Resenhas - A Rainha Estrangulada

Brunov 22/02/2022

Emocionante aula de história com recheio de drama humano
Este romance que aconteceu, como toda coleção pode ser lido separadamente, embora seja mais recomendável que se acompanhe toda a heptalogia, da qual esta é a segunda parte.

Aqui o autor mostra o grande jogo de interesses e como as pessoas se amaldiçoam por suas ambições narrando com riqueza e contrastes de emoções alternando planos audaciosos com caprichosa casualidade. A fome, contudo, avança devorando os pobres de todas as classes, assim como a moral e as instituições.

O livro é uma jornada de amadurecimento de Luis X através do privilégio de classe. Uma aventura heroica do lombardo Guccio com o espírito empreendedor dos burgueses. O desespero de Marigny como sacrifício requerido pelo espírito do tempo. E o drama pesado da prisioneira que dá nome ao livro como pipeta da condição feminina.

Jansen 16/02/2022

Continuação do Rei de Ferro. Seu sucessor, o filho mais velho que levou chifre da mulher que odiava. Era uma pessoa mesquinha e pouco inteligente. O pior dos filhos de Filipe o Belo. O homem de confiança do Rei foi destruído por Carlos de Valois, cuja inveja levou Enguerrand de Marigny à força após intrigas e maquinações. O governo ficou acéfalo, pois os nobres que assessoravam Luís X eram incompetentes e desonestos. O rei consegue encontrar uma princesa para se casar.

Lu 10/06/2014

Eu já esbarrei com os livros dessa série várias vezes, mas confesso que nunca dei muita bola. As capas não me chamavam a atenção e nunca ouvi comentários sobre eles. O que me fez comprar "A Rainha Estrangulada" foi o comentário de George R.R. Martin (um dos meus autores favoritos) de que este era "A Guerra dos Tronos original".

Digo isso mais para assinalar que a leitura de um livro reflete muito o momento literário que estou vivendo. Eu duvido muito que teria gostado dele, se o tivesse lido há cinco, seis anos atrás. É uma história sem mocinhos, marcado pelos tons cinzentos dos personagens, dos interesses que permeiam os acontecimentos. Porque, francamente, parece que qualquer coisa é mais importante que o futuro da França. É ligeiramente perturbador, principalmente considerando que é um livro de ficção histórica.

A narrativa de Druon é boa, mas eu não a consideraria a melhor que já vi em termos de estilo. No entanto, foi interessante acompanhar suas reflexiões sobre as ações dos personagens e de seus motivos. Sua franqueza lembrou-me um pouco Agatha Christie.

Quanto a personagens, destaco apenas Giacco. Ele parece ser o único que se importa com alguma coisa além de si. De resto, tenho pena da França governada por Louis X. Um rei fraco e inseguro e cercado por conselheiros tão incompetentes faz tanto estrago quanto Jofrrey.

Eu sinceramente acho que até merecia uma nota maior, mas o gosto amargo deixado pelo final abrupto e o começo um tanto quanto frio não permitiram.

Recomendo.

Janinha 30/04/2014

Em A Rainha Estrangulada, Maurice Druon escreve sobre o início do Reinado de Luis X, o Cabeçudo, dando ênfase as negociatas e intrigas referentes aos nobres que desejam conquistar a influência sobre um rei bobinho que acredita ser inteligente.

Sendo assim, em relação ao Rei de Ferro, Druon diminui o ritmo e passa a descrever intrigas políticas e a procura de uma esposa por parte de Luis X. Comparando com o primeiro livro, A Rainha Estrangulada não apresenta tantos pontos altos, intrigantes e emocionantes que fazem a leitura adquirir um ritmo mais apressado e entusiasmado.
Neste volume, as descrições das intrigas políticas são bastante longas, o que, apesar de tudo, culmina em um final fechado com chave de ouro.
Senti falta de alguns personagens, como Isabel e de um maior envolvimento de D'Artois na história, que aparece, como protagonista logo no início e bem no finalzinho, o restante do tempo, D'Artois se resume mais a acompanhar e conversar com outros nobres.
Como o livro leva o título de A Rainha Estrangulada, imaginei que Margarida e Branca também apareceriam mais, mas ficam reduzidas, a 3 curtos capítulos.

