Rangel 02/07/2015
Mudança de Paradigma da Ciência
O livro “Ponto de Mutação” de Fritjoff Capra fala das novas ideias da concepção do universo físico, da exploração atômica subatômica em contato com a realidade de significado de crise emocional e existencial, no sentido de se superar pelos insights da natureza da matéria em relação a mente humana.
Na parte I, aborda-se sobre a crise e a transformação, quando menciona a inversão da situação das décadas do século XX, que registra profunda crise complexa, multidimensional, em relação a saúde e vida humana, qualidade do meio ambiente e das relações sociais, da economia, tecnologia e política, que afeta até dimensões morais, intelectuais e espirituais da história da humanidade, uma vez que há real ameaça da extinção da raça humana e de toda a vida da Terra. As ciências são influenciadas pela visão de mundo cartesiano e física newtoniana, mas que se ampliaram na concepção ecológica da biologia e ciência médica, que também perpassa psicologia, ciência política e economia, os quais têm seus modelos clássicos, mas que são reducionistas. Entretanto, as referidas ciências precisam ter um olhar holístico, no sentido de que as ciências têm estrutura que interligam umas as outras, nas suas teorias e ampliação da visão da realidade física. Na parte II, abordam-se os dois paradigmas, em que primeiro mostra a visão newtoniana do mundo como máquina, o que é a percepção da civilização ocidental nos seus aspectos da modernidade. Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Isaac Newton e René Descartes quem começaram a instituição da modernidade. Descartes foi quem começou a filosofia moderna, o qual construiu um novo sistema de pensamento baseado totalmente na razão. Teve a intuição de como o conhecimento pode ter certeza no campo do saber através do que pode ser provável, certo e evidente. A matemática ganha destaque no uso da razão humana, e a física na concepção de suas propriedades, utiliza-se de cálculos e modelos matemáticos para fundamentar as verdades da natureza. Newton utilizou o método empírico, indutivo, com interpretação sistemática dedutiva de princípios de concluir teorias confiáveis. Tal concepção clássica newtoniana teve seu contraponto depois com a teoria da relatividade. Esta veio da nova física, que Albert Eistein introduziu ideias revolucionárias no pensamento científico, denominada de teoria quântica, no século XX, o que decorreu estudos experimentais sobre os átomos, o que veio surgir os raios X e a radioatividade, o que auxiliou o Heinserberg nos seus estudos, e depois Niehls Bors, que descreveram o princípio da incerteza e da probabilidade. Assim, a física moderna encontrou sua complementaridade na física quântica, no sentido da abordagem holística e formular novos conceitos e teorias, para se construir um novo paradigma. Na parte III, a influência do pensamento cartesiano-newtoniano mostra seus princípios para a ciência, que emergiu contraponto na teoria da relatividade como sua antítese, o que veio chocar modelos e proporcionar que a ciência avançasse para análise da essência dos fenômenos naturais, que fez os biólogos, na teoria da evolução, arrasarem o criacionismo, o que fez Darwin ser conhecido pela sua abordagem da teoria da seleção natural. George Mendel abordou a hereditariedade e desenvolvimento da genética, o que colaborou com a ciência, no entendimento de doenças degenerativas. A teoria da evolução e genética abordam a evolução das espécies, que de modo fenomenológico, só é bem entendido na estrutura holística. O modelo biomédico é resultado do paradigma cartesiano no pensamento médico, em que a doença é mau funcionamento de mecanismos biológicos, o que então deve intervir fisio-quimicamente para sua reversão, o que faz entender o funcionamento do corpo humano, no seu aspecto do conceito ecológico da saúde, o que na prática, está ligado em transformação ambiental, social e cultural. A psicologia newtoniana estreita o modo cartesiano da realidade, com especulações filosóficas orientais e gregas, o que veio depois a compreensão do behaviorismo, em relação ao comportamento humano, e teve Sigmund Freud que associou funções do cérebro com objetos de propriedades materiais, no sentido de entender o aspecto dinâmico dos mecanismos mentais impulsionados ao modelo mecânico, o que fez compreender as forças ativas e reativas mentais, que são impulsos e defesas, seja libido e a pulsão da morte. A física moderna estendeu seu campo de atuação na psicoterapia, que