Digão Livros 26/08/2017Aníbal nasceu com uma Missão: odiar e destruir Roma!
Missão?
Destino ou maldição?
Em algum momento Aníbal questionou-se a respeito disso, mas antes que isso acontecesse, um longo caminho foi trilhado.
Uma trilha de conquistas, muitas guerras e sangue; treinamento, dedicação e obstinação.
Ao longe, Roma mostrava-se imponente, no alto de sua glória e grandeza, tida como inalcançável.
E Aníbal mirava Roma! Respirava e alimentava dia a dia seu ódio o rancor que fora plantado em seu coração por seu pai e pelo legado de sua família.
Contudo, quiseram os Deuses que Aníbal conhecesse o amor, através de Similce.
Esse amor renovou a sua energia em busca do seu amargo sonho.
E desse amor frutificou um herdeiro, e Aníbal conheceu a paz.
Uma paz que por mais grandiosa que fosse não conteve o ímpeto de sua loucura: seu desejo de destruir Roma.
E por sua loucura, esse Barca sacrificou o que tinha de mais valioso, para ti e para seu exército, aprofundando-se na parte mais escura de seu coração.
Quanto à Roma, apesar de incomodada, permanecia grandiosa, enquanto Barca e seu exército definhava enfrentando obstáculos da natureza, geográficos e militares.
Aníbal já questionava a própria obsessão. Seu exército já não o era tão próximo, e mesmo seu objetivo de trazer glórias á Cartago já era questionado, por si e pela sua população.
Cartago já não reconhecia o seu herói.
O sonho de Aníbal definhou junto com o seu corpo.
Um homem deve saber quando não mais lutar....