Vigiar e Punir

Vigiar e Punir Michel Foucault




Resenhas - Vigiar e Punir


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Rebecca.Silver 09/12/2023

Resuminho
Michel Foucault em Vigiar e Punir faz um estudo científico sobre a evolução histórica da punição na França até os dias atuais, mas que reflete toda uma cultura ocidetal. Descreve as diversas maneiras de punições e como a sociedade se comporta ao longo das décadas com o poder punitivo do Estado, já que os crimes se modificam de acordo com o tempo e a maneira de punir. O objetivo da punição se altera com o caminhar da história ,se antes a punição era voltado para o físico, tortura mas com intuito do sofrimento e dor, salvar a alma com a morte, hoje é por meio de de instituições como presidios, e de maneira coordenada e organizada, não tem como mais o objetivo machucar o corpo mas recupera-lo e corrigido para voltar a sociedade.
O livro é dividido em quatro partes onde a primeira fala detalhadamente sobre os suplícios, a segunda sobre as punições fazendo um comparativo com os dias atuais a terceira sobre a disciplina dos corpos, de como somos treinados diariamente a seguir regras rígidas e prevenir a prisão e a quarta sobre a própria prisão, o funcionamento, o sistema inteiro de vigilância, o trabalho nos presídios, como regimes de punições
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Ruan Ricardo Bernardo Teodoro 15/11/2023

Em Vigiar e Punir, O filósofo francês Michel Foulcault discorre como a reforma penal do século XVIII estabeleceu uma nova economia do poder de punir, "de acordo com modalidades que o tornam mais regular, mais eficaz, mais constante e mais bem detalhado em seus efeitos; enfim, que aumentem os efeitos diminuindo o custo econômico e seu custo político" (p. 80-81).

Desse modo, passou-se não a punir menos, mas a punir melhor, com uma severidade atenuada, porém com maior universalidade e necessidade. Logo, a punição propriamente dita, passa a seguir algumas regras, tais como: I - deve a desvantagem da pena ser vista como maior que a vantagem do crime; II - que nenhum crime cometido escape do olhar vigilante da justiça e fique impune; III - que a pena seja individualizada conforme a pessoa do criminoso (se é reincidente ou não) e não apenas quanto ao fato criminoso.

Além disso, Foulcault diz que as punições mitigaram ao longo do tempo em favor das disciplinas, isto é, métodos que permitem o controle minucioso das operações do corpo, que realizam sujeição constante de suas forças e lhes impoêm uma relação de docilidade-utilidade (p. 135). Nesse sentido, a disciplina fabrica corpos submissos e exercitados, sendo que tais técnicas incluem: o cercamento, a ordenação por fileiras, o controle minucioso do tempo e a codificação instrumental do corpo.

Nessa seara, surgiu um poder mais assustador que, talvez, o poder de punir: o poder disciplinar. Esse poder tem por finalidade "adestrar para retirar e se apropriar ainda mais e melhor" (p. 167). Esse poder, assim, dispõe dos instrumentos do olhar hierárquico, da sanção normalizadora e do exame. A vigilância é aquele dispositivo que obriga pelo jogo do olhar, a sanção normalizadora é aquela que diferencia os indivíduos, os hierarquiza e homogeniza, e o exame é a técnica disciplinar na qual são os súditos que devem ser vistos, de modo a serem individualizados.

Dessa maneira, o panóptico se mostra como modelo ideal dessa estrutura de poder. Ele trata-se de uma proposta arquitetural em que na periferia há a construção de um anel dividido em celas em que são colocados detentos e que no centro há uma torre de vigia. A partir dessa arquitetura, induz-se um estado ao detento de consciência e de permanente visibilidade, que "assegura o funcionamento automático do poder" (p. 195).

Por fim, o filósofo nos deixa com o seguinte questionamento: Devemos ainda nos admirar que a prisão se pareça com as fábricas, com as escolas, com os quartéis, com os hospitais, e todos se pareçam com as prisões?" (p. 219). Ora, por óbvio que não, todos aplicam técnicas semelhantes de disciplina, pois estas são, sob o crivo econômico e técnico, as mais aptas a exercerem o controle sobre uma grande quantidade de pessoas e que maus aumentam a utilidade dessas mesmas pessoas.
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Wagner254 04/11/2023

Detestável solução que não se pode abrir mão.
Um olhar para a "detestável solução que não se pode abrir mão", Michel Foucault penetra em nossa alma e nos faz refletir sobre a real eficácia do sistema de punição e controle da sociedade, evidenciando a evolução das práticas punitivas ao longo da história, e como elas estão ligadas ao sistema que se usa hodiernamente.

"Enquanto a miséria cobre de cadáveres vossas ruas, de ladrões e assassinos vossas prisões, que vemos da parte dos escroques da fina sociedade? [...] Não receais que é citado ao banco dos criminosos por ter arrancado um pedaço de pão pelas grades de uma padaria se indigne o bastante, algum dia, para demolir pedra por pedra a Bolsa, um antro selvagem onde se roubam impunemente os tesouros do Estado, a fortuna das famílias" (p. 282-283).
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Albieri 22/10/2023

Vigiar e Punir - Michel Foucault

No livro vemos duas distinções de poder e como eles eram usados para punir aqueles que cometessem crime.

Até o seculo XVIII a punição mais tinha haver com a tortura do corpo, os chamados suplícios, era pior do que a morte a dor causada por esse tipo de punição. o nível de suplício era de acordo com o tipo de crime cometido. Era um meio de exemplo para a população, pois o criminoso era supliciado em praça pública.

Já a partir do seculo XVIII as punições eram mais disciplinadora, era baseada na racionalidade, foi aqui que basicamente começou o sistema prisional. E de acordo com o livro "O ideal seria que o condenado fosse considerado como uma espécie de propriedade rentável: um escravo posto a serviço de todos. Por que haveria a sociedade de suprimir uma vida e um corpo de que ela poderia se apropriar? Seria mais útil fazer"servir o Estado numa escravidão mais ou menos longa de acordo com a natureza do crime"

Usar o meio prisional também era uma forma de humanizar aqueles que haviam cometido crimes menos severo, colocar sobre vigilancia constante, e tentar redimir o mesmo do crime, alem de fazer com que não se repetisse o erro.

Vigiar e punir, mostra a evolução do sistema de punição das pessoas e como deu sua história.

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Dri 19/10/2023

Vigiar e Punir
Ótimo livro, porém, para alguns pode ser desgastante. Foi uma leitura recomendada da faculdade para a apresentação de um trabalho, então, li com uma visão mais crítica e apurada. Quem faz direito, é quase como uma obra obrigatória, essencial!
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Ailauany 14/10/2023

?Devemos ainda nos admirar que a prisão se pareça com as fábricas, com as escolas, com os quartéis, com os hospitais, e todos se pareçam com as prisões??
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Felipe 02/10/2023

Não trata-se apenas da genealogia da instituição-prisão, mas também de todos os outros fatores sociológicos que surgiram e desapareceram no mesmo período. É genealógico e arqueológico, os dois frontes que Foucault sempre explorou. Considerando inclusive o disclaimer que o próprio autor dá, o mergulho é no contexto histórico europeu desde mais ou menos o século XVIII até o século XX, e ainda que de grande interesse para a história mundial, não necessariamente reflete a realidade de outros países, como o Brasil. Mas há semelhanças como a divisão de classes entre quem faz as leis e quem é, em sua maioria, a população carcerária. Um primeiro contato com a microfísica do poder também é muito interessante.

"Nessa humanidade central e centralizada, efeito e instrumento de complexas relações de poder, corpos e forças submetidos por múltiplos dispositivos de 'encarceramento', objetos para discursos que são eles mesmos elementos dessa estratégia, temos que ouvir o ronco surdo da batalha."
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Thi Acrisio 16/09/2023

Vigiar e Punir, Nascimento da Prisão.
Primeira acesso a obra do Michel Foucault, escritor muito elogiado por meu professores, principalmente de Penal, esse livro propõe a discussão sobre a historicidade da pena, sua evolução, as várias forma de disciplina proposta pelo estado e a Prisão, aqui meus amigos, é pura reflexão social, real, verdadeira e extremamente atual, a deixa do foucault no final, demonstra sua importância em matéria do Direito. Vai ser objeto de estudo e de várias releituras.
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Maria :) 25/08/2023

TCC
Finalmente terminei de ler, e posso dizer que Foucault nao erra nunca gente. Ele é difícil de ler? sim. Enrola pra caramba as vezes? com certeza. Mas é uma leitura que abre a mente pra muitas coisas.
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Yasmimsf 24/07/2023

Não tem como é clássico
Pra quem é das ciências Humanas e pós-estruturalista não tem igual, o Foucault é a base de qualquer pensamento que pesquisador vai utilizar
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Mayane.Brenda 23/07/2023

Interessante
Muito boa a leitura a respeito do nascimento da prisão, entender seu objetivo, passa a ver o sistema penitenciário de outra maneira, gostei
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Manuela120 15/07/2023

O aparato jurídico não é cego, é burguês
"Onde desapareceu o corpo marcado, recortado, queimado, aniquilado do supliciado, apareceu o corpo do prisioneiro, acompanhado pela individualidade do 'deliquente', pela pequena alma do criminoso que o próprio aparelho do castigo fabricou como ponto de aplicação do poder de punir e como objeto do que ainda hoje se chama a ciência penintenciária. [...] A lei e a justiça não hesitam em proclamar sua necessária dimetria de classe. [...] Não há então natureza criminosa, mas jogos de força que, segundo a classe a que pertencem os indivíduos, os conduzirão ao poder ou à prisão: pobres, os magistrados de hoje sem dúvida povoariam os campos de trabalho forçados; e os forçados, se fossem bem-nascidos, 'tomariam assentos nos tribunais e distribuiriam justiça'. [...]"
Michael Foucaul em Vigiar e Punir
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Lu_Augusto 23/06/2023

Não é um livro fácil de ler, mas vale muito a pena.
São muitas informações e um longo período histórico que o autor cobre na obra, por isso recomendo, se você se interessar mais pelo assunto, ir fazendo fichamento para ter todas as informações que jugou importante ao longo da leitura sem precisar de uma releitura.

Sobre o tema: Foucault ainda é, sem dúvida nenhuma, o maior especialista na área.
A discussão é voltada sobre tecnologias que vem desde a Idade Média até o final do século XX, mas que ainda estão em vigor hoje. Além disso, ao final, é curioso imaginar como Foucault discorreria sobre o poder que as redes sociais possuem hoje na nossa sociedade.
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MareAna 11/05/2023

Vigiar e punir gostoso demais!!
Só consigo pensar no meme do Xandão???.




























































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Martony.Demes 02/05/2023

Livro histórico e fundamental para entendimento do nascimento e construção histórica das prisões e como acontece o controle da sociedade no âmbito policial, penal e de conscientização.

Eu seria muito presunçoso e audacioso querer fazer uma exímia resenha sobre o livro! Confesso que há muitas partes que não entendi bem ou que não me impactaram. Isso se deve por eu não ter formação na área social ou de direito. Contudo, valeu a pena a leitura e já sei que exigirá uma nova para percorrer os meandros que não ficaram claros para mim!

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