Fábulas

Fábulas Monteiro Lobato




Resenhas -


3 encontrados | exibindo 1 a 3


Giovana 03/07/2022

Fábulas chatas de Monteiro Lobato ?
Foi bem chatinho na vdd, n sei se era pq eu tinha q ler mais devagar ou é tipo historinha pra criança antes de dormir.
Mas a leitura foi bem cansativa, mas é rapidinho. Emília insuportável, a cada vez q ela abria a boca eu qria morrer.
comentários(0)comente



Nicole.Stheffany 04/10/2021

Acho um livro extremamente fora do padrão infantil, as palavras são demasiadamente robustas e avançadas para uma criança. Para mim, que já alcancei a maioridade, a leitura chegou a ser chata e enfadonha. Contudo, gostei de relembrar alguns ditados populares e fazer anotações sobre as lições de moral.
comentários(0)comente



Dai 09/04/2021

Controverso
Esse livro reúne algumas fábulas de Esopo e de La Fontaine, traduzidas e adaptadas à cultura brasileira por Monteiro Lobato. Vemos também fábulas autorais, atribuídas à Dona Benta, narradora do livro.

O mérito do autor está justamente aí: não apenas importar contos infantis, mas também dar-lhes uma roupagem familiar às crianças brasileiras. Entre as fábulas, inclui comentários úteis, explicando o significado de expressões, estilos literários, peculiares gramaticais. Discute a moralidade das estórias, usando as personagens para expor opiniões diversas. Algumas citações da "sabedoria popular" mais interessantes:

"- É sempre assim: brigam os grandes, pagam o pato os pequenos.

- Aos poderosos tudo se desculpa; aos miseráveis nada se perdoa.

- Quando dois brigam, lucra um terceiro mais esperto.

- A fome não tem ouvidos.

- Contra a força não há argumentos.

- Tratai os bons com bondade e os maus com justiça.

- Quantos homens não transformam em nobreza o que não passa de um bocado mais de sorte na vida!"


O maior demérito, no entanto, está contido justamente na moralidade das fábulas, nas discussões que o autor propõe e na forma caricata, preconceituosa, que apresenta a personagem Tia Nastácia, a cozinheira - sempre fazendo papel de burra, ignorando que existe sabedoria nos "iletrados".

A "moral da história" é muitas vezes impregnada de pessimismo, brutalidade e preconceito, fazendo e incentivando a distinção e afastamento das classes sociais. Algumas citações que, atualmente, soam fora de tom:

"- Quem nasce para 10 réis não chega a vintém.

- Amigos: lé com lé, cré com cré.

- A justiça deles não vacila em tomar do branco e solenemente decretar que é preto.

- Quem burro nasce, togado ou não, burro morre.

- Assim é. O mundo está bem equilibrado e qualquer coisa que rompa a sua ordem resulta em males para os viventes. Fique pois solteiro o sol e não enviúve quem é casado.

- Sempre que o fraco se associa ao forte sai trincado, desbeiçado, despedaçado..."


Li o livro para minha filha de 4 anos, omitindo e adaptando alguns trechos à maturidade dela, e não pude evitar pensar que, naquela época, as crianças privilegiadas com acesso à leitura tiveram como referência somente livros como este. A influência de Lobato na construção do caráter e senso crítico daquela geração foi ímpar. Para o bem e para mal. E mesmo após a democratização da leitura, continuou figurando em muitas mesas de cabeceira, bibliotecas e salas de aula brasileiras. Isso para não entrar no mérito das adaptações de suas obras para a TV!

Plenamente consciente de suas falhas, não deixo de admirar a mitologia que este escritor criou, seus símbolos e a forma como abracou o nosso folclore.

Gosto de pensar que, inserido no contexto social de seu tempo, Monteiro Lobato teve êxito em colorir um pouquinho o imaginário de um Brasil ainda tão preto e branco.
comentários(0)comente



3 encontrados | exibindo 1 a 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR