A Caixa de Natasha

A Caixa de Natasha Melvin Menoviks




Resenhas - A Caixa de Natasha


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Albatroz2 13/12/2016

Maravilhoso
O livro é dividido em 17 contos macabros e 3 poemas surpreendentemente dark também possuindo uma beleza comparável aos 17 contos.
As historia são arrepiantes, umas e outras talvez não seja tanto porém a forma de escrita e o enredo onde se desenvolve a trama é o que mais cativa.
Um livro totalmente proibido para ser lido ao anoitecer pois tudo pode acontecer afinal esse é o foco principal do livro, lhe conceder arrepios medos e pesadelos mas se é um leitor corajoso lhe recomendo a leitura depois da meia noite. O nome do livro tem haver com o ultimo conto onde se refere a Natasha e quem souber o final dessa historia maldida não poderá contar a ninguém.
Albatroz2 13/12/2016minha estante
* Desenvolve




Xandy Xandy 28/03/2024

Talvez agrade, talvez desagrade. Leiam e me falem!
A escrita do autor é ótima, sem erros gramaticais ou de concordância; o projeto gráfico do livro é muito bonito, com uma excelente diagramação e entrelinha.
Eu realmente gostei dos primeiros contos, mas, a partir da metade do livro, as histórias começaram a me cansar, a ponto do meu ritmo de leitura despencar abruptamente. A melhor história, e também a mais comprida, é "A caixa de natasha", que narra a história de uma jovem com o nome de Natasha, que é internada em um hospital psiquiátrico para tratar de sua dependência em drogas, e acaba tendo terríveis visões/ sonhos, além de envolver-se em um mistério inenarrável. Pena que o autor tenha dado muitas voltas para, de fato, expor o final inimaginável.
Vale para os fãs de contos de terror conhecerem mais um talento que desponta no nosso cenário literário!
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Patricia 17/10/2015

Nesse livro, nós somos agraciados com diversos contos de horror, dos mais variados tipos. Encontramos as clássicas estórias envolvendo demônios e anti-cristo, mas também de fantasmas, monstros, loucura, depravação, etc. Página após página, conto após conto, nos deparamos com estórias sangrentas e de arrepiar. Nem todas as estórias são assustadoras, isso verdade. Pelo menos não para mim que cresci devorando esse gênero. Mas podemos contar com estórias inteligentes e finais instigantes.

Não é possível falar de todos os contos, então irei me ater a estória da narrativa longa principal, que deu nome ao livro: A caixa de Natasha.

Natasha é uma jovem que foi enviada para um hospício por sua família, devido aos seus problemas com drogas e também por ouvir vozes. E logo quando chega por lá, ela percebe que há algo errado com aquele lugar. Bem, além dos pacientes loucos e assustadores. Ela começa a ver coisas, figuras assustadoras que surgem na noite e que aparentemente mais ninguém ver. E por motivos óbvios, ela não pode simplesmente contar para ninguém o que está vendo. Não se ela quiser sair daquele lugar algum dia.

Mas será que tais terríveis visões são só frutos de sua loucura, ou seria algo mais? Algo mais assustador? E como diabos ela poderia descobrir a verdade sem garantir uma estadia perpétua no hospício?

A Caixa de Natasha é um conto envolvente, com cenas que me lembraram Silent Hill com Na companhia do medo. A narrativa vai nos arrastando para um final… que não posso comentar sob o risco de ser amaldiçoada!

Não temos muitos livros do gênero horror de autores nacionais, então esse livro foi uma agradável surpresa. Porém houveram algumas coisas que não gostei e por isso ele não ganhou 5 estrelas. Achei que em certos contos houve uma narrativa mais arrastada do que o necessário, tirando o foco da estória para detalhes, que ao meu ver, não eram importantes ou necessários. Acabei dando 4 estrelas.

Sem dúvidas recomendo esse livro para todos os fãs de estórias de terror. Se você gostava, assim como eu, daqueles finados programas de contos de terror da década de 90 ou dos clássicos contos de horror (de diversos cultuados autores), sem dúvidas irá gostar desse livro. E se você se assusta facilmente, então eu recomendo que não leia esse livro à noite.

site: http://ciadoleitor.blogspot.com.br
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Desenhando em Letras 21/12/2015

Contos, estranhos contos.
Não é novidade para aqueles que me conhecem que eu adoro terror, em especial pela capacidade que cada pessoa tem em expor os horrores da vida de forma natural; alguns autores com sua singularidade complexa, outros com versões um pouco macabras sobre os clássicos psicológicos.

Terror é um gênero excitante, pois o escritor, enquanto narra, pode explorar diversos aspectos, como a mente de um homicida ou até mesmo a de uma pessoa cuja sanidade fora roubada após ver uma cena cruel de violência em casa quando o pai estourou a cabeça da mãe com uma ferramenta pesada. Enfim, horror, na sua essência mais sangrenta ou um tanto ousado adentrando o mundo espiritual, jamais deixará de me surpreender.

A Caixa de Natasha e outras histórias de horror, do Melvin Menoviks, tende a reviver sensações que há muito adormecem no âmago do leitor, seja a ansiedade que jamais sentira, o medo que tinha se trancado na escuridão da alma ou o simples tremor de pernas que às vezes surge inconscientemente nos locais mais inoportunos. Um tanto clichê, mas a frase que usarei para descrever a obra é “um prato cheio”. E, ao meu ver, não houve uma entrada ou um mero acompanhamento, a degustação começa de forma ilustre já com o prato principal, o conto O Retrato Tétrico, que se tornou o meu favorito.

