Eles Não Usam Black-Tie

Eles Não Usam Black-Tie Gianfrancesco Guarnieri




Resenhas - Eles Não Usam Black-tie


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Rafael 16/02/2020

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Luana 22/01/2020

Atemporal
Atemporal é a palavra que pode definir o livro. Quão parecido com o cenário atual do Brasil ele é? Exploração desenfreada dos trabalhadores por seus empregadores; conflitos familiares causados por divergências ideológicas e políticas; classe trabalhadora que sonha em ascender socialmente, mas que se depara com diversos obstáculos no processo. Guarnieri criou uma obra que mistura muito bem protesto político, humor e drama. Pra quem faz parte da classe trabalhadora, é impossível não se identificar nas dinâmicas familiares, na vida em comunidade, na revolta e exaustão em relação à opressão e na esperança de um futuro melhor, talvez não para nós, mas para nossos filhos.
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May 20/12/2018

Uma obra de arte
O autor faz uma discussão muito foda, pega a realidade brasileira, a realidade do morro e mano queria ter assistido essa peça em 1958
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 16/04/2018

Toda vez que leio um livro, eu procuro, na medida do possível, trazê-lo para a minha realidade. E eis aqui um texto mais que atemporal.

Otávio e Tião são pai e filho, ambos operários, que estão na iminência de uma greve. O pai, fervoroso, acredita que a força e a união poderá trazer benefícios para a classe. Já o filho, pensando nos seus próprios problemas, enxerga a situação de uma forma diferente.

Não pude, portanto, deixar de lembrar das situações pelas quais já passei enquanto aderia à luta e outros não. Talvez, se o povo tivesse uma maior consciência de classe, se não houvesse tanta ruptura entre os iguais, conseguiríamos mais facilmente os benefícios e direitos almejados. Entendo que algumas particularidades podem e devem ser levadas em conta, mas será que aquela dita particularidade, naquele momento, é tão urgente assim?

O livro, em formato de peça teatral, que foi encenada pela primeira vez em 1958, continua demasiado atual e aborda assuntos polêmicos como a luta de classes, as situações de risco e de pobreza, a troca de favores, corrupção. Tudo vociferado em forma de diálogos simples e diretos.

E eu, que nem sou muito chegada em leituras de peças teatrais, super recomendo. Ótima pedida para fazer sua cabeça refletir.
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 19/02/2018

Resenha para o blog Pétalas de Liberdade
O livro traz o roteiro da peça teatral que foi encenada pela primeira vez em 1958, adaptada para o cinema, e é uma das histórias de maior sucesso do teatro nacional. Conhecemos Tião, que, como o pai, Otávio, é um operário. Só que, enquanto o pai apoia às greves por salários melhores, Tião, que está noivo de Maria, acha que as manifestações de nada adiantam. Romana é a matriarca da família que mora no morro, e tem como outro membro o garoto Chiquinho, de quem Terezinha não desgruda. Acompanhamos basicamente as incertezas de Tião de participar ou não da próxima greve, onde a não participação o faria ser mal visto no morro, morro que ele não ama como outros que ali vivem, talvez por ter passado parte da vida como uma espécie de empregado infantil na casa dos padrinhos.

"TIÃO - Perto tá o barraco da Zéfa. Foi em cana, hoje. Carmelo matô o Bodinho...
MARIA - Não fala em tristeza.
TIÃO - São tristeza do morro.
MARIA - Na cidade é pió... Só que ninguém se conhece..." (página 72)

Lendo o texto, pude perceber os motivos de a peça ter marcado época. Apesar de as descrições dos cenários serem mínimas, através dos diálogos é possível visualizar muito bem os personagens, seus jeitos de ser e sentimentos, eles foram muito bem construídos, vívidos. A trama fala sobre assuntos muito pertinentes até os dias de hoje, como as greves, as relações entre patrões e empregados, a vida dura na favela.

