Mario Prata Entrevista Uns Brasileiros

Mario Prata Entrevista Uns Brasileiros Mario Prata




Resenhas - Mario Prata Entrevista Uns Brasileiros


23 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Tuninho 24/01/2024

Que delícia de livro ! Mario Prata é muito bom. Divertido e com muito bom humor nos conta a vida de grandes personagens da nossa história, entrevistando-os de maneira alegre e fazendo perguntas que a história não conta. Excelente leitura.
comentários(0)comente



Andressa 01/02/2021

Leitura leve
Como o próprio título da resenha sugere, é uma leitura leve, dá para passar um tempo de fugir das leituras mais pesadas, além de dar risada com algumas entrevistas.
comentários(0)comente



Van 18/07/2020

"Piadas" com a história
Esperava mais de um autor tão bem falado. A sensação é que a premissa do livro é muito boa mas a presença do humor datado fica difícil de passar batido.
comentários(0)comente



jonatas 11/03/2021

Livro leve e engraçado
Uma ótima leitura para passar tempo e esquecer um pouco a rotina pesada e maçante.
comentários(0)comente



dimitriluz 20/11/2020

Criativo
Mario Prata fantástico, como sempre. Quanta criatividade, sagacidade e patriotismo num livro! Saber criticar, imaginar cenas tão bem casadas com dados históricos... Desperta uma vontade de ler ainda mais sobre o nosso incrível país.
comentários(0)comente



Amanda 12/07/2015

Mario Prata entrevista uns brasileiros tem um público alvo específico
Livro cedido em parceria com o Grupo Editorial Record.

Mario Prata entrevista Uns Brasileiros é uma coletânea de entrevistas (fictícias) feitas com personagens célebres da história do Brasil. Algumas foram primeiramente publicadas na revistas Brasileiros, e acabou formando-se este livro, com algumas entrevistas inéditas.

Mario Prata é um escritor, dramaturgo, cronista e jornalista Brasileiro com mais de 80 livros publicados, diversos prêmios literários e reconhecido no mundo todo. Mas eu nunca tinha ouvido falar de Mario Prata até a Record nos mandar este livro, que é um lançamento.

Ele entrevista não apenas brasileiros, mas personagens que foram importantes na construção do nosso país, como Pedro Álvares Cabral e D.Pedro I. Em todas entrevistas vemos um ambiente onde o personagem se sente confortável, um bar, restaurante, igreja ou qualquer lugar, em diversas partes do mundo. É como se tudo aquilo estivesse acontecendo naturalmente, mesmo alguns estando mortos há séculos.

Lendo este livro eu me senti como se estivesse lendo diversas piadas internas que eu simplesmente não entendia. De verdade, se você não conhece essas pessoas a fundo, ou a história do Brasil, você ficará perdido. E eu não me envergonho de dizer isso: na escola eu sempre achei um saco estudar a história do Brasil. Claro, muitas pessoas pelo menos conhecem Dona Maria I, a Louca, Maria Quitéria e o Chico Rei – nem que seja porque existe ruas com os seus nomes. Mas você REALMENTE sabe o papel deles na construção do Brasil?

O livro tem a proposta de ser engraçado, mas ele apenas o será se você o entender. E, devo dizer, a única entrevista que eu entendi 100% tudo foi com o personagem fictício de Machado de Assis, o Dom Casmurro. E a entrevista toda é o autor perguntando para Bentinho se, na verdade, ele e o Escobar não tinham um relacionamento homossexual – e colocando vários trechos do livros que, naquele contexto, parecia bem plausível.

Pelo menos, ele é bem fácil e rápido de ser lido. Com letras grandes e caricaturas de todos os entrevistados, eu o li rapidamente, mesmo que meio forçada. Eu o teria abandonado antes das cinquenta páginas.

Se pegarmos o verso do livro, nós temos quatro críticas o elogiando. Três historiadores e um biógrafo. Este é um livro que tem um público alvo bem específico.

site: http://escritoseestorias.blogspot.com.br/2015/07/resenha-92-uns-brasileiros.html
comentários(0)comente



Eduarda 14/11/2020

Resenha | Mario Prata entrevista uns brasileiros - Mario Prata
Sinopse: Mario Prata ressuscita personagens célebres da história do Brasil e usa toda a sua irreverência para arrancar confissões íntimas de figuras como Aleijadinho, Tiradentes e Xica da Silva. Ao ler as entrevistas do livro, o leitor se pergunta: afinal, tudo isso foi inventado por Mário Prata? O autor nos garante que não: é tudo verdade, embora sua verve torne tudo mais surpreendente, engraçado e picante. Dom Pedro I, a marquesa de Santos, Dom João VI contam tudo que o povo sempre quis saber e Mario Prata resolveu perguntar. Iça-Mirim, índio levado para a corte francesa, explica a origem da expressão “afogar o ganso”; Dom Casmurro (criação ficcional de Machado de Assis que o autor inclui entre os personagens históricos brasileiros) explica, afinal, quem traiu quem, e dona Maria, a louca, entre um cigarro (nem um pouco legalizado) e outro conta sobre seu reinado.

No século XVII, o filósofo francês René Descartes dizia que a leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados. Talvez Mario Prata tenha lido a mesma frase e se inspirado, de tal maneira, a criar uma obra que reunisse entrevistas fictícias com ilustres brasileiros de séculos passados e personagens importantes de nossa literatura.

Antes, deixo registrado meu elogio ao design da capa, que chama a atenção com suas cores e caricaturas de alguns dos brasileiros entrevistados. Outro detalhe, muito agradável da parte da Editora Record, são as ilustrações que decoram a obra por dentro, entre um capítulo e outro.

Sou uma leitora chata, analiso as circunstâncias, as motivações, os propósitos de cada cena em um livro. Por isso, foi com grande dificuldade que progredi em minha leitura. Mario usa, como artifício, um humor irreverente, que chega a beirar a vulgaridade em sua escrita. Nos deparamos com perguntas indiscretas quanto a sexualidade de personagens e boatos indiscretos que levantam questionamentos quanto a veracidade:

Será que D. Maria, a louca, diria algo assim? Padre Anchieta, seria tão parceiro?

D. Maria abre uma pequena bolsa prateada e tira uma cigarrilha já enrolado.

"– Posso?

– Maconha?

– Haxixe. Aceita?

– Obrigado, me dá muita larica. Tenho maconha aqui.

– Se for do Maranhão, vou aceitar."
Diálogo do livro

Todo livro carrega um pouco do escritor, e não é segredo Mario Prata ser um famoso jornalista. Não seria esse o propósito da obra? Mostrar o lado negativo de um jornalismo que sobrevive de fuxicos e que ganhou mais espaço nos dias de hoje?

"– E te digo mais: no site popcrunch.com está bem claro: aquela atriz, não sei o quê Roberts, ‘fica dias sem tomar banho. E também não lava o cabelo’

Vou conferir e acho em outro blog, www.fofocandoblog.com"
Diálogo do livro

Outro fator, diretamente relacionado a essa questão, é a pesquisa utilizada no material do livro. Prata surpreende ao trazer detalhes sórdidos, no quesito histórico, nas introduções dos convidados, originando um interesse natural em querer saber mais sobre suas biografias.

Ao mesmo tempo, assumo que a escrita me incomodou um pouco. É natural que cada autor possua um estilo próprio, porém a impressão que permanece é que todos os convidados dialogam de maneira similar. Questões como classe, gênero e épocas são deixadas de lado. Vale reiterar que, nesse caso, a intenção é clara: trazer leveza e humor ao texto e, até mesmo, um sentimento de igualdade e intimidade com quem está lendo, mesmo que sacrifique um pouco do contexto histórico.

Meu veredito é de que Mario Prata entrevista uns brasileiros, aborda questões negligenciadas, mas é uma leitura com poucas páginas e de fácil entendimento.

site: https://codigonerd42.com/criticas/resenha-mario-prata-entrevista-uns-brasileiros-mario-prata/
comentários(0)comente



ricardo_22 17/07/2015

Resenha para o blog Over Shock
Mário Prata Entrevista Uns Brasileiros, Mário Prata, ilustrações de Lézio Junior, 1ª edição, Rio de Janeiro-RJ: Record, 2015, 248 páginas.

