Convulsão Protestante

Convulsão Protestante Antônio Carlos Costa




Resenhas - Convulsão protestante


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Luiz Augusto 22/07/2015

Livro excelente.
Livro excelente! Nas palavras do autor, "Minha meta com o Convulsão Protestante é acrescentar três elementos ao nosso conceito de santidade de vida: compaixão pelo pobre, defesa dos direitos humanos e amor político". É interessante como o autor não trata do assunto como uma questão de missão, mas de fato uma questão de santidade. O argumento principal do livro é que precisamos ter um conceito de santidade que nos leve a nos compadecer de quem sofre e nos indignar contra violações de direitos humanos porque afrontam a imagem de Deus que o homem porta. Pensando em termos de teologia sistemática, não vi nada diferente do que vejo na tradição calvinista no que diz respeito a envolvimento político (conceito baseado no mandato cultural e na imagem de Deus nos homens), mas com uma ênfase muito grande na questão do amor ao próximo. As citações de teólogos são vastas, a maioria de tradição calvinista, dentre eles Calvino, Jonathan Edwards, Johannes Althusius, John Stott, Timothy Keller, etc, sendo estes dois ultimos mais bem alinhados com o pensando do autor. Os argumentos são simples e basilares, mas sua exortação é forte e na maioria das vezes simplesmente um chamado a coerência. Engana-se também quem acha que Antônio faz um posicionamento de esquerda ou direita. Ele critica tanto o neoliberalismo, quanto o marxismo. E o faz duramente. Para o autor, ambas as visões são deletérias para a cosmovisão bíblica. Além disso, fala bastante sobre evangelismo, o qual afirma reiteradas vezes (parece tentando evitar criticas injustas) a necessidade primordial de evangelização. Alias, boa parte das histórias do livro envolvem evangelização. O livro é repleto, mas muito repleto, de experiência de campo, muitas das quais nos deixam impressionados, nos dando a impressão de serem relatos de ficção, sendo reais. Enfim, este livro é difícil descrever. Só lendo para saber, e lendo até o fim.
Sylvio 24/01/2023minha estante
Excelente resenha




Lucas Soares 19/04/2021

Desconfie de quem não gosta do ACC
Um livro sensacional! Como eu gostaria que cada cristão brasileiro recebesse um exemplar dessa obra em sua casa!

O autor demonstra a importância do cuidado com os pobres em toda a narrativa bíblica com extremo zelo doutrinário. Destaca também os perigos a que estão sujeitos os ricos, bem como a forma correta da igreja lidar com ambos. Nesse último ponto, o autor passeia por uma passagem do livro de Tiago. Tudo isso somado a inúmeros exemplos de sua vivência nas favelas do Rio de Janeiro.

O autor deixa muito claro a importância da pregação do evangelho, já que essa é uma atividade que só a igreja pode fazer e é essencial pra formar novos cristãos. A questão pra ele é que o cristão, após se converter, passa a viver uma vida de imitação a Cristo. O engajamento e a busca pela justiça social, portanto, são parte do amor e da misericórdia do cristão na estrada do discipulado. Afinal, como pode alguém que deseja imitar a Jesus, negligenciar algo que lhe era tão caro como o amor aos pobres?

Diante de toda essa argumentação, não dá pra entender como as pessoas acusam o autor, Antônio Carlos Costa, de ser liberal ou de colocar a militância política acima do zelo pelo evangelho. Ou mesmo de ser comunista. O autor não poderia ser mais claro em enfatizar o evangelho da graça, a importância inegociável de anunciar as boas-novas e a insuficiência das teorias políticas de esquerda ou de direita, liberais ou marxistas.

Um conceito muito presente na obra (especialmente nos dois últimos capítulos) é o do "amor político". Nada mais é que a compreensão de que o amor ao necessitado e o desejo de vê-lo em melhor situação deve fazer o crente pressionar, influenciar e cobrar do poder público ações que garantam a dignidade dessas pessoas. Isso porque o autor entende que existem algumas realidades que não poderão ser mudadas a partir de ações pontuais das igrejas (ainda que sejam importantes), mas que irão necessitar de uma ação estrutural do poder público.
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Amanda.Carreira 02/08/2020

Extraordinário
Utilidade extrema para todo cristão com detalhes imperdíveis do incômodo de Jesus com as instituições religiosas e suas incongruências.
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Junior 15/08/2015

Amor político
Antônio Carlos da Costa é pastor, teólogo e cofundador do movimento Rio da Paz (2007), que trabalha no sentido de oferecer melhorias reais nas condições de vida de pessoas pobres. As ações tiveram princípio no Rio de Janeiro, mas expandiram-se e hoje sua área de atuação abrange diversas regiões do país e exterior.

O que impressiona aqui não é a capacidade humana de ajudar o próximo, mas sua obrigação, mandamento claro e explícito nas escrituras. O autor utiliza-se de referências do Antigo e do Novo Testamento, fortalecendo sua posição, principalmente, com as instruções de Tiago, quanto ao olhar atento às condições dos pobres.

Permeado de depoimentos próprios de experiências intensas pelas quais o pastor passou, esta obra traz conceitos teológicos e políticos, arraigados em grandes nomes da história da filosofia, de Platão à Calvino, passando pelo ganhador do Nobel de Economia, Amartya Sen, que reforçam seu clamor pelo "Ide" prático de Jesus.

Um incentivo válido e importante para a geração de cristãos que se vê cercada por ideologias políticas, o autor baseia seu discurso numa leitura cristã de mundo, não fidelizando-se as doutrinas marxistas, nem aos ensinamentos liberais de Locke.

A obra traz à tona para que não nos esqueçamos: que sejamos, nós cristãos, instrumentos de mudança de mundo, mas, acima de tudo, de transformação de vidas.
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Haralan 10/10/2021

Tente permanecer inerte...
"...ser cristão é, essencialmente, ver a vida de determinado modo e ajustar a conduta pessoal a essa forma de enxergar o mundo que o cerca."

Com essas palavras, o pastor Antonio Carlos Costa inicia a defesa do seu argumento de que "Ideias tem consequências". Viver o cristianismo e todas as consequências práticas das ideias cristãs implica, portanto, a adoção de determinados "procedimentos" e "posturas" daquele que o professa. Em última análise, é impossível ser cristão no "gabinete" ou "em casa".

Este livro se assemelha a uma espécie de "resumo teológico" do ministério do pastor Antonio Carlos Costa. Ele evidencia as razões bíblicas e pessoais que o levaram a se envolver (e envolver sua igreja) nos temais mais urgentes do Rio de Janeiro: pobreza e segurança pública. Ele faz uma pequena argumentação exegética a partir da carta de Thiago para explicar a necessidade dos cristão cultivar uma visão clara das questões socioeconômicas (riqueza, pobreza, desigualdade) e a missão da igreja frente a elas.

Ele também relata o trajeto intelectual que o levou ao reconhecimento de que para ser fiel à sua missão como cristão, precisaria ter maior compreensão do funcionamento da estrutura do Estado, da importância da democracia, da liberdade de expressão e de como a igreja precisa aprender a dialogar com estas instituições e transitar nestas esferas.

Todo o livro é temperado com relatos de situações que o pastor e seus voluntários vivenciaram na ONG Rio de Paz, responsável por inúmeras manifestações contra a violência, a pobreza, a impunidade e o descaso das autoridades com as questões mais básicas.

É um livro que merece ser lido, fundamentalmente pela honestidade intelectual do autor em apresentar suas razões e motivos para fazer o que faz e viver como vive. Tenho certeza que o leitor, se tiver algum sangue correndo pelas veias, não será mais o mesmo após essa leitura.
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Me chamam de João 28/07/2022

Glorificamos a Deus ajudando o próximo
"Convulsão Protestante" é um daqueles livros que todo cristão deveria ler. Creio que muitas das críticas feitas ao ACC são de pessoas que não leram suas obras e principalmente esta.

Fica evidente que é possível ser uma pessoa com uma teologia conservadora, mas com um senso de justiça social imenso, pois a justiça social, a causa do pobre e o combate a injustiça, tem como base as sagradas Escrituras.

O livro trás em seus capítulos análises bíblicas com relação a justiça social, principalmente com passagens da epístola de Tiago.

A leitura é muito importante, pois contribuí para que as divisões sociais dentro da igreja possam existir, visto que muitas vezes a igreja acaba adotando uma ótica comunitária secular, na qual quem tem mais é mais valorizado, ou não é exortado.

Outro ponto importante é o chamado dos cristãos a participação política pacífica. Ao olhar para a política hoje(2022) parece que os cristãos se perderam, pois a causa do pobre parece ser a de menor importância, sendo que a maioria dos pobres são também cristãos. Incoerência.

A leitura é confrontadora e nos chama a tomar uma decisão como cristãos.
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CerqueiraSA 15/08/2015

Leitura contextualizada, de aplicação pessoal e coletiva, importantíssima para ONGs, associações, igrejas. Traz uma exegese profunda da carta de Tiago, estudando as figuras do pobre e do rico diante de Deus e da eternidade. Examina a situação sócio-política brasileira à luz das ciências sociais e da prática do Rio de Paz no contexto da luta por segurança pública e avanços sociais nas favelas cariocas.

Teologicamente (falando a partir de meu pequeno conhecimento), desembaraça, de forma singela, controvérsias – reais ou aparentes – entre visões conservadoras e progressistas da práxis eclesiástica e das teologias protestantes; ressalvando aqui, que o livro não se aplica em nenhum momento a esse tema, apenas demonstra e estimula um “como fazer” prático, porém não pragmático, pois baseado no ensino de grandes teólogos, dos clássicos aos contemporâneos, que harmoniza aquelas correntes.
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Uli 01/01/2020

Um dos meus favoritos
Eu não conhecia Antônio Carlos Costa antes de ler este livro e nem sabia o que esperar ao ler, mas o título e descrição na contra capa me conquistaram. Este livro se tornou um dos meus favoritos, renovou minha paixão por justiça social, amor pelos perdidos e, em passos práticos, o que eu posso fazer para estabelecer o governo dos justos. Aprendi muito lendo este livro, me deu uma ampla visão sobre como a relação do cristianismo com ruas vão além do evangelismo.
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Cissa.Clarkson 21/11/2021

Clube Kindle Unlimited
Perfeito! Imagine Bolsonaro, Lula, Moro e cia lendo este livro? Mundo perfeito onde somos tratados de verdade como filhos criados a imagem e semelhança do Pai, Deus!!!
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joaoaranha 09/05/2022

Uma convulsão necessária
Alguns livros possuem títulos que nos provocam honestamente. E "Convulsão Protestante - Quando a teologia foge do templo e abraça a rua", de @antoniocarloscosta, pela @mundocristao, é um ótimo exemplo.

A leitura nos conduz a essa convulsão interna, ao compreender a necessidade, justificada na Palavra de Deus, de fugir de institucionalismos e discussões teológicas que destroem e abraçar a quem realmente necessita, dando muito mais do que uma cesta básica e uma foto na rede social, mas em um processo de restauração de dignidade humana radical.

Leia, convulsione e se transforme. Recomendado.
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Hellen.Lily 23/12/2023

Amar politicamente
?Pobreza é mais que renda baixa. Ela significa o homem ser privado de expressar a beleza da imagem e semelhança de Deus por ter seu talento, sua habilidade e sua inteligência atrofiados pela falta de acesso aos bens desta vida.?

Antônio Carlos Costa, teólogo e fundador do movimento Rio Da Paz coloca uma posição e aponta como referência não só teólogos mas citações da Bíblia que defendem o atendimento e auxílio ao pobre não só um privilégio mas um mandamento!!

O amor político falado nesse livro é minha nova base de defesa e de vivência. A ideologia política quebra nosso cristianismo, não existe partido mais próximo de Cristo, não existe liberalismo ou marxismo que se compare a obra da restauração evangelístico que repara as dores políticas do pobre

Não há chamado que seja mais importante do que a comunhão. E se a demanda depender de prioridades políticas, vamos correr atrás!

Evangelismo não é dizer ?Jesus te ama? evangelismo é levar vida!!!
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