Cami @leiturizar 13/06/2017Lindo!Imagina uma pessoa altamente controlada e organizada, que planeja com antecipação e faz listas de tarefas para todos os períodos do dia. Imaginou? Essa é Alba, nossa protagonista.
Alba é editora e revisora da editora Folhetim, uma das mais conceituadas do país e sonha em se tornar uma autora digna de best-seller, porém seu original é barrado várias vezes por sua chefe, Dona Celi, pedindo que ela faça algumas alterações aqui e ali e nunca fica pronto de verdade.
Então Carlinhos, seu amigo, lhe dá a ideia de procurar uma segunda opinião, apoiado por Malu e Rapha, suas amigas. O que não poderia ser mais oportuno, levando em consideração que uma nova editora está instalando sua matriz na mesma cidade e é lá que ela conhece Paulo Eduardo, ou Padú para os íntimos.
Ele mesmo chega para ela e diz que o original é terrível e que acha melhor ela recomeçar e então depois de conversarem por dias ele lhe sugere que ela faça uma lista de coisas para viver, alegando que isso lhe dará a inspiração que precisa. E é a partir dessa ideia que Alba vive os melhores (e nem tanto assim) momentos de sua vida.
Alba é uma personagem extremamente organizada, que planeja cada passo que dá com minuciosidade, o que é totalmente o contrário de Padú que vive o momento sem pensar no amanhã e por isso o casal não poderia ser mais improvável e ao mesmo tempo mais interessante. Após a ideia mirabolante do rapaz, ela rapidamente traça cinco ítens a lista de coisas para viver na qual se empenha avidamente para cumprir todas.
Padú é daqueles caras legais que viajou o mundo para adquirir novos conhecimentos e voltou para terra natal a fim de estabilidade mas que não dispensa uma boa aventura enquanto que Alba é mais centrada do que se pode imaginar e tem listas para todo tipo de coisa, o que me deixou com uma pontinha de inveja sobre tamanha organização da mulher.
Não poderia deixar de falar dos amigos Malu, Rapha e Carlinhos, que são incríveis e dão todo apoio do mundo para Alba. É bem legal também ver o grupo se estendendo a Padú e a mais dois personagens que não vou citar para deixá-los curiosos. Posso dizer apenas que os amigos são extremamente unidos desde a faculdade e que sempre que possível se encontram para um Happy Hour no restaurante onde Malu trabalha. Achei muito legal o fato de um romance focar muito em laços de amizade.
Dona Celi, é a clássica chefe durona, pode ser facilmente comparada a Miranda de O Diabo Veste Prada. Mas que mesmo assim esconde uma personalidade frágil por trás de toda a carranca. Ela não mede esforços para colocar Alba com os pés no chão e desistir do sonho.
A leitura é leve, divertida, envolvente e fluida, tem uma guinada bem intensa em certas partes, fazendo com que o virar de páginas sigam automaticamente em ponto alto e quando começa a dar uma leve caída, a autora puxa um gancho levantando a história novamente que segue dessa forna até o final. Há também a quebra da quarta parede, que é quando o personagem conversa com o leitor, o que eu acho super fantástico e diferenciado da parte do autor, mas tem que saber conduzir. A Ana se mostrou super talentosa nesse quesito também.
E por falar em final é algo que me deixou sem ar! Terminou de uma forma que eu sinceramente não poderia imaginar e até gostei de ser surpreendida dessa forma.
Apesar de ser um livro de romance, podemos dizer que o foco principal paira em relacionamentos, mais precisamente amizade e familiar. Uma linda história sobre o perdão e o caminho de volta para si mesmo. Portanto, na minha opinião foi uma ótima pedida.
Preciso dizer que após finalizar esse livro até eu fiquei com vontade de fazer inúmeras listinhas (já fazia algumas antes, por exemplo de livros para comprar, mas vou aprimorar essa tática) e viver um pouco das aventuras vividas pela protagonista.
Por fim recomendo a leitura para todos aqueles que estão em busca de novas aventuras e querem um romance leve.