O paciente inglês

O paciente inglês Michael Ondaatje




Resenhas - O Paciente Inglês


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Silvana (@delivroemlivro) 29/05/2018

O tempo nos faz pacientes
Quatro pessoas que dividem o espaço mas que raramente habitam o mesmo tempo: um vive no passado, outro se agarra ao presente, ela oscila entre dois tempos, ele prefere não pensar no assunto: o tempo pouco importa. A circunstância que os uniu: a Segunda Guerra Mundial. O que vai separá-los? O autor vai respondendo com uma prosa rica, envolvente, elegante no decorrer do livro.

Um amor vivido, um amor lembrado, a erudição do misterioso paciente, a ingenuidade do competente soldado indiano, a melancolia esperançosa da enfermeira, a consciente inadequação do gentil ladrão: arrependimentos, rancores, traumas, tensões: pessoas danificadas, imperfeitas, fascinantes!


"Julho, 1936.

Há traições na guerra que são pirraças de criança quando comparadas com as nossas traições em tempo de paz. A nova amante se integra aos hábitos do outro. As coisas são despedaçadas, expostas a uma nova luz. Isto é feito com frases nervosas ou ternas, embora o coração seja um órgão de fogo.

Uma história de amor não trata daqueles que perderam o coração, mas sim dos que encontram aquela criatura taciturna que, quando cruza o nosso caminho, não deixa mais que o corpo engane a ninguém e a nada - de nada valem a sabedoria do sono ou o costume das mesuras sociais. A pessoa consome a si mesma e ao seu passado."
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Mr. Jonas 03/02/2018

O paciente inglês
No final da Segunda Guerra Mundial, numa villa abandonada na Itália, quatro pessoas vivem um encontro inusitado: uma jovem enfermeira cuja vida foi devastada pela guerra; um inglês desconhecido e moribundo, sobrevivente de um desastre de
avião; um ladrão cujas “habilidades” acabaram por fazer dele um herói de guerra; e um soldado indiano especialista em desmonte de bombas, a quem três anos de guerra ensinaram que “a única segurança está em si mesmo”.O livro revela os caminhos e detalhes de quatro vidas capturadas e modificadas e agora inextricavelmente ligadas pelas circunstâncias brutais e improváveis da guerra. Em 1996, foi levado às telas pelo diretor Anthony Minghella e recebeu nove prêmios Oscar, inclusive o de melhor filme.
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@fabio_entre.livros 14/09/2015

Um panorama inusitado... e indispensável
Gosto de filmes dramáticos que possuam um forte contexto histórico, especialmente aqueles que se passam durante ou nos intervalos entre as Grandes Guerras; há pouco tempo assisti a “O paciente inglês”, de Anthony Minghella e vários aspectos do filme chamaram-me a atenção, da consistência do roteiro aos aspectos técnicos, como a magnífica fotografia. E, como ocorre com todos os filmes de que gosto particularmente, senti a necessidade de conhecer a obra literária que deu origem a esta significativa produção cinematográfica.
Assim, li o livro de Michael Ondaatje e as impressões deixadas são tão distintas que é difícil expô-las de modo imparcial. Como já é sabido, a obra se passa numa villa italiana devastada pela Segunda Guerra e agora abandonada, exceto pelos quatro personagens peculiares que se encontram inusitadamente naquele lugar, e sobre as quais gira a trama: Hana, uma enfermeira que decidiu ficar na villa quando todos foram embora; o “paciente inglês”, um homem ferido, vítima de um desastre aéreo, de identidade desconhecida, de quem Hana está cuidando; Kip, um indiano especialista em desarmamento de explosivos, que acaba de chegar à villa; e Caravaggio, um espião/ladrão italiano, que conhece Hana desde a infância dela. Estes personagens tão heterogêneos são ligados de forma intrincada na narrativa belíssima de Ondaatje, que une suas vidas e seus destinos com o fio do perfeccionismo literário. Digo isso porque o romance se projeta em várias camadas temáticas e de estilo, obtendo êxito em todas; assim sendo, “O paciente inglês” é um romance histórico, mas também psicológico, de espionagem e com flertes às histórias de aventura e amor.
O autor alterna brilhantemente – às vezes em períodos ou parágrafos consecutivos – pontos de vista do narrador em 3ª e 1ª pessoa (de cada personagem); em ambos os casos, vasculha os recônditos psicológicos deles, sobretudo do “paciente inglês”, revelando aos poucos e sem seguir uma ordem cronológica, seu passado e seu conturbado relacionamento extraconjugal com Katharine Clifton, que, por sinal, é o foco maior da versão cinematográfica.
A escrita de Ondaatje é fascinante, em termos de linguagem, elegante e poética, densa e dotada de tamanha sensibilidade e inteligência que por vezes me fez lembrar do estilo de Ian McEwan em sua melhor forma, no livro “Reparação”. A obra é repleta de referências históricas que se mesclam à ficção de modo quase inextricável, o que confere à trama uma verossimilhança espantosa. Outro ponto relevante no livro é a riqueza de referências literárias de áreas específicas – como geografia e história – e da literatura universal, como John Milton e Tolstoi. Escrito num estilo crivado de metáforas e outras figuras de linguagem que conferem beleza e profundidade à história, Ondaatje constrói um poderoso panorama de vidas cujas perspectivas foram irreparavelmente arrasadas pela brutalidade da guerra.
Embora seja um romance relativamente curto, com pouco mais de 200 páginas, é, sem dúvida, uma obra monumental em conteúdo. Para quem também gosta de obras densas com sólidas bases históricas e, de quebra, com um excepcional delineamento psicológico dos personagens, “O paciente inglês” é indispensável.
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Psychobooks 07/02/2015

Enredo

O livro começa narrando uma cena em que sabemos que estamos num casarão abandonado na Itália, em 1944 e que em um dos quartos encontra-se um homem com o corpo completamente queimado, sem conseguir se comunicar com ninguém. Também saberemos que há uma pessoa, uma mulher, que cuida dele, mas não sabemos qual a relação entre os dois nem o que os levou àquela situação.

Posteriormente somos apresentados aos personagens principais. Hana é uma enfermeira que serve ao exército de seu país no campo de combate. Em uma missão de deslocamento de uma cidade a outra, ela se voluntaria para cuidar de um paciente que está em condições graves e que não pode seguir viagem junto com a tropa. Para isso, ela habitará um casarão abandonado numa villa, uma espécie de aldeia, no interior do país que está repleta de minas explosivas deixadas pelo exército alemão. À medida que vai recobrando a memória, seu paciente vai lhe contando fatos de sua vida e explicando as motivações que o levaram à situação em que está naquele momento.

O paciente, que é colocado como inglês mas que na verdade tem nacionalidade húngara, começará a narrar o seu passado, o que envolve um tórrido romance com uma mulher casada e uma trama envolvendo o exército da Alemanha no período pré-guerra.

Narrativa
A história tinha tudo para gerar um grande livro, mas é nesse ponto em que há o maior pecado. O autor usa de uma narrativa não-linear, colocando os fatos da trama principal de forma aleatória, sem seguir uma linha do tempo. Ora temos uma cena do passado remoto do paciente, ora temos uma mais recente, e assim por diante, de forma a criar uma série de fragmentos que tem que se conectar na cabeça do leitor para que se crie uma linearidade entre eles. Por isso, a leitura desse livro é extremamente complexa.

O vocabulário usado por Ondaatje também é muito rebuscado. Em alguns momentos ele usa de aforismos demasiados para explicar uma coisa simples, que poderia ser dita com poucas palavras, de forma mais objetiva. Outro ponto que me deixou confuso durante a leitura foi o fato do autor misturar as narrativas em primeira e terceira pessoa dentro de um mesmo parágrafo, às vezes até mesmo em frases sequenciais. Isso fez com que eu tivesse que reler várias vezes alguns trechos do texto para conseguir compreendê-lo.

O romance em si é bem desenvolvido, a história é boa e o final é emocionante, mas a forma como ela foi contada e a escrita arrastada e demasiadamente rebuscada do autor faz com que terminar o livro seja desgastante.

Adaptação para o cinema
O livro foi adaptado para o cinema em 1997, ganhando o Oscar de melhor filme do ano, dentre outras 8 estatuetas. Assisti a adaptação e o que mais gostei foi a forma como o diretor organizou as cenas para que o espectador entendesse a história. Na adaptação se intercalam as cenas do passado do paciente, seu romance e sua relação com a guerra, com o seu momento atual, debilitado e sendo tratado por Hana. Isso fez com que eu entendesse alguns pontos da história que eu não tinha conseguido com a leitura.

Tecnicamente o filme é bem feito, com um excelente trabalho de fotografia e de maquiagem, mas achei a trama toda muito estendida e a duração muito longa. Se fosse encurtado, talvez ele tivesse uma fluidez melhor da história.

Considerações
O Paciente Inglês era um livro para o qual eu tinha boas expectativas com relação ao seu conteúdo, por tratar de temas que eu adoro em tramas de ficção, como as grandes guerras mundiais. Porém, o autor tentou rebuscas tanto o livro que acabou tornando a leitura chata e arrastada. Percebe-se que a história é boa, mas a falta de uma storyline coesa faz com que se perca todo o seu promissor brilhantismo.

"O que o seu pai faz?
Ele... ele está na guerra.
Você também está na guerra."
Página 43

site: http://www.psychobooks.com.br/2015/01/resenha-o-paciente-ingles.html
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Marcos 22/01/2015

Resenha feita por mim para o blog Psychobooks
Comentários

Enredo

O livro começa narrando uma cena em que sabemos que estamos num casarão abandonado na Itália, em 1944 e que em um dos quartos encontra-se um homem com o corpo completamente queimado, sem conseguir se comunicar com ninguém. Também saberemos que há uma pessoa, uma mulher, que cuida dele, mas não sabemos qual a relação entre os dois nem o que os levou àquela situação.
Posteriormente somos apresentados aos personagens principais. Hana é uma enfermeira que serve ao exército de seu país no campo de combate. Em uma missão de deslocamento de uma cidade a outra, ela se voluntaria para cuidar de um paciente que está em condições graves e que não pode seguir viagem junto com a tropa. Para isso, ela habitará um casarão abandonado numa villa, uma espécie de aldeia, no interior do país que está repleta de minas explosivas deixadas pelo exército alemão. À medida que vai recobrando a memória, seu paciente vai lhe contando fatos de sua vida e explicando as motivações que o levaram à situação em que está naquele momento.
O paciente, que é colocado como inglês mas que na verdade tem nacionalidade húngara, começará a narrar o seu passado, o que envolve um tórrido romance com uma mulher casada e uma trama envolvendo o exército da Alemanha no período pré-guerra.

Narrativa

A história tinha tudo para gerar um grande livro, mas é nesse ponto em que há o maior pecado. O autor usa de uma narrativa não-linear, colocando os fatos da trama principal de forma aleatória, sem seguir uma linha do tempo. Ora temos uma cena do passado remoto do paciente, ora temos uma mais recente, e assim por diante, de forma a criar uma série de fragmentos que tem que se conectar na cabeça do leitor para que se crie uma linearidade entre eles. Por isso, a leitura desse livro é extremamente complexa.
O vocabulário usado por Ondaatje também é muito rebuscado. Em alguns momentos ele usa de aforismos demasiados para explicar uma coisa simples, que poderia ser dita com poucas palavras, de forma mais objetiva. Outro ponto que me deixou confuso durante a leitura foi o fato do autor misturar as narrativas em primeira e terceira pessoa dentro de um mesmo parágrafo, às vezes até mesmo em frases sequenciais. Isso fez com que eu tivesse que reler várias vezes alguns trechos do texto para conseguir compreendê-lo.
O romance em si é bem desenvolvido, a história é boa e o final é emocionante, mas a forma como ela foi contada e a escrita arrastada e demasiadamente rebuscada do autor faz com que terminar o livro seja desgastante.

Adaptação para o cinema

O livro foi adaptado para o cinema em 1997, ganhando o Oscar de melhor filme do ano, dentre outras 8 estatuetas. Assisti a adaptação e o que mais gostei foi a forma como o diretor organizou as cenas para que o espectador entendesse a história. Na adaptação se intercalam as cenas do passado do paciente, seu romance e sua relação com a guerra, com o seu momento atual, debilitado e sendo tratado por Hana. Isso fez com que eu entendesse alguns pontos da história que eu não tinha conseguido com a leitura.
Tecnicamente o filme é bem feito, com um excelente trabalho de fotografia e de maquiagem, mas achei a trama toda muito estendida e a duração muito longa. Se fosse encurtado, talvez ele tivesse uma fluidez melhor da história.

Considerações

O Paciente Inglês era um livro para o qual eu tinha boas expectativas com relação ao seu conteúdo, por tratar de temas que eu adoro em tramas de ficção, como as grandes guerras mundiais. Porém, o autor tentou rebuscas tanto o livro que acabou tornando a leitura chata e arrastada. Percebe-se que a história é boa, mas a falta de uma storyline coesa faz com que se perca todo o seu promissor brilhantismo.

site: http://www.psychobooks.com.br/2015/01/resenha-o-paciente-ingles.html
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Josi 29/11/2009

O paciente Inglês
O romance é trágico , sem deixar de ser lindo!
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