E do Meio do Mundo Prostituto Só Amores Guardei ao Meu Charuto

E do Meio do Mundo Prostituto Só Amores Guardei ao Meu Charuto Rubem Fonseca




Resenhas - E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto


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Luis 29/05/2010

Pequeno grande livro
Em 1997, Rubem Fonseca publicou, em um caixa caprichada, dois pequenos volumes, desiguais na forma e na qualidade : o livro de contos "Histórias de Amor", no qual o autor em alguns momentos soa como um pastiche de sua própria obra. O outro livro da caixinha, "E do Meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto", um pequeno romance juntando os seus dois mais aclamados personagens : o detetive Mandrake e o escritor Gustavo Flávio,traz Fonseca em plena forma, justificando a sua aura de modelo, quase um paradigma, para jovens autores urbanos contemporâneos.
A bem da verdade, Mandrake é quase um coadjuvante. Quem "manda" mesmo no romance é Gustavo Flávio, que em meio à uma trama aparentemente caótica e absurda (como é de praxe no autor, vai desfiando a precisão cirúrgica da narrativa de Zé Rubem, temperada com vastas doses de erudição. De sobremesa, generosas porções de alta (e baixa) filosofia. Em resumo , delicioso.
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dialves 01/03/2009

Vontade satisfeita
Fazia tempo que queria ler Rubem Fonseca. Mas até então não tinha ocorrido. Quando terminei de ler o 3° ou 4° livro do ano fui atrás de Rubem Fonseca. O título deste (embora longo) me chamou atenção e comecei por ele, mesmo tendo mais outros dois livros do mesmo autor no armário. Adorei. A leitura flui rápido e é uma delícia. E o mais legal desse livro é que ele une personagens de vários livros dele e um outro romance. Só a idéia já é genial e o livro, devo dizer, não deixa nada a desejar.
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Mauro 07/10/2023

Curto e Eficiente
E do Meio do Mundo Prostituto só amores guardei ao meu charuto.
Uma novela envolvendo o Mandrake e Gustavo Flávio, o escritor protagonista de Bufo e Spallanzani.
Quando o escritor recebe as fotos de uma antiga amante e logo em seguida surge a notícia de que ela foi assassinada, sobra a ele buscar a ajuda de Mandrake para livrá-lo da suspeita e pra tentar proteger outras amantes de Gustavo.
Bem mais curto e mais eficiente do que A Grande Arte, este pequeno livro mais parece um conto esticado do Mandrake, com todas as suas qualidades e sem os defeitos do livro anterior.
Nota: 9,0
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Vinícius 07/09/2015



Sobre: Assim como o criminoso sempre volta ao local do crime, Rubem Fonseca retorna a personagens de romances anteriores. Neste volume, reencontramos o escritor Gustavo Flávio, de Bufo & Spallanzani, um permanente suspeito de assassinato graças ao acaso e ao seu apetite compulsivo por mulheres que tendem a morrer em circunstâncias misteriosas. Para ajudá-lo a se desenredar de seus espantosos tormentos, Gustavo busca o auxílio do advogado Mandrake, que conhecemos de "A Grande Arte", com quem compartilha, além dos apetites eróticos, uma refinada paixão por charutos.


Crime, tabaco, mulheres, sexo e crimes passionais. Embora esses sejam o pontos-chaves da novela de Rubem Fonseca, não se trata apenas disso. Seu principal assunto é a crise do romance e sua decorrente inapetência criativa.

O escritor Gustavo Flávio, presente em outras histórias do autor, reaparece recebendo fotos de suas ex-mulheres pelo correio, mulheres que acabam sendo mortas. Caberá a Mandrake, um advogado criminalista, esmiuçar o mistério. Sob esse roteiro desenvolve-se o texto, numa sequência de cartas e depoimentos gravados por Mandrake.

Longas digressões sobre o ato de escrever, a mercantilização da literatura e a predominância da lógica do lucro no merco editorial pontuam a narrativa - sem nenhuma relação funcional com ela, porém com o velho e bom truque do autor projetar suas opiniões colocando-as na boca dos personagens.

“O destino normal do leitor fanático é se transformar num escritor. Na verdade, todo leitor e qualquer leitor reescreve o livro que lê durante o processo de leitura.” Pág. 100

Como Cristovão Tezza diz no posfácio, “resulta paradoxalmente numa narrativa irresistível, livre, solta, saborosa [...] o leitor parece sentir em cada linha o mesmo prazer que o autor sentiu escrevendo seu texto”.

DIAGRAMAÇÃO

Impecável. A identidade visual dessa e todas as obras do autor publicadas pela Nova Fronteira seguem um padrão – o qual é muito tentador, diga-se de passagem. A capa é maravilhosa; o tamanho da fonte e espaçamento são confortáveis para a leitura e as folhas amarelas dão o toque final a edição.

