O  existencialismo é um humanismo

O existencialismo é um humanismo Jean-Paul Sartre
Vergílio Ferreira




Resenhas - O Existencialismo é um Humanismo


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emanuelppolar 05/05/2023

Condenados a ser livres
Um texto extremamente introdutório, adorei os pensamentos e argumentos em prol do existencialismo, embora discorde de uma coisa aqui e outra ali, concordo plenamente com sermos condenados a ser livres

isso alugou um triplex na minha mente

"mas, já que eliminamos Deus Nosso Senhor, alguém terá de inventar os valores. Temos que encarar as coisas como elas são. E, aliás, dizer que nós inventamos os valores não significa outra coisa senão que a vida não tem sentido a priori"

excelente livro pra uma tarde de domingo
Titi 13/10/2023minha estante
Sartre apresenta argumentos razos ao meu ver, ele sustenta ao longo do livro a tese de que é possível não haver um moral e que o ser humano não possui um fim. Isto é um absurdo, a qual os filósofos escolásticos, e meso antes deles, desde os tempos de Aristóteles e Platão já denunciavam que deve haver um princípio para qual o ser humano é levado a seguir. E isto se dá porque tudo o que é, na medida em que é, só pode ser porque proveio de uma causa, ora toda causa só age em vista de um fim, não sendo possível a auto-causação, devemos retroagir a um primeiro princípio primeiro que guie todas as coisas, ou que todas as coisas estejam direcionadas, disto se segue que há um fim. Se você não entendeu direito o argumento, recomendo ler os livros: Iniciação a filosofia de Santo Tomás de Aquino volume I e II do Gardeil, breve introducción al tomismo do Cornelio Fabro, Elementos de filosofia (os 4 volumes) do Sinibaldi. A partir dessas leituras seu pensamento se tornará mais crítico e será possível reconhecer os erros que o Sartre e outros escritora existencialistas cometem.


emanuelppolar 13/10/2023minha estante
fala amigo, meu mais recente post foi praticamente sobre a mesma coisa, eu como mero entusiasta na questão da filosofia estava dando meus primeiros passos ai, a cinco meses atrás, seria de certa maneira um apontamento da minha falha como entusiasta se ainda concordasse com essa minha resenha, provaria que não entendi nada dos livros que li a seguir deste.
Sem dúvidas os argumentos usados por Sartre são razos, diria que até vazios de certo modo, é sem dúvidas uma leitura que farei novamente, com uma bagagem filosófica um pouco mais abrangente e refarei minha resenha, obg pela cutucada


Titi 14/10/2023minha estante
Ah sim, é muito bom ver o amadurecimento intelectual ao longo do tempo, mas mesmo assim mantenho as recomendações dos livros que disse. Como você pretende estudar mais e mais, esses livros serão uma mina de ouro!


emanuelppolar 14/10/2023minha estante
agradeço as indicações, mas teólogos não são pra mim amigo


Titi 14/10/2023minha estante
Eles não são teólogos, são filósofos, creio que se pesquisar no Google aparece as obras deles e a ocupação enquanto filósofos, alguns escreveram sobre teologia, mas eles não são teólogos propriamente. Talvez tenha pensado isso por causa de "São Tomás", mas isto é porquê o autor preferiu deixar o adjetivo "santo", em respeito à memória do filósofo.




@PinkLemonade 28/02/2021

Fiquei confusa
Não sei se o motivo da minha confusão na leitura do livro é o fato de ainda não ter sido exposta o suficiente ao existencialismo (só li 1 livro de kieerkgard até agr).
Assim, talvez precise reler para tirar uma conclusão mais acertada....
Phillip Pereira 06/04/2021minha estante
O livro Filosofia da Existência dk Karl Jaspers pode ajudar. Tem alguns poucos exemplares na Estante Virtual.


@PinkLemonade 07/04/2021minha estante
Poxa, não conhecia esse livro do jaspers. Muito obrigada. A versão que vc mencionou é em língua portuguesa?


Phillip Pereira 08/04/2021minha estante
É sim, tradução dos anos 60 ou 70, não lembro bem. Não é um livro denso, vai que dá uma visão ampla do existencialismo.




beatrwzzlacerda 29/04/2023

Apesar de não ter entendido tudo do livro, achei uma leitura tranquila. É o primeiro livro que eu leio sobre existencialismo, um bom livro pra começar nesse assunto, gosto da forma que o Sartre fala sobre.
?O homem está condenado a ser livre.?
Noany0 30/04/2023minha estante
lê ?memórias do subsolo?


beatrwzzlacerda 30/04/2023minha estante
lerei amiga




Morgana 11/04/2020

Um livro simples e curto, mas ao mesmo tempo com um conteúdo espetacular. Uma ótima análise sobre como é comum a crítica infundada sobre um assunto e sobre como considerar alguma essência humana é abstrato. Uma ótima leitura para quem tem um apreço pelas teorias materialistas e existencialistas.
Bru 11/04/2020minha estante
Faz sentido junto às teorias da Simone?


Morgana 11/04/2020minha estante
Faz total bb. Nesse ele não explora tão a fundo o conceito de existencialismo, porque é uma resposta a críticas da teoria. Mas dialoga com ela nos conceitos de Um/Outro, a rejeição da essência e Liberdade




AndrA65 27/03/2020

O existencialismo não tem bases éticas
Apesar da filosofia existencialista ser interessante, ainda se desprende da realidade. "O homem é aquilo que ele escolhe ser, e com isso, escolhe o que os outros homens devem ser", isso é no mínimo infantil. Pessoas se encontram em circunstâncias que sua condição é irreversível, como por exemplo, um escravo. É aí que entra o furo existencialista. Enquanto os donos de escravos exerceram sua liberdade livre de um valor moral absoluto, puderam subjugar seus escravos, enquanto um escravo, dentro desse mesmo sistema moral subjetivo, não possuiu essa mesma liberdade, a liberdade de não ser um escravo.

O existencialismo precisa, antes de tudo, ter como base uma ética precedente a toda sua filosofia para que, de fato, haja a livre faculdade do homem de fazer escolhas. Se não há ética a priori que deslegitime atos como escravidão, não existe a universalidade da escolha subjetiva a cada homem, existe apenas os primeiros, aqueles que têm o privilégio de escolher, e aqueles segundos, que têm a "liberdade" de agir apenas de acordo com os primeiros, que é o caso dos escravos.
Caroline.Polzin 25/05/2020minha estante
vc acha que a filosofia sartreana é baseada na meritocracia?


AndrA65 30/06/2020minha estante
De certo ponto, sim.




Eduardo 21/06/2012

Um trecho que vale o livro inteiro
Para não fazer uma resenha de um livro curto e ótimo de ser lido, colo apenas um trecho que muito diz sobre o homem:

"Mas se realmente a existência precede a essência o homem é responsável pelo que é. Assim, a primeira decorrência do existencialismo é colocar todo homem em posse daquilo que ele é, e fazer repousar sobre ele a responsabilidade total por sua existência. E quando dizemos que o homem é responsável por si mesmo, não queremos dizer que ele é responsável estritamente por sua individualidade, mas que é responsável por todos os homens. Há dois sentidos no termo subjetivismo e nossos adversários se aproveitaram desse duplo sentido. (...) Quando dizemos que o homem faz a escolha por si mesmo, entendemos que cada um de nós faz essa escolha, mas, com isso, cada homem escolhe por todos os homens. Com efeito, não existe um de nossos atos sequer que, criando o homem que queremos ser, não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem conforme julgamos que deva ser" (Sartre, 1945)
Tiago Amaral 17/01/2022minha estante
Muito forte!!!




João Cruz 25/07/2020

Agradável
Ótima leitura introdutória ao existencialismo, importante para quem deseja se aprofundar nas obras mais densas do Sartre ou aproveitar melhor os romances/contos dele (que é o meu caso). A parte da entrevista é meio complicada de entender para quem não tem um certo conhecimento prévio sobre marxismo, mas mesmo assim dá para tirar algumas reflexões
Marcelo Marques 25/07/2020minha estante
A Náusea também é outro livro dele que trata muito bem sobre isso, de maneira bem prosaica. Vale a leitura.




Paula 24/11/2013

Excelente livro para entender de forma clara e intrigante o existencialismo.
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Dionizio. 13/04/2024

A existência.
Esta obra de Jean-Paul Sartre é digna da mais refinada leitura por todo e qualquer admirador de filosofia existencialista ou não.

A busca por uma explicação mais detalhada do que seria nossa existência é totalmente fantástica. Ao afirmar no seu livro a famosa frase: "A existência precede a essência." Sartre nos põe em um questionamento que bate de frente com o ponto de vista materialista/objeto (motivo este de inúmeras discussões acaloradas) da nossa formação, pois significa que o homem existe primeiro, se encontra, surge no mundo, e se define em seguida. Sendo essa definição sua essência. Em suma, o homem inicialmente é nada.

Além desse ponto interessante, o livro abordará a questão da angústia, desespero, liberdade e responsabilidade humana e encaixará tudo numa explicação final para o humanismo na filosofia existencialista.
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Mariana 14/10/2014

Existencialismo e plano do engajamento livre
Em texto circunstancial, acessível e descomplicado, Sartre defende o existencialismo de acusações que lhes eram atribuídas, sobretudo por comunistas e cristãos. O francês inicia sua argumentação com o seguinte raciocínio:

"A existência precede a essência"

Vulgarizando o pensamento para torná-lo mais compreensível, Sartre relaciona a concepção de existência humana à existência de um corta-papel. Ora, antes de existir como objeto, o corta-papel possuía conceito e objetivo. O utensílio já dispunha de uma função antes mesmo de materializar-se. Neste caso a essência precedeu a existência. O conceito de homem está para Deus como o corta-papel está para o homem.

No existencialismo ateu defendido pelo filósofo, no entanto, o homem constrói sua essência depois de existir e se localizar no mundo. Este é o principio norteador do existencialismo.

"O homem será aquilo que ele se tornar"

A partir do momento que se pensa na existência precedendo a essência, se pensa também no homem enquanto responsável pelo que é e pelo que pode vir a ser. Entende-se que:
1 Somos livres, pois construímos nossa essência.
2 Somos os únicos donos de nosso destino.

A questão é que para Sartre, esta liberdade não é um privilegio, pelo contrário, é uma condenação.

"O homem está condenado a ser livre"

O que o escritor diz aqui? Primeiro o homem é condenado, pois não cria a si próprio; depois é tido livre, pois uma vez lançado ao mundo, se torna somente aquilo que fizer dele mesmo. Como critério para essa compreensão de liberdade, Sartre lista alguns conceitos que fundamentam sua visão de que ela seja um fardo, contrário ao que prega o senso comum do significado da palavra:

A angustia
Já é axiomático que somos livres. Por sermos livres, temos necessidade de escolher. Mais: somos OBRIGADOS a escolher considerando que não escolher também é uma escolha. A angustia surge da sensação de responsabilidade coletiva e individual sobre essas decisões.

"A angustia se explica por uma responsabilidade direta aos outros homens envolvidos pela escolha"

O desamparo
Com desamparo, expressão de Heidegger, Sartre chama de desespero a ausência de um critério de certeza, um código de valores ou ordens que guiaria o homem em sua existência.

"Estamos sós e sem desculpas"
"Não há sinais de certo e errado no mundo"

Primeiro, o homem está sozinho e não há garantias ou valores absolutos para apoiar suas decisões. Depois, é possível ir além: os sinais não existem, pois o homem irá decifra-lo conforme melhor lhe parecer.