Mário Prata é um autor que dispensa apresentações. Como um dos nomes mais importantes de nossa literatura, ele já escreveu textos dos mais variados gêneros e não seria exagero dizer que conquistou o mesmo sucesso em todos eles. Embora soubesse disso tudo antes de iniciar a leitura de Mário Prata Entrevista Uns Brasileiros, não passou por minha cabeça que esse se tornaria um dos melhores livros do ano até o momento.

Para os fãs de crônicas humorísticas, o novo trabalho do escritor é um prato cheio, porém ele se torna ainda mais especial ao levarmos em consideração a forma como Mário abordou a história de nosso país, através de entrevistas com algumas das mais importantes personalidades que já passaram por nossas terras, como Castro Alves, Tiradentes, Rui Barbosa, Padre Anchieta, entre outros. Através de um estilo irreverente, ele conseguiu tornar mais prazerosa a volta ao passado e o resultado disso é a união perfeita entre humor e história — pelo menos para quem gosta do tema.

As entrevistas publicadas na obra tiveram origem em 2013 na revista Brasileiros, sendo que a primeira delas foi com Pedro Álvares Cabral. Essa entrevista, que também abre o recém-lançado livro, já revela que a ideia principal não é simplesmente explorar assuntos que todos estão cansados de saber, mas se aprofundar em cada mínimo detalhe que pode ser encontrado no íntimo dos entrevistados, transformando cada entrevista em uma verdadeira caixinha de surpresas.

Para isso, não são deixadas de lado as principais polêmicas, nem mesmo os segredos que por vezes são ignorados nos livros de história. É exatamente onde tudo se torna mais especial para aqueles que, assim como eu, apreciam a história do nosso país como um todo. Afinal, cada entrevista tem o poder de revelar um pouco sobre o Brasil e ainda apresentar, com humor e uma qualidade indiscutível, personagens enigmáticos e alguns muito polêmicos.

site: http://www.overshockblog.com.br/2015/07/resenha-333-mario-prata-entrevista-uns.html
comentários(0)comente



none 27/07/2015

Breves entrevistas com figuras hediondas
Tem fofoca, tem intriga, tem piadas para todos os gostos (gostos duvidosos, mas a vida tem gosto duvidoso, fazer o quê?), tem atualidades, tem futebol, tem mulheres interessantes e estonteantes, tem figuras célebres, figuras alopradas, e tem a história do Brasil acima de tudo. Quem quer ir a fundo que pesquise, oras. O Brasil precisa de mais livros como este. O ponto alto do livro: entrevistas com Carlos Gomes, Chico Rei, Maria Louca, Pedro Alvares Cabral, Maria Quitéria, Madame Lynch. Os pontos baixos: Dom Casmurro, Dona Beija, Dom João VI, Charles Miller
comentários(0)comente



Maria - Blog Pétalas de Liberdade 01/08/2015

Uns Brasileiros
O livro contém 22 entrevistas fictícias feitas pelo autor com pessoas que, de alguma forma, fazem parte da história do Brasil. Catorze das entrevistas haviam sido publicadas em 2013 na Revista Brasileiros, outras 8 são inéditas para o livro.

O livro é dividido por entrevistas, cada uma começa com uma página preta, onde constam o nome do entrevistado, acompanhado de algum comentário referente ao que encontraremos na entrevista, o local e a data em que o entrevistado nasceu e morreu.

No meio das entrevistas, há uma ilustração/caricatura do respectivo entrevistado, feita por Lézio Junior. Nas caricaturas, podemos encontrar elementos citados nas entrevistas, o que tornam as imagens ainda mais engraçadas. Abaixo, vocês podem ver Dom Pedro I tomando uma caipirinha e tocando um atabaque!
https://farm1.staticflickr.com/325/19527057254_a92a5ca871_b.jpg

Alguém aí imagina que Dom Pedro I gostava de música? O que eu não sabia foi que ele teve 19 filhos! Estes 19 que estão listados no livro, são fruto de seus 2 casamentos e de algumas relações extraconjugais. E deve ter alguns nomes que ficaram de fora da lista.

