O Vampiro de Curitiba

O Vampiro de Curitiba Dalton Trevisan
Dalton Trevisan
ana lee




Resenhas - O Vampiro de Curitiba


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Clio0 06/03/2015

Você gosta de Dalton Trevisan? Eu também. Você gosta de O Vampiro de Curitiba? Eu também. Você gosta do protagonista Nelsinho? Pois vá se f$%¨&r!

Nelsinho, o protagonista do livro, é um tarado compulsivo que persegue, estupra, agoniza, seduz, é seduzido e sucumbe a sua perversão das formas mais diferentes (e ainda assim comuns do dia-a-dia) que você pode imaginar.

Trevisan, como sempre, escreve horrores e não deixa ninguém na mão na hora de escrever os contos. São todos bem estruturados e variados nas técnicas narrativas. Mas, o que realmente merece atenção é a sua descrição do personagem e seus atos.

Vamos deixar claro, Nelsinho não é um Casanova, um Dom Juan, ele é um nojento filho-da-p#t@! Numa roda de amigos, ele é o cara que quando senta, todas as mulheres levantam. Aquele que quando pega alguém, a mulherada suspira e resmunga que não é possível, tá faltando homem no mercado.

É sem dúvida, o personagem que vai te fazer ler até a última linha, nem que seja para poder mais uma vez mandá-lo para aquele lugar.
Aline Dorameira 07/07/2023minha estante
Gente, eu tive que ler o livro para um trabalho escolar e eu confesso que quando eu peguei o livro, imaginei que era um vampiro andando pelas ruas de Curitiba. Jamais imaginei que o personagem (Nelsinho) seria esse safado,sem vergonha.


Aline Dorameira 07/07/2023minha estante
Resumindo: ele é um tarado que dá vontade de encher de soco. Esse livro me dece muito e me fez querer matar o personagem. Nunca tive tanto nojo de um personagem de livro e eu juro que eu quis gostar do livro mas eu tive uma tremenda decepção literária?
*Prof, só de raiva que eu passei lendo esse livro mereço todos os pontos ?




pagina_liter 28/07/2022

Definitivamente não sei que nota dar a esse livro.
Dividida entre uma escrita muito boa e um asco enorme pelos personagens. E ainda impressionada com a figura do autor, depois de ler o pequeno prefácio da edição.
Li o livro para um desfio pessoal de ler mais escritores nacionais e finalizei a leitura com um misto de emoções.
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Layla.Ribeiro 15/06/2022

Este livro não é recomendável a qualquer pessoa, é um livro que me causou certa estranheza de início ao seu conteúdo cru, mas ao decorrer, os contos conseguiram me prender, coisa rara de um conto me causar essa sensação. Os contos mesmo que independentes possui o mesmo protagonista, um anti-herói repugnante, o retrato de um cidadão de bem, de boa profissão e provavelmente religioso, porém somente nós leitores que temos acesso aos seus pensamentos pervertido e impulsivo, mesmo escrito nos anos 60, sabemos que existem muitos Nelson escondidos e talvez seja por isso que repugna ler as coisas que ele faz. O melhor conto e mais impactante para mim foi Debaixo da Ponte Preta, Dalton narrou a realidade cruel de forma incrível, na qual gerou várias reflexões. Para mim o defeito foi que alguns contos terminavam de formas abruptas no seu clímax e não gostei muito do conto que dá o nome ao livro, acho que ficaria melhor se fosse o último do livro ao invés de introduzi-lo.
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Racestari 17/12/2021

Como se deve ler esse livro?
O autor é aclamado, muito traduzido, arredio e quase hostil. Pudera, o personagem principal estupra, abusa e degenera as mulheres que, para ele são presas que devem servir de comida e mais nada. Até que leio bastante, mas não consegui enxergar méritos nesses contos, a memos que seja a repulsa o que o autor busca...
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Paulo Silas 27/07/2021

A alcunha recebida por Trevisan é o título dessa obra que, como é característico de sua literatura, aborda o vil próprio do comum de forma singela - e é aí que se encontra todo o brilhantismo do autor que é notado pelas linhas de seus curtos contos. Contar uma boa história em forma de conto é um grande feito, ainda mais quando as linhas que narram a história são poucas. Trevisan é mestre nessa arte, expondo muito em páginas poucas, cuja precisão descritiva das situações pelas quais seus personagens passam é um dos elementos que chama a atenção em sua escrita. Um excelente - e um dos maiores - contistas.