por sua vez, estendeu até a fenômenos atômicos e subatômicos, para se adquirir conhecimento da consciência humana nas tradições místicas. Em relação ao impasse da economia, os conceitos da ciência se reduzem ao paradigma cartesiano e física newtoniana, para descrever fenômenos e serem uteis na economia e na sociologia, no sentido de governos atingirem seus objetivos. Os estilos humanos de pensamento econômico faz a nova ciência ser mais humanista, mas subjacente no ecossistema global, que depois transcende na abordagem de modelos de fenômenos econômicos mais realistas e confiáveis. Entretanto, o crescimento tem seu lado sombrio, com a visão mecanicista, uma vê que as ideias científicas se reduzem de forma fragmentada por instituições, que buscam valores doentios, como lucro e maior produção possível, mesmo que o meio ambiente seja comprometido. A busca incansável do uso da energia nuclear fez a humanidade ser um perigo para ela mesma e para outros seres vivos, uma vez quando assim se faz pela busca obsessiva do poder. Os sistemas de valores são perpetuados por instituições sociais e políticas, que faz uma nova cultura de realidade que é discutida e explorada, o que eclipsa a visão de mundo. Entretanto, a visão de mundo da física moderna pode ter forte impacto em outras ciências para que possa ser uma visão mais terapêutica e culturalmente unificadora, no sentido de buscar nova visão conceitual coerente da realidade. Na parte IV, aborda-se a nova visão da realidade que se baseia na consciência do estado de inter-relação e interdependência essencial de todos os fenômenos físicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais, que transcende as instituições e paradigmas das comunidades e organizações. Os conceitos de progresso, mudança e flutuação de transformações de tradições orientais, faz o taoismo descrever a natureza holonômica da realidade, ao compreender a existência do todo na parte e a parte no todo, o que remete as ideias de Teilhard de Chardin, que contribuiu nos insights científicos de doutrinas teológicas, experiências místicas com o pensamento do fenômeno da evolução, o qual introduziu o conceito fundamental da lei da complexidade da consciência, que desenvolva elevação de nível de consciência como efeito específico da complexidade organizada, o que é perfeitamente compatível com concepção sistêmica da mente, o qual integra o ser homem com o mundo (Terra), no sentido de interligar camada mental (noosfera) com o universo em busca da harmonia. Ao entender o desenvolvimento da abordagem holística, a saúde é integrada na sua concepção de caminho de pensamento científico (física, biologia e psicologia) com a questão da filosofia e direção espiritual, no sentido de entender a abordagem holística da saúde como busca da harmonia. Tal sistema de pensamento de saúde, remete-se a técnica de fortalecimento de sistema imunológico e formação de imagens mentas por terapia, que é capaz de resultar reduções de tumores e outras doenças, quando se trabalha a mente humana, em concentrar na questão emocional. As jornadas para além do tempo e do espaço para a mente humana expandir e transcender a consciência, o que permite resultado em melhorar e harmonizar a saúde. A estratégia da nova psicoterapia experimental conseguiu ótimos resultados com jornadas de expansão da consciência, o que confirma que uma novo paradigma é possível para a física, biologia e psicologia, no sentido de estimular a expansão cognitiva. A passagem para a idade solar é apropriar-se das ciências, sejam naturais, sociais e econômicas, no sentido de orientar a busca do rigor científico para valores saudáveis da sabedoria sistêmica da natureza com insights dinâmicos de auto-organização do ecossistema, no sentido de compreender o meio ambiente e instituições humanas a fim de estabelecer relações de cooperação na integração harmoniosa nos níveis organizacionais. A transição para era solar é transformar a vida, a cultura e a sociedade em atitudes e valores coletivos de modelo de organização social, com paradigma informacional e educacional de modo revolucionário, em integrar essência espiritual com visão ecológica. A obra busca mostra uma visão da nova realidade de reconciliação da ciência com o espírito humano e o futuro que está para acontecer na ciência, sociedade e cultura emergente. Tem espectro interdisciplinar com tom místico, mas, ao mesmo tempo, com conceitos científicos, que afirma a necessidade da visão holística em todo o conhecimento humano.