O Livro dos Negros

O Livro dos Negros Lawrence Hill




Resenhas - O Livro dos Negros


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Alipio 19/10/2020

O Livro dos Negros
" Livros Negros " , é uma emocionante história de ficção, narrada em primeira pessoa pela protagonista Aminata Diallio, sequestrada ainda criança na África e vendida como escrava. O autor, Lawrence Hil, é sociólogo e estudioso da temática da escravidão. Apesar de ser uma obra de ficção, o contexto histórico foram bem pesquisados e traz informações interessantes sobre o período.
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Aminata Diallo, uma senhora que experimentou as muitas vilolências da escravidão e a angústia de viver longe de seus filhos, foi levada à Londres, em 1802, por um grupo de abolicionistas para que através da sua história de terror, pudesse modificar a história de comércio de seres humanos, ou seja, a escravidão.
Ao dialogar com uma criança em uma escola londrina, curiosa pela cor de sua pele, Aminata entra no " clima" com respostas jocosas. Cria- se uma simpatia entre ambas e quando a menina pede para contá- la uma história de terror, Aminata responde: " ..Querida, minha vida é uma história de terror... "
A partir daí, Aminata Diallo começa a narrar a sua história desde o seu nascimento na aldeia de Bayo, África, onde tivera momentos alegres e felizes com os seus pais que a criara de forma atípica, considerando à educação que era dada as meninas muçulmanas ( ensinada a ler e escrever em Árabe), até o momento que a sua aldeia fora atacada por captores. Seus pais foram brutalmente assassinados e ela sequestrada e vendida como escrava na Carolina do Sul, até então, colônia britânica.
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Aminata conta de forma envolvente e emocionante toda a historia de sua vida desde a sua captura até o momento em que é levada à Londres para contar a sua história. Durante a viagem pelo " grande rio " (Atlântico) , que os levariam ao seu destino, revoltas, mortes, infanticídios e barbaridades é presenciada e narrada detalhadamente pela protagonista que perdera toda a sua fé e sensibilidade pelos fatos ocorridos. A história não termina aí, o drama continua com sofrimentos marcados pela escravidão em solo Americano onde Aminata viverá situações marcantes e inesquecíveis.

O que tornava Aminata Diallo diferenciada era a sua habilidade de " aparar bebês ", ofício esse , aprendido com sua mãe em Bayo, inteligência, saber ler e escrever e a sua boa comunicação.

" (...) Como ele veio a se tornar meu dono, e de todos os outro? Perguntei-se se ele seria meu dono o tempo todo, ou apenas quando eu trabalhava para ele. Seria ele meu dono enquanto eu dormia? ou sonhava? " ..( p. 121)

O título " O Livro dos Negros" deriva de um documento histórico de 1783 e de mesmo nome mantido por oficiais navais britânicos ao fim da Revolução Americana. Para se conseguir fugir para Nova Escócia ( Canadá ) e lutar pela a sua Liberdade, era necessário " entrar nesse livro" e Aminata Diallo terá uma participação especial nesse processo. Na tão sonhada " terra prometida" o drama continua, mas não terminará lá, a saga continua, passando pelo projeto de criação da nova Colônia britânica de Freetown em Serra Leoa até a sua ida à Inglaterra onde contará a sua história ao comitê parlamentar londrino, confrontando os defensores do tráfico de escravos africanos que afirmavan que " a escravidão era uma instituição humanitária, que resgatava os africanos das barbáries cometidas em suas terras e gozavam da influêcia civilizada do cristianismo, para onde eram levados ....

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....São 405 páginas de muitas emoções que nos prende da primeira à última página.





@livros.historia
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 21/05/2016

Um livro que você precisa ler!
“Isso, decidi, era o que significava ser escravo; você é invisível no presente, e não pode ter pretensão em relação ao futuro.” (página 165)

Eu já havia lido algumas resenhas bem positivas sobre a obra, mas queria saber se o livro era realmente tão bom quanto diziam; por isso, assim que o blog se tornou parceiro da Primavera Editorial, solicitei "O livro dos negros", e já adianto que ele é sim merecedor de todos os elogios que recebe.