Dezesseis são os contos que estão presentes nessa obra. As narrativas abordam aquilo que o leitor de Trevisan está acostumado, exigindo uma boa lufada de ar prévia aos leitores de primeira viagem, já que os temas costumam chocar os incautos. "Incidente na loja" traz um breve encontro sexual no interior de uma loja de Curitiba pouco antes de abrir ao público. Em "Visita à professora" se tem a história de um ex-aluno que visita sua docente da época de escola, o que acaba se desenrolando para um jantar seguido de uma noite juntos. No conto "Chapeuzinho vermelho" uma discussão entre amantes termina no parceiro traindo sua companheira com a mãe dessa. Histórias simples que mostram a complexa banalidade das relações humanas - ou o contrário disso.

Um ponto próprio de "O Vampiro de Curitiba" que merece menção é que os contos trazem sempre o mesmo personagem protagonista, Nelsinho, e suas aventuranças e desaventuranças sexuais. Relações banais, indigestas, lascivas e ilícitas. Incômoda é a escrita de Trevisan ao considerar os temas da vida simples e comum que expõe em seus contos, mostrando sempre um lado que poucos gostam de reconhecer que existe e acontece. Daí o acerto do escritor, mostrando aqui a sua excelente forma..

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@wesleisalgado 22/04/2021

Lido somente pelo Curitiba no título.
Não conheço a obra do Dalton Trevisan, apesar de já ter mais um livro dele na fila da minha estante. O que me chamou a atenção foi o Curitiba no título, moro no interior de São Paulo mas sou assumidamente apaixonado pela cidade e logo quis ver qual era do livro. Aliás há vários outros livro do autor com a cidade no título.
Nele são contadas em formas de crônicas, os feitos do vampiro Nelson pelas noites nas ruas de Curitiba. O nome sendo uma clara homenagem a Nelson Rodrigues, com o personagem título incorporando todo a canalhice e canastrice da obra do escritor.
Dá para ler numa sentada, é bem curto, os capítulos são histórias totalmente individuais. Bastante esquecível.
OBS: Resenha nº 45 da resenha do desafio Skoob 2021.
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Jamyle Dionísio 03/07/2022

Outros tempos?
Sabe, minha mãe é curitibana. Passei a infância entre São Paulo e Curitiba. Lá está a casa dos meus bisavós, onde minha mãe brincou na infância, e depois eu e meus primos, e hoje os filhos dos primos brincam. Nessa casa vivem as minhas tias-avós, cada uma em seu quarto.

Quando li O Vampiro de Curitiba, não consegui me desvencilhar dessa minha ideia muito pessoal da cidade. Curitiba para mim é como um refúgio familiar, um espaço para onde temos que voltar vez ou outra. As casinhas de madeira e o sotaque cantadinho, quase um colo de vó.

Não deu outra: imaginei essas tias-avós percorrendo, ainda moças, a Curitiba de Dalton Trevisan. E tive medo por elas.

Sei que devia estar falando da prosa de Dalton, do ritmo fluido, do personagem Nelsinho que parece dedicar a vida a desfrutar o máximo de mulheres que lhe surjam à frente. Mulheres que são, para ele, coisinhas deliciosas, mas ?coisinhas?. Bocas, olhos, anáguas, cintas-liga, peitos, manhas. Oscilei entre a admiração pela escrita ágil e enxuta e o asco, como mulher, diante das perambulações de Nelsinho por uma Curitiba turva, movediça, diferente da Curitiba que eu tenho dentro de mim.


@chadepalavra
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Eduardo 21/01/2010

Um livro de frases curtas, de idéias soltas. A estética peculiar dos contos nos deixa genialmente "perdidos", o tempo corre mas não entendemos bem como. Nelsinho - um tarado obsessivo - não é totalmente compreensível, é trágico, é cômico, é um herói completamente sem caráter.

Pra mim, os melhores contos são "Debaixo da Ponte Preta", "Arara Bêbada", "A Noite da Paixão" e "O Vampiro de Curitiba".

