O vampiro de Curitiba

O vampiro de Curitiba Dalton Trevisan
Dalton Trevisan
ana lee




Resenhas - O Vampiro de Curitiba


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Layla.Ribeiro 15/06/2022

Este livro não é recomendável a qualquer pessoa, é um livro que me causou certa estranheza de início ao seu conteúdo cru, mas ao decorrer, os contos conseguiram me prender, coisa rara de um conto me causar essa sensação. Os contos mesmo que independentes possui o mesmo protagonista, um anti-herói repugnante, o retrato de um cidadão de bem, de boa profissão e provavelmente religioso, porém somente nós leitores que temos acesso aos seus pensamentos pervertido e impulsivo, mesmo escrito nos anos 60, sabemos que existem muitos Nelson escondidos e talvez seja por isso que repugna ler as coisas que ele faz. O melhor conto e mais impactante para mim foi Debaixo da Ponte Preta, Dalton narrou a realidade cruel de forma incrível, na qual gerou várias reflexões. Para mim o defeito foi que alguns contos terminavam de formas abruptas no seu clímax e não gostei muito do conto que dá o nome ao livro, acho que ficaria melhor se fosse o último do livro ao invés de introduzi-lo.
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Henrique Fendrich 13/05/2022

Quando li esse livro, ainda não morava em Curitiba. Na verdade, era leitura obrigatória para o vestibular em Curitiba. Hoje já moro na cidade há muitos anos, e também já sou um leitor um pouco mais maduro, mas, mesmo assim, creio que os contos do Dalton Trevisan continuariam não me chamando muito a atenção (questão de gosto mesmo). Agora, a figura do Dalton Trevisan, essa sim, interessa-me bastante.
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Caio 11/04/2022

Os contos do livro compartilham do mesmo personagem principal, quase sempre a mesma cidade como pano de fundo e a temática voltada para a solidão urbana unida a uma realidade que esmaga as mulheres, onde muitas vezes são colocadas em papéis de vítimas ou objetos de sedução. Nisso tudo, Nelsinho acaba sendo o grande “herói” - como é ironicamente denominado em algumas histórias - e representante de todos os homens do Brasil, ou, principalmente, na Curitiba de Dalton.
A capital paranaense aos olhos do autor, até onde entendi, é um ponto fosco perdido, sujo e sem salvação. As histórias d’O Vampiro de Curitiba vão nos arrastando, junto com o já citado Nelsinho, pelo mais profundo abismo do desejo carnal, mostrando quão degenerada, perdida e isolada pode estar a mente humana nos tempos modernos. A sexualidade é presente em todos os momentos, seja na mente pervertida do protagonista ou seja em suas aventuras libidinosas. O que Dalton queria, ele alcançou: pintou com maestria o quadro do escravo atual, regido pela tara, por um amor e ódio incondicionais com relação às mulheres, e incapaz de manifestar-se como ser humano.
As cenas podem ser repulsivas em contos como Debaixo da Ponte Preta, Noite da Paixão e A Velha Querida, que são, para mim, os mais interessantes e também os que mais me tocaram, mas são necessárias para que a mensagem seja passada e tenha seu efeito. Aliás, A Velha Querida, ao meu ver, é uma espécie de síntese de toda a ideia presente na obra, onde o desejo e a violência se contrapõem (amor e ódio), a asfixia feminina é um fato e a cegueira causada pela vontade sexual prevalece.
Um livro com mais de cinquenta anos incrível e ainda bem atual. Extremamente recomendável.
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Samira_santos 19/03/2022

Fraco não, ruim
O vampiro de Curitiba é um livro que eu comecei a ler zerada de expectativas, não esperava nada demais. Mas definitivamente não espera que fosse tão de menos.
O texto da capa de trás do livro leva o leitor a crer que tem em suas mãos uma grande obra. Porém eu pergunto, para quem? O livro é um porre, do começo ao fim. E sim, eu li todo para poder criticar sabendo do que eu estou falando. Aliás, diria que dos males o menor é ser um livro curto, se fosse longo talvez eu nem tivesse aguentado.
Bom, trata-se de uma série de contos sobre o mesmo personagem, Nelsinho, e são todos sórdidos. Nelsinho é aquele tipo de cara insistente, que as vezes se acha o conquistador outras vezes aparece como diminuído, mas é um chato.
O livro tem direito a estupro, importunação sexual, estupro coletivo, racismo, machismo... Enfim, ofensas a várias minorias. O que me choca é: fez sucesso. Um livro com esse conteúdo foi aclamado.
Sem dúvidas a parte menos ruim foi quando no último conto Nelsinho foi colocado como violado, ele sente-se no papel de vítima. E com todos os outros contos anteriores como base, acho que ele teve o que mereceu. Não recomendo para ninguém, não conheço outras obras do autor ou sua trajetória enquanto escritor, e depois desse livro digo seguramente que não procurarei conhecer.
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Isamlcc0 13/03/2022