Uma das poucas histórias narradas em terceira pessoa, O Retrato Tétrico mostra a vida do Alfredo, um garoto que, ao visitar a casa da avó, sente-se atraído e aterrorizado simultaneamente pela misteriosa visão de um quadro que retrata um menino. Sem saber quem é o menino pintado ou o porquê de estar ali sem que mais ninguém parecesse se interessar pela obra, Alfredo se sente cada dia mais curioso a respeito do quadro e, consequentemente, busca por respostas. O que ele não esperava é que nem toda busca traz algo bom em troca.

Quando falamos em antologias, é natural que nos venha à mente a interligação dos contos, como uma ponte que precisa de suporte para manter-se em atividade; contudo, em A Caixa de Natasha e outras histórias de horror, o único artifício que o autor utiliza em sua construção é o suspense e o terror – que há em todas as histórias. São contos breves, que apresentam esses gêneros literários em milimétricas pontuações e mantém a sua distinção apresentando fatos estranhos, loucos e extasiantes. Todos, óbvio, com uma boa dose de sangue e adrenalina.

O livro não é indicado somente aos amantes do terror, pois apresenta, além da carnificina, um teor histórico e reflexivo bastante latente. Os amantes de História podem se surpreender com O Garoto Que Pingava Sangue, que conta com a presença da Lady Elizabeth Bathory, a insaciável Condessa de Sangue, enquanto o leitor que se interessa por filosofia, sociologia e questões políticas, se sentirá à vontade ao ler O Amigo Suicida e Vermelho.

Nós Comemos Corações de Crianças é um conto atraente por ter sido conduzido de maneira bastante conclusiva desde o início. Trata-se da vida de um maníaco que, em depoimento, confidencia o porquê de ter matado e comido os corações de algumas crianças junto com a sua namorada. Nele, podemos observar claramente que a insanidade não está ligada somente a uma confluência de fatores catastróficos na infância, mas que qualquer um pode sucumbir a ela... só por curiosidade.

Para ser sucinto em minha avaliação, não falarei sobre outros textos, afinal, ao todo, o livro é composto por dezessete contos, três poemas e uma novelata, A Caixa de Natasha, que dá título ao livro e encerra a obra.

Com um amplo vocabulário, Melvin Menoviks nos conduz a histórias cada vez mais sombrias, pontuando mistérios na medida certa sem precisar recorrer a grudar o leitor e fazê-lo ler até a última linha para ter orgasmos de pavor, revelando-se, assim, mais um excelente autor da literatura nacional. Na obra há reflexos da escrita de grandes nomes do terror internacional, como HP Lovecraft, Edgar Allan Poe e Stephen King, entretanto, como mencionei acima, os textos trazem sua particularidade, nos revelam mundos macabros e, claro, fazem com que nossos sonhos se tornem um tanto... bem, perturbadores.

site: http://desenhandoemletras.weebly.com/blog/resenha-a-caixa-de-natasha-e-outras-historias-de-horror
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Marielle 04/10/2016

Manifestações advindas de Natasha
Não leia esse livro depois da meia noite, ou quando você está à viagem em uma cidade sombria com forte incidência de neblinas e “mau tempo”. Eis aqui o que ocorreu com essa voraz leitora a quem vos fala: em mais uma das minhas viagens, escolhi “A Caixa de Natasha” para me acompanhar na minha estadia em Gramado, pois pela indicação de um amigo, quem em uma noite qualquer encontrei pelos corredores da UEL, segurava em seus braços tal livro (e tenho que te agradecer por isso), cujo autor surpreendentemente eu também conhecia, por também ser aluno do direito. Pois bem, como toda pessoa apaixonada por livros, e por fazer questão de prestigiar o colega de curso por publicar algo que não fosse da área do direito, de imediato quis adquirir meu exemplar (que veio com uma dedicatória repleta de sinistros abraços), mas só comecei a leitura propriamente dita, após finalizar o volume I da Torre Negra do nosso “Stephen Rei”. Já inspirada nesse clima “horrorshow” proporcionado por minha leitura prévia, iniciei minha leitura de “A Caixa de Natasha e outras histórias de horror” em uma tarde com lindos raios de sol, e que misteriosamente se transformou em uma tarde de um “puta” vendaval (com o perdão da palavra) enquanto eu lia o primeiro conto “O Retrato tétrico”, e que resultou na queda de alguns quadros pendurados na minha casa justo no momento em que eu acabava de finalizar a primeira leitura. Foi nesse momento que eu soube que esse livro iria me proporcionar situações bizarras e uma leitura no mínimo interessante.

