O Mundo

O Mundo Juan José Millás




Resenhas - O Mundo


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Jackson 29/06/2022

Melancólico
Li esse livro em meu período escolar, 2016, acho. Foi uma das primeiras obras que me vez ver um certo lado melancólico da vida, mas que claro não me fez vê-la mais triste, e sim mais bela.
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Lucikelly.Oliveira 13/06/2022

Fiquei surpresa positivamente
Uma autobiografia atravessado por uma romance.
Juan narra sua vida desde a infância e todas suas experiências, traumas e loucuras.
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Laíse Matos 25/06/2021

O mundo - Juan José Millás
Pode-se dizer que este foi o primeiro livro que li, portanto, os meus critérios de avaliação talvez sejam mais vagos do que o da maioria, porém senti necessidade de fazer uma resenha deste livro maravilhoso. O que mais me marcou (dentre todos os acontecimentos) foi a forma como ele relaciona acontecimentos da infância com os da vida adulta, este livro denota como os traumas gerados na infância podem trazer grandes consequências. Assim sendo, a frase que mais me marcou deste livro foi " Aquele que sofreu com o frio quando era pequeno, sentirá frio pelo resto de sua vida, porque o frio da infância não desaparece nunca".
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Kymhy 04/04/2018

O Mundo - Juan José Millás
Uma ficção com toques autobiográficos, Juanjo é um homem que contará como foi a sua infância em uma família pobre, que passava fome e não tinha muitos recursos. Apesar disso ele aprendeu a ver o mundo de uma forma única.

site: https://gatoletrado.com.br/site/resenha-o-mundo-juan-jose-millas/
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João Luiz 11/11/2017

As lembranças de uma infância pobre é revivida nesta autobiografia. Os acontecimentos vividos por Juanjo que moldaram o homem Juan José Millás. Excelente livro, com várias reflexões!
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George D'Araujo 13/01/2015

Ficção e autobiografia se misturam com classe em O Mundo, de Juan José Millas
O Mundo foi um desses livros que se descobre numa promoção, por um precinho de banana, mas que tem como conteúdo um tesouro.

Narrado em primeira pessoa, a obra, com sua cota entre a autobiografia do autor espanhol Juan José Millás e a ficção, tem a capacidade de fazer emergir aquela sensação de nostalgia. As primeiras páginas do livro podem deixar o leitor meio perdido, num vai e vem de frases e observações entre parênteses, recheadas de vírgulas. Entretanto, logo se percebe que Millás tem uma forma autêntica de moldar seu texto, de forma não linear, que nos faz mergulhar numa queda e então nos desvia de rumo, bruscamente, antes de voltar ao caminho central. Com parágrafos longos e poucos diálogos, o autor é capaz de ótimas transições entre sua infância e seus dias atuais, fazendo paradas no meio do caminho, em algum acontecimento, para reforçar algo ou mostrar o destino de algum personagem. Isso aumenta de tal forma a empatia pelo protagonista que fica fácil se prender. Após convencer-se dessa capacidade e entregar-se totalmente a narrativa, devorar o livro é tarefa feita em poucas horas.

Enquanto adulto, Juan é o personagem autor que evita lugares fechados e cheios, que sofre de ansiedade e síndrome do pânico. Ao passo que segue as responsabilidades de sua agenda, tem por fazer uma tarefa há muito tempo adiada. E é a partir dessa tarefa que retorna a sua infância, em Madri, por volta dos anos 50, das poucas amizades, alguns amores e muitas lições, que vão lhe apresentando o mundo, enquanto busca nas entrelinhas uma tentativa de descobrir como chegou a ser a pessoa que é atualmente. Aliás, esses dois momentos, apesar de mostrarem uma mesma pessoa, parecem também revelar personagens muito diferentes.