“Alguns dizem que tive uma beleza pouco comum, mas eu não desejaria beleza para nenhuma mulher que não tivesse sua liberdade, e que não escolhesse os braços que a abraçam.” (página 14)

O livro é narrado em primeira pessoa por Aminata Diallo, em 1802 ela era uma senhora de idade avançada (para os padrões da época) e morava em Londres, sua história era usada por um grupo de abolicionistas para tentar aprovar leis que abolissem a escravidão. E Aminata decidiu contar sua própria história, voltando no tempo e revirando suas memórias.

“Os abolicionistas podem até me chamar de sua igual, mas seus lábios ainda não pronunciam meu nome e seus ouvidos ainda não ouvem minha história. Não da forma como quero contar-lhes. Mas há muito que amo a palavra escrita, e vejo nela o poder do leão adormecido. Este é o meu nome. Eu sou esta. Foi assim que cheguei aqui. Na falta de uma audiência, escreverei minha história de modo que esta espere, como uma fera adormecida, com um coração pulsante e pulmões que respiram.” (página 93)

No final da infância, Aminata vivia com o pai (joalheiro) e a mãe (parteira) em uma aldeia africana. Acompanhava a mãe quando ela ia fazer um parto, e até já ajudava; o pai a tratava com carinho, talvez até a mimando como diziam alguns. Aminata era uma criança muçulmana feliz e cheia de sonhos. Até que os rumores de que aldeias próximas estavam sendo invadidas se confirmaram, e a garota e outros negros foram raptados e obrigados a andar até o litoral, onde embarcaram num navio e cruzaram o oceano a caminho da América, onde teriam que trabalhar em plantações. E esse seria só o começo da longa jornada de Aminata. Desde o primeiro instante, seu desejo era voltar para casa, para a aldeia que não existia nos mapas e que estava perdida em algum lugar do continente africano.

As partes da obra são chamadas de livro: livro um, livro dois, livro três e livro quatro, e essa divisão realmente foi necessária, pois cada parte trazia uma fase da vida da protagonista. Inicialmente, sabendo o que viria para a vida de Aminata em sua terra natal (mutilação genital, casamento arranjado...), pensei que de qualquer forma ela sofreria, mas as provações pela qual passou após ser raptada, fisicamente e psicologicamente, foram incomparáveis. E quando parecia que tudo ficaria bem, vinha mais uma reviravolta e uma nova batalha para Aminata! Ela não desistiu apesar de tudo, poderia ter feito como muitos outros negros no navio negreiro e em outra ocasiões: desistido e se suicidado, mas sua vontade de viver e de voltar para sua terra, e posteriormente a vontade de fazer algo pelo seu povo, foram maiores. Talvez a forma como ela foi criada pelos pais tenha ajudado para que ela tivesse vontade de aprender, de saber, e muitas vezes o fato de ela ser útil tornou um pouco mais fácil e até salvou sua vida.

“Lembro-me de que, um ano ou dois depois de começar a dar os primeiros passos, eu ponderava por que só os homens sentavam-se para beber chá e conversar, e as mulheres estavam sempre ocupadas. Concluí que os homens eram fracos e precisavam descansar.” (página 21)

Aminata conheceu pessoas ruins no caminho, como o Senhor Appleby, dono da primeira fazenda onde ela trabalhou; mas também conheceu pessoas boas, como a escrava Geórgia, que cuidou dela nessa fazenda e lhe ensinou o que podia sobre ervas. Além disso, conheceu pessoas que variavam entre a bondade e a maldade, como Chekura, que inicialmente era um garoto negro africano quase da idade dela e que ajudava os raptores a levar os negros até os barcos, mas que descobriu que a cor da sua pele o condenava a estar no lugar daqueles a que conduzia, ou Mamed, uma espécie de capataz da fazenda, capaz de ser agressivo e também de ajudar a protagonista a aprender a ler melhor. São muitos personagens marcantes ao longo da trajetória de Aminata, Lawrence Hill soube bem como colocá-los na trama.

"Ler era como um sonho diurno em uma terra secreta. Ninguém além de mim sabia chegar lá, e ninguém além de mim era dono daquele lugar." (página 146)

Eu poderia ficar falando por horas sobre diversos aspectos de "O livro dos negros", e nem chegaria perto de mostrar toda a grandiosidade da obra. Mas quero que vocês entendam que realmente é um livro muito bom e recomendado. É uma leitura para se fazer aos poucos, pois a quantidade de emoções que ele traz ao mostrar as conquistas e os percalços de Aminata precisam ser ingeridos em pequenas doses. Em momento algum a história fica monótona ou cansativa, desde as primeiras páginas somos cativados. E por tudo isso "O livro dos negros" ganhou cinco estrelas em minha avaliação no Skoob e se tornou meu favorito, mesmo tendo alguns erros de revisão.

Sobre a parte visual: foi meu primeiro contato com uma obra da Primavera Editorial e minha avaliação foi positiva. A capa é muito bonita (mais linda que as estrangeiras) e a escolha das cores e fontes me agradou bastante. As páginas são amareladas (excetuando-se as que marcam a mudança das partes) e a diagramação tem letras, margens e espaçamento de bom tamanho.

“Durante as longas noites de solidão, eu tinha tempo para pensar e me espantava o fato de que os bons homens brancos não permaneciam sãos por muito tempo. Todo homem branco que queria ajudar os negros a ‘se levantar’, como Clarkson gostava de dizer, seria impopular perante os seus pares.” (página 309)

Fica aqui o meu agradecimento ao Lawrence Hill por ter escrito a obra e à Primavera Editorial por tê-la publicado no Brasil. É uma publicação muito importante para que possamos compreender melhor uma parte triste da história da humanidade. É uma história de ficção, mas com muita pesquisa e verdade, Aminata é uma junção de incontáveis negros que foram arrancados de seu território, tiveram sua cultura estraçalhada e se tornaram escravos de outros seres humanos. O Brasil não aparece no livro, a história se foca mais no Hemisfério Norte, mas é uma leitura que também serve para nós, já que também tivemos escravidão em nosso solo, e creio que as condições dos escravos aqui eram semelhantes. É uma leitura válida também para que repensemos como, ainda hoje, os negros são tratados, na questão do racismo e do preconceito. Para que se tornassem escravos, tiveram sua humanidade negada, e ainda hoje algumas pessoas se sentem melhores ou mais inteligentes que as outras por causa da cor da pele, e isso tem que mudar.

Recomendo que vocês leiam o livro assim que possível, ele não é muito caro e vale cada centavo (juntem moedinhas num cofrinho, peçam de presente, mas adquiram o livro, tenho certeza que vai valer a pena). É uma história forte sim, emocionante, que vai causar revolta ao ver até onde vai a maldade humana, mas também tem seu suas partes divertidas, partes que vão te ensinar coisas novas e tem a Aminata, que certamente entrará para sua lista de personagens inesquecíveis. Talvez para leitores mais novinhos tenha cenas um pouco pesadas, mas creio que quanto mais cedo compreendermos certas coisas, melhor.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2016/05/resenha-livro-o-livro-dos-negros.html
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Mariana 01/01/2021

Um soco no estômago desde a primeira página. Excelente sugestão de leitura a todos, um misto da ficção e a realidade
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conceicaolari 22/07/2021

grandiosidade
Começo dizendo que "O livro dos negros" é um livro pesado, uma leitura dura, que não tem floreios, é um livro difícil, precisei parar diversas vezes, mas é livro necessário, uma ficção histórica que tem uma semelhança muito grande com a história. Além disso tenho que confessar que é muito difícil encontrar uma maneira coesa de escrever esta resenha. Pois O Livro dos Negros é aquele tipo de obra inesquecível que transporta o leitor através de suas páginas e faz com que cada palavra ou reflexão de suas estória atinja bem o centro de nossas almas.

A escrita de Lawrence Hill é memorável, o autor é certeiro em abordar de forma tão honesta e profunda a escravidão africana em diversas partes do mundo, apoiando-se em textos praticamente garimpados e em experiências vividas por seus antepassados e em textos praticamente garimpados. O livro se passa no século XVII, narrado em primeira pessoa por Aminta Diallio, uma mulher que foi sequestrada ainda criança no continente africano e vendida como escrava.Este é dividido em 4 partes chamadas de: livro um, livro dois, livro três, e por fim, livro quatro. Cada um desses livros retrata partes da vida de Aminata.

A garota vivia em Bayo uma pequena aldeia com seus pais, seu pai era joalheiro e sua mãe parteira. Aminata ajudava sua mãe a amparar os bebês das mulheres de Bayo e das aldeias vizinhas, numa dessas visitas a aldeias vizinhas a garota foi levada como escrava. Com apenas 11 anos viu sua aldeia queimar e seus pais serem mortos. Ela teve que andar durante várias luas acorrentada a outras escravas, nua, com fome e humilhada. Hill não nos poupa de todo sofrimento e humilhação ao qual a protagonista junto com outros cativos é submetida. Inclusive, narra com maestria a travessia pelo Oceano Atlântico abordo de um navio negreiro. A no navio negreiro é uma das passagens mais tristes, realistas e desesperadora desse livro no meu ponto de vista, a maneira que foi narrada me deixou sem chão.

Aminata foi vendida como escrava na Carolina do Sul, a mulher teve que suportar muitas coisas, desde estupros, humilhação, preconceitos, ser marginalizada, açoitada e ser separada das pessoas que mais amava. Nos Estados Unidos, ela era "a africana", e em sua terra era considerada uma "toubabu" (branca) pela sua maneira de falar.

Esta é uma obra repleta de emoções que por muitos momentos me fizeram chorar. Em outros momentos como eu disse precisei dar um tempo do livro para digerir tudo o que estava acontecendo. Embora seja baseado em documentos reais e traga até mesmos personagens que de fato existiram, em parte não é uma história real, mas poderia ser tamanho é o realismo que possui. Aminata pode até ser uma personagem de ficção criada para este romance, mas esta ela carrega a história e a luta de milhares de negros que foram escravizados em diversas partes do mundo.
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Raiane 25/07/2021

Uma das leituras mais forte que já fiz. Apesar de ser longo e ficar um ponto lento em alguns momentos, é um livro muito maravilhoso. Minha única crítica seria às "cenas" de abuso sexual. Sei que era algo comum no contexto histórico, mas dava para entender o recado da primeira vez. Em certo ponto, senti que o autor usava isso como artifício para gerar desconforto (e conseguia, mas era necessário para a história?).
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Arisa.RC 27/03/2020

Grata surpresa
Uma das mais gratas surpresas que tive! Resolvi ler porque apareceu na lista de livros disponíveis na Amazon para assinantes do prime e era um tema que me interessava. Vi algumas resenhas e comecei! O livro é incrível! Não é uma leitura para um fôlego só. Deve ser digerida. Mas é incrível! Muito bem escrito. Parece que você está realmente acompanhando a protagonista. Aminata Diallo é com certeza uma das personagens mais marcantes e fortes que já li! Recomendo muuuito a leitura!
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Reniére 21/04/2016

Arrebatador e necessário | O Livro dos Negros, por Lawrence Hill
Denso, profundo e arrebatador. Ainda estou sem fôlego mesmo horas após finalizada a leitura de O Livro dos Negros, de Laurence Hill, publicado pela Primavera Editorial. A obra retrata a trajetória de Aminata Diallo, mulher sequestrada em sua aldeia na África ainda quando criança e vendida na Carolina do Sul.

Com apenas oito anos de idade, Aminata é arrancada dos braços da mãe em sua terra natal para trabalhar na colônia britânica. Jovem, inocente e extremamente assustada, a heroína narra as situações por que passou através de seu olhar ingênuo e infantil, de maneira que toda a história é extremamente marcante.

Aminata detalha sua vivência na tribo de Bayo, seu sequestro, o embarque no navio negreiro, bem como todas as atrocidades que presenciou em sua travessia, o processo de venda a um dono de terras da Caroline do Sul e os seus semelhantes queque conheceu por lá. Contudo, sua história vai muito adiante, quando, em posse de outro dono, ela consegue escapar rumo à liberdade e ao sonho de retornar para sua terra natal.

Este foi meu primeiro contato com a obra e com a escrita de Lawrence Hill e confesso que estou sem palavras para traduzir o que senti ao fazer esta leitura. O autor não somente me emocionou com a história de Aminata, como também esmiuçou todo o processo que eu apenas conhecia rasamente através dos livros de História. A escravidão é tema estudado por todos nós durante nossa formação educacional, porém me foi muito valioso este contato mais profundo desse período tão obscuro da história da humanidade. Ainda, além de abordar fatos históricos do período, o autor também intitulou a obra de mesmo nome que um documento histórico O Livro dos Negros que foi registro dos escravos.

