A Ideia de Fenomenologia

A Ideia de Fenomenologia Edmund Husserl




Resenhas - A IDEIA DA FENOMENOLOGIA


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Filino 24/12/2021

Uma boa obra para se introduzir no pensamento husserliano
Não se trata de uma leitura fácil, mas tampouco é impossível percorrer essas páginas. Husserl é o nome mais importante da fenomenologia e essa obra apresenta um delineamento das idéias do autor (à época). Com "A idéia da fenomenologia", são expostos os elementos fundamentais dessa investigação, que o autor ressalta, em diversos momentos, ocupa um lugar distinto (e antecedente) em relação aos demais saberes - inclusive a ciência.

O tema e o estilo do autor não são dos mais convidativos. Mas essa obra é importante para um estudioso da filosofia (sobretudo a contemporânea).
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Movio 18/12/2022

Livro de nível elevado. Sua leitura não é tão simples e rasa como diversos outros livros; ela exige foco no conteúdo e raciocínio continuo. A teoria expressa é complexa e completa, o que faz com que o leitor se aproxime do pensamento e ao mesmo tempo se afaste dele. Livro muito bom para refletir e compreender melhor a teoria filosófica.
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Fernanda.Kaschuk 17/10/2023

Uma breve introdução a análise fenomenológica
Nesse texto Husserl nos apresenta os critérios básicos de distinção e classificação dos conhecimentos objetais universais, de modo a constituir uma espécie de ciência dos fenômenos da consciência.
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gabriel 28/11/2021

Pouco generoso com o leitor

Esta não é uma resenha técnica, ou nem ao menos uma resenha, mas apenas uma impressão de leitura. O meu contato com a fenomenologia se deu inicialmente com Merleau-Ponty, em leituras bastante superficiais e algo apressadas (porém bastante empolgadas), que não tive a oportunidade de inicialmente aprofundar. A fenomenologia me prometeu coisas que me tocavam pessoalmente, um resgate das coisas em si mesmas e da validade dos fenômenos em si (ou seja, daquilo que eu vejo), num mundo tomado pela abstração e racionalismo.

Enfim, seria uma filosofia de extrema beleza e pertinência, mas como é comum na filosofia, ela promete muito mais do que entrega (seja por suas pretensões absurdamente altas, seja pelo hermetismo quase que completo de alguns textos). Aqui não é diferente, e visitar este texto de Husserl - o pai da fenomenologia, portanto o caminho natural a quem se embrenha por esta seara - é como visitar uma casa em obras. É um pensamento em construção, difícil de seguir e formulado por um filosofar titubeante.

O especialista em Husserl certamente consegue amarrar suas questões de maneira muito mais eficaz, mas para o leitor paraquedista, o texto é de uma aridez desconcertante. Consegui, a custo de uma leitura bastante extenuante (mas não exaustiva), tocar a superfície de algumas questões. Mas me chama a atenção a falta de "vida" do texto, algo que o anima de dentro para fora. O texto parece redigido por uma máquina filosofante. Não parece humano! Mesmo para os padrões já áridos da filosofia, isto é algo que chamou a atenção.

O tradutor desta edição já chama a atenção para a pouca capacidade literária do texto. De fato, esta é uma característica natural por se tratar de um manuscrito, que não tinha a intenção de ser publicado (pelo pouco que pude entender das notas críticas, ele era só uma anotação de aulas). Seria mais um texto de função "arqueológica", que ajuda a mapear a longa herança de pensamento deixada por este autor, algo mais voltado aos seus estudiosos. Para o leitor apenas curioso, o texto parece flutuar numa zona acima de qualquer preocupação, e não parece comover especificamente (ainda mais numa realidade em que pessoas morrem como moscas, como a que presenciamos atualmente). Tal leitura, salvo um interesse mais específico, soa quase como "blasé", portanto.

