Um Bonde Chamado Desejo

Um Bonde Chamado Desejo Tennessee Williams




Resenhas - Um Bonde Chamado Desejo


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Rolinzinha 03/07/2020

A leitura flui
O drama de Tennesse Williams é apresentado com linguagem simples, objetiva e fluida, que muito me agrada. É uma versão de bolso cuja tradução é excelente para uma visão on stage da história. Decadência, controvérsia e loucura dão o calor que movimenta a obra.
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mat 26/05/2020

Obra-prima
Uma peça de teatro muito interessante que expõe o valor que as pessoas tinham (E ainda mantém) ligado ao capital no período pós guerra, uma obra que mostra a desumanização de Blanche, enfim, é Magnífico!
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Rafael.Montoito 25/05/2020

Para ler e aplaudir
As pessoas não têm muito o costume de ler teatro, mas é um gênero que apresenta particularidades incríveis, as quais não são facilmente encontradas nos romances literários: o principal foco num texto teatral são os diálogos, motivo pelo qual a leitura "anda mais rápido", e o leitor pode sentir todo o embate entre as falas, sem desviar sua atenção para descrições de cenários, sentimentos, etc; como o foco está na palavra dita, a personalidade e os aspectos mais íntimos das personagens se impõem rapidamente e a identificação deles com o leitor é, praticamente, imediata.
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Acabo de ler estas duas peças - textos preciosíssimos sobre a condição humana - que indico a qualquer leitor não só pela sua qualidade literária, mas por outra justificativa que sempre dou: quando uma história é boa, ela não perde sua força e, neste caso, ambos os textos continuam sendo muito representativos da sociedade atual, mesmo eles tendo mais de meio século de existência. São histórias que falam do medo do abandono e do fracasso, das amarras sociais cruéis e do quanto os sonhos são frágeis numa sociedade movida a dinheiro e outros prazeres vis.
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"Um bonde chamado desejo" (cuja melhor versão para o cinema foi lançada no Brasil como "Uma rua chamada pecado", com Marlon Brando e Vivien Leigh) é a história de Blanche Dubois, descendente de uma família que tinha posses, boa educação e penetração na sociedade americana. Após a doença dos pais, perde tudo e vai visitar sua irmã, Stella, quem já havia aberto mão de uma vida de conforto para se casar com o rude Stanley. No pequeno apartamento deles, as diferenças de educação se sobressaem: Blanche acha Stanley um troglodita e ele também não a suporta mas, junto deles, Stella tenta manter um clima de harmonia, sobretudo quando percebe que sua irmã se apaixonou por um dos amigos de seu marido, Mitch. Entretanto, a realidade é dura demais para que Blanche a suporte - ela é uma mulher a quem a vida fez mal - e a tensão atinge o clímax quando Stanley descobre coisas do passado da cunhada. Tenessee Williams expõe seus personagens ao abandono total, e o faz com maestria: apesar de estarem juntos, estão sós - e infelizes - em seus mundos particulares.
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"A morte do caixeiro-viajante" é a história de um pai de família, com mais de 60 anos, Willy, cansado de percorrer as estradas e cidades americanas para vender seus produtos. Além de cansado, está desestimulado, pois sua vida está em decadência, já que nos últimos tempos seu trabalho não é mais tão relevante e, por isso, as vendas são quase nulas. Casado com Linda, uma mulher que o ama sobremaneira, deposita nos seus dois filhos já adultos, Biff e Happy, as esperanças de sonhos e felicidades que não atingiu; contudo, eles não conseguiram decolar em seus planos, em parte pelas pujantes exigências impostas pelo pai quando eram menores e que aparecem ao leitor em ótimas cenas que resgatam o passado da família. Willy, esgotado e cada vez mais desestimulado, começa a entregar-se à tristeza, incrementada pelas alucinações que lhe mostram outras pessoas que passaram pela sua vida e que tiveram carreiras de maior sucesso e dinheiro. Sua esposa percebe que ele está no limite e teme que ele tente se suicidar; ao mesmo tempo, ela tenta manter a família unida. Com este texto, Miller expõe as feridas do sonho de vida americano, porém tais reflexões permanecem atuais numa sociedade em que as pessoas não conseguem seu lugar ao sol e são escanteadas dela à medida que a idade avança.
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Roberto Soares 29/03/2020