Para dar força ao pensamento de que somos obrigados a decidir sozinhos, Sartre menciona uma passagem do romance Os irmãos Karamazov, de Dostoievski, em que o escritor russo escrevera: Se Deus não existisse, tudo seria permitido. Com efeito, é disto que se trata o desamparo: o homem não encontra ao que se agarrar dentro e fora de si.

O desespero
Se eu sou livre, o outro também o é. A minha escolha está ligada a dele. O desespero é a sensação de que apesar de sermos livres, não podemos contar unicamente com nossas escolhas, tendo em vista que o outro também é livre.

O covarde
Neste conceito Sartre é mais combativo. Para ele, não há nada mais covarde do que negar a liberdade escondendo-se atrás de desculpas para não exercê-la pois é difícil, pois é angustiante, pois não há ao que se apoiar, pois desespera. O covarde age de má fé, pois rejeita a ideia de que é livre para poder se agarrar aos pretextos e essências que tornam sua vida mais cômoda, simples.

"Aqueles que encobrem, à guisa de seriedade ou com escusas deterministas, sua total liberdade, eu os chamarei de covardes; e aos que tentarem mostrar que sua existência era necessária, sendo que ela é a própria contingencia da aparição do ser humano sobre a terra, a esses chamarei de asquerosos"

O existencialismo não se trata de uma doutrina pessimista, pelo contrário, ela coloca o destino do homem nele mesmo. Suprimida a ideia de Deus, cabe ao homem determinar os valores e encarar a realidade.

"O que os amedronta não seria, exatamente, o fato dessa doutrina dar possibilidade de escolha ao ser?"
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Laís Motta 03/09/2015

Jean-paul sartre
O primeiro texto que li de Sartre e nele, me esclareceu conceitos como de humanismo e existencialismo, coisas importantes para entender filosofias de tal século. Leitura encantadora, paciente e cativante.
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Hofschneider 23/08/2017

partindo do subjetivismo cartesiano
eu penso, logo existo, se tornou: existo, logo penso.
este livro na realidade, é uma conferência que sartre anunciou para defender seu existencialismo das criticas e tirar duvidas dos curiosos, porque na época sua filosofia ganhou as ruas e seu sentido real foi se perdendo.
alguns conceitos dele:
"a existência precede a essência", ou seja, o ser nada é antes de viver, nós nos definimos depois que nascemos, e vamos nos definindo, como um projeto inacabado.
o homem em sua individualidade está sozinho, desamparado e perdido. mas em seu coletivo ele é constantemente observado e responsável por todos, pois ele dá o exemplo de humano moral aos outros e também é julgado moralmente por todos: os outros nos definem também.

seu existencialismo é subjetivo do ponto de partida, mas termina com uma exposição do homem para fora de si mesmo, pois, se sua moral não se encontra no mundo, ela não existe de fato ao mundo.
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Antônio 17/01/2018

Faça-se você mesmo
Neste livro, Sarte nos mostra as raízes do existencialismo em sua forma mais objetiva, apresentando-as de forma direta com base no processo de construção do homem, o qual se molda e se define por meio de suas próprias escolhas.

A filosofia sartriana, de certa forma, nos mostra que somos os responsáveis por nossas próprias decisões e não estamos pré-destinados a nada. Quando nascemos, somos uma folha de papel em branco, e, durante nossa existência, essa folha vai sendo preenchida pela história de nossa vida. Contudo, o que importa de fato é o "aqui" e o "agora", o momento presente é o que de fato nos conduz ao princípio da existência. Nossa essência vai sendo apreendida pelo nosso "eu" no plano existencial partindo do campo de nossa própria subjetividade.

Acho que a máxima da filosofia de Sarte no plano existencialista e também humanista (da forma como o autor o define) é que, se você quer mudar sua vida ou alcançar algum sonho, nunca espere pelos outros e suas opiniões, aja por conta própria e faça-os realizáveis por meio de suas próprias ações.

Um livro pra vida.
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