Três Leitoras 08/07/2020
Resenha: O refúgio do Marquês
Caroline está viúva há pouco tempo e de certa forma está sem rumo, até ser convocada por Hilde, a marquesa viúva e mãe de Henrik, o Marquês de Bridington. A convocação foi para que Caroline reformasse a mansão e ajudasse o Marquês a ser um homem mais adequado.
Esse pedido é bem incomum, principalmente pelo fato de ele ser casado e existia uma Marquesa para exercer essa função, mas ela precisava de uma renda e essa seria uma oportunidade.
Ao chegar lá, vemos que as coisas são bem complicadas. A mansão está destruída, o Marquês é impróprio, a Marquesa está acamada, mas não suficiente para gritar impropérios e odiar a própria filha. Caroline percebe que as coisas não serão fáceis e ela está mais do que certa.
Quando Caroline inicia as mudanças na mansão foi o momento que me apaixonei pela personagem. Com uma personalidade sem igual, ela é focada, determinada e com um humor diferenciado. Pouco se importa em implicar com o Marquês, o enfrentando e sendo impositiva.
O Marquês que vive isolado há tanto tempo, se distanciando completamente da sociedade se vê envolvido por toda a energia de Caroline e talvez comece a ver rachaduras no refúgio que criou para si mesmo.
Segredos, revelações, superação, persistência, perdão e amor estarão presentes nesse romance, que é divertido e fora do comum.
A escrita da Lucy é envolvente e o enredo junto com a personalidade dos personagens me fez querer devorar o livro. E quero deixar aqui pontos que me marcaram com essa leitura. O primeiro ponto é a presença do humor constante, tendo cenas deliciosas, além disso temos o contraponto com o drama do passado dos personagens e que conduz toda a história. Os personagens secundários são fundamentais e tive amores e alguns ranços. O amor entre eles é construído aos poucos, nada é instantâneo e nem inconsequente, vemos realmente um amor crescendo e evoluindo aos poucos.
Gosto do fato de a família Preston ser uma família incomum e com certa informalidade, mas acho que a informalidade foi estendida aos diálogos, fugindo um pouco de como eles eram na época e isso me incomoda um pouco, mas não o suficiente para não curtir a leitura. Como já li outro livro da autora, percebi que esse é seu estilo, então se nunca leu nada dela, tenha em mente que essa informalidade é uma marca registrada dela.
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