Sidney.Prando 23/02/2022
Ebenezer Scrooge, um pão duro sem igual!!
“Uma história de natal” é um clássico da literatura inglesa e seu autor, Charles Dickens (1812-1870), como esperado, faz jus a reputação de seus escritos.
Ebenezer Scrooge é um velho rico, pão-duro e mal caráter, e como se não bastasse todas essas e mais boas características, ele odeia o natal (Será que há um motivo para tudo isso?). Seu sobrinho, que aguenta com nervos de aço a personalidade ranzinza desse velho infeliz, faz das tripas o coração para convidar o tio para passar essa data com sua família, ano após ano, mas seus esforços são sempre em vão. Bom, como não há mais alternativas, caberá as forças do além tomarem a iniciativa.
Às vésperas de um dia de Natal, logo após ter recusado o convite do sobrinho e de ter sido desprezível com todas as pessoas a sua volta, Scrooge, durante a noite, recebe a visita do espirito de Marley, seu antigo sócio e agora, morto. Marley o previne dos perigos que o aguarda e o alerta da visita que receberá de outros três espectros, “O Espirito dos Natais Passados”, ““O Espirito do Natal Presente” e “O Espirito dos Natais Futuros”, concomitantemente. Será que o velho unha-de-fome vai continuar o mesmo após essas visitas?
Para mim, o livro foi divertido e mais do que isso, deu para aquecer o coração até a data festiva.
Traçando um breve panorama histórico, para melhor compreensão da obra, o autor viveu durante a Era Vitoriana (1837-1901) que teve como características antagônicas o desenvolvimento e a miséria. Se por um lado a inovação (ex., telégrafo, ferrovias e navegação a vapor) estava batendo a porta de uma das maiores potências mundiais, a miséria (consequência da exploração do trabalho e da má distribuição de renda, dentre outros motivos) estava crescendo em ritmo concomitante.
Assim, “Uma história de natal” traz como abordagem central a preocupação da identidade simbólica dessa data festiva, em contraste com as rápidas transformações culturais do período, e o reforço do sentimento que deve perdurar por detrás do Natal, ou seja, a humildade e a fraternização. Claro, sem deixar de lado o bom humor e a narrativa contagiante que em muito, tem sabor de Natal.
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