O Diário de Rywka

O Diário de Rywka Rywka Lipszyc




Resenhas - O Diário de Rywka


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Anna na biblioteca 26/07/2015

Importante registro da vida no Gueto de Lodz pelo olhar de uma adolescente
Neste comovente diário, conhecemos Rywka Lipszyc, uma adolescente judia de 14 anos, que registra em torno de 100 páginas, toda a sua experiência de sobrevivência no período da Segunda Guerra Mundial.

"Aos catorze anos, ela foi arrancada da vida que conhecia antes da guerra (a casa onde passara a infância, a escola, os amigos, a família e todos com quem se relacionava) e jogada no ambiente hostil do gueto. Foi morar num apartamento lotado, compartilhado com parentes que não a entendiam, nem gostavam dela."

Confinada no Gueto de Lodz, revela seu dia-a-dia de trabalhos forçados, dificuldade de convivência, decepções, fome, frio e sentimentos de angústia, desamparo, incompreensão, revolta, solidão e saudade.

"Minha angústia está crescendo...Há cada vez mais angústia em mim... A única coisa que poderia aliviaressa sensação está longe... Cada vez mais... Como devo agir? Me desfazer em pedaços? Não! Não posso. Esperar pacientemente? Ah, é demais! É estressante!Ah, estou com medo de não conseguir mais!Grito com toda minha força: Aguente! Porque isso é o mais importante. E o mais difícil! Deus! Que luta! Que luta terrível! Não posso desistir! Mas quem está pensando em desistir?... Ah, sinto que estou afundando em um pântano cheio de lama... e... não consigo sair. Não! Não vou deixar isso acontecer! Vou me esforçar ao máximo!Mas estou dominada pela exasutão!Ah, como posso brecar tudo isso? Quem pode me ajudar? esse gueto é um inferno terrível. (23 de fevereiro de 1944)"

Um relato intenso de seu sofrimento físico e da correlação com suas emoções. A influência dos acontecimentos cotidianos em sua esperança quanto à guerra, da cobrança quanto suas próprias atitudes e responsabilidades, da hostilidade, ao desmascarar a cruel individualidade em tempo de sobrevivência, e ao mesmo tempo, a descoberta de uma amizade intensa com Surcia e a importância da fé.

"Posso confiar em Deus sempre e em qualquer lugar, mas tenho que ajudar um pouco, pois nada acontece só por acontecer! Mas sei que Deus vai cuidar de mim! Ah, que bom que sou judia, que fui ensinada a amar a Deus... Sou grata por tudo isso! Obrigada, Deus!"

Os desabafos de Rywka denotam momentos onde percebi a mentalidade de uma adolescente e outros onde aprofunda sua reflexão sobre as pessoas e a vida. Revelam também a importância do ato de escrever, como uma necessidade de expor e organizar seus pensamentos. Maravilhoso!

Gostei muito da maneira que o livro foi organizado. Dividido em quatro partes, sendo a primeira uma introdução muito esclarecedora que contextualiza o diário e ricamente ilustrada. Na segunda parte, temos o diário propriamente. Na terceira, há esclarecimento sobre Lodz, desde antes da eclosão da guerra e durante seu funcionamento como gueto. E na última parte, há uma intensa pesquisa pelo destino de Rywka.

Seu diário é considerado um importante registro da vida no Gueto de Lodz, um dos mais terríveis e de longa duração durante este período.

Adorei a capa e diagramação! Um trabalho maravilhoso!
Recomendo este livro para aqueles que se interessam pelo tema do Holocausto.

site: http://arvoredoscontos.blogspot.com.br
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Eliane406 10/01/2024

Relato de uma adolescente que sobreviveu no gueto de Lodz
?1 minuto de silêncio por todas as pessoas que perderam suas promissoras vidas em uma guerra inútil e burra. Nada nessa vida me faz aceitar a perda de todas essas pessoas, não só os judeus, mas todos que lutaram contra um dos piores monstros nascidos nesse mundo e que com outros monstros extirparam várias vidas inocentes.