A crítica do livro é foda, mas é um porre de ler sobre o protagonista, o assédio é muito grande e os pensamentos são os piores, tivemos estupro no primeiro capítulo, e um outro mais lá pro final que foi um capítulo inteiro disso, as 2 estrelas e meia são apenas pela crítica, pq a história em si não tem como gostar não.
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Racestari 17/12/2021

Como se deve ler esse livro?
O autor é aclamado, muito traduzido, arredio e quase hostil. Pudera, o personagem principal estupra, abusa e degenera as mulheres que, para ele são presas que devem servir de comida e mais nada. Até que leio bastante, mas não consegui enxergar méritos nesses contos, a memos que seja a repulsa o que o autor busca...
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Luiz Pereira Júnior 30/11/2021

Vampiro até que ponto?
Um narrador conta suas aventuras (ou caçadas) em busca de conquistas sexuais na Curitiba não tão reconhecível (na verdade, poderia se passar em qualquer cidade, pois não há referencias a marcos, locais famosos, atrações turísticas, monumentos ou pega-turistas). A visão é de uma cidade como qualquer outra (retire a menção do título e poderia muito bem ser “O Vampiro de Recife”... ou de Manaus... ou de Floripa...)

Também não há nada aterrorizante na obra. Sempre falo que sou professor aqui nas resenhas e esse é um dos livros mais lidos, mais requisitados nos vestibulares e concursos – principalmente na região Sul. E sempre aviso que não há nada de Drácula, de Edward ou de qualquer outro vampiro famoso (talvez apenas a referência a um homem de hábitos noturnos, não malévolo, anônimo, à caça de aventuras, como já disse), mas sempre há um ou outro aluno que compra e lê o livro (na cidade onde moro, há pessoas vindas de todas as regiões brasileiras) e o comentário é sempre sobre a dificuldade de leitura (não é um texto fácil, admita-se) ou sobre o fato de um livro ter algo que aparece apenas no título.

Em resumo: é uma quase grande obra da literatura brasileira, mas não se equipara às verdadeiramente grandes, é claro. Para o leitor comum, para o leitor iniciante, não será uma leitura fácil e/ou prazerosa, mas valerá o esforço para conhecer para conhecer uma história (ou histórias) que fogem dos filmes e livros repetitivamente vampirescos que infestam a literatura atual. Quem sabe Dalton Trevisan não faça o leitor conhecer uma nova forma de vampirismo...
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Angelica236 17/10/2021

O Vampiro que não é Vampiro de Curitiba
A premissa do livro é narrar as aventuras aventuras amorosas do protagonista, Nelsinho. Mas é tudo tão mostrado com insinuações, que eu acabava me perdendo muito fácil no que acontecia.
Racestari 17/12/2021minha estante
O cara é um estuprador...




Paulo Silas 27/07/2021

A alcunha recebida por Trevisan é o título dessa obra que, como é característico de sua literatura, aborda o vil próprio do comum de forma singela - e é aí que se encontra todo o brilhantismo do autor que é notado pelas linhas de seus curtos contos. Contar uma boa história em forma de conto é um grande feito, ainda mais quando as linhas que narram a história são poucas. Trevisan é mestre nessa arte, expondo muito em páginas poucas, cuja precisão descritiva das situações pelas quais seus personagens passam é um dos elementos que chama a atenção em sua escrita. Um excelente - e um dos maiores - contistas.

Dezesseis são os contos que estão presentes nessa obra. As narrativas abordam aquilo que o leitor de Trevisan está acostumado, exigindo uma boa lufada de ar prévia aos leitores de primeira viagem, já que os temas costumam chocar os incautos. "Incidente na loja" traz um breve encontro sexual no interior de uma loja de Curitiba pouco antes de abrir ao público. Em "Visita à professora" se tem a história de um ex-aluno que visita sua docente da época de escola, o que acaba se desenrolando para um jantar seguido de uma noite juntos. No conto "Chapeuzinho vermelho" uma discussão entre amantes termina no parceiro traindo sua companheira com a mãe dessa. Histórias simples que mostram a complexa banalidade das relações humanas - ou o contrário disso.

Um ponto próprio de "O Vampiro de Curitiba" que merece menção é que os contos trazem sempre o mesmo personagem protagonista, Nelsinho, e suas aventuranças e desaventuranças sexuais. Relações banais, indigestas, lascivas e ilícitas. Incômoda é a escrita de Trevisan ao considerar os temas da vida simples e comum que expõe em seus contos, mostrando sempre um lado que poucos gostam de reconhecer que existe e acontece. Daí o acerto do escritor, mostrando aqui a sua excelente forma..