Assim, resolvi continuar a leitura que já havia começado durante minha trajetória a Gramado, como supracitado, conseguindo ler apenas até o conto “Malpurga” no avião, sem ter sofrido medo algum até então. Entretanto, como sempre, o medo te surpreende nas horas que você menos espera, e foi retornando a pé juntamente com minha irmã, após a meia noite, em uma cidade nefasta com uma neblina aterrorizadora (literalmente não se conseguia ver um palmo à frente) que os nomes até então conhecidos começaram a ribombar na minha mente. E lá me gritava “Malpurga”, eu visualizava Wesley (ou seria Jonathan?) na escuridão. Passei três dia apreensiva durante o retorno da minha hospedagem, pois em Gramado não há movimento algum nas ruas após a meia noite, a porcentagem da incidência criminal é quase zero, inclusive não avistei sequer moradores de rua, mas pela localização da minha hospedagem ser a duas quadras do cemitério (um cemitério cheio de mausoléus e de uma decoração extremamente gótica e aterrorizante por sinal), o meu psicológico insistiu em me pregar peças e a ficar em ‘sinal de alerta’. Bom, no retorno para casa, não me desgrudei do livro, continuei a ler páginas e páginas, e enquanto lia imaginava sangue escorrendo de dentro dele, sim, muito sangue - para os leitores com a imaginação mais ampla como eu - é possível até sentir o cheiro de sangue no conto “O Garoto que pingava sangue”. O mais engraçado, foi que durante minha leitura, fui me identificando com alguns personagens, com algumas histórias, pois não se trata aqui somente de um “livro de terror”, mas de uma obra que explora as partes mais complexas do psicológico humano de maneira sutil, em uma leitura extremamente surpreendente, apreensiva, proporcionada por um autor que ainda encontra-se no ápice de sua juventude.

Bom, após tantos caracteres e impressões que pude experimentar, parafraseando a pessoa que por acaso me deu a oportunidade de ciência dessa obra, “primeiramente gostaria de agradecer ao universo por essa oportunidade” ao esbarrar com alguém que segurava esse livro em mãos; agradecer mais uma vez ao mesmo elemento místico chamado universo por mais uma vez sincronizar minhas experiências físicas e mentais, fazendo chover, “neblinar”, e criando tempestades justamente enquanto eu lia a um livro de terror, e por fim, recomendar essa horripilante leitura, que apesar do aviso de não dever ser feita no horário em que os monstros saem debaixo da cama, a torna muito mais interessante a partir do momento que você quebra essas regras (especialmente em um dia chuvoso), entretanto, por favor, tomem cuidado para não se perder pelos corredores de suas casas à noite e acabarem caindo no capítulo da caixa de Natasha.
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KpopBrasil 25/01/2019

"Seu vestido vermelho, completamente rasgado, confundia-se com o sangue que cobria o bárbaro resultado da brutalidade inumana ali perpetrada."
O livro contém 18 contos e 3 poemas de terror/horror com temáticas variadas como demônios, pessoas mortas etc.

Mas vamos falar sobre o conto principal do livro, que é "A Caixa de Natasha". Natasha é uma garota que acabou indo parar em um hospício por sua dependência em drogas, lá ela acaba encontrando pessoas de vários tipos, como Ingrid, que também foi parar lá por causa de drogas, mas ela não era muito de conversa, Camila que tinha um boneco assustador que pensava ser seu filho, ela ficava com ele o tempo todo e não largava para nada e também tinha Rafael, um senhor que quase não tinha cabelo e ficava arrancando seus pouco fios dizendo que eles eram duendes e que conversavam com eles, pessoas realmente loucas, Natasha talvez fosse a mais normal de todas, se não fossem sua alucinações.

"Um vulto negro disforme, como um emaranhado de sombras sólidas e trevas vivas cobrindo algum corpo monstruoso, percorria o caminho em minha direção."

Natasha via uma menininha vestida com vestidinho vermelho dentro do seu dormitório, um vulto negro disforme no corredor e também dedos longos que abriam seus olhos obrigando a ver aquelas coisas. Ela não sabia se aquilo realmente eram alucinações ou se eram reais. O Dr. Salomão, psicólogo do hospício, tentava ajudar Natasha, ele queria saber o que estava acontecendo com ela para ela gritar tanto de noite, mas ela dizia que eram apenas pesadelos.

Um dia Natasha estava andando pelo hospício e escuta uma conversa entre o Dr. Salomão e a enfermeira Lúcia, eles estavam falando sobre ela e era algo terrível, Natasha percebeu que a partir daquele momento ela teria que fazer de tudo para continuar viva, mas o que a esperava era algo muito pior.

"Quando acordei, à noite, não foram os demônios que voltaram, mas as vozes."

A Caixa de Natasha e Outros Contos de Horror é um livro muito bem escrito pelo autor. Só que eu achei a escrita cansativa, mesmo os contos mais curtos eu não conseguia ler direto porque a leitura não fluía, eu demorava muito para concluir um conto. Nenhum conto fez com que eu ficasse com medo ou com algum desconforto, a maioria deles eu já sabia como seria o final por ter lido histórias parecidas. E A Caixa de Natasha foi o que mais me decepcionou, por ser o conto principal do livro, eu esperava bem mais dele, eu realmente queria sentir medo da história, mas isso em nenhum momento aconteceu, e eu achei que o autor enrolou bastante na história para chegar no final e ser fraco.

Eu estou acostumada a ler/assistir coisas de terror/horror, é o meu gênero literário favorito, então esse pode ser o motivo pelo qual eu não senti medo dos contos, por já ter lido várias histórias assim. Esse foi um livro que realmente não funcionou comigo, mas talvez pra quem não tem o costume de ler esse gênero, acabe sentindo medo e gostando dos contos. Não é porque eu não gostei do livro que ele seja ruim, só não funcionou comigo.