"ROMANA (entra esbaforida) - Mais um pra sofrê! A Cândida do 36 vai dá à luz!...
OTÁVIO - O morro tá em festa, hoje...
ROMANA - Qual festa! A mulhé tá berrando que nem uma bezerra. Pra mim é mais que um. Aquilo é gêmeo no mínimo!
OTÁVIO - Então isso não é motivo pra festa, D. Romana?
ROMANA - Pra tu pode sê, que não vai tê que sustentá... Eu sou que nem japonês: morreu faz festa, nasceu desata a chorá!" (página 43)

São comoventes as dificuldades financeiras pelas quais Romana e Otávio passavam, dificuldades que Tião não queria ter que obrigar Maria a enfrentar também. Mas se temos essa parte mais dura, Chiquinho e Terezinha, trazem certo alívio cômico para a obra, Chiquinho até foi meu personagem favorito.

"ROMANA - E se eu soubé que tu anda metido com aquela gente, tu vai apanhá como nunca apanhou!
CHIQUINHO - Puxa, mãe! É por isso que a senhora tá sempre cansada, vive me prometendo pancada!
ROMANA (rindo) - Também tu vive se metendo onde não deve. Toma o café anda. (Pega um pedaço de pão da gaveta.) E come esse pão!
CHIQUINHO - Tá duro, mãe!
ROMANA - Deixa de luxo e dá graças a Deus! Pão melhor só no almoço e se a greve der certo, porque se não. . ." (página 82)

A edição da Civilização Brasileira tem uma capa condizente com a obra, páginas amareladas, diagramação com letras, margens e espaçamento de bom tamanho, e boa revisão.

Fica a minha recomendação de leitura para quem procura bons roteiros que não deixam a desejar se comparados com romances, com personagens bem construídos e temas importantes que certamente trarão alguma reflexão ao leitor. Vale a pena ler "Eles não usam black-tie"!

site: https://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2018/02/resenha-livro-eles-nao-usam-black-tie.html
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Cheiro de Livro 16/01/2018

Eles Não Usam Black-Tie
Antes de começar a escrever tenho que avisar que se existe um tipo de texto que não gosto de ler ele é teatro. Não sei bem explicar porque, só sei que ler teatro é uma dificuldade para mim. Dito isso eu mergulhei de cabeça na leitura da clássica peça de Gianfrancesco Guarnieri “Eles não usam Black-Tie” escrita em 1958.

Sempre ouvi falar da peça, tinha uma boa ideia sobre o que ela trata e, no colégio, cheguei a ler uma cena. Com esse vago conhecimento prévio sentei com as pouco mais de 100 páginas e li de uma vez a história de Tião, Otávio e Romana. É desconcertante o quão atual é uma peça que está prestes a fazer 60 anos, ainda mais em um momento em que vemos a reforma trabalhista e o debate da reforma da previdência.

Otávio e Tião são pai e filho, ambos trabalham em um fábrica e estão em plena negociação de aumento salarial. Tião sonha em voltar para o asfalto, Otávio não tem essa aspiração. Esse embate entre os dois define suas decisões sobre a greve e é responsável pela mais importante e panfletária cena da peça. O contraste entre o individualismo e o bem comum, a necessidade de unidade para se conseguir algo quando não se tem poder, está tudo nas cenas dos dois.

“Eles Não Usam Black-Tie” é uma boa peça, com uma temática incrivelmente atual para algo que foi criado há mais de meio século – isso me deprime um pouco – e deve ser lida e relida, na verdade, queria vê-la encenada.

site: http://cheirodelivro.com/eles-nao-usam-black-tie/
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Blog Nana Banana (Morgana) 06/12/2017

