A Invenção de Morel

A Invenção de Morel Adolfo Bioy Casares




Resenhas - A Invenção de Morel


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Lista de Livros 13/12/2014

Lista de Livros: A Invenção de Morel, de Adolfo Bioy Casares
“Já não estou morto: estou apaixonado.”
*
“Quando queremos desconfiar, a ocasião nunca falta.”
*
Mais em:

site: https://www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2014/12/a-invencao-de-morel-adolfo-bioy-casares.html
Rosa Santana 27/04/2017minha estante
Ótimos recortes!!!




Patrick 30/07/2020

Estupefato
Não sou nenhum principiante em leitura e digo: este livro possui uma história e narração diferentes das que estou acostumado. Por isso, o adjetivo é este mesmo após terminar a leitura: estupefato.
A trama parece simples: uma fugitivo da justiça se abriga em uma ilha inóspita, aparentemente desabitada. Porém eis que, do nada, pessoas passam a aparecer, como se já habitassem aquele lugar há muito tempo.
Esse enigma a desvendar, e a forma como o autor o desenvolve, nos amarra de tal maneira ao personagem narrador, que a história que de início se apresenta confusa e morna, se torna eletrizante e perturbadora.
Nos permite uma série de analogias e interpretações, que por enquanto, cá matuto em minha cabeça.
Devo revisitar esta obra quando possível. Palmas ao argentino Adolfo Bioy Casares.
Isabela Rodrigues 30/07/2020minha estante
???


Patrick 30/07/2020minha estante
Ainda estou digerindo a leitura Isabela!


Isabela Rodrigues 30/07/2020minha estante
Imagino! É uma ótima sensação.




Roberto Ramos 01/12/2022

A INVENÇÃO DE MOREL
O que dizer desse livro?
Ou, no que pensar sobre esse livro?
Ou, ainda, será que entendi esse livro?

Confesso que não gostei. Não pela história e sim pela escrita do autor, que beira o fluxo de consciência. O personagem narra à posteridade sua história, ao mesmo tempo que dialoga com sigo mesmo. Semelhante quando falamos com nós mesmos no escondido do pensar. Sim, eu sei. E difícil descrever esse livro, melhor, noveleta. Um tico à mais de 100 pág.
Preciso ressaltar que talvez não tenha entendido o núcleo da história que o autor tentou me passar. Dessa forma não tenho repertório tão culto para falar das diversas camadas do livro e suas referências.
Alguns dizem que esse livro inspirou uma das séries que mais gosto, LOST (Exceto o final da série, ?).
Não vou entrar na trama pra não dar spoiler, o livro se lê em uma sentada.
Penso que tenho que voltar a ilha e seu personagem, uma segunda vez, num momento oportuno de espírito. Assim poderia desmarcar as camadas da cebola de Adolfo Bioy Casares.

"Sinto com desagrado que este papel se transforme em testamento. Se devo resignar-se a isso, tratarei de que minhas afirmações possam ser comprovadas, de modo que quem porventura me julgar suspeito de falsidade não possa pensar que minto..." - A Invenção de Morel
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Otavio.Guassu 17/07/2023

?Acaso não se deve chamar vida aquilo que pode estar latente em um disco, aquilo que se revela quando o mecanismo do fonógrafo entra em ação, quando giro uma chave?
Insistirei em que todas as vidas, como os mandarins chineses, dependem de botões que seres desconhecidos podem apertar?
E vocês mesmos, quantas vezes não interrogaram o destino dos homens, não acionaram as velhas perguntas: para onde vamos? Onde jazemos, como músicas inauditas em um disco, até que Deus nos manda nascer? Não percebem um paralelismo entre o destino dos homens e o das imagens??
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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

A invenção de Morel, Adolfo Bioy Casares - Nota 8/10
Achei o começo bem confuso e arrastado, mas ao longo da leitura, comecei a ficar mais pela obra. A invenção de Morel é um clássico da ficção latino-americana e narra a história de um fugitivo político, condenado à prisão perpétua na Venezuela, que busca refúgio em uma ilha misteriosa. Apesar de a ilha ser conhecida por uma epidemia letal, o protagonista se depara com um grupo de turistas nada comum, que - por algum motivo não conhecido - ignora completamente a sua presença, e máquinas que conseguem manipular a imagem e o tempo, reproduzindo realidades passadas.
Edição rara da Cosac Naify, muito bem feita (mas fiquem tranquilos que a Editora Biblioteca Azul lançou recentemente uma nova edição).

site: https://www.instagram.com/book.ster
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Amanda Teles - Livro, Café e Poesia 25/08/2020

Eu pensava que tinha uma imaginação fértil, mas depois de Morel, quem sou eu na fila do pão? ?