Na meninice, com as barreiras de liberdade que a pouca idade lhe impõe, é dentro de limites que vê a vida, as primeiras impressões e relações. Juanjo tem sua mãe como um refúgio, a que mais lhe entende e por quem nutre uma admiração apaixonada, e em seu pai a imagem do homem que se divide entre a família, o trabalho e a vontade de obter reconhecimento. Numa casa com tantas pessoas, sente-se deslocado e refugia-se na fantasia de situações e cenários em que pode ser mais do que uma criança, um explorador. Além de sua família, há também Vitaminas, o frágil filho do dono da venda, com quem faz amizade e uma parte de suas descobertas e filosofias de garoto. Esse mesmo dono da venda, Mateo, desperta a curiosidade do garoto, que acha que o homem tem um trabalho muito importante e secreto. E, claro, a irmã de Vitaminas, uma das primeiras a acordar seus desejos.

nteressante é perceber como todas as aventuras levam o menino a entrar num processo de pensamento filosófico que se mistura em sua imaginação e acaba impresso em seu mundo real. Pensamentos sobre a morte, sobre o amor, sobre a educação, religião, etc. Em alguns momentos Millás combina de forma tão homogênea ficção e realidade que só percebemos essa transição mais a frente, quando o mesmo nos diz que ela ocorreu.

Ganhador de prêmios literários e de jornalismo, Juan José Millás escreve atualmente para o jornal El País. Neste livro o autor espanhol refere-se a muitas outras de suas obras (talvez numa jogada de autopromoção e que funciona bem), o que aguçou uma vontade de poder lê-las.

Enfim, O Mundo despertou em mim (assim como ao ler O Oceano no Fim do Caminho, de Neil Gaiman) a sensação nostálgica de uma infância que usa a imaginação como fuga à solidão e aos problemas do mundo adulto. Em de um trecho do livro o autor diz: “o ato da escrita é como um bisturi elétrico, que corta ao mesmo tempo em que cauteriza uma ferida, ou seja, nos traz dor e ao mesmo tempo alívio”. Assim é O Mundo, ao encerrar a sua leitura, fica uma saudade que dói e traz alívio, dos tempos em que podíamos ser princesas, agentes secretos ou o que quiséssemos ser; dos tempos em que apenas nosso bairro e nossa rua eram mundo o bastante para inúmeras vivências.

Mais que recomendo!

site: http://entretenilendo.blogspot.com.br
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Georgia 24/03/2014

Estórias da infância. Amigos. Amores. Desamores. Assuntos pendentes que transformam os adultos em fantasmas do seu eu criança.
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Luiz Ribeiro 12/09/2013

O Mundo – Juan José Millás
O livro é dividido por breves-longos capítulos que recontam a infância do autor numa rua pobre de Valência, entre sua mãe que “sabe tudo”, seu pai que inventa coisas que ele já vê inventadas, e seu vizinho (de apelido Vitaminas) que poderia morrer a qualquer momento e cujo pai se fazia de informante da Interpol para ocupa-lo. Nessa primeira parte, chamada “O Frio”, a descrição daquele lugar é trágica, onde tudo é fora do eixo, errado, e o ato de pensar em escrever se tornava uma saída para aquela frialdade. Ao lado da escrita aparecia então outro elemento: a visão. A infância de Juanjo (como Millás se chama) se dava em se esconder dos pais para ir conhecer lugares, ganhar territórios. “Ver a rua”, como ele diz, era ver o mundo, era ver tudo de outra perspectiva, era entender o fluxo da vida. E se ver a rua era ver o mundo, era então, crescer.

Resenha completa em: http://indiqueumlivro.literatortura.com/2013/09/10/mundo-juan-jose-millas/
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Silvana (@delivroemlivro) 25/03/2013

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com.br/2013/03/o-mundo-juan-jose-millas.html

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Tks!
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jota 12/02/2013

Retrato do escritor quando infante
O Mundo é uma exata combinação de ficção com autobiografia permeada de muita poesia e criatividade. Quem apreciou Infância, de J. M. Coetzee, é certo que também vai gostar imensamente do livro de Millás.