O livro é narrado de maneira extremamente rica pelo ponto de vista de Aminata e foi incrível perceber que sua narrativa acompanha seu amadurecimento, de maneira linear e muito impactante. Igualmente impactante são as cenas presenciadas por ela que, constantemente, me fizeram questionar-me a humanidade das pessoas e perceber o quão cruéis elas podem tornar-se em prol da busca por poder. A loucura que acometeu diversos negros por suas vivências, que vão muito além das marcas físicas, a destruição de famílias, do laço materno com seus filhos etc, a dissolução do sentimento de pertencimento, de injustiça, enfim, são apenas algumas das constatações que fazemos ao longo da leitura.

Ainda, a leitura deixa muito claro ao leitor todo o processo de marginalização das pessoas negras no período da escravidão. A maneira abrupta como tudo se dá, em um momento as personagens pertencerem e dependerem de alguém e, no momento seguinte, com sua libertação, encontrarem-se sozinhos, sem aparo e sem auxílio governamental literalmente abandonados às traças para sobreviverem como puderem. Sendo assim, o livro também contribui muitíssimo para a construção do pensamento crítico com relação a segregação racial ainda existente na atualidade.

A trajetória de Aminata é não somente uma aula sobre os acontecimentos históricos de nosso passado, como também um exemplo esplêndido de esperança, perseverança e pertencimento. Durante toda a leitura encontrei-me compadecida da protagonista que viu o pior do ser humano, mas que ainda assim soube ser otimista e confiar no outro.

Está claro que a obra me agradou demasiadamente e que certamente será recomendada intensamente e com frequência pelos canais do blog. Por fim, eu gostaria de expressar meu desejo de que todos pudessem fazer esta leitura, ter o contato com a realidade que para nós é impensável, mas que diversas pessoas enfrentaram no passado e, ainda, refletir sobre os resultados presentes dessas vivências. Penso que trata-se de um livro edificante, necessário e muito poderoso para as mentes.

site: www.palavrasradioativas.com
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Rebeka.Cirqueira 31/05/2020

O Livro dos Negros
Aminata Diallo foi sequestrada, ainda menina, de sua aldeia na África e vendida por traficantes negreiros a um senhor de escravos na Carolina do Sul. Mas sua história não termina por aí, ela cresce e se torna uma mulher forte que nunca esqueceu suas raízes, que sofreu muitas tristezas na vida e que sempre soube ajudar as pessoas.
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Acompanhamos sua história desde o seu nascimento, a grande caminhada de sua aldeia até a costa marítima com apenas 11 anos e presa a correntes, o seu trabalho escravo em uma fazenda de índigo e todas as reviravoltas que a sua vida dá. Vemos ela se apaixonar, sentir dor, ser escravizada, passar fome, sentir medo, ser mãe, tudo isso sem que a narrativa se torne cansativa.
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Lawrence noa mostra fatos, acontecimentos e perspectivas sobre a escravidão que não nos passa pela cabeça. Como a escravidão é vista por alguém que nasceu livre, como a Aminata? Como era a travessia em alto mar nos navios negreiros? E quando as mulheres menstruavam? E quando algum escravo ficava doente? Quem fazia o parto de uma mulher escravizada? O que se passava pela cabeça de quem escravizava?
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São questões pertinentes até hoje, para que possamos olhar para a história e não repeti-la novamente, porque até hoje existem pessoas sendo escravizadas pelo mundo e isso tem que mudar.
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Hana 29/06/2020

Sem palavras!
Que livro!
Conta a história de Aminata Diallo, uma mulher africana que foi roubada, traficada, escravizada, humilhada, abusada, diminuída, ofendida, descriminada, desrespeitada e que sofreu muitas perdas! Muito pesado, por todas essas questão já expostas, mas indispensável e relevante!
Um dos motivos que me faz apreciar muito o livro é a inserção de fatos reais dentro dessa história ficcional! Torna o livro ainda mais poderoso! E mais cruel ainda, por mostrar que muitos outros seres humanos passaram por experiências parecidas à da personagem por conta da escravidão!
Recomendo demais!
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Rita 28/07/2020

Aminata sofreu muito, desde a infância quando foi tirada da África e levada a América como escravizada. No entanto, mesmo com todo esse mar de atribulações, ela conseguiu superar todas as estáticas e se tornar livre. Além de uma abolicionista que lutava pelo direitos civis dos negros. Este relato é uma demostração clara de resistência.
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Ghui conká 28/02/2022

Resistência!
O livros dos negros deveria ser obrigado nas escolas, visando trazer perspectivas do que se aproximaria à alguma realidade, mesmo que o livro se trate de uma ficção. Penso assim levando em consideração tudo o que nos é ensinado...
Sem muito adentrar, refletir, sem pesquisas, sem trazer novas histórias que foram/são apagadas, sem se colocar no lugar de como seria apontar uma condição, uma classe, uma origem a um ser humano.