Gente, Casares eleva para estratosfera o que meros mortais chamam de criatividade. Digo que ele com essa história, perfeita, desafiou o tempo e a realidade de uma maneira genial, transformando a realidade eterna em fantasia sentimental. Não sei se é romance psicológico, fantasia, ficção-científica, suspense, mistério, ou tudo isso junto ou nada disso.

Para não dar spoiler é o seguinte: um cidadão da Venezuela se esconde em uma ilha deserta afim de se livrar de uma condenação da justiça. Lá ele se alimenta de raízes que dão uns efeitos desconhecidos, entre apagar e sobreviver existe a realidade e a imaginação.


Leia a resenha completa no perfil literário @livrocafeepoesia
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Tiago Mujica 04/06/2022

Um conto metafísico com acentos borgesianos.
Nas suas Memórias, publicadas em 1994, Adolfo Bioy Casares afirma que “se tivesse de escolher um lugar para esperar o fim do mundo, seria um cinema”.

A história se passa em uma ilha, é contada por um condenado náufrago que parece condenado à morte ou prisão perpétua, o que para ele dá no mesmo. Nunca saberemos como ele foi parar neste lugar, provavelmente o naufrágio de um barco, mas seus medos são grandes quando percebe que a ilha é habitada. Por várias semanas, ele se esconde, não ousando se mostrar com medo de ser descoberto e denunciado às autoridades. Mas a fome e a curiosidade vão empurrá-lo para fora do seu canto. Na praia, todos os dias, ele verá uma mulher de beleza incomum e aos poucos se apaixonará por ela. Mas quando finalmente ousar abordá-lo, apesar dos perigos que o aguardam, descobrirá um segredo que colocará em questão muitas das certezas de sua existência... a ser lido por sua brilhante originalidade e pela mensagem universal que contém.

“A Invenção de Morel” é uma história que parece abertamente dominada pela visão, pelas superfícies de projeção que a visão abre à imaginação, um romance assombrado pela escopofilia e pelos fantasmas da posse do outro pelo olhar, animado pelos jogos imaginários de revelar e esconder e ver sem ser visto. A realidade condenada a nunca ser mais do que vislumbrada (compreendida?), tanto pelo leitor quanto por seu personagem. Esta ilha, o que ela é exatamente? Existe realmente? E o protagonista supostamente fugindo de uma sentença de prisão perpétua, estaria simplesmente construindo um delírio paranoico? Se não, quem poderia ter construído, e com que finalidade, esses curiosos edifícios que ele descreve, com arquitetura minimalista e onírica ? E, sobretudo, quem se esconde atrás desse estranho grupo de personagens surgindo do nada, liderados por um certo Morel, que ele vê uma bela manhã ocupando os prédios e cruzando a ilha, obrigando-o então a se esconder nas planícies e a observar incansavelmente durante suas estranhas idas e vindas...

Adolfo Bioy Casares escreveu um romance emblemático, considerado ao mesmo tempo uma das grandes obras-primas da literatura fantástica sul-americana de do século XX e, da mesma forma que “Ficções” e “O Aleph” de Borges, que também surgiram na década de 1940, como um dos precursores do movimento anos mais tarde conhecido como “realismo mágico”.

Este livro é uma parábola sobre um sentimento que domina a maioria dos homens, o medo da morte. Bioy Casares deu aqui a sua visão de imortalidade: a eterna reapresentação de um momento feliz. Podemos entender que quem não gostaria de reviver os momentos mais bonitos de sua vida para sempre?
Bioy Casares se mostra não apenas um contador de histórias muito talentoso e perspicaz, sabendo perfeitamente como prender e manter seu leitor em suspense, mas também um formidável ilusionista, como seu grande amigo Borges. Ao sobrepor os pontos de vista espaço-temporais, ao colocar seu leitor na posição de espectador ajustado temporariamente na entrada da caverna de Platão, ele acaba por conduzir o seu protagonista e também o leitor à ilusão de que essência e existência, espírito e matéria , finitude e imortalidade poderiam um dia deixar de ser radicalmente opostas, poderiam aproximar-se, reconciliar-se, fundir-se num só e mesmo espaço-tempo, perpetuamente unidos.
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RafaelM 15/03/2021

