Livro sobre nada

Livro sobre nada Manoel de Barros




Resenhas - Livro sobre Nada


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Cleber 15/10/2023

Sobre o nada
Nada melhor que ler sobre o nada com as palavras de um dos maiores poetas brasileiros.

"A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores e até infinitos."
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Maria4556 10/05/2021

.
Esse homem é um gênio atemporal pqp.
Alê | @alexandrejjr 10/05/2021minha estante
Não vejo a hora de ler um livro dele...




R. Menezes 11/12/2010

"Livro Sobre Nada" tem, já em seu nome, uma apresentação despretensiosa, mas ao abri-lo e ler o seu "pretexto", o leitor se depara com a proposta curiosa que tem o livro. Manoel avisa: "O nada de meu livro é nada mesmo. É coisa nenhuma por escrito: um alarme para o silêncio, um abridor para o amanhecer, pessoa apropriada para pedras, o parafuso de veludo, etc etc."

Tudo o que Manoel apresenta como “nada” representa o que aparentemente é inútil, "tudo o que use o abandono por dentro e por fora". A exaltação das inutilidades é visível ao longo de toda a obra, em detrimento do que é tido como indispensável, como pode ser notado na seguinte poesia:

“A ciência pode classificar e nomear os órgãos de um
sabiá
mas não pode medir seus encantos.
A ciência não pode calcular quantos cavalos de força
existem
nos encantos de um sabiá.

Quem acumula muita informação perde o condão de adivinhar: divinare.

Os sabiás divinam."

No livro "O romance morreu", Rubem Fonseca afirma: "Poesia não precisa ser entendida, basta deixar o leitor perturbado e/ou emocionado". Se Rubem está realmente correto, Manoel de Barros utiliza as palavras de maneira perfeita. Com seus brinquedos fabricados com palavras infantiliza os leitores, sem precisar pingar água em seus corações.
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@pedro.h1709 22/05/2021

Livro Sobre Nada
Ao procurar por poesia, me deparei com textos do autor Manoel de Barros, que me marcaram profundamente e os quais ainda guardo na memória, como por exemplo, o trecho  "Meu fado é o de não saber quase tudo. /Sobre o nada eu tenho profundidades.", em o Tratado Geral das Grandezas do Ínfimo; ou ainda, "Ando muito completo de vazios.../ A minha independência tem algemas.", em Os Deslimites da Palavra.

A complementaridade nas antíteses propostas e costuradas por Manoel de Barros foi o que fez com que eu me interessasse por sua escrita, além de sua percepção ímpar em relação às sutilezas da vida e sua perspicácia para com as palavras, um esvaziamento que preenche. Como diz o próprio autor nesse título, "Tem mais presença em mim o que me falta" e "É no ínfimo que eu vejo a exuberância".

Essa foi a primeira obra do autor, que leio por completo. Confesso que em alguns momentos precisei da ajuda de um dicionário para desvelar palavras incomuns, mas foi uma ótima leitura. Em breve, mais virão!
raafaserra 12/07/2021minha estante
Se tiver mais algum dele pra indicar!! Sou encantada por Manoel de Barros também




Everton Vidal 27/10/2022

"Nos fundos do quintal era riquíssimo o nosso dessaber."

Manoel de Barros escreveu que o 'nada' do seu livro era o nada mesmo, o sem importância, o inútil, o simplório… Na sua poesia, as palavras fogem dos significados estabelecidos como em um jogo. O autor descoisifica e descodifica o mundo com o olhar de uma criança que ainda vê esse mundo como uma coisa fantástica. Cada poema é um brinquedo, mas também uma revelação, de coisas que se perderam da visão adulta não por ocultas, mas por escancaradamente óbvias.

Estranhamento, surrealismo, infância, neologismos, humanismo, ecologia, há muita coisa na poesia desse mato-grossense, mas bom é lê-lo sem se preocupar muito em entender, é mais uma questão de sentir, e ficar leve.
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Aline.Rodrigues 24/10/2023

Encantador das palavras
Primeira obra de Manoel de Barros que li. Junto com Guimarães Rosa e Clarice Lispector completou a minha tríade do panteon dos encantadores da palavra portuguesa. Preciso de sua obra completa!
Luiz Paulo Silvestre 24/10/2023minha estante
Algum poema preferido desse livro?


Aline.Rodrigues 24/10/2023minha estante
Foram tantos? mas os poemas 3 e 5 da 2a parte: Desejar ser, foram meus preferidos?


Aline.Rodrigues 24/10/2023minha estante
Aaaah e esqueci do 7, desta mesma parte.




Felipe.Camargo 15/08/2021

98°Livro do ano: Livro sobre nada, Manuel de Barros

Apesar de já conhecer Manoel de Barros, nunca tinha lido nada do poeta mato-grossense.
Sua obra, o livro sobre nada ele simplesmente brinca com as palavras e tira sarro da nossa racionalidade ponto excelente livro de poesia que resgata a arte em meio ao caos.
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Alanna Fernandes 05/11/2021

Um nada que é tudo que eu jamais imaginava. Uma revolução do sentir e ver a vida. A escrita de Manoel de Barros é uma das tecnologias mais avançadas que a humanidade, tenho certeza, irá presenciar.
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Moreira 26/06/2021

Livro sobre nada: A cristalina beleza da poesia
Livro sobre nada é meu primeiro contato com a obra de Manoel de Barros. Como todo sul-mato-grossense sempre ouvi falar da beleza de sua poesia e de sua significância como uma das maiores referências artísticas do estado. Resolvi ler, conhecer e tirar minhas próprias conclusões sobre o autor. Se tivesse que resumir minhas sensações e percepções com a obra em uma única palavra, só diria o previsível: sensacional.

Manoel de Barros nos fascina com o imprestável, o inútil, o abandonado. Nos encanta com o que provavelmente nos passaria despercebido, como por exemplo a espera de rolinhas que sempre havia por perto - e que o Doutor espantou.

A poesia de Manoel de Barros é triste, mas não aquele triste que te faz chorar. É o triste que nos faz lembrar da infância com saudosismo, e de vez em quando te faz rir do cômico, como subir no telhado para dar motivos para apanhar da mãe.

Com Manoel eu aprendi que o olhar do gafanhoto é sem princípios e que o grilo é um ser imprestável para o silêncio. Eu tenho saudades do que não vivi, tenho lembranças do que nunca vi, como a vida no campo no abandono, longe de tudo, perto de nada, em um lugar que tinha lacuna de gente, mas como diz o Doutor: Vocês é que são felizes porque moram nesse Empíreo.

Como é bom desfrutar da poesia. Com a poesia eu me distraio e me deleito em notar quanta profundidade pode caber em uma simples linha. Manoel tem uma fascinação por desarrumar a linguagem, assim como Picasso fazia em suas telas. É vontade de desformar o mundo, de pintar cavalo verde e de fazer noiva-camponesa voar. Poesia não pode ser explicada, precisa ser sentida.

Obrigado, Manoel. Foi um enorme prazer te conhecer.
Edu Santtos 27/06/2021minha estante
Que resenha incrível!! Com certeza irei ler esse livro.


Moreira 27/06/2021minha estante
Muito obrigado.




Manu 25/03/2022

?O truque era só virar bocó?
Manoel de Barros teve uma vida de vulnerabilidade às coisas mais simples e inúteis do cotidiano. Em quase 100 anos de existência, produziu inúmeras poesias que retratavam a beleza infantil das coisas mais ínfimas da vida. Conhecer sua obra e nos adentrar na leitura traz alivio em nossas almas em tempos bem conturbados que estamos passando.

?Livro sobre o nada? segue essa cartilha já conhecida do Manoel. Nos encantamos pela sua metapoesia. A tristeza maior é que é um livro curtíssimo, ficamos com a sensação de querer mais e mais. Deixo de recomendação para a Alfaguara, editora publicadora de seus livros, de reunir mais livros em coletâneas e vender por um preço acessível à todos.

Manoel de Barros é necessário em tempos difíceis. Principalmente quando esquecemos de nos encantar pelas besteiras da vida. É importante reativar as crianças em nós. De vez em quando, o truque é apenas virar bocó, sem se importar com achismos para sermos preenchidos pela beleza dos nadas.
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rayumix 18/02/2023

Sobre o nada eu tenho profundidades
"Tem mais presença em mim o que me falta."
sempre vi o Felipe do canal universo narrado citando Manoel de Barros e falando sobre o nada, o que me fez automaticamente colocá-lo na minha lista mental de livros.
Depois da leitura portanto, estou aqui para preencher essa resenha de vazio, bordar inutilidades e cultuar o nada.
Porque um sapo me disse que palavras são brinquedos, e as coisas menos importantes são as que mais significam. A beleza de ser humano é brincar eternamente com nadas e se ver em violetas.
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Paulo1584 12/09/2020

Nada
Eu me alegrei muito
Lendo os versos de Barro(s)
Faço também meus versos
Nada que se assemelha
Leitura boa e risadas
Fala de um tudo
E ao mesmo tempo de nada
Foge das regras lógicas
De padrões preestabelecidos
Manoel é menino
Transvestido de gente
Seus versos são transparentes
E obtusos
São engraçados e duros
Sem muita conexão
A não ser a graça
De versar imaginação
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Flavia.Borges 23/07/2023

Delicado e profundo. Poesias necessárias de serem lidas, me fez pensar a vida, me fez parar e olhar para as inutilidades, as desimportâncias, como algo que vale a pena admirar.
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Deise Leal 12/04/2023

?Com pedaços de mim eu monto um ser atônito.?
Primeiro livro que leio do Manoel de Barros por inteiro, tive apenas contato com pedaços de sua escrita.
O livro sobre nada é preenchido de vazios com pedaços de palavras. Uma escrita ímpar e exemplar que nos carrega a construir junto com ele sentido ao que não é compreendido; de encontrar abrigo no que ainda não foi descoberto; e a solidão de inventar pra si significado pros nadas da vida.
?Não gosto de palavra acostumada.? e por isso ele garatuja o verbo para falar o que não se sabe.
A gente aprende a desaprender pra só assim saber de alguma coisa.
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Claudia 24/01/2021

Preciosidade
Simplesmente não dá pra começar a ler Manoel de Barros sem querer ler todos os livros dele.
É sempre um lembrete aconchegante de olhar a vida com outros olhos.
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