"As pessoas caíam, ardiam, crepitavam e gritavam para a morte e a orquestra tocava, tocava e tocava notas satânicas e lúgubres acordes desarmônicos."

site: http://poeliterar.blogspot.com
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Eliete 12/09/2020

Alguns contos bons que não salvam o livro
Foi uma experiência difícil ler esse livro, 19 contos que foram um tanto enfadonhos de ler...
A narrativa dos contos não eram fluidas e mesmo tendo lido em menos de 1 mês eu não consigo me lembrar nem de metade dos contos. Os únicos 3 contos que achei muito bons foram "o retrato tétrico"; "Natan" e "As inocentes", este último sendo o meu preferido do livro. De resto não tenho comentários úteis pois os outros contos seguiam uma narrativa extremamente cansativa, formal e na maior parte do tempo, desnecessária.
Enfim, a leitura foi válida apenas pelos 3 contos que citei.
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Thayane 02/10/2020

Um livro interessante. As histórias são boas e realmente assustadores. Infelizmente, as escritas se prolongam de forma desnecessária e em todos os contos há repetições que se tornam quase cansativas. Mas as histórias em si mostram uma grande criatividade do autor e conseguem causar medos como o livro se propõe.
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Moonlight Books 04/11/2015

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books: www.moonlightbooks.net

Os diversos contos apresentam cenários diversos: casas abandonadas, florestas sombrias, uma reunião de amigos numa noite de tempestade, uma faculdade e até mesmo um hospício. Em cada um deste locais podemos acompanhar tramas onde existem demônios, fantasmas, assassinos em série, famílias corrompidas e pessoas loucas. O autor usou e abusou destes elementos em cenas violentas, sangrentas, repugnantes e até mesmo de pura luxúria. O resultado foi algo bem forte, tanto que admito não ter conseguido ler continuamente, mesmo sendo um livro curto, demorei uma semana para concluir, pois o meu emocional muitas vezes ficou abalado. Algumas das histórias possuem um grau elevado de maldade e insanidade, personagens perturbados com mentes tão doentias que me deixavam com nojo ou despertavam em mim piedade.

No entanto, nem todas as histórias são tão apavorantes, algumas apenas tem aquele clima de suspense gostoso, como A narrativa de Jonathan – que apresenta um homem recordando seus dias na universidade. E outros, mesmo com elementos sobrenaturais , são tristes, como é o caso de A Caixa de Natasha, que além de dar nome a obra, fecha o livro de uma maneira satisfatória.

site: Leia o restante da resenha em http://www.moonlightbooks.net/2015/10/resenha-caixa-de-natasha.html
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Matheus Fellipe 12/12/2015

Literatura Nacional: Contos de arrepiar!
Contos... por que gosto tanto desse tipo de narrativa? É uma pergunta que sempre me faço. Uma resposta plausível seria por eles serem menores, mais enxutos ou algo do tipo. Mas isso não se aplica a minha percepção de conto. Quando pego para ler um livro do “gênero”, o faço por imaginar a amplitude, a gama de histórias que estão em minhas mãos, cada um escrito de uma maneira, com personagens e lugares diferentes ou não, mas cada um apresentando sua singularidade. O tamanho não importa, pode ser um conto de mais de 200 páginas como alguns de Stephen King ou mesmo contos de poucas páginas como determinados contos de Edgar Allan Poe. O que importa é que eles sejam bem desenvolvidos, que sejam capazes de nos tragar para dentro da história, de nos envolver... essas características são encontradas nos contos de Melvin Menoviks!

Seria difícil explanar cada texto do livro, falar de suas histórias e temáticas, mesmo porque são 21 ao todo, alguns deles são bem curtos, outros um pouco mais longos, e por qualquer descuido, eu poderia libertar os monstros e depravações que nasceram ou foram trancafiadas nas páginas desse livro. Por isso selecionei alguns contos, os que mais gostei e que me chamaram a atenção por algum motivo peculiar, para comentar.

Dentre todos os textos, “Memórias” foi para mim um dos mais chocantes e, portanto, um dos que mais gostei. Na verdade, é meu favorito. O autor desenvolveu os personagens, deu vida a eles, especialmente o pai da família, que na sua insanidade, “brincava de deus”. Nesse conto temos o terror humano, de uma pessoa fria que é capaz de qualquer coisa quando não está em si; e há o terror sobrenatural, quando o mal se infiltra na inocência de uma criança. É um dos mais completos!

"Lembro-me detalhadamente até hoje quando vi o corpo ensanguentado da minha amada na beira da estrada, com aqueles olhos, antes tão lindos, implorando os últimos segundos de vida, com a boca, antes tão perfeita, já deformada e gritando de dor. O braço esquerdo estava contorcido e quebrado em várias partes, com o osso à mostra. A perna direita estava atravessada por uma longa e grossa barra de ferro proveniente dos destroços do carro. O rosto sofria, disforme, desfigurado e roxo. Corri para tentar salvá-la, mas tudo que pude fazer foi vê-la, lenta e agonizantemente, perder a vida. [...]" — "Memórias", Pág. 182

Outro conto que gostei muito é “Nós Comemos Corações de Crianças”, o nome é sugestivo né? Haha O conto tem a personalidade do personagem narrador, é rebelde, criminoso e muito louco! A escrita foi um diálogo entre o narrador e o leitor, uma coisa natural (só a escrita mesmo é uma coisa natural!). O horror desse conto é um dos mais pesados do livro, pela temática e vítimas escolhidas, mas vele muito a pena ser lido.

“A Experiência de William” foi outro conto que me fez pensar que o autor, Melvin Menoviks, é um cara bem doidão (no bom sentido! rs). Nesse conto, nos é apresentado um menino de 10 anos que se imagina um cientista e que quer revolucionar a ciência com o transplante de cérebros, ou a união deles, para isso ele utiliza, nada mais nada menos, que gatos para realizar seus experimentos. Por mais que recomende o conto, devo avisar que se a pessoa gosta de animais, especificamente gatos, deve evita-lo, para não ter um ataque de ódio (digo isso, pois tenho muitos amigos que gostam de gatos e quando contei a história que acabara de ler para um deles, a pessoa me xingou um bocado).