A entrevista que mais me tocou, foi a feita com Chico Rei, negro nascido no Congo em 1714 e trazido para o Brasil para ser escravo. Perdeu a mulher e a filha na travessia de navio. Ele conseguiu comprar sua carta de alforria e depois se dedicou a conseguir alforriar outros escravos, que haviam vindo junto com ele.

"- E é que os campos de concentração não eram muito diferentes das senzalas." - Chico Rei (página 82)

O livro inicialmente se propõe a divertir, ser engraçado, mas também faz críticas ao passado e ao presente do nosso país, nos permitindo refletir sobre diversas questões.

"Os franceses sempre tiveram bom gosto e bom vinho. Vinho este que traziam aos barris para os caciques tamoios. 'Afaste de mim este cálice de vinho tinto de sangue', cantaria um garoto ali mesmo, na baía de Guanabara, séculos depois, quando os inimigos da pátria eram outros." - Trecho da entrevista com o índio Arariboia (página 56)

"- (...) Aprenda a não levar a mídia muito a sério. Nem os livros didáticos. Principalmente os adotados durante regimes militares." Madame Lynch (página 180)

Eu já conhecia a maioria dos entrevistados pelas aulas de história no colégio ou por alguma coisa que vi na TV, mas alguns nomes demoravam um pouquinho para serem identificados por mim. Foi assim com Maria Quitéria, que fugiu de casa e se disfarçou de homem para se alistar no Exército, foi a primeira mulher a entrar para as Forças Armadas Brasileiras.

Quando vemos um nome no livro de História, talvez não nos demos conta de que se trata de uma pessoa exatamente como nós, mas que fez alguma coisa que mereceu ser contada através dos séculos. Os fatos podem ser aumentados ou distorcidos, tornando aquela pessoa um mito, mas não deixa de ser alguém que era tão humano quanto nós. Dona Maria I (a mãe de Dom João VI, avô de Dom Pedro I) leva a alcunha de "a louca" em nosso país, mas vocês sabiam que ela teve que suportar a perda de vários de seus filhos? O livro acaba humanizando um pouco os personagens entrevistados.

" - (...) O segundo filho, o João, nasceu morto. Olha a dor. Tive um segundo João, que nasceu em setembro de 63 e morreu 24 dias depois. Eu, firme. (...)
- E o tio Pedro, meu marido, a fornicar. Em 74 nasceu Maria Clementina, que morreu com 2 anos. E, para fechar esta parte da minha vida, em 76 nasceu Maria Isabel, que morreu com 6 meses. É pra enlouquecer ou não? E eu no governo! Despachando! E não tinha esse negócio de primeiro-ministro como a rainha Elizabeth II, não. Era eu. Tudo eu!" (página 112) Dona Maria I, a louca

Charles Miller é o último entrevistado do livro (e a caricatura mais fofinha!). Eu me pergunto, se ele não tivesse trazido o futebol para o Brasil, como estaríamos hoje?

Nem só pessoas reis estão na obra, há uma entrevista com Dom Casmurro, personagem famoso, criado por Machado de Assis. Antes de cada entrevista, o autor faz alguns comentários sobre o entrevistado, vejam o que ele diz sobre Dom Casmurro:

"Existe uma discussão mais que centenária, desnecessária e quase idiota na literatura brasileira: Capitu traiu Bentinho?
(...) Depois cheguei a ler mais umas duas ou três vezes e comecei a desconfiar de que faiscava alguma fumaça entre Bentinho e o Escobar, desde o tempo do internato, do seminário." (página 201) Dom Casmurro

É o Mario Prata que está dizendo! Li o livro de Machado de Assis na adolescência, na escola, mas por vontade própria. Quero reler para ter um entendimento melhor sobre a obra.