?O Diário de Rywka faz parte de todos os relatos e diários encontrados depois da guerra, muitos relatos enterrados em latas para que o futuro conhecessem essas pessoas, integrantes dos Sonderkommando eram quem guardavam esses documentos, eles eram prisioneiros obrigados a acompanhar os judeus às câmaras de gás, remover seus corpos para os crematórios e dar fim as suas cinzas. Isolado do restante do campo, trabalhavam sobre pressão psicológica, emocional e espiritual indescritível.

?Sobre o Diário: chegou as mãos da editora através de Anastasia Berezovskaya, em 2008, ela é neta de Zinaida Berezovskaya, médica do Exército Vermelho que descobriu o Diário de Rywka nas ruínas dos crematórios de Auschwitz-Birkenau em junho de 1945.

?Sobre Rywka: era é uma menina de 14 anos, morada de Lodz, uma das maiores cidades da Polônia, muito moderna, com grande diversidade cultural e vida promissora e que viu tido virar um ingmferno na terra com a chegada da guerra, transformaram Lódz em um gueto, onde os que viviam por lá eram simples escravos dos alemães, vivendo em condições sub humanas, mulheres e crianças, Rywka foi incentivada por uma amiga a escrever seu diário em busca de alguma fuga, ela trabalhava em uma oficina de costura e tinham que sobreviver das escassas rações de comida.
?Muita tristeza.
?Além dos relatos de Rywka, a editora disponibilizou muitas imagens e uma boa pesquisa sobre a cidade, e sobre o aconteceu com Rywka, sua irmã e suas primas.
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Math 13/12/2016

Fantástico! Não sei o que me prendeu mais ao livro, se foi o relato do esforço dos historiadores para montar diário, ou o diário em si! Rywka é uma adolescente sonhadora e havia horas na leitura em que os sentimentos pareciam ser repassados ao leitor, ela escreve com tanta... Sinceridade que faz do diário um verdadeiro poço de amarguras, anseios e frustrações, dona de uma fé inabalável Rywka já virou estrela na minha prateleira!
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Bianca 05/06/2017

Documento histórico
Rywka foi uma menina judia que sofreu na Segunda Guerra Mundial e manteve um diário entre outubro de 1943 e abril de 1944, no qual escreveu suas impressões, medos e pensamentos acerca da situação política e social da época. Órfã, assumiu o papel de mãe aos 14 anos para cuidar de seus irmãos enquanto morava no gueto de Lodz (local onde os judeus poloneses moravam). A garota descreve os conflitos internos, a falta de motivação para viver, a fome e vários detalhes da guerra.

O diário, em si, é pessoal e não traz uma abundância de informações sobre a época. No entanto, a forma que esse documento foi preservado e recuperado é que me chamou a atenção. O diário de Rywka foi enterrado perto de um crematório de judeus, para que não fosse destruído. Uma médica soviética o encontrou e o guardou e, anos mais tarde, sua neta o compartilhou com historiadores, que deram início às investigações e começaram a solucionar os mistérios que o caderno carregava. O processo foi longo e delicado. Toda a obra contém notas de rodapé que mostram significado de palavras e explicações de Ewa Wiatr, que viveu com Rywka. Além disso, o início do livro é dedicado à tradutora, que interpreta o diário com trechos e fotos antes mesmo de apresentar o que é de autoria de Rywka. No final, a historiadora Judy Janec conta como foi o processo de busca interpretação do diário, mistérios envolvidos e a questionamento pelo o que de fato aconteceu com a garota judia, que terminou seu diário no meio de uma frase incompleta.

É mais uma obra nascida no meio de uma das maiores guerras da história, e mais uma prova de que isso nunca mais deve acontecer.
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Michelly21 16/10/2022

Comovente, forte e de uma dedicação enorme dos historiadores.
Li esse livro em um dia e me emocionei diversas vezes.
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