“A Orquestra Diabólica” é um daqueles contos que sufocam pela sua perversidade, ele é um dos mais curtos, mas sua narrativa penetra nos ouvidos de uma forma literalmente diabólica, as descrições da música tocada, o sofrimento e delírio dos ouvintes... é algo surreal.

"[...] Sua verve era da noite, pela noite e para a noite, e nenhum outro horário parecia capaz de comportar sua existência." — "O Amigo Suicida", Pág. 236

Os outros contos também são bons, alguns mais, outros menos, mas cada um tem sua imparidade unitária, sua característica, e merecem ser lidos, conhecidos, e gostados ou não. Há contos que possuem crianças fantasmas ou possuídas; outros com senhores contando histórias de um monstro terrível que habita um buraco na floresta ou um ser que se mistura a neblina da noite e tem um rosto deformado; alguns contos são mais sangrentos e sensuais; outros não passam de sonhos ou perturbações mentais; há até um conto mais filosófico, que possui poucos elementos de terror, mas que nos instiga a pensar.... Os “três poemas macabros” são mais alguns retratos da habilidade do autor com as palavras, trazendo histórias com rimas ou apenas versos.

Agora sobre a tão aguardada narrativa: “A Caixa de Natasha”.

Sabe quando lemos algo que nos deixa inquietos? Com a perna balançando (uma mania minha) ou roendo o que resta do dedo, porque as unhas já se foram? Então, com “A Caixa de Natasha” aconteceu isso. Sinceramente é um dos melhores contos, se assim posso dizer, que já li na vida. Ele merece o título na capa, pois é o mais intrínseco, o mais literalmente insano (pois a narrativa se passa num Hospital Psiquiátrico, ou seja, um Hospício).

O texto todo é narrado em primeira pessoa, pela própria Natasha, uma mulher que foi colocada no hospício pelos familiares pois tinha problemas com drogas e dizia ouvir vozes que sussurravam em seus ouvidos. Acompanhamos sua chegada ao Hospital Psiquiátrico. Ela e nós, somos apresentados a alguns personagens que ficam marcados na memória por suas características um tanto incomuns, alguns loucos que falam sozinhos ou mesmo um que fala com seus fios de cabelos dizendo que são duendes; velhos deformados, asquerosos e fedidos; uma mãe que matou seu filho e fica ninando um boneco; entre outras singularidades que são narradas de forma um tanto eloquentes.

"[...] Vieram como pequenos ratinhos se arrastando pelo chão, chiando baixinho seus segredos nojentos. Depois, subiram pelas paredes e, como em uma infestação de baratas, se alastraram sem rumo pelas entranhas sujas entre os tijolos e começaram com seus sussurros terríveis e invisíveis.
As vozes falavam de novo. E estavam dentro do meu quarto. Eu sabia que não eram reais, mas estavam ali. E eu não podia lutar contra elas. Por mais que eu me virasse e as procurasse, eu não podia lutar contra elas. Elas vinham de lugares esquivos, dizendo coisas que eu tentava ignorar, mas que me causavam medo. [...]" — Pág. 293

Na primeira noite no hospício, depois de sua chegada traumática, Natasha não consegue dormir ouvindo os loucos e suas loucuras noturnas, também começa a ter visões de uma menina de vestido vermelho. Essas visões continuam dia após dia, e com mais frequência, a menina que antes aparecia sozinha, vem acompanhada de seres demoníacos, sombras negras que surgem através das paredes entre outras criaturas medonhas, e isso cada vez mais vai afetando a mente de Natasha, fazendo com que as enfermeiras e médicos confirmem seus distúrbios, que vem algumas vezes acompanhados de desmaio e gritos terríveis durante a noite. O medo vai crescendo em seu interior, as vozes voltam a serem ouvidas, os loucos começam a falar coisas que aconteceram no local e com isso ela vai atrás de pistas e, é nessa parte que eu tenho que parar de escrever... qualquer coisa além disso é spoiler na certa! Com respeito a caixa... só irão descobrir se lerem o livro, o que recomendo fortemente!

"A noite foi um inferno. Ruídos vinham de lugares desconhecidos e o frio percorria a atmosfera como a gélida foice de um ceifeiro que vaga em busca da próxima alma. Eu podia ouvir o doentio sussurro maternal de Camila ninando seu boneco sem vida. [...] Os sons das lufadas de ar que balançavam as árvores entravam em meus tímpanos como agulhas finas e compridas, e eu não conseguia dormir, mesmo estando desesperadamente cansada." — Pág.272

Levando-se em conta todos os contos, poemas e a narrativa longa, e eu tendo gostado muito de uns, pouco menos de outros, ou mesmo favoritado alguns, o livro leva a 4 estrelas!