Aminata Diallo além de transmitir força, persistência, coragem, transmite a importância dá EDUCAÇÃO!
Educação abre portas e salva vidas, uma vez que através dela você chega e conquista certos lugares que não foram designados para a sua existência.

O livros dos negros é CRUEL, mas necessário!!!!!!!!!!!
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Thaís Furlan 13/06/2020

Real, forte e impactante
Apesar de misturar fatos reais com ficção, o livro é um relato perfeito sobre a escravidão dos africanos. Aminata conta, em sua narrativa, como foi retirada à força de sua tribo e levada para o ocidente num navio negreiro. Da infância até a velhice, narrativas de humilhação, dor, perda e experiência.
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Leticia | @bardaliteraria 22/08/2015

O livro dos Negros de Lawrence Hill
Particularmente não esperava um livro que me fizesse chorar e nem sentir a dor daquela que descrevia sua história.
O que esperar de um livro em que uma criança de 11 anos é tirada da sua terra, perde os país e as pessoas que conhecia para ser mal tratada, transportada em um navio de condições horríveis, chegar em uma terra estranha e cheias de pessoas ruins, ser vendida como objeto e forçada a trabalhar em condições tão precárias quanto o temoroso navio em que viajou e a todo momento sofrer diversas provações que a fazem questionar se consegue continuar viva.
O livros do negros tem cerca de 408 páginas dividas em 4 livros ( que é como a separação da história é feita), narrado sempre em 1º pessoa (pela personagem principal) e mesclando entre ela mais velha e o início e meio de sua história de vida. Eu amei a capa do livro e a diagramação, a editora teve muito carinho nessa edição mas senti falta de uma revisão melhor, em alguns momentos encontrei palavras erradas e me sentia meio confusa com o que o escritor queria dizer mais nada muito grave que atrapalhasse a leitura.
A personagem principal se chama Aminata Diallo, uma garota de 11 anos (ou estações como eles chamam) muçulmana livre que foi raptada de seus país e de sua aldeia Bayo para ser tornar escrava de Toubabus ( brancos) em uma ilha que pertencia ao povo britânico.
O livro do Negros foi o primeiro em muitos anos que me fez chorar, não consegui me debulhar em lágrimas por não aceitar dentro de mim que uma história de ficção pode ser tão crível quanto nossa realidade, a história é extramente fluída porém dolorosa e angustiante, ler e me sentir como Aminata ( Deena para facilitar ao toubabus), me fez em alguns momentos querer vomitar, correr e gritar, mas também ter raiva dela por ser tão ingenua e não confiar nos negros mais velhos que apenas queriam seu bem, era interessante ver que mesmo depois de anos e sofrimentos vindos uns atrás do outro ela se manteve firme na fé de que um dia voltaria a sua África, para sua amada aldeia Bayo.
A história foi baseada em uma época que muitos nunca tiraram um pouco do seu tempo pra ler de forma mais profunda, no máximo um filme, uma série ou novela baseada, uma época da qual poucos se fazem questão em pensar no seu dia a dia, lembrada apenas nos livros de histórias que não podem contar toda a dor que ali havia, eu não imaginava o quão duro seria ler esse livro, a todo momento me via desejando que ela não fizesse isso ou aquilo, que não se arriscasse ou confiasse, que não sofresse tantas situações horríveis, uma das coisas que mais gostei foi ver o quanto mesmo sendo sofrida sua vida ela pensava em seus companheiros, em sua gente, no quanto se dedicou a evoluir e aprender para ajudar os outros e quem sabe realizar seu sonho de voltar a sua terra que ela recentemente descobrira se chamar Árica.
Eu não poderia dizer que o livro tem um final feliz porque após tanto sofrimento e dor seria difícil dizer isso mas pela primeira vez Aminata parou de sofrer por uma de suas perdas,e considero isso o melhor final possível. Eu amei ter a oportunidade de ler esse livro e agradeço de coração a editora que o enviou para mim, Aminata me fez lembrar o quanto o preconceito e o sentimento de superioridade pode tornar o ser humano capaz de machucar o outro apenas pelo poder que lhe acha ser justo criado com base na cor da pele.
Eu indico o livro pra todo leitor que quer uma boa história mas que tenha estômago pra ler sobre tanto sofrimento, a história é incrível e Lawrence Hill me surpreendeu além de claro me fazer chorar.