Um pequeno trecho: "Ia [à escola] com uma pasta de mão muito velha, herdada de algum de meus irmãos, e vestido com as roupas que ficavam pequenas para os mais velhos. Era um menino de segunda mão em praticamente todos os sentidos. (...) éramos pobres como ratos."

Para esse menino de segunda mão, que nada tinha para chamar de seu, ou tinha muito pouco, a imaginação fértil (criando histórias particulares) era um passo além do universo restrito entre a rua e a casa, os amigos e os parentes.

Enquanto os professores ensinavam, Juanjo olhava pela janela da sala de aula e imaginava histórias. Daí que era um péssimo aluno, capaz de ser até mesmo reprovado em educação física. Seu negócio era inventar histórias: “Eu fugia, através delas, do bairro, da família, daquela vida que, mesmo sem ter conhecido outras, não valia a pena.”

Deu no que deu: aos vinte e poucos anos Millás lançou seu primeiro romance e não parou mais de escrever, tendo sido traduzido para mais de vinte idiomas diferentes. Neste O Mundo, temos o Juanjo adulto visitando o passado, contando sua história. E também outras histórias. Todas absolutamente fascinantes.

Lido entre 08 e 12/02/2012.
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ALINE 20/01/2013

O livro de Juan José Millás "O mundo", é uma autobiografia misturada a imaginação de um menino que viveu uma dura infância. Nele se confundem o que realmente aconteceu, com a imaginação do autor ao escrever o romance, que era para ser somente uma reportagem dele mesmo,
"de modo que comecei a me seguir para estudar meus hábitos. Nesses devaneios, um dia me disse: 'Meu pai tinha uma oficina de aparelhos de eletromedicina'. Então me apareceu a oficina, comigo e com meu pai dentro. Ele estava testando um bisturi elétrico sobre um pedaço de carne de vaca. Subitamente, me disse: 'Olha Juanjo, cauteriza a ferida no mesmo momento em que a produz'. Compreendi que a escrita, como o bisturi de meu pai, cicatrizavam as feridas no mesmo instante em que se abria e intuí por que era escritor. Não fui capaz de fazer a reportagem: acabava de ser atropelado por um romance."

O livro conta a história de um menino pobre, com um monte de irmãos, que sofreu as dores da perda, da morte, do amor, das surras, da tristeza, da pobreza, do frio, da solidão, da decepção, enfim... Sobreviveu porque tinha imaginação, e a usava para fugir da vida real.
"Depois de comer, entrava no vão da escada, que tinha também algo de nicho. Muitas vezes, o trânsito do sono à vigília era tão insensível como a passagem do estado sólido ao líquido no gelo. Teria a água memória do gelo? Guardava eu memória dos sonhos? Talvez não, porque ao despertar continuava neles."

Teve um amigo, e juntos descobriram um pouco do colorido que possa talvez existir no mundo, "Lembro que passou a nosso lado um cachorro que observei como se se tratasse do primeiro cachorro da Criação. Nunca um animal dessa espécie havia reclamado minha atenção daquele modo. Ao parar para mijar, levantando a pata, nos observou assombrado da mesma forma que nós, que o observávamos. Quero dizer que se tratava de um assombro de ida e volta, um assombro que compartilhávamos com a normalidade com que compartilhávamos a rua, como se o cachorro e nós fôssemos extensões da mesma substância. O Vitaminas e eu nos olhamos e começamos a rir, mas seu riso e o meu eram também os mesmos. Tratava-se de um riso colocado no mundo para ser compartilhado."

Viveu uma paixão de menino, um amor que nunca esqueceu.
"Então compreendi de súbito que nos apaixonamos pelo habitante secreto da pessoa amada, que a pessoa amada é o veículo de outras presenças das quais ela nem sequer é consciente. Por quem teria que estar eu habitado para despertar o desejo de Maria José?"