Achei este volume mais denso e menos cativante do que O Rei de Ferro, mas isso, de forma alguma, significa que é ruim. Todas as intrigas se entrelaçam e levam a um final muito bom. Os personagens, continuam carismáticos, talvez menos Luis X, que nos faz ter vontade de esbofeteá-lo em pleno trono. Achei muito interessante a introdução de Eudeline e seu sentimento ao final do livro.

Acredito, também, que a fome poderia ser mais bem desenvolvida no volume.

Renata 06/04/2014

Todo ato injusto, mesmocometido por uma causa justa, traz em si sua própria maldição.(196)

Pandora 12/02/2014

A Série "Os Reis Malditos" conta alguns capítulos da história da realeza francesa a partir do reinado de Felipe, o belo, lá pelas bandas do século XIII. No fim da Idade Média, inicio da Idade Moderna, esse monarca junto com o ministro Enguerrand de Marigny conseguiu o feito de fortalecer o poder central do Rei, deslocou o papado de Roma para Avignon [para poder melhor controlar Papa e Cardeais], desmembrou o poder dos senhores feudais, aboliu a servidão, instituiu moeda única para, acabou com o direito de guerra dos senhores feudais, destruiu o poder bélico e financeiro da lendária "Ordem dos Templários" [não sem somar ao tesouro real os despojos]. Bem, daí pode-se supor que ele quase não fez inimigos néh?!?!

Quando um homem como Felipe IV morre, símbolo de um tipo de todo um conjunto de políticas econômicas, sociais e culturais, a primeira coisa a ocorrer, quando ele não deixa um sucessor a altura, é um desmembramento de toda a sua obra. E bem, filho "Luís X", o Turbulento, não fez em vida outra coisa senão destruir a obra de seu pai.

Em "A Rainha Estrangulada", Maurice Druon a titulo de contar a respeito das coisas ocorridas após a morte do Rei de Ferro, nos conta como a oposição uma vez no poder consegue minar a obrar de uma gestão anterior.

Eu sou apaixonada por Druon desde o lirico "O menino do dedo verde" e aqui ele não me decepcionou em nada. Como autor experiente que foi, conseguiu construir uma história redonda, na qual a história e a ficção se cruzam e se completam de forma enxuta, sem enrolação e blá... blá... blá... Não há em Druon uma palavra sobrando.

Uma delícia de se ler um texto assim! Nada chato, sem heróis ou vilões, apenas com homens e mulheres dos mais diversos estratos sociais e culturais, preparados ou não, mas vivendo e morrendo suas vidas e suas paixões até o limite do possível. Ah, Druon conseguiu como ninguém equilibrar o romantismo de Walter Scott com a ironia de Dumas para construir trazer a luz uma trama deliciosa e, como se isso não fosse suficiente, ainda mostra que para ser bom um autor não precisa escrever verdadeiros calhamaços, "A Rainha Estrangulada" não tem mais 250 páginas.

site: http://elfpandora.blogspot.com.br/2014/02/a-questao-do-romance-historico-desafio.html

Valeria 10/02/2014

HISTÓRICO
Este livro é mais interessante do que a loba da frança , mas gostei muito também do outro , muito legal saber do que aconteceu com os reis e rainhas da frança e da inglaterra , estou amando ler esta coleção .

Tulliu Cardia 18/05/2013

Muito bom!! Intrigas e traições são os principais ingredientes do livro!

Galera, se tiverem interesse, leiam meus livros e contos, disponíveis no Wattpad (gratuito)! Vocês vão curtir! Valeu!

site: https://www.wattpad.com/user/TulliuCardia

Janaina Vieira - Escritora 15/12/2010

Livro 2
O filho mais velho do rei Filipe assume o trono, passando a chamar-se Luís X e cognominado O Turbulento (ou O Cabeçudo). Completamente diferente do pai, Luís é estouvado, cruel, egoista, imaturo e não tem a menor consciência do que representa ser rei da França. Termina por ficar sob a influência de seu tio, Carlos de Valois, irmão de seu falecido pai.

