadenciada e fácil de se emergir.
Por muitas vezes o caminho que a narrativa era conduzida não era nada do que eu esperava, mas o fim logo elucidou minhas teorias. Além disso, gostei que o autor nos deu todo um pano de fundo coerente e interessante em relação ao passado do Norman e seus traumas. No geral foi uma leitura muito agradável, sem enrolação e descrições exageradas, tudo estava onde tinha que estar e o ritmo casava muito bem em cada contexto e intenção das cenas.
comentários(0)comente



Sara.Romanha 24/01/2024

FIM
é um livro bom, nunca vi o filme mas agora deu vontade de ver. consegui descobrir o plot e ainda fiquei surpresa com o final. enfim, muito bom.
comentários(0)comente



Erica201 23/01/2024

Um clássico
Sinceramente, no início eu fiquei extremamente receosa de não ser uma obra com a qual iria gostar, por não ser um gênero em que eu esteja habituada a ler com frequência. Mas contra todos os meus receios, o desenrolar da história me prendeu de uma forma que eu não esperava, tanto que li em pouco tempo. Então é um livro que eu recomendo.
comentários(0)comente



thaeasy 22/01/2024

Eu nunca vi o filme, então não sabia o que esperar. A única coisa que conhecia sobre a história era a famosa cena no banheiro (e que se passava em um hotel/motel). Infelizmente consegui adivinhar o plot do final no início do livro, mas não foi porque a escrita deixou a desejar, e sim porque é o quarto livro que eu leio no trimestre que tem o mesmo plot. Mas mesmo assim foi incrível a leitura e não deixou a desejar.
comentários(0)comente



Julia5285 21/01/2024

Um marco para o terror
Esse livro foi um propulsor para o terror em sua época e mesmo décadas depois continuaria a inspirar histórias macabras que envolvem serial killers.

No geral é muito bom e a leitura é leve, e o final foi muito adequado. Achei essa edição da darkside maravilhosa porque inclui várias cenas do filme de 1960 que foi inspirado no livro.

Só um adendo para quem curte terror ou, como no meu caso, séries de investigação criminal com foco em psicopatas: o livro não vai ter surpresa nenhuma e na página 25 você já vai saber como vai ser todo o desenrolar da história, o plot twist e o final. MAS isso não é algo ruim.

Esse livro é incrível porque foi a fonte de informação para o que imaginamos ao pensar em um psicopata hoje em dia, e para muitas histórias envolvendo um personagem psicótico. O mais legal é que quando eu comecei ele não fazia ideia disso então foi mega divertido encontrar as referências enquanto lia.

Tais como o recluso que tinha problemas severos com uma mãe dominadora, a parte de espiar por trás de uma fresta porque não tem coragem e confiança o suficiente para olhar uma mulher nos olhos, a taxidermia que algumas vezes na literatura e no cinema é associada a um indivíduo perturbado, a fascinação e fanatismo pelo satanismo, sadismo, ocultismo e por aí vai? as múltiplas personalidades em que uma delas é quem mata, etc.

Quem se interessa pelo assunto vai amar encontrar alguma dessas cenas e pensar ?já vi isso antes, então foi com esse livro que tudo isso começou?

É interessante por ser um livro baseado num assassino real cujo as atrocidades ditariam o horror moderno devido sua peculiaridade, porque na época não se sabia muito sobre como a mentes desses indivíduos doentes funcionava e o livro aborda muito essa questão da doença mental.

Enfim, recomendo.
comentários(0)comente



juliana 19/01/2024

Psicótico.
Gostei muito que a escrita desse livro me prendeu de jeito. não fiquei entediada e até me vi ansiosa pra saber do desfecho. muito bom apesar da simplicidade, a história é bem instigante.
comentários(0)comente



1484 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR