Maria - Blog Pétalas de Liberdade 11/02/2016Muito bom! A história começa em 2009 e é narrada por Thereza, uma artista que gostava de pintar a imagem do vizinho que ela via na sacada do prédio em frente ao seu. Thereza vivia uma vida solitária, até que resolveu ir num show onde o cantor cantaria apenas músicas da Amy Winehouse, e ela amava a Amy Winehouse!
"O cara da sacada saiu da sacada para a minha linha do tempo?"
Nesse show, ela conheceu um tatuador, também fã da Amy, e rolou uma química entre eles, mas havia alguns empecilhos que impediriam algo a mais com o tatuador, e por isso a relação dos dois ficou sendo só de amizade. Amizade cultivada através de bate-papos nas redes sociais, onde um se abria com o outro e o amor pelas canções da Amy Winehouse também era uma constante, mas aquela tensão entre Thereza e o tatuador estava presente, embora nenhum dos dois tocasse no assunto.
Até que chegou 2011. Vocês sabem o que aconteceu em 2011, né?! A Amy Winehouse morreu. E se a vida da Amy marcou a da Thereza e a do tatuador, a morte também marcaria, mas não pensem que é uma história triste, muito pelo contrário!
"Quero me lembrar de você, Amy Winehouse" é o segundo livro que leio do Hugo Dalmon, o primeiro foi "Babilônia Encantada" e por ele eu já havia me tornado fã do Hugo, quando surgiu a oportunidade de ler outro livro dele eu fui correndo aproveitar e foi uma ótima leitura, me tornei ainda mais fã! A escrita do Hugo é muito boa, proporcionando uma leitura fluida, o primeiro livro que li dele pendia muito mais para o lado do humor, o segundo continua tendo partes engraçadas, mas de uma forma mais leve.
Segundo o autor, a ideia era fazer uma homenagem sutil para a cantora, e a intenção foi muito bem executada: durante a leitura podemos perceber o quanto o amor pela carreira da Amy teve um papel importante na vida da protagonista. E é assim na vida de muita gente: mesmo que aquela celebridade nem saiba da nossa existência, por causa do trabalho dela, a gente se diverte, conhece novas pessoas, vive novas experiências.
"Eu sei que um estudo assim pode mudar completamente o rumo da história. Mas, só consegui pensar que os ultrarromantizados, estavam certos: Dentro de uma pessoa pode bater o nosso coração, uma única outra pessoa pode carregar para sempre uma ligação conosco, mesmo que esteja, até mesmo, em outra dimensão! Mesmo que nem nos conheça..."
Enfim recomendo o livro para quem é fã da Amy, e também para quem não é; recomendo porque a escrita do Hugo Dalmon é ótima e mais pessoas precisam conhecer o maravilhoso trabalho dele; recomendo para quem gosta de histórias com um toque de humor e também para quem procura uma leitura rápida, já que o livro é bem curtinho e pode ser lido em um dia (e eu acho que quando começar a ler, você não vai querer largar o livro antes de chegar no final e depois vai querer reler e reler). Ah, e o autor é de Volta Redonda, cidade do Rio de Janeiro onde parte da história é (muito bem) ambientada.
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