Eles não usam black-tie
Trata-se de uma peça teatral que foi escrita 1958 que acabou se tornando uma das principais obras da dramaturgia brasileira.
A história se passa em um conflito familiar causado por uma greve de operários. Neste conflito se encontra principalmente o Pai, senhor Otávio, um militante e organizador de greves, e seu filho mais velho Tião, jovem cuja noiva se encontra grávida e que por conta disso precisa apressar o casamento.
Em meio a esse conflito, é possível se perceber a pobreza e simplicidade do operário, que ganha pouco e não pode usar um black tie. Também se nota a importância das greves para os trabalhadores e suas lutas em busca de uma vida melhor para si e sua família.

site: http://www.blognanabanana.com/eles-nao-usam-black-tie-livro-vestibular-ufpr/
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Phelipe Guilherme Maciel 27/10/2017

Um dos melhores livros de teatro da literatura brasileira.
Gianfrancesco Guarnieri foi um italiano mas muito conhecido pelo povo brasileiro e inclusive, naturalizado. Ele é o inesquecível vô Orlando, da série infanto-juvenil "No Mundo da Lua", da Rede TV Cultura, e foi personagem em mais de 40 telenovelas, além de filmes e peças de teatro. O que muita gente desconhece, é que ele foi escritor dramaturgo, e escreveu entre outras, uma das peças de teatro mais bonitas da literatura brasileira: "Eles Não Usam Black-Tie".

Esta peça já começa de forma bastante ácida pelo título, que faz referência ao cinema e ao teatro de ricos, onde todos vão vestidos de Black-Tie e os diálogos são muito pomposos. Esta peça não. Feita para os mais simples, inclusive cobrado na minha juventude quando eu tinha 14 para 15 anos, e eu li e aproveitei, ela tem seus melhores bônus na ideia central. Os dilemas de um jovem que descobre que será pai e faz parte de uma família extremamente pobre mas de um pai sindicalista, aguerrido e sonhador.
Sim, o livro é um folhetim político de esquerda, defende greves e trata os donos de empresas como capitalistas chupadores de sangue, mas isso é uma excelente roupagem utilizada pelo Gianfrancesco, que já foi secretário de cultura de SP durante governo de Mario Covas.
Vemos um primeiro ato muito festivo, com a família em extase pela novidade trazida por Maria tomar um peso difícil de aguentar no segundo ato, finalizado por uma névoa muito densa e um terceiro ato que é um soco no estômago, e nos deixa melancólicos.
Vemos também personagens extremamente fortes e bem construídos. Romana é uma mulher poderosa, forte, grossa mas amorosa, brilhantemente representada pela rainha da dramaturgia brasileira Fernanda Montenegro na versão de cinema do livro nos anos 80. Otávio, um pai sonhador e sindicalista, puro de coração, é a balança que deixa a família equilibrada. Tião é o personagem central do livro, mas não dá para esquecer o grande Bráulio, muito menos a Rosa, a Terezinha, tantos outros personagens secundários mas marcantes.
A leitura de Eles Não Usam Black-Tie pode ser feita em apenas um dia. Os diálogos são todos errados, propositalmente obviamente, pois retrata pessoas humildes vivendo nos morros cariocas com muito pouco, tantas vezes passando fome de comida, mas nunca de sonhos.

Cada um tem seu próprio sonho. A mãe quer uma família calma e protegida em seus braços, o pai quer a revolução socialista, o filho quer viver na "cidade" (Hoje os cariocas chamam de "asfalto"). Rosa sonha com um casamento melhor que o de seus pais, Braulio sonha com o poder na mão do povo e na igualdade. Cada qual tem seus sonhos, todos justos e honestos, mas as escolhas que cada um faz para chegar aos seus objetivos é o que faz a trama ser tão forte.
Este ano resolvi colocar entre minhas metas ler mais teatro. Li Nelson Rodrigues e Ariano Suassuna, ambos gênios, mas este livro foi o mais bonito, pois foi o mais humano e brutal entre todos.
I Danielle I 27/10/2017minha estante
Adorei a resenha, parabéns! Me deu muita vontade de ler esse livro!