DICA: durante a leitura, principalmente de “A Caixa de Natasha” eu ouvi músicas da banda finlandesa de Symphonic Metal, Apocalyptica, que é formada por três violoncelistas e um baterista. São músicas instrumentais, em sua grande maioria, que dão uma perfeita trilha sonora não só para livros de terror, mas também de suspense e fantasia. Sempre ouço essa e outras bandas instrumentais durante as minhas leituras. Caso se interessem, posso fazer uma matéria especial, indicando algumas bandas e músicas. Deixem nos comentários o que acharam do livro, da resenha, da ideia do post sobre música, sejam criteriosos... podem deixar perguntas que pedirei para o próprio autor responde-las.

site: http://leitornoturno.blogspot.com.br/2015/12/resenha-caixa-de-natasha-e-outras.html
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Fernando Nery 01/02/2016

Resenha: A Caixa de Natasha e outras histórias de horror, de Melvin Menoviks, Editora Novo Século
Sinistro, Nojento, Apavorante, Horripilante e sobretudo inteligente são características presentes no livro A Caixa de Natasha e outras histórias de horror, de Melvin Menoviks, publicado pela Editora Novo Século. Todas as qualidades mencionadas demonstram que a obra de nosso autor é um excelente livro para os fãs de histórias macabras.
Melvin Menoviks reuniu em sua primeira obra 17 contos, 3 poemas e uma narrativa um pouco mais longa. Em tudo que ele escreveu, percebemos como o autor soube explorar diversas faces do medo em seu livro. Encontramos terror de todos os tipos: suave, psicológico, sangrento, sobrenatural, etc.
No início de seu livro, encontramos uma nota preliminar que diz:
"Caros leitores,
Uma terrível maldição aguarda a todos
aqueles que revelarem o final de 'A Caixa
de Natasha' a quem ainda não leu.
Atenciosamente,
M.M."
Essa pequena ameaça nos faz mergulhar no clima sombrio que o livro irá nos oferecer. No decorrer de cada conto, percebemos a genialidade do autor na escolha de cada palavra que nos faz sentir fortes emoções de pavor. Algumas vezes, o autor nos engana com toques de humor; mas quando pensamos que teremos um certo alívio, eis que o autor nos surpreende com fatos perturbadores que mexem com nosso psicológico.
As narrativas são fortemente sensoriais e nos fazem sentir o cheiro do sangue das carnificinas. Não houve um conto sequer cujo o final não tivesse me surpreendido. Até nos contos cujo terror era mais leve, Melvin Menoviks soube criar um final impactante.
O livro tem 376 páginas. Geralmente ao ler um livro com esse número de páginas, caminho num ritmo veloz. A leitura do desenvolvimento de cada conto foi realmente rápida, mas devido a cada final surpreendente, eu tive que fazer pausas entre um conto e outro. Não é possível ler os contos seguidamente sem esses pequenos intervalos. Você precisa dar uma parada com a finalidade de saborear a sensação de pavor presente na obra.
O que me chamou mais atenção é que a finalização de cada conto nos proporciona reflexões filosóficas. Percebi traços da filosofia de Platão e Schopenhauer nas abordagens de terror. Enfim, Melvin Menoviks soube criar o que eu nomearia de "Filosofia do Terror".
Com a conclusão de cada conto, sempre me surgia um sentimento de admiração que me levava a pensar: "Esse cara é um gênio!" Depois em cada pausa que fazia para refletir, ficava pensando em importantes ensinamentos proporcionados por essa leitura instigante.
Dentre os contos, poemas e narrativa longa, escolhi alguns para falar a respeito. Os escolhidos são meus prediletos. Vejam:
- O retrato tétrico: o conto começa de uma maneira leve e nos faz pensar que nada poderá ter de tão assustador. Um menino chamado Alfredo sente medo ao olhar um retrato pendurado na parede do corredor da casa de sua avó Judith. Parece que teremos um medo bobo de uma criança, mas garanto que nessa história, vocês irão descobrir algo horripilante e genial.
- Malpurga: trata-se de uma lenda de uma criatura apavorante que conduz suas vítimas ao purgatório. Nesse conto, encontramos crianças descrevendo as características medonhas desse ser. Cheguei a rir com as descrição dos pequeninos, mas o que me parecia engraçado, acabou se tornando algo que perturbou minha mente. De uma forma sútil, o autor me fez sentir calafrios. Amei a situação de medo causada em mim.
- As Inocentes: conta-se a história de duas meninas que estão sozinhas numa casa. Não quero dar muitos detalhes sobre essas pequeninas e sobre o que acontece com elas, porém afirmo que o conto me surpreendeu pela mensagem que encontrei a respeito de...
É melhor que vocês leiam e captem aquilo que se encontra nas entrelinhas desse conto. Será que determinados segredos devem realmente se manter ocultos? Algo me diz que seria um conto para professores de Ensino Médio trabalharem em sala de aula.
- Obscuros desejos: é um terror erótico e sangrento. Uma mulher conhecida como Lady Valquíria cria situações de medo e prazer. Mas creio que o final não tem nada de prazeroso.
- Vermelho: a princípio esse nome não me chamou a atenção e até pensei que não me agradaria. Talvez seja um preconceito meu, visto que não me lido bem com as cores pelo fato de ser daltônico. Eu me enganei feio com meu preconceito. De todos os contos, realmente esse foi o meu predileto. Coloco como o primeiro lugar no livro. Perdoem-me pelo fato de não dar essa classificação ao conto que dá o nome do livro. Mas é que a reflexão filosófica que o Melvin Menoviks realizou aqui falando de aparências e busca da Verdade foi fenomenal. Não é um conto com uma linguagem fácil. Confesso que tive que reler alguns trechos para entender. Foi desafiador, mas eu amo desafios. Depois que entendi como o escritor descreve a busca da Verdade, fiquei maravilhado. Creio que os filósofos Platão e Schopenhauer aplaudiriam de pé a reflexão e a pequena história de terror contida nesse conto.
- O Banquete alucinante: é uma poesia que faz parte do capítulo intitulado de Três Poemas Macabros. Achei tão fofo! A descrição dos demoniozinhos destroçando as tripas de um homem é tão meiga!!!
- A Caixa de Natasha: esse conto presentifica-se no título do livro. É uma narrativa mais longa em relação as demais. Uma jovem vai parar no Hospital Psiquiátrico Irmã Gertrudes Aparecida Conceição dos Santos. A narrativa é cheia de mistérios e nos fazem perguntar sobre o que realmente está acontecendo. Será um terror sobrenatural? Será um distúrbio psicológico da paciente? Em toda narrativa, experimentei um forte sentimento de agonia. Queria respostas! Mas... Mas não posso falar mais nada. Lembram-se da nota preliminar que foi mencionada no início dessa postagem? Temo pela minha vida!!!!
Estou extremamente satisfeito com o livro do Melvin. É outra obra que se eu pudesse classificar com milhões de estrelas no Skoob, eu faria. Entretanto, o sistema não me permite. Logo, Cinco Estrelas bem sobrenaturais e sangrentas para esse livro!!!
Se você é um verdadeiro fã de livros de terror, A Caixa de Natasha e Outras histórias de horror é uma leitura obrigatória. Além disso, é importante frisar que foi escrita por um autor nacional que não deve em nada, se for comparado com os grandes mestres do terror em países estrangeiros.

