Resenhas - Os Dois Mundos de Astrid Jones

Brunna 25/05/2015

Queria ter pelo menos 1% da habilidade que a A. S. King tem com as palavras
Estudante do último ano do ensino médio, Astrid Jones mal vê a hora de tudo finalmente acabar. A jovem vive em uma cidadezinha que se preocupa muito mais com fofocas do que com o próprio umbigo. Ela está cansada desse lugar que parece parado no tempo e, assim que se formar, pretende ir embora sem nem mesmo olhar para trás.
Enquanto isso não acontece, Astrid vai à escola, tem aulas detestáveis (como Trigonometria) e fascinantes (como Filosofia), edita a revista literária, fica à sombra da melhor amiga popular e ouve os alunos falando uns dos outros. Aos finais de semana, trabalha limpando camarões. No tempo livre, ela faz atividades do colégio, lê livros e, deitada na mesa de piquenique que fica no quintal de casa, observa os aviões lá no céu. Nada de muito interessante acontece nos dias dela.
Aparentemente todo mundo sabe a qual lugar pertence, menos Astrid. A garota é um amontoado de questionamentos e incertezas. E as pressões que recebe da mãe insenssível, do pai aéreo, da irmã desinteressada e de todas as outras pessoas que convivem o mínimo com ela não ajudam em nada. Só resta a Astrid enviar todo amor que possui aos passageiros dos aviões que sobrevoam a pequenina cidade cheia de defeitos em que vive. Ou talvez não...
Queria ter pelo menos 1% da habilidade que a A. S. King tem com as palavras. Assim eu saberia exatamente o que dizer para convencer todos a lerem Os Dois Mundos de Astrid Jones, obra que eu jamais esquecerei.
Com narrativa extremamente sensível e comovente, a autora construiu Astrid Jones, personagem altamente identificável. Esta está se encontrando, não consegue se encaixar em um rótulo e não tem certeza de nada. Ela imagina que t-o-d-o-s irão julgá-la se o seu interior for revelado. Quem mais se sentiu/sente assim? E ela amadurece tanto durante a trama que até fiquei orgulhosa!
As questões filosóficas abordadas ao longo da história são muito interessantes e pertinentes. Tudo é tratado de maneira leve, agradável, mas bastante preciso e claro. A. S. King não peca em momento algum, muito pelo contrário: ela simplesmente acerta em todos os mínimos detalhes do livro. Foi o primeiro romance dela que li e afirmo com toda certeza que quero ler todos.
Acredito que Os Dois Mundos de Astrid Jones deveria ser lido por todo mundo. Não importa se o leitor tem 13 ou 31 anos, pois os temas aqui abordados são sobre o ser humano e as convicções e estereótipos que (não) temos. Isso tudo é relevante, não?

site: www.myfavoritebook-mfb.blogspot.com.br/2015/05/resenha-os-dois-mundos-de-astrid-jones.html

Pietra.Chiquetto 08/10/2021

não gostei, achei bem nhe, tem muitas partes MUITO problemáticas, com relacionamento abusivo e tal, não recomendo

Ted 30/04/2021

Astrid é doida
Esse livro começou com uma confusão na minha cabeça, Astrid Jones é uma personagem que tem diversos pensamentos e devaneios, levou um tempo pra eu me acostumar e entender o que estava acontecendo.
A autora conseguiu criar uma narradora bem ambígua, por vezes Astrid é extremamente carismática e outras tira a paciência de qualquer um. E fora a narradora a história não teve nenhum personagem muito envolvente.
O livro tem muitas situações divertidas e que são bem condizentes com a realidade, as questões abordadas foram bem desenvolvidos, principalmente toda a pressão e os conflitos que a personagem passa.
É um livro meio confuso nas primeiras páginas, mas fica bem fácil e leve de ler, mesmo que por momentos apresenta questões importantes, a forma como é narrado é leve, sem deixar de ser necessário.

lihgsilva 20/06/2021

Esse livro é cativante. Aborda temas importantíssimos e que merecem reflexão de forma bem leve. A Astrid é uma personagem real, o que torna toda a jornada de descoberta ainda mais empolgante, você se identifica com tudo o que está acontecendo ali. Panfleto esse livro pra todo mundo que me conhece.

hirna 04/09/2021

Mando meu amor para este livro ?????
?Não é tão simples como vocês estão fingindo ser. Não acho que toda pessoa gay pode ser claramente definida e colocada em uma caixinha, sabe??

Juro que acreditei que seria bom, no entanto me deixou estupefata ????????

Todo a contextualização filosófica e a trama desenvolvida a partir das "viagens" pelos dois mundos da Astrid é definitivamente fascinante e excelentemente aplicada. Não tem uma maneira de não se sentir na pele da protagonista, porém acho que temos muitos pontos em comum, então isso colaborou bastante com a experiência, por exemplo, fiquei apaixonada na vibe "transparecer a calma, por dentro explodir" É TÃO EUU ?

Salvei diversos pontos desse livro, entretanto existiram coisas que me marcaram muito, como o fato de ela distribuir amor, explicando que esse era o amor ideal, um amor livre; a relação dos pais dela e em como ela não deseja repetir os mesmos erros, e principalmente o modo como se demonstra que nem todo mundo NASCE SABENDO que é LGBTQIAP+, para mim foi extremamente relevante, porque acho que esse discurso nos aprisiona, por toda a questão da heteronormatividade, heterossexualidade compulsória e os espantalhos da tal ideologia de gênero, não é mesmo? (hétero sendo maioria, porém a gente que tá convertendo AH TÁ kkkk) Mas são apenas alguns exemplos, que deram/dão margem para que muitos de nós não alcançássemos quem nós realmente somos, por isso é importante ressaltar a importância do autoconhecimento, das reflexões, dos nossos questionamentos, que é o que geralmente nos encaminha para o processo de autodescoberta, considerado fundamental em nossas vidas.

Portanto, esse livro vai ficar no meu coração, por tudo que me ofereceu que foi sensacional e tão leve de um jeito que nunca vou conseguir descrever, vai ficar só na tentativa mesmo kkkk

??????
?"Chega! Tá? Não me importa quem sabe que sou gay! EU SOU GAY! Tá bom? SOU GAY,
POXA!" ?????? Mando meu amor para Astrid Jones ?

yastopias 04/07/2021

Astrid Jones é como eu.
Apesar do curto período em que o livro se passa, posso dizer que vi o crescimento e a evolução de Astrid Jones, e senti que cresci um pouco também.

Astrid foi como uma amiga que fiz em um curto espaço de tempo, e não me senti triste de dizer adeus, sua família é disfuncional e ela apresenta varios fatores que tornam tudo tão real e palpável, e ainda sim tenta lidar com tudo de forma madura.

A melhor leitura do ano até agora!

Bea 22/10/2020

Foi um livro bem interessante de ler, principalmente as partes com os passageiros dos aviões. O final me causou emoções mistas.

nana 02/06/2021

essencial
achei esse livro tão sensível e importante! ele aborda com precisão a jornada que é se descobrir e como tudo é tão assustador e empolgante ao mesmo tempo. além disso, amei os devaneios da Astrid e seu amor por filosofia! consegui me ver muito nela. Astrid, se tiver algum universo paralelo onde vc exista, estou mandando meu amor.

P.S: só não dei 5 estrelas pq teve uma cena que me deixou incomodada e achei bem sem sentido, realmente não acrescentou nada para a história

Bru 14/05/2021

Recomendo esse livro pois foi uma leitura calma e ao mesmo tempo impactante. Todo o trajeto de Astrid me fez se conectar com a história, um livro viciante. Não posso negar que tenho planos de reler.

Ingryd 19/08/2020

Delicado e sensível
Amei a Astrid, nem sei o que dizer. Esse livro me tocou profundamente, acho muito importante esse tipo de história que dá voz a pessoas LGBT, principalmente adolescentes que é o período em que a maioria de nós se descobre. Esse processo de autoconhecimento cercado de dúvidas, receios e muitas vezes solidão é muito difícil e esse livro trouxe uma mensagem maravilhosa: VAI FICAR TUDO BEM. Seja sincero com quem você é, respeite seu tempo, se ame e dê amor sem esperar em troca, não se importe com o que os outros vão falar. Sério, esse livro é perfeito. Queria muito ter lido algo assim na minha adolescência. Tô com o coração quentinho.

Natália Tomazeli 07/10/2020

As duas coisas que me fizeram não gostar desse livro
"Você quer dizer que estamos no século XXI e esse cara é pago para ter conversas corretivas com alunos da escola sobre como eles não devem odiar os outros? Isso não é elementar? Não devia ser automático? Que tipo de espécie somos nós se precisamos de gente que venha falar sobre essa merda? E como, se somos idiotas assim, nós chegamos à lua e ajudamos a construir uma estação espacial?"

Esse era um livro que eu queria ler fazia muitos anos! E ainda por cima, eu tinha uma expectativa de que ele fosse ser uma ótima leitura, mas infelizmente não foi o caso...