site: http://mylittlegardenofideas.blogspot.com.br/2015/07/o-livro-dos-negros-de-lawrence-hill.html
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Thais Maia da C 25/07/2015

Resenha O Livro dos Livros
Terminei de lê-lo semana passada, mas desde então estou pensando aqui em como deveria falar dele para vocês. Sabe aquele livro que você quer indicar para todos? Que você acha que todos deveriam ler? Pois é... Pode ser que vocês já tenham se deparado com um livro assim, ou pode ser que não, no meu caso por exemplo eu tenho vários livros que gosto muito e que vivo indicando para os amigos... Mas esse é diferente! E vocês logo irão entender por que.

O livro começa precisamente no ano de 1802 em Londres, Aminata já está com uma idade avançada, e nesse primeiro capítulo nos conta como está a sua vida nesse período e o que anda fazendo para ajudar na causa abolicionista. Incentivada por muitos ela começa então a escrever sua história, como foi sua vida outrora de sofrimento e como foi que ela conseguiu chegar em Londres, lutando pelos direitos de seu povo.

Seus relados começam em sua infância, em Bayo no ano de 1745. Aminita nos conta como era a vida entre seu povo, como viviam o que faziam no que acreditavam e tudo mais. Seu pai era o joalheiro da aldeia e sua mãe a parteira, desde muito jovem a garota a ajuda com ofício e demonstra uma habilidade impressionante.

“Entretendo, nossos raptores também tinham uma marca, por aquilo que lhes faltava: a luz em seus livros. Nunca conheci alguém que, fazendo coisas terríveis pudesse cruzar seu olhar com o meu em paz. Encarar o rosto de outra pessoa é fazer duas coisas: reconhecer a humanidade do outro e assumir a sua.” pag35

Quando viajava com sua mãe para fazer mais um parto na aldeia vizinha é raptada por contrabandistas, que a amarram e a tratam pior que um animal. Perdida e sozinha a garota parte então rumo a uma viagem sem volta para um caminho que até então era totalmente desconhecido por ela.

Acho que a primeira coisa que devo dizer é: se você é do tipo sensível se prepare para fortes emoções, O Livro dos Negros nos trás um relado emocionante do que várias pessoas teriam passado, sendo arrancadas de suas aldeias e jogados em um navio rumo a um terra desconhecida. Mulheres, crianças e homens todos tratados como seres desprezíveis, Sem nenhum respeito ou compaixão.

“Como ele veio a se tornar meu dono, e de todos os outros? Perguntei-me se ele seria meu dono o tempo todo, ou apenas quando eu trabalhava para ele. Seria ele meu dono enquanto eu dormia? Ou sonhava?.”

Assim que fiquei sabendo do livro através da parceria com a Primavera Editorial, logo me interessei. Gosto muito de história e de ler livros que retratem algum momento dela, E estava querendo variar nas minhas leituras também, então quando ele chegou não demorei muito a ler. O livro é dividido em quatro partes tendo cada uma mais o menos cinco capítulos, ele é dividido para acompanhar as etapas da vida da protagonista, em suas 405 páginas ele é quase todo escrito em narrativa, por esse motivo demorei um pouco a terminar de lê-lo.

Como disse no começo acho que todos deveriam ao menos tentar ler o livro, é uma história emocionante, tocante que nos mostra o quanto podemos ser fortes sejam quais forem as dificuldades, e ainda como podemos ser tão cruéis com os nossos semelhantes.

“Alguns dizem que tive uma beleza pouco comum, mas não desejaria beleza para nenhuma mulher que não tivesse sua liberdade, e que não escolhesse os braços que a abraçam.”

site: www.notinhasderodape.com.br
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