Cilmara Lopes 23/06/2017Um trabalho bem peculiar!Logo nas primeiras páginas, um casal está dançando e conversando, tudo é dinâmico, mas sem perder as ligações de roteiro, e logo tudo é interrompido pelo grito "Elsie!"
E foi assim de início que percebi que essa grafic novel seria bem fora do comum.
Aos 86 anos Jules Feiffer, escreve sua primeira hq, já então muito conhecido nesse meio, como também na literatura, cinema e teatro.
Vale ressaltar que nos anos 40 ele foi assistente de Will Eisner, onde produziu o roteiro "The Spirit ? A história de Gerhard Shnobble."
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. "Mate minha mãe", no seu estilo noir, conta a história de Artie e Annie, e uma certa obsessão de Annie por querer matar a própria mãe, em paralelo conhecemos o detetive particular Hammond.
Os traços são soltos, como se não tivessem limites dentro da página, é elegante, tudo em prol de manter um ambiente bem detetivesco.
A mãe de Annie trabalha para o detetive Hammond, como secretaria, apenas com o intuito de desvendar o misteriosa morte do seu marido, Sam.
Há personagens enigmáticos, pitorescos, que acabam se tornando muito relevantes para a história.
Tem pitadas de humor irônico, mas o que prevalece são as diversas reviravoltas que ficam perfeitas com essa arte tão hermética.
Uma ótima leitura, sem dívidas.
Se você também curte hqs undergrounds, essa com certeza, vale sua atenção!