A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen

A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen Eugen Herrigel




Resenhas - A arte cavalheiresca do arqueiro Zen


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Jeffer 18/01/2009

Para compreender o Zen
Treinar arco e flecha, esgrima, pintura, arranjos florais ou artes marciais não é a mesma coisa para um ocidental e um praticante Zen. Essas atividades são encaradas como um meio para se atingir a sabedoria transcendental, um coração puro, trilhar o caminho do meio ensinado por Buda. O alemão Eugen Herrigel morou seis anos no Japão e, durante este tempo, procurou compreender e vivenciar o Zen através de aulas de arco e flecha com o mestre Kenzo Awa. Porém, não foi fácil, e revelou em A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen as dificuldades que encontrou, a maioria por racionalizar demais sobre coisas que deveriam somente ser sentidas e por impacientemente buscar resultados visíveis. Algo comum a todo ocidental. Mas ele conseguiu, e deixou para a posteridade um excelente manual para que outros, com os mesmos pensamentos iniciais errôneos, também conseguissem alcançar o Zen e compreender o sentido do ensinamento: “Antes que eu penetrasse no Zen, as montanhas e os rios nada mais eram senão montanhas e rios. Quando aderi ao Zen, as montanhas não eram mais montanhas, nem os rios eram rios. Mas, quando compreendi o Zen, as montanhas eram só montanhas e os rios, apenas rios.” Lido em e-book.
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felipeme 11/01/2010minha estante
Recomendaria ainda a leitura do "O zen na arte de conduzir a espada" e o "O caminho zen" do mesmo autor, que nos apresenta uma visão muito mais ampla do que é o Zen, e não tem nada a ver com o que a maioria dos ocidentais propaga, muito menos auto ajuda ou coisa parecida escrita por ocidentais e na maioria das vezes totalmente comercial.




Flavia Sena 09/06/2022

Maravilhoso. Segunda vez que leio e ficou ainda melhor, merece mais releituras. O mais relevante pra mim é a ideia da intenção sem intenção, internalizar algo sem o peso da racionalização, que acaba atrapalhando o processo.

"[...]esquecidos por completo de nós mesmos e livres de toda intenção, nos adaptemos ao acontecer: a execução de algo exterior desenvolve-se com toda a espontaneidade, prescindindo da reflexão controladora."
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David Premaor 24/03/2022

O Nada que é Tudo
Definitivamente a profundidade de uma obra não se mede pelo número de páginas ou simplicidade na escrita. Eugen Herrigel consegue em poucas e belas palavras descrever com maestria a arte do tiro com arco...e a compreensão da Doutrina Magna. Arte essa "...que não tem como objetivo nem resultados práticos, nem o aprimoramento do prazer estético, mas exercitar a consciência, com a finalidade de fazê-la atingir a *realidade última*". Para tanto o aprendiz deve perceber que só progredirá se se desprender de toda intenção e do seu próprio eu. Das últimas linhas da obra, quero destacar essa passagem: "Se sair vitorioso dessa longa jornada, então seu destino se consumará no encontro com a Verdade inquebrantável, com a Verdade que está por cima de todas as verdades e com a amorfa origem de todas as origens: o Nada que é o Tudo. Que ele o devore e dele receba uma nova vida!"
Gratidão!
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Carolina165 12/05/2020

VALIOSO
"Vivenciando a Cabala" do maravilhoso dr. Gerald Epstein me apresentou este livro através de um exercício no qual ele é citado. E assim tomei conhecimento desta obra magnífica.
É muito difícil falar desse livro, pois é um livro para ser entendido com o coração, com a alma, e não com palavras. Mas vou tentar.
Eugen Herrigel, filósofo alemão, recebe um convite para lecionar na Universidade Imperial de Tohoku, e assim tem a oportunidade de vivenciar na prática a doutrina Zen.
Passou quase 6 anos aprendendo a arte de tiro com arco e flecha. Foi um período exaustivo, de muito esforço para aprender essa "arte sem arte". Mas o que tem de tão difícil nesse esporte "inútil"?
A questão é que esse esporte foi apenas uma maneira que ele escolheu para aprender a essência do Zen, algo que ele poderia aprender mesmo de outra forma, que não fosse o tiro com arco. Mas foi com esse esporte que ele foi introduzido ao mundo Zen. Assim, a questão é que ele tinha que aprender a disparar a flecha "espiritualmente". Nesse caso toda técnica era inútil.
O mestre lhe explicou que no "tiro espiritual", não é o arqueiro quem dispara a flecha, mas sim "algo dispara". Mas para isso, o arqueiro deve desprender-se de si mesmo, ou seja, deve esquecer-se de seu objetivo. O essencial é se concentrar na maneira perfeita de executar o procedimento, mas sem se preocupar com o resultado; pois no tiro com arco e flecha "espiritual" o arqueiro não atinge o alvo, mas "atinge a si mesmo". Assim, o tiro "se espiritualiza", deixando de ser algo mecânico, técnico. Em outras palavras, o arqueiro mira o alvo com a alma, não com os olhos.
Como explicar conceitos tão abstratos como "algo dispara", "tiro espiritual", "desprender-se de si mesmo"? Pois é. Não é algo que possa ser explicado, apenas sentido. Por isso, encerro esta resenha por aqui, para não correr o risco de parecer pedante, ou, pior ainda; falar do livro sem conseguir passar sua real profundidade e significância, o que seria um enorme pecado.