site: http://filosofodoslivros.blogspot.com.br/2016/02/resenha-caixa-de-natasha-e-outras.html
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Léo 25/04/2016

Um livro GENIAL, uma obra-prima do horror nacional
Tive que perambular pelo tetro mundo narrado pelos personagens do cara e encontrar incontáveis segredos cheios de essências negras e demoníacas que me tornaram ainda mais apreciador do nefasto universo. Convido vocês a encararem uma avaliação de ''A Caixa de Natasha e outros contos de horror'', venham comigo...

Quero começar as minhas ponderações deixando claro uma inquietação que ainda me deixa, às vezes, amofinado com nossos leitores nacionais. Eu ainda não entendo o preconceito idiota que parte dos brasileiros leitores ainda tem quando o assunto é livro nacional. Quero lembrar que nesse ano já li vários livros nacionais dentre eles, muitos do gênero terror e que aqui no #ML há, inclusive, o projeto Os Nacionais Merecem Prestígio, voltado para a apreciação e indicação de livros de autores brasileiros. Os livros que li TODOS merecem aplausos e reconhecimento pelo conteúdo fascinante apresentado por seus autores e ''A Caixa de Natasha'' não é diferente. O autor mostrou que é majestosamente talentoso e que tinha uma proposta a ser oferecida em seu livro, que definitivamente foi assimilada. O conteúdo (terror/horror) apresentado em ''A Caixa de Natasha'' é, sem dúvida, magnífico.

Manifesto o aprazimento pela escrita de Melvin Menoviks. O cara nasceu pra isso! O seu estilo é natural, sofisticado, detalhista, contemporâneo e, com efeito, extraordinário. Ao ler ''A Caixa de Natasha'' sente-se o vínculo íntegro entre autor - obra - personagem - leitor. Está tudo estruturado perfeitamente. Os enredos não são estafantes e a ânsia pelos desenlaces se dá imediatamente. A escrita segue sem desvios bobos e desnecessários (como às vezes se vê em outros livros de contos). O leitor, de fato, sente-se alegre em ler histórias grandiosas assim. Eu me senti exatamente desse jeito, imensamente feliz a manusear cada página. As palavras que Melvin Menoviks utiliza em suas narrativas se encaixam perfeitamente como se quisessem levar o leitor diretamente a um labirinto assustador de cor negra refulgente. Os personagens, na maioria das vezes dotados de desejos excêntricos e práticas cruéis e repugnantes se envolvem com espíritos, criaturas das trevas e em várias situações acabam em possessões malignas (perfeitamente descritas) tornando-se modelos precisos do universo do Além.

Os contos são Excelências Raríssimas do mundo do horror. Sério! Todos são perfeitos. A estrutura é ótima e o que é contado transmite verdadeiro pavor. Melvin Menoviks é um autor genial. Os títulos dos contos são simples e objetivos mas aliciam o contato do leitor com esse mundo sobre-humano, aguçando o medo, mas seguidamente, o desejo. São, decerto, atraentes demais. Quanto aos desfechos, na maioria das vezes são aterradores. Em ''A orquestra diabólica'', por exemplo, um verdadeiro pandemônio macabro é experimentado pelos personagens.

É muito bom ler um livro com tamanha genialidade e sentir múltiplas sensações pavorosas. Creio que o objetivo do autor foi alcançado por completo. Ele nos desloca entre o sobrenatural, o psicológico e o desconhecido. É impossível ler ''A Caixa de Natasha'' e não se deparar com os Diabos que nos perseguem no escuro real ou em nossos conscientes. lendo o livro, fica evidente que ao menos em algum momento de nossas vidas o pavor pelas criaturas horrendas sempre se fez presente. O autor usou diversas vezes o universo sombrio infantil para compor suas histórias, como um infanto-juvenil macabro. Particularmente eu adoro histórias assim. É como nas cenas mais lúgubres dos próprios filmes de terror onde crianças com caras inexpressivas ou sorrisos maléficos sempre fazem algo demoníaco. Mas Melvin Menoviks retrata também diversos outros tipos de pânicos. As histórias são repletas de pessoas com sentimentos de ira, matanças, contorções, gritarias, paranormalidade e também elementos como o inferno e o purgatório. É quase inacreditável a capacidade do autor integrar o leitor nos contos. Parece um verdadeiro bruxo dominante de tais poderes que nos entranham nos aterradores relatos.