Carlos de Valois sempre invejou o irmão morto, sempre sonhou ser rei da França, tem personalidade forte, é vaidoso ao extremo e passou a vida correndo atrás de tronos por meio dos quais conseguisse tornar-se rei ou imperador, mas nada conseguiu. Quando seu sobrinho favorito recebe o trono de seu próprio país, Carlos dá-se ao luxo de efetivamente comandar a França pois o sobrinho lhe ouve em tudo.

Como é aparentado com quase todas as familias nobres da Europa e, pensando apenas em extrair benefícios da situação, sugere que seu sobrinho se case novamente e indica sua sobrinha, chamada Clemência, filha do rei de Nápoles, para ser sua nova esposa, dando à França uma nova rainha.

As negociações têm início, mas ninguém sabe o que será feito de Margarida de Borgonha, a esposa legal de Luís X, que está presa e condenada à prisão perpétua, atrapalhando os planos de todos eles, principalmente de Luís e de Carlos. Se eles tivessem um novo papa, haveria a possibilidade de obterem a anulação daquele casamento, mas após a morte de Clemente o conclave não consegue se reunir devido às diferenças e rivalidades seculares que devidem os cardeais.

A rainha Maria, avó da princesa Clemência, sabe de tudo que está acontecendo na França e exige que a situação do rei Luís seja resolvida antes que possam dar-lhe Clemência como esposa. Ela estabelece um prazo para que ele esteja livre e desimpedido.

Em desespero de causa e já apaixonado pelo retrato de Clemência, Luís recorre ao seu tio Carlos e ao primo Roberto, na esperança de reconstruir sua vida e limpar sua honra. Ao mesmo tempo, rejeita a filha que teve com Margarida, na certeza de que ela é bastarda.

Bem, o mais fascinante é saber que tudo isso aconteceu realmente, existem provas históricas que validam todos os fatos. Na verdade, é meio apavorante saber até onde os seres humanos podem ir em sua ânsia de atingir seus objetivos!

Shana 07/11/2010

Este livro é tão bom quanto o primeiro da série. A história começa com o enterro de Felipe, o Belo, e com a sucessão do trono, a chegada do Rei Luís X ao poder. O rei Luís, diferentemente do pai, é um homem fraco, influenciável e totalmente desprovido de inteligência. Um homem que tem uma nação nas mãos e passa todo o tempo preocupado com a anulação do seu casamento com a adúltera Margarida. Sendo um homem extremamente cruel e não encontrando solução a curto prazo para conseguir a anulação resolve por assassinar sua mulher. A população francesa neste período esta passando por um período de muita fome, as pessoas não tem onde comprar comida, é inverno, não há estoques de alimentos e milhares de pessoas morreram por conta disso... É uma situação angustiante e então eu percebi como vivemos tempos maravilhosos, pois não há falta de comida, e se faltar em algum lugar é possivel transportar, exportar..... Também gostei do momento em que Marigny está na prisão e percebe o porquê de estar naquela situação. É um livro muito bom, vale a pena.

Giovanni 25/10/2010

O volume dois mantém a mesma velocidade dos acontecimentos do volume primeiro, com a sucessão de Felipe, o Belo e sendo Luís X, o cabeçudo, o novo rei fraco das idéias.
A briga pelo poder entre Carlos de Valois e Marigny demonstra como uma disputa política em busca do poder pode deixar o povo com fome e desamparado, bem como nessa intensa disputa por poder ocorrem traições, acordos, subornos, intrigas e mentiras que resultam na condenação á morte de Marigny. Também fica demonstrada a força dos banqueiros já naquela época.

Adrya_Daewen 06/09/2009

Menos envolvente ainda...
O primeiro da série dos Reis Malditos: O rei de ferro...ainda tem lá seu charme, apesar de ser monótono. Este aqui é realmente chato. Levei mais de uma semana pra ler, o que me mostra que não foi um livro que prendeu a minha atenção. Vale a leitura a título de curiosidade....