“Seja você quem for... eu sempre dependi da bondade de estranhos”

Literatura, Teatro e Cinema: “Um Bonde Chamado Desejo” ostenta seu fabuloso jogo de luzes em todos estes espaços. A história gira em torno de Blanche DuBois, uma aristocrata requintada, mas falida, que após perder a fortuna da família vai de mala e cuia dividir um apartamento em um cortiço pobre de Nova Orleans com sua doce, mas resoluta irmã Stella, e seu animalesco cunhado Stanley Kowalski. As vidas destes três personagens se enlaçam neste lugar onde não existe privacidade, e da intimidade afloram a culpa, a raiva e ele, o desejo, culminando em um fim tempestuoso de violência, desvario e solidão.
Na medida em que vamos conhecendo o passado carregado daquela mulher, descobrimos que é justamente o Desejo a causa da queda de Blanche. Os próprios desejos, os desejos do marido morto, os desejos do cunhado bruto, os desejos da irmã, os desejos de Mitch, seu pretendente: é o DESEJO que transformou Blache Dubois numa mulher antes ilustre, mas que vem, em crise, se transformando em uma coleção de ruínas de todos aqueles que lhe acolheram e lhe fizeram mal. Para fugir da solidão e do desejo tão “degenerado” que a intoxica, ela se distancia do mundo real e vai para onde as coisas são como elas deveriam ser, onde Deus vai depressa e leva encantos e qualidades naquilo que não os tem.
O desejo e a fantasia podem ser uma oposição à realidade e a morte, e Blanche Dubois tanto temia estas duas últimas, que foi cada vez mais se afundando no desejo e na fantasia, acreditando que eles fossem uma pilha de vestidos de cetim e seda branca; mas no fim, eles se transformaram em um charco lamacento de abandono e raiva, que a tragaram para o fundo da loucura. Como disse Stella Florence, Blanche “toma seus banhos como Lady Macbeth lava as mãos”, na tentativa de extirpar o Tempo do seu corpo, o Real da sua pele e a sujeira do seu... Mas seria Blanche Dubois realmente uma mulher suja? Ou melhor, seria Blanche Dubois diferente de nós?
De uma coisa eu sei: Blanche Dubois é uma das personagens mais intensas e fascinantes que já conheci.
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@garotadeleituras 23/06/2017

Impressões de leitura

Um bonde chamado desejo é na verdade uma peça de Tennessee Williams publicada em 1947, e adaptada para o cinema em 1951. Nessa obra clássica encontramos três personagens marcantes:
Blanche DuBois, uma mulher sulista, madura e vaidosa que acredita ser a beleza um trunfo importante para atrair pessoas ao seu redor. Considera-se uma criatura virtuosa, utilizando os bons costumes e o refinamento, para esconder o vicio do alcoolismo, as tragédias sentimentais e a solidão. Blanche vive numa realidade própria, com seus nervos frágeis, porém isso não restringe suas manipulações. É esse personagem enigmático que chega ao apartamento decadente da irmã, Stella Kowalski, numa área pobre de Nova Orleans, usando o emblemático bonde da rota “Disire”. O ambiente doméstico é pontuado pela presença do grosseiro Stanley, cunhado e marido da irmã, ao mesmo tempo rústico e sedutor, desperta sentimentos de repulsa, e eu também incluiria diria de atração em Blanche. A terceira personagem é Stella Kowalski, que vive em condições de pobreza ao lado do rude e adorado Stanley, de quem suporta maus tratos, mas acredita ser feliz. Stella teme que a situação entre a irmã e o esposo desequilibre seu casamento e agrave os problemas psiquiátricos da irmã, de quem pouca coisa sabe sobre o passado, mas absorve todos os relatos contados por ela. Aqui ela trabalha como uma personagem mediadora nos conflitos e como aqueles que suportam de bom grado as aflições diárias em nome de um bem maior. Além disso, teme a reação da irmã sobre a sua gravidez.

Ao conhecer Micth, um amigo de carteado do cunhado, Blache acaba envolvendo-se, mas a insatisfação da relação e segredos do seu passado põe um fim no relacionamento. Os atritos com Stanley se intensificam conforme a narrativa se aproxima do final, o que culmina com a ruína da vida dos personagens envolvidos.