Cada conto é bem peculiar e retrata em seus personagens e protagonistas os seus fantasmas internos e medos, revelando os seus demônios externos. Não há tantos diálogos nos contos e isso não afeta a volúpia de ''A Caixa de Natasha''. É impossível citar algum conto ruim mas revelo que alguns ficarão guardados na memória por meses, anos ou quem sabe, por toda a eternidade. Meus contos preferidos são ''Malpurga'', ''Vermelho'' e ''A Caixa de Natasha''.

Em ''Memórias'', a narrativa do protagonista toma proporções nefastas e deixa o leitor amedrontado. Nesse conto, observa-se uma forma mais simples e objetiva na escrita de M.M., o que deixa a narrativa bem memorável, de fato.

M.M. deixa claro a sua homenagem a grandes nomes da literatura mundial, como Salman Rushdie e Howard Philips Lovecraft. No conto ''Vermelho'' há uma menção também a Edgard Alan Poe. Além disso, o autor filosofa em diversas porções de sua obra.

Vale destacar também os poemas macabros, que, sem dúvida, são maravilhosos, exprimem com beleza a graciosidade desse paralelo tão único. Apesar de não fazer menções a lugares, nota-se, até pelos nomes dos personagens e algumas alusões a figuras nacionais, que os enredos de M.M. se passam aqui no Brasil.

''A Caixa de Natasha'' é o melhor livro do gênero lido por mim nos últimos tempos. Não desvalorizo de forma alguma o trabalho de muitos talentosos e geniais autores do gênero; não é por desmérito de cada um destes mas por mérito próprio de Melvin Menoviks que digo isso. Repito, ele é um gênio. O livro é, absolutamente, uma obra-prima do horror, favoritado por mim e merecedor de incontáveis estrelinhas na avaliação.

O conto que finaliza a obra, intitula o livro e encerra com chave de ouro o progresso evolutivo desse brilhante exemplar. Lamento, mas não vou contar a vocês o segredo obscuro sobre o final do conto ''A Caixa de Natasha''. Não quero que a terrível maldição caia sobre a minha vida. Mesmo assim, com certeza ficarei muito tempo tendo pesadelos horrendos sobre essa revelação. Desejo sucesso ao autor e o parabenizo mais uma vez. O seu livro é de tirar o chapéu e com certeza o cara coloca no bolso muitos autores por aí, com todo respeito. Essa é mais uma obra que faz parte do projeto OS NACIONAIS MERECEM PRESTÍGIO.

*** A diagramação da obra é ótima. As páginas negras, comumente encontradas em títulos de horror, também estão presentes em ''A caixa de Natasha''.

site: http://leootaciano.blogspot.com.br/
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Calma Sem Pressa 19/10/2017

Não é uma leitura para quem tem estômago fraco!
Melvin Menoviks traz em seu livro vários contos de terror com temáticas das mais variadas além de trazer alguns poemas.

O autor traz referências de peso do gênero de horror em seus escritos, confesso que sou leiga no assunto, mas o pouco que conheço deu pra perceber que a bagagem dele fez grande diferença no desenvolvimento de seus contos.

O medo se faz presente e se desenvolve no leitor de inúmeras formas, desde algum elemento sobrenatural, até distúrbios psicológicos, fantasmas tangíveis ou imaginários, advindos das mais variadas formas de trauma.

A escrita do autor é por vezes simplista, de forma que torna a leitura mais confortável e auxilia a imaginação na sua mais horripilante desenvoltura. Em alguns momentos no entanto, uma escolha diferenciada das palavras, ou mesmo analogias traz aquele frisson à mais ao texto e surge então aquele arrepio na espinha!
“Minha sensibilidade e minha personalidade exaltadas fizeram com que eu, dentre outras coisas, preferisse, desde infância, a noite ao dia, por exemplo.”

As inocentes foi um conto que me arrepiou até a alma, dentre todos esse e Vermelho, O garoto que pingava sangue e o que finaliza e dá título a obra, A Caixa de Natasha, foram sem dúvida os meus favoritos. Sem contar que esse último conto, que é justamente o que finaliza a coletânea é incrível!
Não vou falar mais nada para não sofrer as aterrorizantes consequências, afinal fui advertida ao iniciar a leitura!

"Caros leitores,
Uma terrível maldição aguarda a todos
aqueles que revelarem o final de 'A Caixa
de Natasha' a quem ainda não leu.
Atenciosamente,M.M."
Valeu a pena ter esperado um pouco mais para ler essa obra, deu um toque especial ao meu Halloween, foi minha cereja do bolo! Não costumo ler contos e essa experiência não poderia ter sido mais agradavelmente assombrosa!

A diagramação dá um toque incrível ao enredo, recomendo demais essa obra para quem é fã do gênero ou quer se aventurar por contos dos mais variados, mas aviso, não é uma leitura para quem tem estômago fraco!

site: http://www.deixaelaler.com/2016/10/resenha-caixa-de-natasha-e-outras.html
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Rose 26/02/2020

?[...] Sua verve era da noite, pela noite e para a noite, e nenhum outro horário parecia capaz de comportar sua existência.? ? P. 236

Levando-se em conta todos os contos, poemas e a narrativa longa, eu gostei muito de uns, pouco de outros.
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