Phelipe Guilherme Maciel 28/10/2017minha estante
Dani, que bom que curtiu... Leia sim, ele é pequeno e pode ser lido em um dia. Muito simples, mas emocionante. Mexe conosco




niegecr 01/06/2017

Atemporal
Eis aqui um livro nacional atemporal! Retrata com leveza e humor o cenário do dia a dia do morro, da luta de classes, da vontade de vencer na vida ou aceitar o que vier.
Linguagem simples que nos transporta para dentro da história. O formato de roteiro de peça teatral contribui para essa sensação. Recomendadíssimo!
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Thiago 22/02/2017

Uma aula de Teatro e História
A peça teatral Eles não usam Black-Tie retrata com humor e dramaticidade a vida no morro, as lutas de classes, as greves e os pensamentos de uma época conturbada.
Aclamada pela crítica a mais de seis décadas, as relações humanas contidas nessa peça permanecem contemporâneas.
Ao fim, as consequências das decisões tomadas pelos personagens farão o espectador/leitor desejar não ser onisciente de tudo que estava ocorrendo.
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Gustavo.Nazario 03/09/2016

É um bom texto teatral!
A historia não envolve tanto, mas é um certo tanto bonita.
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@tigloko 27/03/2016

Piquete de Greve
Eles Não Usam Black-Tie é uma peça escrita em 1955 pelo autor Gianfranscesco
Guarnieri em 3 atos e 6 quadros que fala sobre a classe operária na década de 50 no Rio de Janeiro, a greve dos operários e como isso afeta a vida de uma família do subúrbio. Peça que fez muito sucesso na época e até hoje o faz. Foi apresentada em várias capitais brasileiras e em países como Argentina , Uruguai, Chile e Alemanha.
O livro é como se fosse o roteiro dessa peça , dividido no mesmo formato. A prosa é no estilo dos subúrbios: linguagem informal e sem honoríficos. É uma leitura leve, que conforme vai avançando você acaba gostando desse estilo de narrativa. Há uma pequeno conflito de ideologias entre o pai da família Otávio e o filho Tião, onde o pai defende fervorosa e apaixonadamente a greve para aumento de salários , enquanto que o filho observa que fazendo greve pode-se perder o emprego e ficar de mãos abanando. O que gera consequências no Ato III.
Esse livro foi um dos que ganhei na época da escola no programa Apoio ao Saber, e me arrependo de não ter lido antes. Alias, me arrependo de não ter lido (ainda) algumas obras brasileiras tão interessantes. Veremos.
Único ponto negativo é que é pequeno demais. Quando você se da conta que esta na ultima pagina, bate uma tristeza kkk.
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Joy 02/01/2016

Excelente representação da luta de classes no Brasil, da maneira como os operários mais pobre precisam se organizar para conseguir um mínimo de dignidade. Fala de cooperação e camaradagem, de princípios e das consequências de trair a sua moral.
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Kelly @leitora_assidua_ 09/08/2015

Amei
Um clássico!


Um livro feito para ser reproduzido em um peça,muito realista, com linguagem vulgar.

Algo que não se vê em outras obras do gênero hoje em dia.

O autor GIANFRANCESCO GUARNIERI, nos trouxe um mundo de pobreza com suas realidades e dificuldades.


Nele podemos acompanhar a vida de uma família do morro, passando pelas dificuldades de criar os filhos, passar por uma greve e por uma gravides inesperada. Não irei falar muito sobre o conteúdo do livro ,vou deixar que vocês descubram a magia que se encontra entre as paginas.

O único ponto negativo, é o prefácio técnico que pode afastar alguns leitores e leitoras,portanto, quando pegar este livro,não fique muito presso a ele.


Se fosse colocar um defeito a esta obra maravilhosa, com toda certeza, seria com relação ao tamanho,pois é curto demais,apenas 108 paginas. Uma ótima leitura para quem gosta de leituras rápidas..


Super recomendo....
http://inviavele.blogspot.com.br/?m=1

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