O ambiente dramático é repleto de tensão, seja pelo clima entre os personagens: brigas constantes entre a hóspede indesejada pelo cunhado, pelas agressões entre cônjuges ou ainda o cuidado de Stella pela satisfação de Blanche, incluído os pormenores (como a música marcante, a iluminação do ambiente, a postura brusca dos envolvidos) que Tennessee Williams faz questão de impregnar em cada cena, elevam e muito a percepção do leitor sobre a obra. Blanche é envolta numa áurea de mistério sobre o passado e o que a trouxe, de forma repentina para a casa da irmã; a estória vendida é que trabalhava como professora de inglês, mas que teve de parar por causa de sua doença nervosa e que perdeu a casa, patrimônio familiar devido as despesas com a doença e funeral dos familiares. Blanche bem poderia representar a caricata sociedade de status, que valoriza as aparências, o ter para ser. Pouco lhe interessa as consequências dos seus atos. A frivolidade é uma das qualidades sobressalentes na maioria das ocasiões. A necessidade de alimentar o egocentrismo é mais importante que alimentar sentimentos. O grande colapso é apenas produto de uma vida inteira de consequências acumuladas. Intenso, perturbador e sombrio, um bonde chamado desejo (ou o filme uma rua chamada pecado, com a maravilhosa Vivian Leigh) é um drama de cativar qualquer leitor que aprecie o gênero.
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Fabíola Costa 11/01/2017

Acredito que a peça demandará maior esforço para montá-la, interpretá-la e/ou adaptá-la do que, propriamente, apreciar o enredo. É uma peça ok, mas nada comparado com o burburinho em volta da mesma.
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jota 30/11/2016

Refinamento e brutalidade...
Ao interpretar o rude e sensual Stanley Kowalski de Um Bonde Chamado Desejo, Marlon Brando imprimiu a esse papel sua marca de grande ator, primeiro no teatro e depois no cinema. Seu Kowalski fica perfeito na companhia de duas mulheres marcantes do teatro: a submissa esposa Stella, mas especialmente a irmã dela, a refinada e perturbada Blanche DuBois, uma personagem tão notável quanto a de Brando.

Tudo se passa em Nova Orleans, cidade do sul dos Estados Unidos que tem vezes que parece que não fica naquele país, mas num outro lugar, num outro mundo: não apenas nessa peça, mas também em filmes, por sua música, seus habitantes, usos e costumes etc. Tennessee Williams (1911-1983) captou muito bem toda a atmosfera do lugar e o imprimiu com precisão em seus trabalhos, notadamente nesta que é sua obra-prima, premiada com o Pulitzer para obra dramática, em 1947.

Um Bonde Chamado Desejo é uma peça perfeita, tão bem imaginada e escrita que mesmo quando apenas lida é como se você estivesse vendo tudo acontecer à sua frente num teatro. Estão ali seus personagens bebendo, jogando cartas, se agredindo verbal e fisicamente, transpirando sensualidade e desejo. Exagerando um pouco: acho que uma representação da peça ficaria boa até mesmo quando os atores não fossem nenhuma Brastemp dos palcos. Ou Frigidaire, pensando melhor...

Lido entre 27 e 30/11/2016.
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Filino 08/10/2016

Coquetismo e loucura
Uma obra gostosa de se ler. O autor retrata muito bem os ambientes em que as cenas se desenrolam e os trejeitos das personagens. E faz isso de modo que agrada até mesmo os que sentem uma certa resistência em ler peças de teatro. Os dedos ficam coçando para que se escreva um pouco mais sobre o enredo, mas isso estragaria a leitura da obra. Basta, então, o título acima...!

Uma curiosidade: os Simpsons fizeram uma "adaptação" dessa peça, num episódio intitulado "Um bonde chamado Marge". Transformaram a obra num musical bem divertido!
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Shirlei.Stachin 04/01/2016

Um Bonde Chamado Desejo
Um bonde chamado desejo é o retrato de uma sociedade decadente, personificada por Blanche DuBois, uma bela mulher que volta para a casa da irmã por não ter mais para onde ir. À beira da loucura, traumatizada e sofrida, ela entra em confronto com o mundo rude e viril do cunhado, Stanley Kowalski. Essa tensão, estabelecida entre o refinamento e a brutalidade, mostra uma família em ruínas num mundo conflituado, sem lugar para o amor e para a sensibilidade.
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Jeff80 28/05/2014