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Antonio Maluco 09/07/2021

Crônicas
O livro conta histórias e crônicas de vários aspectos e personagens da cidade de Curitiba e pode ser do Brasil
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Matheus 22/04/2021

Confundi os vampiros
O que foi isso? Eu comecei o livro achando que era literalmente a historia de um vampiro curitibano, quando na verdade os contos sao o retrato de um devasso, sem critérios e insaciavel. Nelsinho nao tem pudores ou limites quando se trata dos seus desejos sexuais.
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@wesleisalgado 22/04/2021

Lido somente pelo Curitiba no título.
Não conheço a obra do Dalton Trevisan, apesar de já ter mais um livro dele na fila da minha estante. O que me chamou a atenção foi o Curitiba no título, moro no interior de São Paulo mas sou assumidamente apaixonado pela cidade e logo quis ver qual era do livro. Aliás há vários outros livro do autor com a cidade no título.
Nele são contadas em formas de crônicas, os feitos do vampiro Nelson pelas noites nas ruas de Curitiba. O nome sendo uma clara homenagem a Nelson Rodrigues, com o personagem título incorporando todo a canalhice e canastrice da obra do escritor.
Dá para ler numa sentada, é bem curto, os capítulos são histórias totalmente individuais. Bastante esquecível.
OBS: Resenha nº 45 da resenha do desafio Skoob 2021.
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Matheus 20/02/2021

(Finalmente termino um livro em 2021)

Confesso que o tema me surpreendeu (eu tenho só 6 anos, como vim parar aqui?), mas não tanto quanto a quantidade de formas diferentes com que o autor o explora.

Até quase o final, achei que Nelsinho precisava de um psicólogo. Depois entendi que ele (assim como outros personagens) é só um representante comum do sexo masculino. Que coisa.
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Jose.Maltaca 20/01/2021

Naturalismo Curitibano
O Vampiro de Curitiba é uma obra indigesta. Narrando a história de Nelsinho, Dalton Trevisan pontua os seus contos com doses de ironia tão gritantes que chegam a ser grosseiras. Publicado originalmente em 1965, pode-se considerar que Trevisan é um naturalista fora de seu tempo: os cenários da Cidade Sorriso parecem se converter em pocilgas imundas repletas de entulhos e de depravação. O mais desconcertante, contudo, é a maneira absolutamente realista com que trata os devaneios de seu protagonista, perscrutando seus mais íntimos pensamentos e pesadelos com o fim de expor que as maiores vítimas de seu comportamento, são, invariavelmente, as mulheres.

Aqui pode residir um grande imbróglio, uma cisão entre leitores na qual não há certos ou errados. Por um lado, o livro pode parecer extremamente machista, com alusões a estupros, redução das faculdades femininas a arquétipos padronizados e unidimensionais, menosprezo e ódio velado por tudo o que se liga às mulheres. Por outro, estas mesmas características aparecem ligadas à psique de Nelsinho, propositalmente denominado no diminutivo para representar a sua pequenez em relação ao trato com as outras pessoas. É gráfico, é perturbador, mas é um personagem absolutamente execrável que representa a maneira como os homens costumam lidar com as mulheres – O conto intitulado “O Vampiro de Curitiba” é prova disso. Outro conto que pode demonstrar essa ironia grotesca empregada por Trevisan é “Debaixo da Ponte Preta”, em que narra o estupro de uma jovem e de como ela é desacreditada nos autos policiais pelos relatos dos estupradores: a culpabilização da mulher vítima de estupro sempre foi um mal que permeia uma sociedade machista e misógina.

Esta combinação não é de fácil assimilação. Trevisan consegue fazer da leitura fácil de seus contos um trabalho hercúleo de controle de ânsia. É rápido, é vulgar, é dificilmente palatável sem contexto. A sensação é dúbia: o retrato de uma cidade palpavelmente asquerosa ao mesmo tempo em que a descrição é parca; a brutalidade dos encontros de Nelsinho ao mesmo tempo em que a narrativa desnorteia o leitor e tira o foco dos eventos; a antipatia a Nelsinho ao mesmo tempo em que é possível entender o porquê ele é como é e porque faz o que faz. Logo, fica o relato: é um livro único, cuja sensação ao fim da leitura é boa, mas penosa. Recomendo a leitura, mas já adianto que O Vampiro suga a felicidade de quem o lê, e deixa para o leitor um fel que repele e atrai simultaneamente.
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Braguinha 04/01/2020

Gabriel García Márquez de araque
Besteira pura. E a imprensa chegou a compará-lo com Gabríel García Márquez. Só podia ter sido a imprensa sudestina mesmo.
Racestari 17/12/2021minha estante
Concordo. E o cara descreve situações abusivas como se normais.




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