Além da boa revisão, o livro tem uma capa bem bonita, as páginas são brancas e de um material mais grosso. A diagramação está ótima, com margens, espaçamento e fonte de bom tamanho.

Num geral, eu gostei bastante do livro. Uma leitura que mostra nossa história de uma forma divertida.

(Acesse o blog e confira fotos do livro.)

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2015/07/resenha-livro-mario-prata-entrevista.html#comment-form
comentários(0)comente



Edu Ribeiro 12/08/2015

Divertido, instrutivo e interessante
Um ótimo passa tempo, com uma leitura leve e engraçada e que não deixa de ensinar várias informações sobre personagens importantes de nossa história.
comentários(0)comente



Dani_LJI 02/09/2015

Mario Prata Entrevista uns Brasileiros
A resenha de hoje é sobre um autor que tive o privilégio de conhecer lendo este livro, de forma hilária e cômica Mario Prata reúne varias entrevistas com personagens importantes da história do Brasil desde o seu descobrimento, confesso que no tempo de escola História não era o meu forte, portanto fiz umas pesquisas para relembrar de alguns fatos e compreender a forma irônica como Mario aborda essas pessoas e suas particularidades.

Como seria uma entrevista póstuma entre pessoas que fizeram sua história e se destacaram por suas memórias, descontraidamente ele conversa com pessoas como Dom Pedro, o Índio Iça-Mirim foi muito engraçado falando de como ele deixou suas origens e nunca mais voltou para o Brasil, passando a usar o nome da família de Gonneville.

Ler esse livro foi uma aventura super gostosa e rumo ao desconhecido, as perguntas elaboradas por Mario Prata, algumas digamos picantes e super indelicadas deixa o livro muito bom. A proposta dessa leitura é instigar o leitor, a relembrar e conhecer a história do Brasil, visto de uma outra perspectiva. Sabe aquela pergunta cabulosa que sempre tivemos vontade de fazer, mas por vergonha nunca fizemos, Mario Prata ousa na forma irreverente de abordar seus entrevistados e colocando-os em situações embaraçosas.

Dona Maria I - A Louca

D. Maria abre uma pequena bolsa prateada e tira uma cigarrilha já enrolado.
- Posso?
- Maconha?
- Haxixe. Aceita?
- Obrigado, me dá muita larica. Tenho maconha aqui.
- Se for do Maranhão, vou aceitar.

Alguns desses entrevistados como Tiradentes, Dom Casmurro, Castro Alves marcaram a minha juventude, leituras que fiz e que despertou meu interesse, na escola nas aulas de literatura li muito livros desses autores e claro a experiência com o mundo literário nunca mais parou.

Castro Alves

Comecei a entrevista com ele, num boteco do Pelourinho, dizendo que, se vivo fosse hoje, seria uma mistura de Vinícius, Caetano e Chico. Ele caiu na gargalhada:
- Imagina! Sou apenas o neto do major Castro.
- Verdade que você não gosta do seu nome completo? Antônio Frederico de Castro e Alves.
- Eu não gosto é do Frederico. E não me pergunte por quê.


Mario Alberto Campos de Morais Prata (Uberaba, 11 de fevereiro de 1946) é um escritor, dramaturgo, cronista e jornalista brasileiro. Conquistou reconhecimento como romancista, autor de telenovelas e de peças de teatro, sendo seus maiores sucessos a novela Estúpido Cupido (1976), as peças de teatro Fábrica de Chocolate (1979) e Besame Mucho (1982) e os livros Schifaizfavoire - Dicionário de Português (1994), Diário de um Magro (1997), Minhas Mulheres e Meus Homens (1998) e Purgatório (2007).

Em parceria com Catalogo Literário do Grupo Editorial Record, recebi esse livro e quero destacar a perfeita diagramação e todas as caricaturas no decorrer de cada entrevista realizadas. No sumário encontramos Pedro Álvares Cabral, Içá-Mirim, Padre Anchieta, Bispo Sardinha, Arariboia, Calabar, Chico Rei, Aleijadinho, Xica da Silva, Dona Maria I a Louca, Tiradentes, Dom JoãoVI, Dom João I, Maria Quitéria, Marquesa de Santos, Dona Beja, Madame Lynch, Carlos Gomes, Dom Casmurro, Castro Alves, Rui Barbosa e Charles Miller.

