Cris 05/08/2015Con você merecia muito mais...
Era o meu sentimento durante a leitura desse livro, mas amor não é sobre merecimento ou algo racional, o que explica essa história, mas não me fez amá-la ou me empolgar com o romance em si. Amei o primeiro livro dessa série e foi o primeiro que li dessa autora então claro que tinha expectativas altas para esse segundo e é com pesar que digo que esse não foi nada como o primeiro. A escrita é boa e a narrativa bem construída, mas a trama era fraca e os personagens não me arrebataram como no primeiro livro.
A história era tão clichê, sem sal e mais do que entediante, menina rica que gosta do bad boy, mas não assume porque tem manter as aparências para a sociedade. Aliás, não sei por que o Con era denominado bad boy, o cara era tudo de bom, serviu seu país, ajudava sua comunidade e as pessoas sem esperar nada em troca, era um empresário honesto e grande empreendedor; ser órfão e depois adotado não deveria ser demérito, mas infelizmente era para as pessoas que pensam que sobrenome e sangue pesam mais que caráter. Ah e não tem nada mais chato que ler sobre uma mulher rica e superficial que tem medo de assumir seus sentimentos por conta do que as outras pessoas vão pensar, cresça né criatura! A única coisa que me fez terminar o livro e não o fez tão ruim foi pelo Con. A trama não tinha um drama justificável fora a parte do Con e quando a Vanessa começava choramingar sobre status e o que esperavam dela eu só conseguia revirar os olhos. Na verdade, tínhamos uma dondoca que foi atrás de algo que precisava e se não fosse a luta do Con teria continuado com sua vida fútil e vazia . E outro fato que também me incomodou é que se trata de uma série e mal temos referência ao Simmon e a Charlie queria um pouco mais dos dois.
A Vanessa era fraca, superficial e a típica dama da sociedade, uma verdadeira esposa troféu. Tem uma ótima formação profissional, mas sua grande ambição é ser diretora de uma fundação beneficente que me cheirava a podridão desde o inicio. Nada contra instituições de caridade, algumas são responsáveis por feitos maravilhosos e mudam a vida de milhares de pessoas para melhor. Contudo, essa fundação que pertencia à família da Vanessa era mais sobre status e poder do que realmente fazer o bem aos mais necessitados, ela era a única a não enxergar isso. Toda vez que tinha uma descrição do seu trabalho era algo tão fútil e sem importância que não dava para levar a sério, era um cargo para a dondoca não se sentir inútil, e ainda ter que lutar por isso era mais risível ainda. Outro fato que me incomodou é que além de superficial a Vanessa era muito imatura para uma mulher de 31 anos, mais parecia uma adolescente em alguns momentos. E o fato dela dizer que fez terapia durante anos e ainda lidar com as mesmas inseguranças de quando era jovem só me fez pensar que seus terapeutas fictícios eram uma merda kkkk. Ela era sem graça, fútil e tão superficial que me pegava pensando –gente o que o Con viu nessa mulher-. Entretanto, a medida que o livro avança vamos percebendo que ela tinha suas qualidades era uma pessoa leal, protetora e queria realmente fazer a diferença e ajudar as pessoas. E ela finalmente consegue assumir seus sentimentos e não dar mais a mínima para o que os outros vão pensar, mas para isso precisou passar por muito sofrimento e decepção.
O Con tinha me deixado com gosto de quero mais ao ler o primeiro livro e fiquei literalmente salivando quando comecei a ler seu livro. Ele é forte, todo macho alfa, mas tem um lado vulnerável e carente que o torna humano e solidário com os sofrimento alheio. Tem momentos em que você quer pegar aquele homem enorme colocar no colo o encher de cafuné e prometer que tudo vai ficar bem (pura benevolência aqui, sem segundas intenções kkk). E o que me surpreendeu foi que apesar dele ter passado por lares adotivos nada saudáveis, sofrer tantas privações desde cedo e perder praticamente todas as pessoas que amou, o que lhe deixou com marcas profundas, ele não era emocionalmente atrofiado. Ele arriscou a ser novamente rechaçado e lutou muito para ter uma nova chance com a Vanessa. Eu amei ver o menino quebrado tentando superar seus medos e ir em busca da sua felicidade.
Os personagens secundários foram mais interessantes que a Vanessa (peguei birra da mulher kkk). O Titan era um idiota e passei boa parte do livro pensando em maneiras de como o Con poderia mata-lo e se livrar do corpo, mas no fim suas atitudes quase compensaram o que ele fez com a Vanessa. Mas não sei como me sinto sobre ele ainda, esperar seu livro para ver. Agora a Elle era uma maluquete adorável, desbocada, cheia de atitude e a melhor amiga que toda mulher merece ter, ansiosa para ler seu livro com o marrento do Lord. Esse também promete muito!
Enfim, apesar da Vanessa e seus chiliques de menina rica o livro teve momentos bons. Adorei que o vilão me surpreendeu, porque apesar dos meus receios com a fundação nunca imaginei nada como aquilo. A maneira como a autora te transporta para Nova Orleans além de mágica faz a leitura muito mais agradável. O Con com seu jeito rude, mandão e ao mesmo tempo tão cheio de ternura e carinho também não dificultou a leitura. Não amei essa história como a primeira, mas ela teve momentos muito bons também, se não fosse a Vanessa seria perfeito (ok parei de zoar a mulher kkkk).