Tícia 06/01/2021
Depravado é o muito feio arrumadinho.
Não deu.
O livro fala de vingança, mas a coisa toda é só a tradicional falta de diálogo mesmo.
A história envolve uma suposta traição que gerou desejos de vingança que é o motor da narrativa. E isso até instiga a curiosidade sobre o que vem a seguir, visto que muito dessa história é improvável.
Exemplos?
Enumero:
1) a mocinha acha natural e engraçado um estranho vagar livremente pela sua casa e trocar as coisas de lugar, o carro da vaga ou a observar dormindo. Será que ela nunca assistiu Atividade paranormal, véi?
2) a mocinha inicia uma turbulenta vida sexual com o estranho que envolve tabefe, preenchimento dos variados orifícios corporais, frases originais como “me fode duro” em tons arquejantes e, claro, copulação (in)discreta no meio de uma pista de dança que termina com ela de quatro num depósito fedorento e sujo.
3) DR, cobrança, chororô dela para o estranho. Será que não ficou claro que aquilo não era uma relação? O depósito fedorento já não foi uma pista clara?
4) o estranho começa a mandar na vida da mocinha. Ficou de papo com algum cara? Porrada. Sumiu de casa por uns dias? Porrada. Respirou? Porrada. E ela aceita tudo, pra manutenção do seu cio perpétuo, já que o pinto do cara é tão transcendental que só fica atrás da descoberta da eletricidade e do brigadeiro.
Bem, sobre esse negócio da mocinha transar com um desconhecido perturbado de cabeça, prometi que ia abstrair e relevar porque fetiche alheio não se discute, só se lamenta ou se debocha.
E que bizarrice foi aquela da mocinha, quando criança, ter arrepios quando Dean se aproximava? Achei a autora muito infeliz nessa parte. Quis mostrar que os dois já se amavam desde a infância, mas descreveu sentimentos e sensações de adulto nos dois, em alguns momentos. Que merda é essa???
E a história não acaba aqui porque em Redemption (título original) – livro 2 – a peleja entre Dean e Tyler continua. Sim, mais uma rodada de “me fode duro” incontáveis vezes, ou pseudo crises da mocinha acompanhada da recorrente frase como “o que há de errado comigo?” e troço afim.
Recomendo?
Não.
;)