O romance é maravilhoso, não perca a oportunidade de lê-lo de viver tamanha dor, pois "Às vezes, nos romances se infiltram fragmentos de realidade que deixam manchas de umidade, como uma goteira na parede de um quarto", e sentir tudo isso ao ler faz com que pensemos e recordemos a nossa própria infância, o nosso próprio amadurecer, e talvez percebamos que fomos feliz demais.

www.bibliotecadocedv.blogspot.com.br
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GilbertoOrtegaJr 25/09/2012

O Mundo – Juan José Millás

Somente percebi que o livro O Mundo tinha alguma coisa de especial quando li de forma tranquila e muito calma entre duas provas, na verdade antes de sair para a faculdade tinha lido as dez primeiras páginas, o livro que passa a falsa sensação de ser leve mas ele me puxou desde a primeira página, de um modo tão completo que li quase um terço do seu conteúdo no primeiro dia que o peguei para ler.
Tenho dificuldade de dizer exatamente a que gênero que ele pertence, em alguns momentos parece biografia, já em outros poderia dizer que ele é o que hoje chamamos de autoficção. Os capítulos partem sempre de acontecimentos da infância e vão prosseguindo até chegar ao tempo presente, onde o autor esta a construir o livro, este efeito de pegar um fato da infância e levá-lo as suas consequências no presente seja este fato da infância uma rejeição de uma garota de que ele gostava que lhe diz: você não é interessante para mim, ou suas lembranças do pai e da mãe que surgem quando ele joga as cinzas de ambos no mar, o último desejo deles. Mas de uma forma geral as lembranças sempre surgem de fatos ruins que o marcaram de uma forma negativa. Isso é natural se considerarmos que uma facada (por exemplo) deixa marca mais profundas do que um abraço.
Vão se mesclar no livro vários acontecimentos que podem ser visto e divididos entre líricos ou insólitos, como em geral são muitas das coisas pensadas e narradas por crianças: um bairro exclusivo para os mortos onde quem morre passa a morar lá, ou a rua onde ele mora que ele vê em um cômodo que é abaixo do nível da casa do seu amigo. Assim ele passa a ver com uma visão diferente da que tem quando está no nível normal. Até mesmo sua família será observada sempre, durante todo o livro, por uma linguagem poética que esconde observações agudas sobre o mundo ao redor do narrador.
Em muitos aspectos o Mundo parece ser uma ode feita a acontecimentos do passado que insistem em reaparecer no futuro, mas também parece um exercício de rasurar conceitos que o narrador tinha como definitivos em sua infância, como a garota do seu bairro que era considerada bonita, mas posteriormente ao se encontrar com o narrador está sem um dente e rebola de forma esquisita; ou a garota que irá marcar a vida dele quando diz: você não é interessante. Esta será percebida como uma pretensa intelectual de esquerda.
O Mundo é uma destas histórias maravilhosas sobre a literatura como tábua de salvação, é através de imaginação, que ele irá alterar fatos de sua vida e criar um mundo particular, se deslocando e sempre criando para si a sensação de ser um estranho no mundo onde vive. Esta sensação servirá de motivo e justificativa para seu desajuste perante suas dificuldades pelo caminho do amadurecimento. Acho que a frase que melhor define o livro é onde o pai dele fala de um bisturi elétrico que cauteriza a ferida no momento em que a produz. Assim também é a escrita de Millás, ele produz a ferida no começo dos capítulos e depois as cauteriza mostrando que tudo na vida é incerto e pode dar voltas.
Nanci 09/04/2014minha estante
Gilberto,
Gostei da resenha e também do tema - vai para minha lista de desejados.
Beijo.




Paty Mid 19/10/2009

adorei
Um livro lindo, com passagens que realmente faz com que nos identifiquemos com o autor. A parte que ele fala sobre gostar de sentir o gosto do cobre realmente me fez rir e salivar ao recordar essa sensação.
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Teca Dabul 25/09/2009

O Mundo
Tão delicado, escrito com simplicidade, e no entanto tão profundo...

Tive que me segurar para não devorar e poder saboreá-lo.
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Claudia Furtado 20/09/2009

Acabei de ler e estou absolutamente impactada! Uma história que me pegou de tal forma que li num fôlego só. A resenha diz que é delicado e prazeroso e é MESMO!
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