Mal-entendido em Moscou

Mal-entendido em Moscou Simone de Beauvoir




Resenhas - Mal-Entendido em Moscou


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Giu 06/03/2020

Meu primeiro da Simone de Beauvoir, e estou encantada!

Nunca vi ninguém misturar dois pontos de vista tão bem quanto ela fez em « Mal-Entendido em Moscou ». É uma leitura extremamente interessante e agradável!

Além disso, a autora foi super feliz em suas provocações. A falta de comunicação, a postura pessimista diante do fim da vida e a baixa autoestima dos personagens são hiper frustrantes, e as críticas políticas e sociais super pertinentes, como era de se esperar.
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PC 25/12/2020

Um bom livro, com reflexões interessantes
Primeiramente o livro traz consigo muito da vida da autora, assim como do casal formado entre ela e o Sartre.

A história acontece numa viagem de um casal de professores aposentados a Moscou por volta de 1966/67, onde André vai ver a filha do primeiro casamento. A partir disso vem a tona reflexões sobre o envelhecimento, o socialismo e a União Soviética, a existência (lembrando que ela e Sartre são filósofos existencialistas), as relações e tudo isso traz um certo desencanto, desilusão, sobretudo com o futuro encurtado devido a idade. E eu daria uma atenção especial ao tempo e a memória, que tem parte especial e fundamental no livro mostrando que a memória pode ser bastante enganosa, ainda mais quando é revisitada motivada por sentimentos ora tristes, ora felizes ou com raiva e amor. Criamos mal entendidos por termos uma memória muitas vezes seletiva pra chancelar nossas impressões e sentimentos do presente.

Obs: Quem já leu e quiser acrescentar, discordar, debater fique a vontade já que a leitura é sempre subjetiva. O debate, de forma cordial enriquece a experiência.
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JW 22/02/2021

Um casal e Moscou; Moscou e um casal
Aquela não era a primeira viagem de Nicole e Andre a Moscou durante o regime soviético. Sendo assim, era quase impossível eles não traçarem as diferenças encontradas enquanto eles transitavam pelas mesmas ruas e praças de outrora. “Mal-entendido em Moscou” não é um livro sobre decepções políticas, embora as use em alguns momentos como analogia para se referir as decepções sentimentais. Moscou não era mais a mesma tampouco Nicole e Andre eram os mesmos. O que é envelhecer? Como é envelhecer a dois? É um livro curto, mas que trata de maneira bem honesta sobre desilusões. O final dessa novela carrega a beleza intimista que Simone de Beauvoir sabe construir tão bem.

@jen_deusex.machina
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Cinara... 01/07/2020

"Esta é a vantagem da literatura, pensou ela: nós guardamos as palavras conosco. As imagens murcham, deformam-se, apagam-se. Mas ela reencontra as velhas palavras em suas cordas vocais, quase como foram escritas."
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Dayse.Carla 04/04/2021

As partes da história em que há conflitos (conversas) entre o casal, parece tão real, é como estar em um relacionamento independente da idade e perceber que os maus entendidos podem acabar com tudo de uma hora para a outra.
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moacircaetano 17/03/2023

Bom livro.
Começa um pouco arrastado, focando no fato da história se passar em Moscou, em épocas de comunismo e guerra fria, mas evolui para um belo e dolorido drama sobre a velhice em comum de um casal.
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Mariana Dal Chico 13/10/2019

“Mal-entendido em Moscou” de Simone de Beauvoir, foi meu primeiro contato com a autora e o livro escolhido para discussão do mês de setembro para o Leia Mulheres Jundiaí

Fui pega de surpresa com a leitura fluida e narrativa envolvente, esperava que fosse um pouco mais truncada, mas nem por isso o livro deixa de trazer muitas questões no que tange ao “mal-entendido”, não apenas o de comunicação entre o casal, mas também em um retrospecto geral das expectativas que criamos ao longo da vida sobre o que queremos fazer e ser.

Apesar de trazer a estrutura conhecida da falta de comunicação do casal que gera um problema a ser resolvido - e essa composição sempre me incomoda em livros, apesar de ser algo comum na vida real -, a autora consegue dar outro formato com sua resolução e ao desenvolver personagens maduros.

Grande parte do livro se passa dentro da cabeça dos personagens, é uma leitura reflexiva, quase não há cenas de ação, reviravoltas e ápices. Em alguns momentos a mesma reflexão é recorrente e acaba deixando a leitura um pouco repetitiva.

O envelhecimento é um dos temas principais e como a narrativa é feita sob a perspectiva de Andre e de Nicole, podemos ver a diferença de pensamento sobre a senilidade entre homens e mulheres. E aqui a autora aproveita para discutir o papel da mulher na sociedade e insere diferenças entre sua geração e a de Macha (filha de Andre em um relacionamento anterior ao seu).

A autora aborda de forma magistral as diferenças entre teoria x prática, não apenas sobre o funcionamento do comunismo na União Soviética nos anos 60, mas também sobre feminismo, relacionamento familiar.

“A cada ano ele ficava mais bem-informado e se sentia mais ignorante. Os pontos obscuros, as dificuldades e as contradições se multiplicavam ao seu redor” p. 33

É exatamente assim que me sinto, quanto mais busco conhecimento, percebo que nada sei.

As contradições, essas me assombram!