COMENTÁRIOS

Esse é um livro que prende logo com o primeiro parágrafo, quiçá com a primeira frase. O tom de mistério e a fluidez do texto faz com que não tenhamos vontade de largar a história. O que mais prende não é confecção de uma trama bem elaborada mas sim o jeito como ela é cerzida; como o cotidiano de personagens ordinários pode ser instigador e uma narração simples pode se transformar em esplêndida.

Mesmo abordando personagens de outrora, não é obrigatório a leitura de livros anteriores, faz-se menção a alguns conflitos mal resolvidos do passado, mas que não interferem durante esta leitura, pelo contrário, atiçam a curiosidade para saber mais dessas histórias envolvendo Mandrake.


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Gustavo 15/07/2016

excelente !!!!
diálogo incrivelmente envolvente . Rubem Fonseca consegue nos envolver em todas suas obras .
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Fabio 11/11/2022

Completíssimo!
Que livro!

Rubem Fonseca é um grande contador da histórias. Seu vocabulário é muito rico e, portanto, enriquecedor para o leitor. A facilidade com que ele cria reflexões e análises e encaixa no perfil do personagem e torna relevante para a história é muito singular.

A história deste livro é bacana (mas simples, porque me parece claro que o foco são as divagações dos personagens), o desfecho é interessante e inesperado e os personagens (resgatados de outros romances) são complexos e bons. Todas as características clássicas do autor estão aqui! Um livro pequeno, mas denso. Genial!
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Beatriz Lima 26/05/2023

As várias faces do amor
O "ler pelo título" dessa vez não decepcionou, através desse título convidativo tive uma das melhores leituras do ano e me tornei fã de Rubem Fonseca.
É um livro enigmático, cheio de dúvidas e entrelinhas e tão bem escrito que ao final nos deixa uma sensação de raiva, indignação, mas sempre tudo em nome da licença artística. O amor aqui é retratado com multiplicidade, ao passo que Gustavo conhece diversos mundos, como ele mesmo diz, e ama verdadeira e particularmente cada uma de suas mulheres e suas peculiaridades.
Gustavo, Mandrake, Luisa... A narrativa de cada um aqui nos prende ao livro do início ao fim, Rubem cumpre com maestria a missão de transpassar ao leitor os sentimentos dos personagens, suas angústias, amores e a forma como tudo isso influência na trajetória e no fatídico final.
Uma das partes que gosto muito (e aqui vale para todos tipo de livro) é quando descobrimos no texto o motivo de seu título. Não poderia ter sido explicado de melhor maneira.
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Altieris 15/09/2015

E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto - Rubem Fonseca
Trata-se de um suspense policial bem passional e realistas. Um livro calmo e bem curto, mas que consegue manter a atenção do começo ao fim, dá ao leitor um gostinho de se tornar investigador, já que é bem complicado dizer quem é o vilão, ou o assassino, e é algo que deixa sempre uma dúvida cruel! Além da história, há muitas citações boas e inúmeras dicas de como ser um autor. Principalmente para aqueles que escrevem, vale a pena ler.
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Iagne 17/10/2020

E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto (Rubem Fonseca)
Décimo quarto livro de Rubem Fonseca, sétimo romance (para ficar perfeitamente equilibrado, kkk). Nesse livro Rubem Fonseca faz meio que um "crossover", trazendo personagens de grande destaque em outros romances, o escritor Gustavo Flávio e o advogado Mandrake, e, além disso o enredo do livro é sobre o que o escritor sabe de melhor, investigação de um crime, no mínimo intrigante, com um final marcante que como sempre nos faz duvidar da índole dos personagens. Isso tudo faz qualquer fã do escritor gostar do livro, além do mais com esse "elenco" de peso.
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Bia França 08/08/2018

O melhor desse livro é a intertextualidade e as citações de vários escritores e pensadores.
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Nedja 14/05/2020

Por que a censura?
Vi o nome de Rubem Fonseca em uma lista de livros censurados pelo Governo de Rondônia. Era o nome que mais se repetia, sem dúvidas. Talvez tenha começado pelo livro "errado" ou a censura, sendo pura e simplesmente o maior ato de burrice já perpetrado, não se valha de fundamentos mínimos para ocorrer. Bom livro, nada que justifique a vontade do "cidadão de bem" de impedir que o auto seja lido.
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Mleonardi 28/04/2021

E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto (Rubem Fonseca)
Neste livro Rubem Fonseca tras alguns personagens de outros livros, muito boa historia , personagens maduros, mas na minha opinião falta dinâmica, Bom livro boa leitura.
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Frederico.Andrade 07/04/2024

Interessante trazer de volta o personagem Gustavo e juntá-lo ao Mandrake (ainda não li o livro de onde ele vem) . A escrita como sempre é agradável e prende a atenção. Curti
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Amanda 11/01/2013

Um dos suspenses policiais mais realistas que eu já li! Um livro calmo e bem curto mas que consegue manter a atenção do começo ao fim, dá ao leitor um gostinho de se tornar investigador, já que é bem complicado dizer que é o vilão, ou o assassino, e é algo que deixa sempre uma dúvida cruel!
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