elle carmo 05/04/2020
pra ler com uma caixa de lenços
com toda certeza esse foi o livro que mais me fez chorar na vida. e isso desde as primeiras páginas. quando o comprei, li a descrição bem por cima e achei que fosse uma ficção, mas quando comecei a ler, meu amigo, de ficção não tinha nada. era uma história real, e triste é pouco pra descrever. mas ao mesmo tempo traz uma leveza...
ela começa a nos descrever o cotidiano da família de uma forma que dava vontade de fazer parte dela. e então de repente tudo acontece e não tem como a gente não desmoronar junto.
uma das coisas que mais me tocou, foi a sinceridade que a autora expressou suas fraquezas, incertezas e dúvidas. se eu tivesse que descrever essa obra em uma palavra, seria: "humana". sim, uma obra com a essência humana, de uma pessoa com defeitos e qualidades, que tentou ser boa e causou algo ruim, de alguém que se arrepende, que quer desistir, mas vai seguindo em frente pois sabe que contam com ela. humana.
uma das minhas partes favoritas foi o poema do pai bem no finzinho do último capítulo, chega fez as lágrimas caírem mais uma vez.
ler o final foi como estar numa estação de metrô, o trem passa e some ao longe, num minuto já não está mais aqui, mas a viagem não acabou, o metrô continua, a vida segue.