É uma obra interessante pra quem gosta de literatura brasileira.
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Samira_santos 19/03/2022

Fraco não, ruim
O vampiro de Curitiba é um livro que eu comecei a ler zerada de expectativas, não esperava nada demais. Mas definitivamente não espera que fosse tão de menos.
O texto da capa de trás do livro leva o leitor a crer que tem em suas mãos uma grande obra. Porém eu pergunto, para quem? O livro é um porre, do começo ao fim. E sim, eu li todo para poder criticar sabendo do que eu estou falando. Aliás, diria que dos males o menor é ser um livro curto, se fosse longo talvez eu nem tivesse aguentado.
Bom, trata-se de uma série de contos sobre o mesmo personagem, Nelsinho, e são todos sórdidos. Nelsinho é aquele tipo de cara insistente, que as vezes se acha o conquistador outras vezes aparece como diminuído, mas é um chato.
O livro tem direito a estupro, importunação sexual, estupro coletivo, racismo, machismo... Enfim, ofensas a várias minorias. O que me choca é: fez sucesso. Um livro com esse conteúdo foi aclamado.
Sem dúvidas a parte menos ruim foi quando no último conto Nelsinho foi colocado como violado, ele sente-se no papel de vítima. E com todos os outros contos anteriores como base, acho que ele teve o que mereceu. Não recomendo para ninguém, não conheço outras obras do autor ou sua trajetória enquanto escritor, e depois desse livro digo seguramente que não procurarei conhecer.
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Lima Neto 07/04/2009

horrivel. um dos piores livros que já li em minha vida.
FofinhoX 18/12/2012minha estante
Entendeu alguma frase?


Lima Neto 18/12/2012minha estante
entendi, amigo.
talvez (com certeza na verdade), quando li esse livro, não tinha a maturidade intelectual suficiente para entender as suas sutilezas e o real interesse do autor com a história. eu o li esperando por uma coisa e encontrei outra completamente diferente, e por isso o "odiei" tanto. pretendo relê-lo (não sei quando) para refazer, quem sabe (espero que sim) essa resenha e dar uma melhor "nota" ao livro.


Erika 29/08/2014minha estante
Eu te aconselho a reler mesmo. Claro, tens direito de não gostar do estilo. Mas se diz que não tinha maturidade para entender as sutilezas do autor, releia.




Caio 11/04/2022

Os contos do livro compartilham do mesmo personagem principal, quase sempre a mesma cidade como pano de fundo e a temática voltada para a solidão urbana unida a uma realidade que esmaga as mulheres, onde muitas vezes são colocadas em papéis de vítimas ou objetos de sedução. Nisso tudo, Nelsinho acaba sendo o grande “herói” - como é ironicamente denominado em algumas histórias - e representante de todos os homens do Brasil, ou, principalmente, na Curitiba de Dalton.
A capital paranaense aos olhos do autor, até onde entendi, é um ponto fosco perdido, sujo e sem salvação. As histórias d’O Vampiro de Curitiba vão nos arrastando, junto com o já citado Nelsinho, pelo mais profundo abismo do desejo carnal, mostrando quão degenerada, perdida e isolada pode estar a mente humana nos tempos modernos. A sexualidade é presente em todos os momentos, seja na mente pervertida do protagonista ou seja em suas aventuras libidinosas. O que Dalton queria, ele alcançou: pintou com maestria o quadro do escravo atual, regido pela tara, por um amor e ódio incondicionais com relação às mulheres, e incapaz de manifestar-se como ser humano.
As cenas podem ser repulsivas em contos como Debaixo da Ponte Preta, Noite da Paixão e A Velha Querida, que são, para mim, os mais interessantes e também os que mais me tocaram, mas são necessárias para que a mensagem seja passada e tenha seu efeito. Aliás, A Velha Querida, ao meu ver, é uma espécie de síntese de toda a ideia presente na obra, onde o desejo e a violência se contrapõem (amor e ódio), a asfixia feminina é um fato e a cegueira causada pela vontade sexual prevalece.
Um livro com mais de cinquenta anos incrível e ainda bem atual. Extremamente recomendável.
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Gustota 31/07/2014

A doce crueza de um psicopata
Dalton Trevisan me parece um casamento inusitado entre Clarice Lispector e Nelson Rodrigues. Seu estilo lembra o da escritora e sua temática assemelha com a do Anjo Pornográfico, com a sutil diferença que Nelson Rodrigues trabalha tipos bem urbanos, enquanto Dalton Trevisan explora a passagem do campo pra cidade, com todas as taras e crimes do Brasil tradicionalista migrando para a metrópole.

O Vampiro de Curitiba trata de um psicopata, predador sexual, molestador e estuprador, mas só às escondidas e em uma época em que as mulheres preferiam calar frente aos abusos. Fora de seu habitat de caça predatória, Nelsinho, o vampiro, é querido, respeitado e amado por todos. O livro são pequenas passagens de conquistas sexuais do vampiro ao longo de sua vida, em ordem temporal desconexa. Suas conquistas raramente primam pela beleza; sua preferência é pelas mais velhas, viúvas e jovens. Enfim, pessoas emocionalmente frágeis e carentes.