Uma obra brutal que beira sensualidade a insanidade.
Comecei esse livro sem expectativas, mas logo nas primeiras páginas fui submerso na trama. Todas as cenas (é uma peça teatral) se passam na pequena casa alugada de dois cômodos de Stanley e Stella, que vivem uma típica vida comum da classe operária americana dos anos 40/50, onde o patriarca é o chefe da casa e a mulher é submetida as regras dessa sociedade. Mas quando Blanche, irmã de Stella, chega quase que inesperadamente de mala feita e decidida a ficar, toda a vida do casal muda, pois, Blanche, uma mulher independente e com um passado obscuro não aceita as regras de Stanley e confronta toda sua virilidade. Ora achamos que ambos estão flertando, ora achamos que vão simplesmente se matar. Stella, fica no meio do fogo cruzado e a principal vítima dessa pequena guerra. No começo do livro, achei que a história iria tomar um rumo "sexual", pois Stanley é um homem rude e viril, dono de seu próprio mundo e Blanche uma mulher misteriosa e desinibida, e pensei que já tinha matado o final, mas a partir da metade a estória toma rumos surpreendentes que beiram a brutalidade, sensualidade e a loucura. Para quem gosta de histórias realistas sem maquiagens e fantasias, esta obra é perfeita. Um livro pequeno, mas que em todas suas páginas nos dá a certeza de que estamos dentro desses cômodos, ora amando ora odiando seus personagens que se materializam a nossa frente. Leitura mais que recomendada.

site: alicenascorrentes.blogspot.com.br
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Manuela 25/02/2014

Sobre desejos.
O roteiro de Tennessee Williams foi a minha primeira experiência direta com textos teatrais - não incluindo Shakespeare - e, devo dizer, adorei.

Reporta um espaço de tempo dos personagens, penso que especialmente de Blanche, uma professora de literatura inglesa, a personalidade mais enigmática da trama, cujo nariz em pé impele uma postura de quase repulsa à vida pequena e de poucas posses em que permeia a vida de sua irmã Stella e seu marido Stanley. Stella, por sua vez, é a típica esposa subjugada aos anseios do marido, um homem duro, cujo tom ácido é presente no decorrer de todas as linhas.

No período em que Blanche aparece à casa da irmã, a fim de passar uma temporada de "descanso", nos leva ao seu enigma que reside naquilo que ela diz ser para aquilo que de fato é, e é esse o viés que decorre toda a trama até seu desfecho final.

É o personagem de Stanley o que mais me impressiona. Talvez pela leve vilania, pelo aspecto cru, pela dureza do álcool e da vida. Um homem que não se deixaria ser "passado para trás".

Tennessee cria personagens com personalidades bem construídas, sendo possível perceber, ao longo do fluído texto, as minúcias de cada um. Outras figuras compõem a estória, cuja cena final desponta para uma quase tragédia. Até o momento não sei dizer para que lado do muro desci, creio que apenas entendi que até mesmo a crueldade pode ser poética.

A edição que chegou às minhas mãos, comprada no estante virtual, é de 1976 e se inicia com uma pequena biografia do autor. A partir dela é possível entender a dureza e o olhar cru que ele tem em relação à sociedade. As descrições de Tennessee são relatos cinzas de um mundo e das relações sociais estabelecidas. Especificamente em "Um bonde chamado desejo", meu único contato com o autor, é possível perceber a tristeza e melancolia que emanam dos personagens, cujas características, geralmente, se destoam de qualquer "herói" literário - são quase sempre bêbados, grosseiros, loucos.

É um retrato da vida, sem a coloração rosada dada geralmente pelos romances.

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Há anos "Um bonde chamado desejo" passeia pelo meu imaginário - e, ao fazer a lista de livros a serem lidos para contemplar o mês de fevereiro do Desafio Literário 2014, ele me caiu como luva. Explico. Logo nas primeiras cenas de "Todo Sobre Mi Madre", dirigido por Pedro Almodóvar, Esteban e Manuela vão assistir a essa peça, cujo cartaz, de vermelho brilhante como o próprio diretor, se pinta em uma parede do teatro. O filme é o meu amante desde 1999, ano de seu lançamento, e essa cena, principalmente pelos fatos que se seguem, nunca saíram de minha cabeça.

Apesar disso, não imaginava que gostaria tanto da crueza de Tennessee Willians, da dureza em suas palavras, a exposição de sua visão "da vida como ela é", numa dimensão um tanto quanto Rodrigueana.