Meu segundo livro do Casares.
Minha primeira leitura de Casares foi o livro O Sonho dos Heróis, da Tag/maio do ano retrasado e já tinha o classificado como um dos meus livros favoritos pelo jeito como o autor "escreve/conduz" uma vida/linha paralela em sua obra. Recentemente achei num sebo esse outro livro dele, e por uma pechincha rs, então pela "moral" que ele tinha comigo pelo primeiro escrito comprei.. E valeu,valeu.
Gosto de ler qualquer livro com base na época em que ele foi escrito, e Bioy Casares é um autor atemporal. Tanto que desse livro foi a base/inspiração para o seriado Lost.
Enfim, dois de dois, cem porcento até aqui. Indico a leitura.
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Olgashion 18/08/2023

Uma história de um fugitivo que ora pensamos que está em algum lugar similar ao Triângulo das Bermudas, ora está sendo perseguido para ser levado à prisão

Tem umas viradas muito boas
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13marcioricardo 24/12/2023

Realismo Fantástico
Obra que mescla vários gêneros. Apesar de um grande como José Luís Borges o ter classificado de perfeito, eu não me atreveria a tanto. Claro, existe uma grande probabilidade de ele estar mais certo que eu, mas prefiro ser autêntico e correr o risco... Entretanto, a ideia que dá vida ao livro é bem diferenciada.
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Will 03/08/2021

Paranoico ou, de fato, perseguido?
Uma história narrada em 1a pessoa sobre um protagonista sem nome refugiado em uma ilha deserta. Mas nessa ilha começam a acontecer coisas estranhas, como o surgimento de intrusos que inquietam o nosso herói.
Em um misto de voyeurismo e irritação por esses intrusos, o protagonista entra em uma espiral de suspeitas, arrastando o espectador junto.

O mais incrível é que, em determinado momento, muda-se o gênero literário; é um plot twist bem curioso e interessante.

É um livro bem original e que vale a leitura.
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Loh Valente 30/12/2022

É....
Fiquei bem confusa com a história, me perdi em alguns momentos, parecia uma coisa, mas era outra...
Não foi pra mim, mas não quer dizer que tenha sido ruim, foi bom, inclusive gostei de uma parte um pouco antes do final.
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Livia.Escudeiro 17/06/2021

“Creio que perdemos a mortalidade porque a resistência à morte não evoluiu, seus aperfeiçoamentos insistem na primeira ideia, rudimentar: manter o corpo inteiro. Só se deveria buscar a conservação daquilo que interessa à consciência”.

Um homem condenado a morte foge para uma ilha deserta protegida por uma barreira de corais que é foco de uma misteriosa doença, que mata de fora para dentro. Após alguns dias no local, percebe que não está tão sozinho assim, há um grupo de pessoas no local e entre eles está Morel e Faustine, por quem passa a sentir uma estranha ligação. A princípio, o fugitivo os observa de longe, mas, ao tentar se aproximar de Faustine, percebe que não pode ser visto por ela nem pelas outras pessoas. Paro por aqui para não estragar, mas o final é perfeito!

Um livro sobre imortalidade e os limites do real, considerado um clássico do realismo fantástico latino (elementos mágicos, da imaginação, colocados como parte da realidade). O texto é enxuto e faz parecer que está faltando coisas, que vão sendo colocadas pelo leitor. O fantástico está na linguagem e na forma como foi construído o texto, incomoda.

É escrito em primeira pessoa, na forma de diário, mas mesmo antes de o fato principal se mostrar, o leitor percebe que há algo estranho: o homem está imaginando? está morto e é um fantasma? sendo um condenado, está sendo fiel na narrativa do diário? essa última dúvida é reforçada por um editor fictício que faz notas corrigindo alguns fatos narrados no diário, tudo muito bem construído.

Casares foi um escritor argentino, casado com a também escritora Silvina Ocampo e muito ligado a Borges, que o incentivou a escrever. Achei essa edição num sebo e, infelizmente, não tem o prefácio escrito por Borges, mas valeu a pena :)


site: https://www.instagram.com/p/CQOWc6djI1N/
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Maíra Marques 16/09/2020

O que é realidade e o que não é?
Foi meu primeiro contato com o escritor e, sem dúvidas, é um dos melhores e mais bem escritos/pensados livros que já li. Não posso dizer que é "A HISTÓRIA", mas a imaginação do escritor e como os fios da trama vão se conectando faz dele uma excelente leitura. Acabei o livro com vontade de conhecer um pouco mais (vida e obra) desse escritor argentino. Único ponto negativo é que o começo do livro é um pouco arrastado.
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Tiago Ceccon 22/04/2016

Creio que a maior parte dos leitores brasileiros, como foi o meu caso, chega a Casares através do seu compatriota e parceiro literário Jorge Luis Borges. E esse romance me parece o mais propício como caminho de entrada em sua obra, visto que é impossível ignorar uma trama que o próprio autor das Ficciones qualifica como "perfeita". Embora seja uma grande injustiça examinar um autor à luz da obra de outro, a comparação entre esses dois em específico acaba sendo inevitável, especialmente levando em consideração que é o primeiro livro que leio de Casares.

Notei um estilo bem semelhante ao de Borges, tanto na beleza e precisão das frases quanto na construção ao mesmo tempo lógica e surreal da trama. À narrativa em primeira pessoa contrapõem-se a natural inconfiabilidade do narrador (aqui por várias vezes explicitada, seja pelo protagonista que constantemente se repreende por ter tirado conclusões obviamente ridículas, seja por notas de rodapé de um editor contradizendo o relato) e a própria natureza única do personagem, um fugitivo político latino-americano que aparenta ter uma vasta bagagem cultural e certa tendência ao cômico viés patético dos românticos exacerbados. Cria-se assim um jogo de aproximação e distanciamento que gera uma tensão constante ao longo de toda a extensão da narrativa. Vendo a nossa presença negada tanto no plano mais próximo da ação (pela impossibilidade de entrar completamente na pele do protagonista) quanto no plano mais distante (pela não apresentação de um discurso objetivo, em terceira pessoa, que desmistifique o todo), somos deixados em um terceiro lugar, como em um canto esquecido da sala, sempre esperando o momento definitivo de se colocar de um lado ou de outro, sempre esperando com ansiedade o próximo passo.

Classificar A Invenção de Morel como um romance policial me parece um erro categórico; como "ficção-científica", uma ingenuidade. Na verdade trata-se de uma exploração da condição humana que emprega um vastíssimo leque de elementos, tirados tanto dos gêneros já citados como do universo das utopias, da sempre irreconciliável questão da loucura, do enervante convívio com o duplo, entre muitos outros. A erudição aplicada - em contraste com a estéril erudição enciclopédica que infelizmente é tão mais comum - de Casares transparece aqui na facilidade com que todos esses campos do saber aparecem como constituintes inerentes à narrativa, sem que ela jamais se perca na exploração de qualquer um deles. Esse é o mesmo tipo de transcendência que encontramos nos melhores trabalhos de Borges.

Devido a isso, a leitura se torna acessível a praticamente qualquer interessado, sem depender de um conhecimento (ou interesse) prévio de qualquer uma dessas tradições. No entanto, não creio que seja necessário dissuadir os leitores de gêneros específicos que por ventura se interessem por esse romance. Há bastante do assombro fantasioso proporcionado por uma tecnologia ainda fora do alcance para agradar os amantes de ficção-científica. Há bastante da calejada exploração racional de um mistério aparentemente insolúvel para agradar os amantes dos romances policiais. Há bastante das angústias de um personagem complexo apimentadas pelo jogo de situações incontroláveis para agradar os amantes dos romances psicológicos.

Sobretudo, há bastante da precisão estilística e da profundidade espiritual para acender na maioria dos leitores o desejo impulsivo de procurar conhecer mais a obra desse fantástico escritor.
Fabius 03/01/2017minha estante
Excelente resenha, precisa como a novela do Bioy ;)


Rosa Santana 27/04/2017minha estante
Excelente sua? resenha! Parabéns!
Esse é meu terceiro Casares. Gosto sempre e tanto que no Cementerio de la Ricoleta, em Buenos Aires, fiz questão de ir ao seu túmulo, levar flores a quem me encanta. A quem encanta ótimos leitores como vc!




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