"...o discípulo é o mestre do mestre, pois o ensina a ensinar". Pág. 06

"[...] Contudo, eu me achava satisfeito, pois comecei a compreender como a técnica de defesa pessoal prostra o adversário sem despender nenhuma força, apenas recuando, elástica e imprevistamente, aos seus esforços. É por isso que essa forma de luta se chama arte gentil (tradução literal das palavras jiu-jitsu), e o seu símbolo é o da água que sempre cede, mas jamais é vencida. Não foi por outro motivo que Lao-Tsé disse que a vida autêntica se parece com a água, que a tudo se adapta porque a tudo se submete". Pág. 44

"Isso tudo depende de que, esquecidos por completo de nós mesmos e livres de toda intenção, nos adaptemos ao acontecer: a execução de algo exterior desenvolve-se com toda a espontaneidade, prescindindo da reflexão controladora". Pág. 59

"Logo, o tiro não depende do arco, mas da presença de espírito, da vivacidade e da atenção com que é manejado". Pág. 78

"Espere pacientemente o que vier e como vier!" Pág. 72

"[...] o mestre verdadeiro revela sua coragem com atitudes, jamais com palavras". Pág. 101

"São raras as pessoas que conseguem manter uma inabalável impassibilidade, e que só por isso devem ser chamadas de mestres". Pág. 101
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Igor.Banin 03/03/2022

Perfeito
Ótimo texto narrando a experiência pessoal de Herrigel no arco e flecha, pontuando as interseções com o Zen.
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Isis243 18/01/2022

Sobriedade e elegância
A narrativa é delicada, suave ? intencionalmente desacelerado e repleta de eufemismos. Você precisa estar atento. A experiência dessa leitura foi como uma meditação para mim. Respire fundo, solte o ar vagarosamente e mantenha-se atento, focado e seu tempo será incrível.

Boa leitura e divirtam-se :)
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David 18/04/2021

Leitura deliciosa, leve, mas ao mesmo tempo muito profunda. Um livro para ler dezenas de vezes durante uma vida e a cada vez entender algo completamente novo sobre o zen budismo através da arte do Tiro com Arco.
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Wilson 20/12/2020

Bom livro
Um bom livro para entender os mistérios do Zen por meio da prática do tiro com arco.
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AiedailGuine 31/12/2022

A arte sem arte do Kyudo e dos mestres zen é, além de inspiradora, um convite para uma jornada interna de evolução e de busca da anulação do eu. Me sinto leve. Me sinto em sintonia.
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luizfsricardo 07/02/2023

Bom livro
O autor descreve a sua experiência de aprendizado da arte do tiro com arco nos anos que passou no Japão e compartilha ensinamentos do Zen que são aplicados ao tiro com arco.
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la_maia 26/12/2021

Profundo.
BEMMM PROFUNDO, Tem que se ler com calma e atenção, pode ser interpretado de várias maneiras por ser bem reflexivo, mas muito bom, faz você pensar no interior, se controlar e meditar e etc. Bom.
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Thiago Araujo 02/04/2021

A arte sem arte.
Livro incrível que nos mostra os ensinamentos do Zen através do olhar de uma pessoa ocidental. Eugen narra sua história sobre como foi passar pelos ensinamentos do Zen através da arte do tiro ao arco e quais eras suas dificuldades para entender tais ensinamentos ao qual ele foi submetido durante 5 anos. Recomendo muito para quem tem curiosidade de conhecer mais sobre o Zen budismo.
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Luis Henrique 10/05/2022

Zen de um modo prático
O autor comenta sua caminhada na arte milenar do arco e flecha. O que ele tenta descobrir é como isto se relaciona com o Zen Budismo, sei treinamento é intenso até que um dia algo atira a flecha e com isto aos poucos o autor se transforma.
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