Gostei bastante da leitura, mas não entrou para a lista de favoritos, no entanto, me deixou ansiosa para ler romances e não-ficção da autora.

site: https://www.instagram.com/p/B3jxF_0DeVr/
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Luiz 23/11/2021

Literalmente um mal-entendido
O que dizer deste singelo romance? É espetacular a forma com que a autora narrou todos os acontecimentos. Passando a fala ora para André, ora para Nicole. Simone, a autora, teve muita maestria em dominar e nos explicar o pensamento do casal de forma separada. E eu só sei que essa maestria foi alcançada porque um leitor simples, como eu, entendeu tudo direitinho. Qualquer um pode se deliciar com os devaneios do casal e, até, aprender algo de muito valioso para os relacionamentos.
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Myzlen1 01/05/2021

Mal entendido em Moscou
Simone de Beauvoir que sempre traz em suas obras as diversas questões que as mulheres de sua época vivenciavam e muito provavelmente pouco mudou, porém, longe de um romance água com açúcar centradas em um homem, Simone nos apresenta Nicole e André em uma visita à União Soviética e neste ponto inúmeras informações nos são entregues, sempre num comparativo direto com Paris, mas longe de ser esse o ponto central da obra, serve apenas para contextualizar e nos entregar um pano de fundo para as constantes diferenças entre a juventude de Macha e a idade de Nicole que está sempre se comparando (ainda que não haja aqui uma rivalidade, mas apenas um sentimento de nostalgia), além do contraste da sua relação com André que parece estar muito à vontade com tudo e apenas deixando que as coisas sigam seu curso. O livro leva um tempo para engatar, enquanto nos perguntamos eventualmente o que de fato está acontecendo e de repente a coisa toda acontece, mas falemos agora da obra como um todo.
No geral a obra é muito boa, mas tem um nicho muito particular, dificilmente irá agradar a todos, ele segue um ritmo mais lento, um pouco melancólico, mas de uma realidade crua e um timing perfeito, os diálogos são bem construídos e para os que se encontram identificados em algum dos personagens, certamente irá arrancar algum sorriso. Talvez por ter me sentido tocado de forma tão especial que eu tenha essa obra em tanta estima e isso talvez possa obscurecer um pouco minha análise, mas espero que não.
Os personagens são cativantes, todos eles guardam características marcantes e possuem personalidade, ninguém fica orbitando ninguém e não seria surpresa se fosse uma versão de uma história real, Nicole particularmente tem os melhores comentários e pensamentos.
A escrita é fluida, tanto quanto a realidade, não será necessário total dedicação e concentração para acompanhar, sendo um livro excelente para ler numa tarde, numa fila do banco ou do médico, com a particularidade de alternar entre os personagens, mas sem comprometer o entendimento.
No mais, é um livro que fala sobre o tempo, sobre as mudanças, sobre amores, sobre amadurecimento e como nos sabotamos todos os dias ao supor o que o outro pensa, Quando jovens tendemos a imaginar que com a idade seremos pessoas muito diferentes, contudo dificilmente largamos certos vícios ou características por vontade própria, quase sempre estamos limitados, pelo tempo, pela idade, pela própria sociedade, mas se reconhecer nisso e acreditar que está tudo bem sem neuras ou inseguranças também deve ser parte do processo. A verdade é que pouco mudamos, mas aprendemos a lidar melhor com quem somos, mas creio que aqui já estou fugindo bastante do tema.
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edzlke 02/03/2022

Sensível!
Simone consegue transferir um sentimento a nós que sempre esteve ali, mas nunca pensamos a respeito. O medo da velhice, os desgostos e prazeres do amor, a insegurança ? tudo isso está ali, explicado como o leitor o sente. Presenciamos a disputa de um casal que mais tenta adivinhar a respeito do outro, a falta de comunicação nos angustia, e mesmo quando há o desabafo, ele ainda é incompleto. Pensamos que faríamos diferente, mas não fazemos nunca. São assim as relações humanas.
O desconforto com a velhice e a saudade da juventude é outro tema que merece destaque. Todos os desesperos que temos na juventude estão presentes na velhice das personagens e nos fazem refletir como de fato nunca mudamos, apesar da idade, nosso âmago tende a permanecer inalterado: os anos esculpem nosso formato, não o alteram.
luanabarcelosr 03/03/2022minha estante
Amei a resenha ?


edzlke 03/03/2022minha estante
Obrigadaaa ??


Alessa.Brito 08/03/2022minha estante
Excelente resenha!!!




Filipe 21/11/2020

O livro tem um bom ritmo, apesar de nada muito factual acontecer durante a história. Boa contextualização cultural da URSS, deixando de lado a interpretação política da autora.
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Camila Corbi 18/04/2020

Sobre a arte de envelhecer
Mal-entendido em Moscou é aquele tipo de leitura q faz vc querer começar de novo, antes mesmo de acabar! Livro lindo, que retrata um casal da terceira idade em conflito. Não só há atrito entre eles, como tbm questões individuais sobre o envelhecimento. A relação de cada um com sua história, com a História, e como percebem seus corpos depois dos 60. Simone de Beauvoir escreve de maneira tocante, trazendo reflexões sobre a se entender idoso, o poder do diálogo, e amor!
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Maju Deolindo 24/08/2021

Senilidade
Meu segundo contato com a autora, curti mais do que a experiência anterior. É um conto sobre um casal que estão na faixa dois 50/60 anos e estão juntos a muitos anos. Eles vão visitar a filha do primeiro casamento do cara, em Moscou, e eles vão passar por algumas crises do relacionamento. Vai fazer uma análise principalmente sobre a relação das pessoas com o envelhecimento.
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Laís 12/07/2020

O desafio de envelhecer
Um livro sobre envelhecer quando a mente não acompanha o corpo, gostei muito das reflexões.
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Juliana 17/11/2022

Esse conto (?) faz parte de um dos meus gêneros preferidos que é crise de casais. Acho que os amores no fim ou em crise são de uma profundidade absurda, então, para mim, foi super interessante acompanhar os mal entendidos de André e Nichole, potencializados pelo cenário político que se encontram.
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