Se a temática não pode ser tão fácil de digerir, a linguagem é excepcional; um livro incrivelmente bem escrito e com uma finíssima ironia de tratar o psicopata como "herói" e suas conquistas cruéis como "missões" ou "jornadas". E Dalton Trevisan é um autor difícil, mas que deveria ser melhor conhecido
Erika 29/08/2014minha estante
Gostei do seu comentário final: Dalton deveria ser melhor conhecido.
Ele não é um autor fácil, realmente, e sua linguagem é inigualável.


Jossi 19/07/2016minha estante
Um dos autores mais detestáveis que já li na vida... foi horrível tentar ler essa... coisa.


Nádia C. 04/01/2019minha estante
não li esse ainda, mas li outros dele, mas me pergunto se a questão é "não ser fácil de digerir" e porque tem-se que digerir, "aceitar", a "genialidade" de trevisan




Jose.Maltaca 20/01/2021

Naturalismo Curitibano
O Vampiro de Curitiba é uma obra indigesta. Narrando a história de Nelsinho, Dalton Trevisan pontua os seus contos com doses de ironia tão gritantes que chegam a ser grosseiras. Publicado originalmente em 1965, pode-se considerar que Trevisan é um naturalista fora de seu tempo: os cenários da Cidade Sorriso parecem se converter em pocilgas imundas repletas de entulhos e de depravação. O mais desconcertante, contudo, é a maneira absolutamente realista com que trata os devaneios de seu protagonista, perscrutando seus mais íntimos pensamentos e pesadelos com o fim de expor que as maiores vítimas de seu comportamento, são, invariavelmente, as mulheres.

Aqui pode residir um grande imbróglio, uma cisão entre leitores na qual não há certos ou errados. Por um lado, o livro pode parecer extremamente machista, com alusões a estupros, redução das faculdades femininas a arquétipos padronizados e unidimensionais, menosprezo e ódio velado por tudo o que se liga às mulheres. Por outro, estas mesmas características aparecem ligadas à psique de Nelsinho, propositalmente denominado no diminutivo para representar a sua pequenez em relação ao trato com as outras pessoas. É gráfico, é perturbador, mas é um personagem absolutamente execrável que representa a maneira como os homens costumam lidar com as mulheres – O conto intitulado “O Vampiro de Curitiba” é prova disso. Outro conto que pode demonstrar essa ironia grotesca empregada por Trevisan é “Debaixo da Ponte Preta”, em que narra o estupro de uma jovem e de como ela é desacreditada nos autos policiais pelos relatos dos estupradores: a culpabilização da mulher vítima de estupro sempre foi um mal que permeia uma sociedade machista e misógina.

Esta combinação não é de fácil assimilação. Trevisan consegue fazer da leitura fácil de seus contos um trabalho hercúleo de controle de ânsia. É rápido, é vulgar, é dificilmente palatável sem contexto. A sensação é dúbia: o retrato de uma cidade palpavelmente asquerosa ao mesmo tempo em que a descrição é parca; a brutalidade dos encontros de Nelsinho ao mesmo tempo em que a narrativa desnorteia o leitor e tira o foco dos eventos; a antipatia a Nelsinho ao mesmo tempo em que é possível entender o porquê ele é como é e porque faz o que faz. Logo, fica o relato: é um livro único, cuja sensação ao fim da leitura é boa, mas penosa. Recomendo a leitura, mas já adianto que O Vampiro suga a felicidade de quem o lê, e deixa para o leitor um fel que repele e atrai simultaneamente.
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Isamlcc0 13/03/2022

A crítica do livro é foda, mas é um porre de ler sobre o protagonista, o assédio é muito grande e os pensamentos são os piores, tivemos estupro no primeiro capítulo, e um outro mais lá pro final que foi um capítulo inteiro disso, as 2 estrelas e meia são apenas pela crítica, pq a história em si não tem como gostar não.
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Matheus 22/04/2021

Confundi os vampiros
O que foi isso? Eu comecei o livro achando que era literalmente a historia de um vampiro curitibano, quando na verdade os contos sao o retrato de um devasso, sem critérios e insaciavel. Nelsinho nao tem pudores ou limites quando se trata dos seus desejos sexuais.
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