De qualquer forma, não podemos ser reféns de uma realidade cruel, e aqui o texto toca questões importantes para o pensamento humano. Como o conhecimento pode se legitimar? Como sabemos que conhecemos o que conhecemos? Este é, de maneira muito grosseira, o cerne da questão. Isso já foi trabalhado por Descartes e por praticamente uns 90% dos filósofos e autores do pensamento, e inicialmente é difícil entender a novidade. Na verdade, o texto soa como uma espécie de "Descartes inflacionado", ele gira em torno das mesmas questões, promete ir além (e possivelmente vai), mas o estilo não é nada cativante.

A dúvida fundamental cartesiana, que demole o edifício do conhecimento (para reconstruí-lo depois), aqui é jogada contra si mesma, e ele resgata aquele edifício em sua integralidade, sob a forma de "fenômeno". É como se, de certa maneira, o "penso logo existo" não só garantisse a existência do eu, mas de toda a realidade. De maneira muito grosseira e aproximada, esta seria a tese do livro, e o que ele se esforça em justificar.

É essencial, para um melhor aproveitamento da leitura, conhecer alguns dos temas já trabalhados por Kant e também (como já mencionado) por Descartes. Para o leitor aventureiro, provavelmente há outros textos melhores para entrar no pensamento deste autor. Não é, portanto, um texto amigável aos não iniciados. Ele em raros momentos se esforça em ser claro, ou em expandir seu alcance a um público não filosófico (que, ao que tudo indica, não é o seu alvo). É um texto voltado aos pares. Mesmo assim, mantém um nível de clareza mínimo, e pode ser enfrentado (com dificuldades) por qualquer tipo de leitor. Mas é um texto muito mais voltado ao estudioso da fenomenologia e do Husserl, em um sentido mais técnico.

Estou, no entanto, provisoriamente satisfeito com a leitura, a nota aqui (três estrelas) é um tanto arbitrária, é sempre muito difícil pontuar textos de não ficção, com objetivos não artísticos. O especialista vai ter que ler mesmo (ou já leu), então a nota não tem muito sentido, mas ela expressa aqui um pouco da minha experiência com a leitura. Esperava um pouco mais deste autor, por ter me encantado com a fenomenologia de Merleau-Ponty, mas sei que o trabalho dele é muito mais extenso e que não pode ser julgado apenas por este escrito (que é um manuscrito apenas, sem ter sido pensado como obra).

A edição toma o cuidado de preservar as notas e acréscimos feitos a lápis pelo próprio Husserl, o que o torna um bom material para o pesquisador. Há termos em grego e em latim que jamais são traduzidos (nem pelo autor, nem pela edição). O autor usa neologismos (como todo bom filósofo), o que torna o texto confuso.

A redundância do texto é notável, a impressão que dá é que ele nunca sai muito do lugar, mas isso tem uma vantagem, que é tornar alguns dos temas mais claros. Aqui aparece o tema da "redução fenomenológica", conceito central desta corrente de pensamento. A exposição é razoavelmente clara, mas (ao menos da minha parte) vai requerer mais leituras, para uma adequada compreensão. O texto também me esclareceu as diferenças entre fenomenologia e psicologia (estabelecendo uma fronteira entre elas), o que me foi útil, pois achava que a fenomenologia era uma espécie de psicologia (uma psicologia mais "filosófica", por assim dizer). Não é, e ele deixa isso aqui muito claro.

Não foi uma leitura muito agradável, mas foi razoavelmente rápida, o texto tem a vantagem de mostrar um desenvolvimento vivo do pensamento do autor (e não um pensamento "acabado"), o que tem uma característica dinâmica bem interessante. Isto, no entanto, torna difícil seguir a linha de raciocínio, principalmente se não há uma familiaridade prévia com o assunto. A fenomenologia me parece ser uma das correntes mais interessantes da filosofia do século XX, este texto ajuda a pincelar alguns pontos dela mas certamente não a ajuda a vender a um público maior, e peca pela falta de clareza.
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Sergio.Silva 29/01/2023

A fenomenologia de Husserl fez uma grande revolução na filosofia, a atitude fenomenológica requer uma acese que vai contra o raciocínio natural, permanecendo fiel as coisas mesmas, nos conduzindo num caminho onde vemos as coisas como elas são. Husserl quer ter diante dos seus olhos a essência da possiblidade de aprender.
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