O livro instiga o leitor a conhecer mais desses célebres da história, eu confesso que muitos deles sabia somente o básico, e com esse livro desperta essa curiosidade. O livro é muito bem recomendado, e com certeza as escolas deveriam aproveitar esse material para instigar de forma informal o gosto pela história.


site: http://www.livrosajaneladaimaginacao.com.br/2015/09/resenha-mario-prata-entrevista-uns.html
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Elder F, 31/10/2015

Fez-me gargalhar tanto que poderiam ter me confundido com a própria D. Maria I, a louca.
Depois de assistir Beasts of No Nation (2015) do Netflix no sábado passado, filme que retrata a guerra enquanto ceifadora da inocência tão inerente da infância, conclui estar bem perto de atingir minha cota de sofrimento para esse ano. Como se tanta tristeza não tivesse sido o bastante, no dia seguinte decidi ver o documentário The Bridge (2004), sobre as vinte e quatros pessoas que apenas em 2004 se jogaram da Golden Gate Bridge em San Francisco como tentativa de suicídio.

O resultado dessa maratona de imagens de dor e sofrimento foi uma noite de assombro e de bem pouca sonolência. Até que na segunda, quando iniciei minha nova leitura, o Mario Prata me tirou da escuridão com "Mario Prata entrevista uns brasileiros" e me fez gargalhar tão histericamente que poderiam ter me confundido com a própria D. Maria I, a louca.

Ao ressuscitar figuras históricas do Brasil, Mario Prata conduz o leitor em uma viagem humorada pela história brasileira. Nas suas vinte e duas entrevistas com personalidades importantes tais como Pedro Álvares Cabral, Aleijadinho e Xica da Silva, o autor desmente lendas do período colonial e faz humor com contos que até então só conhecíamos por causa de seus excessos de tristeza.

Na entrevista com Cabral, por exemplo, o autor nos faz questionar sobre a decisão do português em ter dado roupas aos índios ao invés de ter tirado as suas próprias para acompanhá-los na nudez, dado que chegava em um território tão quente e úmido como o nosso Brasil. Se não fosse o navegador, quem sabe não estaríamos agora nos embalando inteiramente nus numa rede no meio da mata (maldito sejas tu, Cabral!). Já o entrevistado Dom Pedro I, mais exigente, solicita de antemão que a entrevista não cubra dois assuntos: suas constantes gonorreias e a veracidade ou não da cagada imperial que o mesmo deu exatamente na hora da proclamação da independência, escondido numa moita às margens do Ipiranga.

"- O senhor não acha o seu nome, Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, meio gay?"

Ultrapassando a barreira dos personagens não-fictícios, Mario Prata também entrevista o nosso ilustríssimo Dom Casmurro (ou Bentinho para os mais íntimos). Ao fugir da discussão centenária sobre a traição ou não de Capitu (e baseado em um texto do outro ilustríssimo Millôr sobre a relação de Bentinho com Escobar), o autor questiona Bentinho quanto ao tamanho de seu afeto pelo Escobar, ressaltando partes avulsas de Dom Casmurro do Machado de Assis que eu mesmo na primeira vez que li deixei escaparem aos meus olhos hoje já bem mais maliciosos.

Algumas das crônicas contidas na obra foram separadamente postadas na revista Brasileiros, onde a ideia para o livro primeiramente surgiu, até que elas fossem publicadas esse ano pela Editora Record. Contando a (quase) história do Brasil na voz dos seus próprios personagens, Mario Prata faz qualquer um apaixonado por história cair da cadeira de tanto gargalhar. Digo que esse não é o melhor livro que li em 2015 pois fica difícil competir com Gabriel García Marquez, mas sem dúvida essa foi a leitura mais gostosa desses últimos meses.

site: http://www.oepitafio.com/2015/10/mario-prata-entrevista-uns-brasileiros.html
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



23 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR