Fêh Zenatto 09/08/2015
Resenha por Fêh Zenatto - Blog CoisaeTal
ASPECTOS FÍSICOS
A capa do livro fez meus olhinhos brilharem na mesma hora em que a vi primeira vez. Acho o trabalho da capa incrível porque é super instigante e desperta na hora a curiosidade do autor e, ao mesmo tempo, também gosto da harmonia da imagem com as fontes.
O interior do livro não tem maiores detalhes. O estilo e o tamanho da fonte são agradáveis assim como margens e espaçamento.
HISTÓRIA
O livro contém 9 contos já publicados anteriormente da escritora (que eu, até então, não conhecia) e 1 inédito, o qual nomeia a obra. Todos os contos, por mais diferente que sejam em suas temáticas, são permeados por um clima de suspense e muita sinceridade sobre fatos cotidianos e nem tão cotidianos, podendo trazer no pacote uma sensação de choque.
Durante o livro, são abordados assuntos como casamento, traição, morte súbita, assassinato planejado, assassinado imaginado e diferenças de classe.
OPINIÃO
Fiquei realmente surpresa de um modo bom com as crônicas de Hilary Mantel. Em 208 páginas, são apresentados 10 contos que podem parecer longos para o gênero mas que fluem veloz e naturalmente; na minha opinião, por dois motivos: as histórias surpreendentes (daquele tipo que não sabemos o que esperar no parágrafo seguinte) e a forma de escrita indireta da autora (que não faz questão de deixar as coisas perfeitamente claras e, com isso, permite que imaginemos parte da história).
Sempre que me perguntam qual o meu gênero preferido de livros, penso em suspense. Mas, ao parar para pensar, vejo que são poucos os livros de suspense que li que realmente estão na minha lista de preferidos. Contudo, acredito que isso se deva ao fato de que é muito difícil escrever um suspense que realmente consiga prender o leitor e deixá-lo tenso. Felizmente, O Assassinato de Margaret Thatcher conseguiu me deixar com aquela sensação de agonia gostosa do suspense clássico e, ao terminar o livro, fiquei morrendo de vontade de ler um livro inteiro da autora pra que essa sensação se prolongasse ainda mais.
Aliás, se puder destacar um ponto negativo - que, ao final, é positivo - é esse: os contos são tão envolventes que, mesmo em poucas páginas, é possível entrar na história e é decepcionante que ela termine tão cedo.
Os meus contos preferidos foram: Vírgula, O QT Longo, Férias de Inverno e O Assassinato de Margaret Thatcher: 6 de agosto de 1983.
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