Michelle Gimene 25/02/2014minha estante
Estou louca para ler esse livro, Manuela. Sempre tive curiosidade, que aumentou depois que assisti "Blue Jasmine" (que guarda muitas semelhanças com essa obra do Tennessee Williams). O fato de você mencionar o Nelson Rodrigues é mais um indício de que vou gostar. :)


Manuela 25/02/2014minha estante
Ainda não vi "Blue Jasmine" Michelle, tenho um pouco de trauma de Woody Allen - desde... desde sempre, rs - mas está na minha lista de "próximos" antes do Oscar, o que significa dizer que ESSA SEMANA! Eu gostei muito do livro, mas do que imaginei que gostaria, e é leitura de poucas horas.




Aninha 01/07/2013

Bom livro
Ganhei da escola, e fiquei curiosa se era como o filme. Adorei a forma como o autor descreve os personagens e o ambiente. Um retrato fiel da depressao americana e da decadencia daqueles que um dia viveram na opulencia.
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spoiler visualizar
Rafa 24/06/2013minha estante
Isaah, amei a resenha que você fez, ela é muito boa, tão boa que até me interessei pelo livro, e que não vejo a hora de lelo >///<


Isaah Capriolli 24/06/2013minha estante
kkkk ' obrigado rafa!
que bom que gostou *-*
calma calma, amanhã você vem aqui em casa e eu te empresto o livro.
Saudades já.


Rafa 24/06/2013minha estante
Ok ok >.<
Né >.


Dessa 27/09/2016minha estante
Amei teu comentário, rsrs. Também sempre senti a química entre o Stanley e a Blanche, só que diferente de ti não romantizei a cena em que ele a carrega e interpretei o seguinte: Stanley a estuprou ( oh céus... =( )! Claro que a narração não foi explícita então só nos resta imaginar qual versão foi a verdadeira, se fizeram de comum acordo ou foi estupro, mas como torcia para os dois ficarem juntos prefiro acreditar no que tu acreditou, na primeira opção. =) A propósito, tu já viu o filme? Deve ter visto e se apaixonado ainda mais, claro! =D *_* Marlon Brando lindo, gostoso e maravilhoso na pele do cafajeste sexy e Vivien Leigh divando com todo o seu talento em uma atuação que ganhou o Oscar mais que merecidamente. Marlon e Vivien tiveram química, física, biologia e todas as matérias! ^^ s2




L F Menezes 31/03/2013

Espetáculo desesperador
O melhor teatro que já li até agora trata-se de um clássico americano que mistura insanidade, sexo e problemas familiares. Tennesse narra uma história desesperadora, na qual a figura de Blanche aparece como uma incógnita: você não sabe quem ela é nem o que ela quer, mas sabe que há alguma coisa de errado com ela.
O teatro aborda a história do casal formado por Stella, irmã de Blanche, e Stanley, um ex-militar rude e animal; eles recebem a visita "ilustre" de Blanche DuBois, que aparece com um baú cheio de roupas papéis e lembranças, e depois tudo começa a desandar: Stanley se sente intimidado com a presença nova, Stella vira uma escrava da irmã mais nova e Blanche parece se acomodar na casa, sempre ficando mais e mais "folgada".
Mas então por que desesperador? Chega uma hora que o leitor não aguenta mais Blanche. Chega uma hora que toda vez que Stanley entra em cena, o leitor fica desesperado achando que alguma coisa vai acontecer com uma das irmãs. E só no final que chega a hora do leitor saber o que Blanche tem de errado. E isso é o desesperador: a história é tão envolvente que chega a dar aquela sensação de "não vejo a hora de ver o que que isso vai virar".
E acredite, vale a pena esperar. Tennesse William consegue trazer a vida social para o teatro. Não possui fantasia, nem algo surpreendente. Apenas a vida como ela é.
Uma outra coisa que vale ressaltar é a estética do livro: o teatro possui itálicos e travessões para indicar entonação, as músicas já são escolhidas (inclusive a hora de começar e de acabar!) e recursos inovadores, como o uso de ecos. Recursos esses que deixam a leitura tão real, que parece que o teatro está acontecendo bem na sua frente.
Agora me deem licença que vou desesperadamente comprar outro livro do Tennesse Williams.
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