Foi um livro que me surpreendeu de uma maneira muito esquisita. No início eu tava achando tudo um saco, super chato por causa da situação da protagonista, que ficava simplesmente desesperada em se assumir lésbica O TEMPO TODO.
Eu na verdade não achava que essa seria uma grande questão na história, fui com uma expectativa de que seria um livro sobre um casalzinho de meninas, no estilo que é "Simon vs a Agenda Homo Sapiens" e "One Man Guy" (só que com meninas, claro), uma historinha gostosa e fofa. Só que pra inicio, o casal do livro não é lá essas coisas. A menina crush da Astrid não é muito bem desenvolvida, não tem uma personalidade e no máximo é mostrado no livro umas cinco coisas sobre ela (sério). Então aí eu já murchei um pouco com a história. Lá pelas tantas, a menina trata a Astrid de uma maneira que eu não curti nadinha (nem a própria Astrid na verdade) e foi aí que o casal morreu pra mim. Não era shippavel e divertido suficiente pra eu gostar...

E a segunda coisa que foi decisiva pra eu não gostar da história foi que depois da metade pro final onde acontece uma merda que eu não posso citar porque seria spoiler, onde comecei a entender o terror da menina em "sair do armário". Que cidade mais horrível. E que livro mais pesado! Acho que foi isso que me surpreendeu, eu achei que seria um romancinho fofo e no fim não é nada nem parecido com isso. Sei lá, não tem como eu dizer que gostei do livro, me senti extremamente desconfortável lendo tamanha homofobia. Eu meio que sei que ela existe e tal mas já tô exausta dessa narrativa. Sei também que esse livro é de 2015 e é o que me assusta um pouco. É mais um livro pra pessoas heterossexuais lerem e pensarem "nossa como os homossexuais sofrem", não é um livro escrito pra gente se sentir bem ou pra gente se distrair com uma história fofinha. Foi sufocante, dolorido. Eu não tô dizendo que esse livro é ruim por isso, claro que não! Esse tipo de história precisa existir mas entendam que a gente que é "LGBT" já meio que vive isso todos os dias. Muitas (muitas mesmo) vezes a gente só quer ler um romancinho leve como os héteros também tem aos montes (MONTES) por aí, sem as questões dolorosas sobre como é difícil viver em uma sociedade homofóbica. Não se trata mais só sobre ter a representatividade, a gente quer e merece que vá além! E principalmente eu ter ido sem saber que o livro era sobre isso, foi o que fez com que eu desgostasse tanto de tudo.

Então eu queria deixar aqui essa resenha de aviso para as meninas que gostam de meninas: Esse não é um livro pra gente. Pelo menos não do jeito que a gente sempre quer que seja, comum, leve, feliz... Porque a gente também pode viver uma vida assim, tá? Apesar de tudo...

parzival 15/08/2021

nunca odiei tantos personagens como odiei os desse livro
a mae totalmente desequilibrada e a pressao que dee e kristina faziam na astrid era ridiculo queria bater em todos, principalmente com os que fizeram piadinhas com ela
e tambem odiei um monte de outras coisas
mas apesar de tudo Astrid Jones, gostaria de te enviar um pouco do meu amor

Lisah 01/08/2017

Certo de um jeito errado.
O enredo é ótimo, o livro me prendeu do começo ao fim e fiquei ansiosa para saber como seria o desfecho. No entanto achei que existem algumas questões tratadas no livro que foram abordadas de forma errônea. O tema principal da história é a dúvida da personagem principal sobre sua sexualidade e durante toda a trama ela sofre uma forte pressão por parte da família, da namorada, dos amigos e dela própria para decidir se é hétera ou gay, excluindo totalmente a possibilidade de ser bissexual. Em nenhuma parte do livro essa possibilidade é levantada e na minha opinião isso trás uma certa invisibilidade ao grupo. Uma das frases que mais me incomodou no livro foi "Por enquanto eu acho que sou gay", a ideologia presente no livro obriga que sejamos gays ou héteros, negando totalmente a existência da bissexualidade e para um livro que trás todo o peso de uma temática LGBT achei que foi uma falha grande da autora. A autora também faz com que "se assumir" seja visto como algo obrigatório, que quanto mais rápido for feito melhor será para a pessoa, e não acho que seja assim. Cada um tem seu tempo, conhece sua realidade e decide como lidar com isso. Não é toda família que aceita o filho numa boa quando ele se assume ou que no máximo irá coloca-lo de castigo por uns meses, tratar desse assunto com tanta banalidade chega a ser até de certa forma irresponsável. Fora isso a história é bonitinha e o final nos trás aquela sensação de que "tudo terminou bem".

the_sheeper 25/05/2021

Ritmo lento mas envolvente
Inicialmente eu estava achando a história bem arrastada. Mas depois a autora foi amarrando as coisas e tudo passou a fazer sentido. É um pouco triste principalmente ao pensar que é a realidade que muitas pessoas vivem. Ao mesmo tempo, é um grito de liberdade.

roberta.samyly 16/09/2021

confesso que esse livro me deixou bastante decepcionada, eu acreditava que fosse virar um livro fav, porém, achei bem mais ou menos. não é absolutamente ruim como também não incrivelmente bom, está num meio termo.