Espelho dos Olhos

Espelho dos Olhos Nicolas Catalano




Resenhas - Espelho dos Olhos


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Vivs 13/09/2015

Uma Distopia Excepcional
Quando recebi o email do Nicolas e li a sinopse de Espelho dos Olhos eu vi potencial na história. Uma distopia baseada na cor dos olhos? Onde a heroína tem que se submeter a uma escola tirana e lutar pela vida de seu pai? Interessante não? E ai o segundo pensamento foi, “mas mais uma distopia?”, apesar de amar muito o gênero as vezes tenho a 1impressão de
que a receita de sucesso de Jogos Vorazes seguida por Divergente e tantas outras já ficou repetitiva e que não há mais o que criar. Bom, eu estava mais uma vez completamente errada, existe sim o que criar e como surpreender em distopias e Nicholas fez isso muito bem.

Evangellyne vive em um mundo futurista dividido entre pessoas com Classes de Talento e pessoas Sem Classe. Tá, calma, eu já explico bonitinho. Muito antes do tempo dela, um cientista (maluco) fez experiências por muitos anos tentando encontrar uma forma de evoluir a raça humana, até que um dia ele, ao tentar nas suas filhas, chegou ao resultado que esperava. Elas agora possuíam habilidades sobre humanas e a única coisa que as diferenciava era a cor dos olhos. Esse mesmo cientista então criou um sistema inteiro de governo baseado na cor dos olhos e nas habilidades que cada cor a presentava. Os que não tinham habilidades especiais e possuíam olhos pretos são denominados de “Zero Classes” e todos os com habilidades pertencem a uma classe de talento.

Bom, depois de muitos anos da morte desse cientista e de uma guerra é nessa realidade que Evangelyne vive. Nascida com olhos verdes em uma ilha muito pobre ela é da classe de talento chamada Glorificadora, mas nunca desenvolveu nenhuma habilidade pertencente a sua classe de talento, por isso não tem a mínima ambição de frequentar a Escola Talental, onde todos os que podem pagar e têm olhos coloridos estudam e aprendem dominar suas habilidades. Claro que tudo isso muda repentinamente quando a habilidade da sua classe de talento se manifesta e ela se vê chantageada por um homem muito perigoso que tem o pai de Evangelyne como refém.

No começo eu tive dificuldade em me inserir na realidade da protagonista e muitas vezes em entender suas reações que as vezes pareciam deslocadas e exageradas, mas no decorrer do livro Nicolas constrói uma civilização incrível e um ambiente impressionante.Senti que os personagens, apresar de a primeira vista superficiais, ficavam cada vez mais reais e eu fui me apegando a eles pouco a pouco. Confesso que me surpreendi e me encantei com todo o sistema criado pelo autor, o governo e o funcionamento das classes e da elite são complexos, de forma que poderiam facilmente ser reais mesmo em suas injustiças.

Mas posso esperar para o segundo livro “Espelho de Sangue” e recomendo o primeiro para todos que gostam do gênero, já que é um livro em que é perceptível o talento que o autor tem com as palavras e uma história cativante.

site: https://corujasdebiblioteca.wordpress.com
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Débora Bertuol 05/04/2022

Cansei
Não posso deixar de admitir que a trama do livro é boa, mas talvez eu não tivesse no momento para ler ele. A história pareceu se arrastar pra mim, por não me prender, e além de tudo tinha a impressão que o autor parecia sempre estar esperando por momentos que ele pudesse encaixar frases de efeito. Abandonei, mas nunca é um adeus, um até logo quem sabe kkkkk
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Midian Damazio 02/04/2022

Ótimo
Esse foi mais um dos livros que comprei sem ter informações alguma, não li a sinopse nem antes e nem durante a leitura, mas não me arrependo de ter feito isso no "escuro". Gostei muito da história, a forma como tudo se passa. E o que foi esse final? Estava esperando um livro com volume único, choremos agora!
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Iza 17/07/2020

Recomendo já ter a sequência em mãos.
QUE FINAL É ESSE BRASIL!!!! Quero o livro 2 na minha mesa agora! Apesar de ter demorado a me prender o livro é incrível devido a variedade de elementos presentes.
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Um Sujeito Qualquer 20/12/2015

Espelho Dos Olhos um livro incrível!
Imaginem só: você andando pela internet e se depara com um livro desse e uma sinopse que nos traz um enredo super bacana, imaginaram? Pois bem foi isso que me fez chegar a conclusão de que eu realmente tinha que ler “Espelho dos Olhos”. Mas de primeiro momento pensei que não era um livro que iria mexer de certa forma comigo, mas o livro trouxe uma estória tão original, tão diferente das demais distopias que estou acostumado – apesar de que o livro, não se enquadra apenas no gênero distopia, mas também em ficção cientifica – que logo entrei no clima, onde foi o começo de sensações especiais.

A estória nos leva para Stravância um país onde a cor dos olhos, valia mais que tudo, pois era a cor dos olhos que te dava habilidades e essas habilidades que te davam a oportunidade de ter uma classe, a te tornar um membro da elite, o restante da população, que tinham a cor preta em seus olhos, eram os zero-classes, que eram os que não tinham habilidades em seus genes e por isso muitas vezes serviam como escravos da população que tinha miseras cores estampadas em seus olhos e o criador disso tudo – das habilidades concedidas graças a cor dos olhos - foi o grande cientista Remi Claus, que era adorado como um Deus pela população de Stravânsia.

Mas para que essas habilidades concedidas pudessem ser usadas, era preciso que a pessoa que possuí a cor dos olhos fosse estudar na Escola Talental – que era apresentada a população como se fosse o paraíso, mais na verdade não era bem assim -, mais para a protagonista Evagellyne Allins o problema, era que além da falta de dinheiro – sim, para entrar na Escola Talental era necessário pagamento -, pelo fato de seu pai ser um zero classe, Evangellyne nunca apresentou indícios de habilidades que a cor de seus olhos lhe concede, o que a levava de mal a pior por não entender quem é ela mesma, além do fato de sempre se questionar porque o mundo tem de ser da forma como acontece por lá, das leis e tudo mais que é imposto por uma rainha mais que autoritária, com o desenrolar da estória Evangellyne vai parar na Escola Talental, não por vontade própria, mais pela vontade de Atlas - vice rei de Stravância - que ameaça o futuro da pessoa que ela mais ama no mundo caso não fique por lá.



Não pude ver na estória, um momento sequer de enrolação, a estória faz seus olhos praticamente correrem pelas linhas, simpatizei com o fato de quanto mais eu lia, mais eu tinha vontade de ler. O autor caprichou nas descrições dos locais em que aconteciam as cenas e na forma que trabalhou com cada personagem, personagens que cativam de uma forma inexplicável qualquer um que se atreva a ler esta maravilhosa obra. Gostei demais da forma como ele conseguiu afundar a protagonista em um mar de dúvidas – o que me fez ver nela algo que talvez tenhamos em comum -, sem que nós leitores nos percamos junto com ela - diferente de alguns autores que tenho lidado -, gostei também da forma como Evangellyne cresceu com o passar da estória. O livro teve um final bombástico, super-curioso, que me deixou roendo as unhas, pois ele soltou uma bomba impossível de se resolver em menos das duas páginas que restavam para leitura e agora cá estou eu super-ansioso para o próximo volume.

Queria destacar aqui a forma impressionante em que o autor com sua escrita fez-me imaginar cada criatura criada por ele, como os homongs – gostaria de ter um (risos). A escrita do livro não me causou nenhum estranhamento - por ser um livro brasileiro – como alguns livros de outros autores nacionais me causaram.



A diagramação do livro é simples, porém mais que linda, a capa tem um tipo de relevo no título enquanto o resto da capa tem uma textura fosca, as folhas são amarelas junto a fontes confortáveis para a leitura #NovoSéculoArrasou.

Poderia digitar aqui nessa resenha 1001 tipos de elogios – não digo por estar com preguiça de digitar (risos) - para esta obra, mais vamos poupar o tempo precioso de vocês, porque já esta muito grande. Geralmente amei é simplesmente a palavra que uso para livros que gosto muito, mais “Espelho dos Olhos” foi algo mais que amei, uuum... Que tal super-ultra-mega amei? Pode ser? Foi também meu livro favorito do ano e já posso afirmar isso porque o ano já esta acabando e sinto um orgulho gigante, pelo meu favorito do ano seja de autor brasileiro. Queria agradecer ao Nicolas por ter me proporcionado os momentos fantásticos que tive durante a leitura de Espelho dos Olhos.

site: http://umsujeitoqualquer.blogspot.com.br/2015/12/resenhando-espelho-dos-olhos.html
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Sil 05/04/2016

É aquela velha história: Eu não tenho só elogios para este livro. Na verdade eu acho que diversos pontos me incomodaram durante a leitura que eu quase abandonei, mas sou muito insistente e quis ler até o final (o que foi bom, pois ai fiquei curiosa para saber o que irá acontecer na sequencia!). Confesso que quando percebi que teria sequencia eu fiquei bastante brava. Estava esperando um livro único e com o andamento da história eu torcia para que fosse, pois na minha opinião as suas 464 páginas poderia ser facilmente reduzidas para 200. Eu senti que muita coisa que o autor colocou na obra foram repetitivas e que poderiam abrir espaço para outros aspectos, como por exemplo trabalhar melhor no amadurecimento da personagem. Eu a vi o tempo todo como a garota que só sabe lamentar e lamentar, sabe? Uma menina totalmente anti social, que por mais que tenha uma carência de amigos e/ou afeto que esses possam te dar apenas se isola lamentando-se. Nós, leitores, já sabemos que tudo de errado está acontecendo com você (eu falando direto com a personagem), não precisamos de lembretes a cada dez páginas.

Tirando isso a história trás ótimas criticas. Eu percebi uma leve critica ao sistema religioso, onde todos pregam que devemos ser bons uns com os outros, ser e fazer aquilo e aquilo mas na verdade praticamente ninguém o faz. Quer dizer, quantas vezes não vimos por ai pessoas que pregam religião fazer mais mal as pessoas do que aquelas que até mesmo se dizem ateístas? Não sou contra nenhuma religião, mesmo eu não tendo nenhuma, mas não vou esconder que atitudes extremas é algo que me incomoda bastante. O autor também faz uma critica da desigualdade de classes, já que na obra a sociedade é dividida por setores além da cor dos olhos; sendo alguns mais pobres e outros mais ricos e somente os ricos conseguem certificado de cidadão após se formarem na Escola Talental. Sim, o livro chega bem próximo de ser uma distopia e eu vi no Skoob uns comentários enfatizando isso, então não vou argumentar que não apesar de eu sentir mais a carga distópica da coisa toda. Como eu disse, parece que o livro girou em torno do sofrimento de Evangellyne.

Infelizmente, para mim, a experiencia com a leitura de Espelho dos Olhos não foi das melhores. Quem acompanha minhas resenhas sabem o quanto eu sempre paro e falo dos personagens dos livros e provavelmente perceberam que eu nem falei muito sobre Evangellyne. Isso porque ela foi uma personagem que eu odiei muito e acabaria sendo muito ruim só falando negativamente por aqui sobre a gaorta. Eu realmente torço para que ela tenha um desenvolvimento melhor na sequencia da obra, pois apesar dos pesares ela tem tudo para se tornar uma boa protagonista. Mas e os personagens secundários? De fato alguns são introduzidos ao longo da história mas eu não senti nenhuma afinidade com eles. Tanto é que na hora que determinada personagem acaba morrendo eu não senti nenhuma tristeza e olha que ela tem tudo para ser adorada. Eles foram pouco desenvolvidos e suas passagens não foram tão proveitosas pela falta de diálogos, já que a protagonista é muito mais adepta ao monologo mental do que conversas.

Mas não vou dizer para você passar longe deste livro, já que todos sabemos que livros funcionam de uma forma para cada leitor. Talvez essa obra seja tudo o que você esteja precisando.

site: http://estilhacandolivros.blogspot.com.br/2016/03/resenha-espelho-dos-olhos.html
@bardoriano 04/06/2017minha estante
Eu adorei tua resenha, estou quase terminando o livro. Concordo com tudo que tu falou. O livro poderia ter reduzido pra 200, ficaria até melhor. A ideia toda é legal, porém tô muito incomodando com vários pontos tbm. A personagem principal não me agradou, só lamenta msm. Achei muita enrolação. Pra ser bem sincero tô lendo ele bem rápido pra terminar, eu tbm não gosto de abandonar livros. Espero que o segundo seja melhor.




Vinicius.Correa 18/09/2015

Esse livro foi simplesmente épico. Não poderia haver outra palavra para definir. Na verdade, pode: Magnifico, incrível, sensacional. Mais um livro da editora Novo Século sob o selo Talentos da Literatura Brasileira. Publicado pelo autor Nicolas Catalano com uma escrita envolvente que nos carrega ao reino de Stravância, parece um nome de uma cidade Russa, mas ok... Um reino governado por uma rainha pra lá de mandona, onde a classe social das pessoas é realizada através da cor dos olhos. (Pera ai, isso me lembra algo, sim, me lembra a resenha do livro O Segredo do Elfos, o qual também encontramos uma sociedade monárquica dividida pela cor dos olhos. Mas isso já é outra história...)

As pessoas do reino de Stravânsia são divididas por diferentes Classe de Talentos: Os Vocalizadores com os seus profundos olhos roxos, os Arcanos e seus olhos vermelhos, os Guerreadores de olhos amarelos, Os Sirens com olhos azuis, os Glorificadores juntamente com os olhos verdes, os Pintores com o neutro cinza, rosa aos Acrobatas e castanho aos Guardiões. Além desses também há o resto, os que não possuem habilidades, ou seja, os Sem-Classe, de olhos pretos.

A história é apresentada através do ponto de vista de Evangellyne Allins, uma garota que estranhamente nasceu com os olhos verdes, sendo assim, deveria ser uma Glorificadora. Mas há algo de errado, pois apesar dela possuir os olhos verdes ela não possui as habilidades provindas deles. Contudo, Evangellyne não se deixa abalar, porque mesmo que ela tivesse tais habilidades ela não iria ir à escola Escola Talental para ganhar o Certificado Comunal Humano e enfim ser considerada alguém.

"Assim, ao ouvir a palavra 'triste', apenas sei que sou o oposto de seu significado; bem, na verdade, considero-me uma garota aventurada. Apenas sou livre como um pássaro que voa entre as brisas geladas e alegres da vida. Ninguém ousaria me controlar. Eu garanto: Meu espirito é incontrolável." - Pagina 25.

Evangellyne é convicta com aquilo em que acredita. Forte em suas opiniões e forte em sua personalidade. E algo que definitivamente ela não gosta é do governo ditatorial da rainha Scherzer. As inúmeras leis criadas pela rainha beneficiam apenas os da Elite, ou seja: Aqueles que possuem Classe de Talento juntamente com o Certificado Comunal Humano. As pessoas que não o possuem são vistas como um nada na opinião da rainha. E Evangellyne é totalmente contra essa injusta rotulação.

"Gostaria ao menos de poder voar daqui, obter a paz mental. Não viver neste mundo cheio de incertezas, onde a rotulação entorpece a alma." - Pagina 38.

A desigualdade social na história é obvia. Enquanto os da Elite, possuem muito, os Sem-Classe possuem quase nada. Fato que apesar de ser fictício pode ser visto sem muita dificuldade em nossa sociedade atual.

"Elas nem sequer se preocupam com o preço! Apenas continuam a comprar e comprar como se isso fosse certo e coerente. Mas eu sei que não está." - Pagina 85.

Evangellyne passa por poucas e boas e encontra-se em uma difícil situação: Ela deve ir contra sua vontade à Escola Talental deixando se ser quem é. Agora com cabelos curtos e escuros, com uma nova cor artificial nos olhos, ela deixa de ser Evangellyne e torna-se Eva Banshester. Junto com seu nome, muda também sua personalidade. Eva deixa de ser a pessoa livre que um dia Evangellyne foi. e torna-se uma pessoa neutra. O reflexo mais obscuro de sua antiga personalidade.

"Um espelho oblíquo foi criado, martelado e fragmentado em meu coração. Mas esse espelho não é igual àqueles que refletem o que somos, mas, sim, àqueles aqueles que refletem nossa parte mais oculta e triste. Meu Deus, acho que surtei. Eu sou Eva." - Pagina 111.

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site: http://decidindose.blogspot.com/2015/09/espelho-dos-olhos-resenha.html
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Marcio Silva 05/10/2015

As manhãs jamais serão esquecidas
Primeiramente somos apresentados a Remi, um cientista muito conhecido, que dedicava a sua vida em fazer experimentos para assim criar uma nova especie de ser humano, mas algo sai de seu controle, pois umas de suas filhas acaba bebendo uma amostra que ele havia criado e ele vê aí o resultado de seu experimento.

Para ver até aonde ele poderia chegar, contratou pessoas para serem suas cobaias, mas seus experimentos acabaram sendo revelados ao público e assim todos queriam provar! Com o tempo acabou surgindo uma série de requisitos, pois a população foi dividida em classes e as mesmas foram divididas em subdivisões. Esses só poderiam exercer sua função através da escola talental, que só poderiam estudar aqueles que teriam como pagar.

Além do mais aconteceu uma tragédia com a população, pois o território foi dividido em cinco ilhas e que para os novos alunos pudessem estudar "nesse escola", anualmente um grupo de buscadores, vai em cada ilha para fazer as inscrições.

E é numa dessas buscas que descobrem Evangellyne "nossa protagonista", uma glorificadora que vive muito feliz com seu pai na ilha em que mora! Todo ano quando acontece essas buscas, ela se esconde pois não aceita ir para essa escola, mesmo não tendo condições e muito menos por que ainda não teve sinal de sua subdivisão, achando assim que não pertence a nenhuma classe.

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site: http://umbaixinhonoslivros.blogspot.com.br/2015/10/resenha-15-espelho-dos-olhos.html
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Fabi_ZP 08/10/2015

Resenha: Espelho Dos Olhos (Nicolas Catalano)
Bom…

A história serpenteia ao redor de Evangellyne Allins, uma interessante garota que, desde o inicio, demonstra não ser apenas mais uma na multidão. Ela, claramente, não é como a maioria e não irá seguir os mesmos passos contínuos e sem futuro que grande parte da população parece seguir às cegas e/ou sem questionamentos.

Contudo, é através dela que percebemos aquela centelha… Aquela fagulha que possa existir escondida dentro de cada um, prontinha para explodir, desde que alguém dê o click certo.

Resumindo…

Evangellyne (por sinal, adoro a sonoridade do nome da personagem) se vê em um mundo EXTREMAMENTE caótico e preconceituoso/extremista (consegue ver a semelhança com a realidade? Pois é, eu também!), onde as pessoas são divididas por classes de talento de acordo com as cores de suas íris (o que achei bem interessante!).

Na obra, lidamos com uma sociedade em que as pessoas têm talentos literalmente impostos geneticamente a elas, sendo que apenas a menor parcela da população de Stravânsia tem a chance de desenvolvê-los de fato. E mesmo assim, isso, nem de longe, é a garantia de uma vida feliz…

E como se não bastasse essa imposição absurda em que até “ser quem você é” é imposto, nossa protagonista ainda tem que lidar com a tirania da Rainha Scherzer, uma criatura vil, repleta de pretensões injustas e abusivas.

O leitor é facilmente levado para dentro de um mundo subversivo, numa saga de distopia, onde a humanidade já se perdeu dos valores humanos e está completamente dominada pela tecnologia, sendo que o único toque que o escritor dá para diferenciar minimamente da impressão que temos de que é assim que o nosso mundo irá se tornar, está na ligação daquele universo conturbado com a presença constante de seres fantásticos, os quais nem sempre são sinônimo de magia e beleza nesse caso.

No entanto, nem tudo é trevas!

A obra também nos revela a luz dentro da escuridão!

Quando Evangellyne começa a sua jornada, nos deparamos com personagens únicos, que se prendem a nós de uma forma tão natural, que só percebemos ao final da leitura, no momento em que sentimos falta deles ou, especialmente, no instante em que os comparamos com pessoas da nossa vida “real”.

Aliás, as características dos personagens são tão fortes, que é impossível não fazer comparações. Simplesmente os encontramos com facilidade dentro do nosso próprio mundo.

Se quiser continuar lendo esta resenha e conhecer mais a obra deste autor fantástico, recomendo que dê uma olhadinha no meu blog: World Fabi Books ;)

site: https://worldfabibooks.wordpress.com/2015/09/09/resenha-espelho-dos-olhos-nicolas-catalano/
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Dáfne 10/12/2015

Muuuuito bom!
Gostei bastante da escrita do Nicolas, que expressa muito bem os sentimentos confusos que passam na cabeça de sua protagonista, Evangellyne. Ela é jogada numa confusão de acontecimentos e sentimentos, onde tem que esconder sua real personalidade e lidar com os seus dramas internos. Há trechos em que a gente quer entrar lá e dar uma chacoalhada na Evangellyne, e outros em que queremos abraçá-la. E fora os trechos que falam verdades tão reais, que, mesmo na ficção, conseguimos entender o recado e trazer isso para a nossa vida cotidiana! Vale a leitura de cada página! =)
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Super Ci 20/04/2016

Resenha do Elefante Voador
Espelho dos Olhos é um livro bastante curioso e bem diferente do que eu imaginava. A narrativa é escrita de forma que parece que estamos da cabeça da personagem principal Evangellyne Allins, onde ela está ao mesmo tempo narrando os acontecimentos, lidando com descobertas e questionamentos internos.

Apesar de Evangellyne ter nascido com a cor dos olhos verdes, que indica que ela pertence a classe dos Glorificadores, ela nunca demonstrou nenhuma habilidade relacionada a esta classe. Por este motivo, é hostilizada o tempo todo pelas pessoas que a consideram uma farsante ingrata que não quer assumir seu lugar na sociedade.

Resenha completa no site do Elefante Voador

site: www.elefantevoador.com
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Daia @contandocapitulos 21/09/2016

A vida dos sonhos transformada em um pesadelo.
Em um país onde a cor dos olhos e o poder aquisitivo definem o futuro da população, quem não nasce com olhos coloridos é considerado um nada.
Evangellyne Allins mora na ilha mais pobre do país. Filha de um zero classe, ela leva uma vida simples e com poucos recursos, embora, devido à cor verde dos seus olhos, pertença a uma classe de talento: a dos glorificadores.
Evangellyne nunca sentiu essa classe aflorar em seu ser. Sentindo-se uma aberração por não conseguir se desenvolver, ela luta para provar que foi a única a nascer diferente em Stravânsia, a única a possuir olhos coloridos e não ser possuidora de nenhum talento especial.
Entretanto, o destino reserva outras surpresas para esta peculiar garota e em um piscar de olhos toda a sua vida muda. Ela se vê em uma trama de mentiras, enganações, crueldade e tortura. Cada dia parece ser mais difícil, porém ela deve perseverar para continuar viva e evitar o mal daqueles que ama.
Stranvânsia é um país cruel, onde apenas os ricos podem ter chances de sucesso na vida. O cientista Remi Claus criou uma raça de humanos especiais. Cada cor de olhos corresponde a habilidades incríveis. Esses talentos devem ser aperfeiçoados na Escola Talental. Para ingressar na instituição, além de ter uma classe de talento, a pessoa ainda deve ser rica, pois o custo é altíssimo. A única forma de garantir um futuro melhor é obtendo o Certificado Comunal Humano e, por este motivo, apenas os ricos podem crescer no país.
Evangellyne sempre soube que era diferente. Nasceu com olhos verdes, mas não desenvolveu suas habilidades. Vive na ilha do sul, região mais pobre do país, porém isso não a impede de ter uma vida feliz. Apesar das restrições financeiras, ela tem um pai que a ama incondicionalmente, uma amiga pra todas as horas e seu animal de estimação, que é um grande companheiro.
Mesmo sentindo que algo não se encaixa em seu ser, ela segue sua vida normalmente até que a viagem de busca chega à ilha do sul. Assim, os questionamentos sobre sua íris tornam-se constantes: ela deveria ir para a escola talental, aperfeiçoar suas habilidades e adquirir o certificado comunal para entrar na elite de Stravânsia. Porém, além de não possuir habilidades aparentes, seu pai jamais teria dinheiro para bancar seus estudos. Com o pouco que ganha mal consegue garantir uma vida digna para os dois.
Após muitas humilhações e sentindo-se cansada das cobranças, ela resolve expor sua realidade para a população e mostrar que nasceu diferente do que é esperado. Nesta noite, todos os seus planos acabam dando errado: a classe de talento, finalmente, se manifesta em Evangellyne e com a “Ajuda” de um padrinho ela é enviada para a escola talental.
Lá, o que deveria ser um sonho para a garota, acaba se tornando seu pior pesadelo. A luta pela sobrevivência é constante, ela tem que enfrentar muitas mudanças, humilhações e não pode fugir, pois a vida do seu pai depende do seu sucesso na instituição.
Medo, insegurança, perda da identidade e crueldade são alguns dos obstáculos que ela deve enfrentar para concluir sua missão. Um árduo caminho que ela precisará de forças para percorrer.
Gostei muito da Eva. No inicio, a ingenuidade e alegria dela foram contagiantes. Mesmo com alguns conflitos internos, ela conseguia ver as coisas boas da vida e dar valor ao que realmente importava.
Após as revelações que aconteceram na sua história e a ida para a escola talental, ela se transformou em outra pessoa: alguém dominado pela raiva e pelo medo. Nesta nova fase, a garota doce se transforma em uma corajosa mulher, lutando dia-após-dia por sua família. Ela deu o melhor de si e, mesmo tendo momentos de fraqueza, jamais desistiu.
Houve muito sofrimento em sua trajetória. O fardo de ser diferente a acompanhou em toda a narrativa, a intolerância e crueldade das pessoas feriram seus sentimentos. Isso acaba machucando também o leitor que se envolve com tudo que acontece com a personagem.
Ela também conheceu bons amigos na escola talental, entre eles, Valete, a pintora bipolar, o tímido Gory, e Zabeth, que de uma forma estranha se tornou sua protetora.
Em meio a todo o turbilhão de sentimentos que bagunçaram sua vida, Eva ainda está sentindo as primeiras paixões. Seu coração fica indeciso entre dois jovens que chamam sua atenção.
O autor criou um universo literário incrível, rico em detalhes, com criaturas diferentes, mistérios, toda a cultura e situação político-social do país. O leitor se sente dentro da história, podendo imaginar cada cenário, cada personagem. Conflitos que enfrentamos no dia-a-dia são inseridos na narrativa e, com isso, nos sentimos mais próximos dos personagens em todas as situações. Todos já se sentiram injustiçados, diferentes, com medo ou presenciaram a crueldade do mundo. E também aproveitaram o carinho das pessoas que amam. Tudo isso torna cada individuo de Stravânsia mais humano e cria um vinculo crucial para o bom andamento da leitura.
Este é o primeiro livro de uma série, então o final fica em aberto e ainda garante aquele gostinho de quero mais. A ansiedade até o próximo volume ser lançado será enorme.

Amei o livro, uma distopia muito bem construída e uma leitura envolvente e viciante. Um livro que nos faz repensar nas injustiças do mundo e em como nos posicionamos quando estamos perto desses tristes fatos. O autor está de parabéns por tudo que criou nessas 464 páginas. Uma história de tirar o fôlego que vai conquistar todos os fãs do gênero.

Quote: “Devemos procurar a nossa própria felicidade e não a do outro. Pois a nossa é a que nos move e nos faz sentir aquela sensação boa em relação a quem somos para transmitirmos o bem.”.


site: http://www.livrosemrabisco.com/2016/09/espelho-dos-olhos.html
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Cláudia 14/07/2017

Nesta ficção científica, conhecemos através de Evangellyne, no reino distópico de Stravânsia, onde por alterações genéticas as pessoas são divididas em castas de acordo com a cor de seus olhos. Não tem saída, estas castas, chamadas Classes de Talento, determinam sua profissão, personalidade e futuro neste mundo.
Catalano criou a separação das Classes: cinzas são os olhos dos Artistas, pintores e artesões; olhos roxos têm os Vocalizadores, que através da voz, podem controlar os elementos da natureza e, com a entonação correta, podem controlar mentes; olhos verdes são de Glorificadores, pessoas sensíveis em questões emocionais e espirituais; os Arcanos têm olhos vermelhos, dominam conhecimentos de animais e magia. Entre outras classes, Guardião (olhos marrons), Guerreadores (vermelhos), Sirens (azuis) e Acrobatas (rosas), ainda há os Zero-Classe, pessoas com olhos pretos, que não possuem Talento e assim estão na camada mais baixa da sociedade.

Neste contexto, Evangellyne é um ponto fora da curva. Ela tem olhos verdes, o que a faria uma Glorificadora, mas não se reconhece como tal e acaba descobrindo que tem a Classe de Talento de uma Vocalizadora. Sob circunstâncias obscuras, ela parte para a Escola Talental, onde deve passar por aulas de Vocalizadora para obter uma certificação de Pessoa Com Classe de Talento (sim, não adianta só ter olho colorido para ser gente nesse lugar). E assim, acaba por descobrir coisas estranhas sobre as pessoas que detêm o poder em Stravânsia e mistérios sobre a genética da qual ela mesma é uma anomalia.

Este primeiro volume, é uma apresentação do mundo, das Classes, de como surgiu a alteração genética, da personagem principal, mas já tece uma trama que será expandida em sua continuação, Espelho de Sangue.
Em alguns pontos, como os fluxos de pensamentos da Evangellyne (o livro é narrado em primeira pessoa e só por Evangellyne), se alongam e ocupam um espaço que poderia ter aprofundado personagens secundários; mas também vejo isso como um ponto positivo se considerarmos que haverá uma continuação. Evangellyne se encontra em um momento de transição, o que faz da sua visão as pessoas que a rodeiam, muitas vezes parcial e estereotipada (assim como todos em Stravânsia que definem-se pela cor dos olhos), mas suponho que possa mudar quando ela amadurecer ao alcançar outras etapas em sua jornada da heroína (ha!).

Esta é uma série que tem muito potencial e tem como objetivo passar a mensagem de lutar pela liberdade de ser quem você é e não o que um sistema determina, e ainda discute separação em classes e mobilidade social. Quero muito ler a continuação e nela ver tanto o amadurecimento da Evangellyne, quanto da escrita do autor.
Jules 05/07/2018minha estante
Estou ansiosa para ler esse livro, fiquei conhecendo recentemente e já estou louca para ler.
Já está na minha meta de 2018


Cláudia 05/07/2018minha estante
Oi, July!
Vou querer saber o que achou da leitura, hein! é muito legal!!!
Eu já estou com o segundo volume aqui, também pra ler em 2018




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