História Social do Jazz

História Social do Jazz Eric J. Hobsbawm




Resenhas - História Social do Jazz


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Galo 15/06/2020

Jazz enquanto fenômeno social
Hobsbawm faz uma bela de uma análise acerca das implicações sociais do e no jazz. É interessante ressaltar que apesar de o jazz ter sempre em si uma reivindicação social de modo indiscutivelmente aproximado à rebeldia, nem sempre isso foi conscientemente pretendido no movimento. Tendo como exemplo seu surgimento, em nova Orleans, os operários que buscavam refúgio na música, sem uma intelectualidade formalmente adquirida, não visavam combater a opressão através da música, pretendiam tão-somente um entretenimento próprio. Isso não significa dizer que uma contestação social própria do jazz não existia, mas sim que estava implícita. É a partir da década de 30, e sobretudo com a revolução bebop no início da década seguinte, que diversos intelectuais negros percebem o jazz como um fenômeno cultural e identitário de cunho afro-americano e, partindo disso, protestar contra a hegemonia opressora branca que não permitia grande parte das camadas menos abastadas da sociedade a adentrarem no mundo da música erudita, sobretudo a europeia. Uma forma de criar uma estética própria que a tudo isso representasse foi a eclosão do bebop e, para citar um nome, o pianista Thelonious Monk foi um desses grandes revolucionários. E, através da erudição jazzistica própria, com a assistência de um cenário antes já criado pelo blues, o afro-americano pôde aproximar-se a uma forma de erudição própria, influenciando amplamente as diversas áreas da sociedade que, com uma ausência do jazz, dificilmente esses atores sociais teriam voz para tal feito. É necessário deixar claro que o jazz não é um fenômeno restrito à negritude, mas sendo protagonizado por ela.
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Storil 26/01/2022

Jazz pra Alma
A história social do Jazz, escrito em letras maiúsculas por Eric J. Hobsbawm, não é para brincadeira.
Quando iniciei a leitura, achava que fosse ler sobre coisas mais técnicas a respeito do Jazz, o que evidentemente não se concretizou, visto que o autor não é músico, mas sim um respeitado historiador, de modo que o título do livro faz jus ao que encontramos dentro: uma história sobre a sociedade que conviveu e viu nascer o Jazz, principalmente a norte-americana do fim do século XIX e início do século XX.

Vale a pena a leitura, caso você não esteja procurando um livro sobre teoria musical o Jazz, já que a proposta aqui escrita passa longe disso.
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Déco MN 20/11/2015

Esse livro é uma aula.
O grande pesquisador e historiador Hobsbawm também é um apreciador do jazz. Quando vi este livro na prateleira da biblioteca, me surpreendi “Como assim? É do Hobsbawn?”, pensei, já folheando o prefácio, caminhando para o balcão de empréstimo. Nós que respiramos música, devoramos este livro. O autor detalha o jazz ao seu contexto social nos USA. A influência de cada jazz (sim, o jazz tem muitas subdivisões), cada época, o que essa música causou na sociedade ou o que a sociedade estava vivendo enquanto compunha estas músicas. Mestre Eric Hobsbawm. Excelente livro!

site: Escrevi esta resenha no meu blog: shelfofcollection.wordpress.com
Cid Espínola 03/07/2017minha estante
Ótima resenha, Décio. Curti muito a leitura do livro, embora tenha sentido a "fidelidade ferrenha" da ideologia de Hobsbawm. Certamente isso não tira o brilho da obra.
Abraço!




lizinbetween 13/01/2021

precisa ser revisto
Em comparação com outros sociólogos da sua época que abordaram o jazz, talvez Hobsbawm tenha sido o mais amigável. O autor trás uma complexa trama das relações sociais e históricas por trás do jazz, porém tem uma visão que desvaloriza o lugar da comunidade negra dentro do jazz e coloca constantemente a mulher em posição secundária ou de objeto, sem trazer uma crítica as condições da mulher em relação a música numa sociedade dominada por homens brancos. Recomendo a leitura deste livro, mas que os leitores tragam esta crítica aos momentos em que o autor menospreza tais indivíduos.
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Rick Muniz 26/02/2022

Livro Dispensável
Ler “História Social do Jazz” de Eric Hobsbawm me fez entender que a melhor parte do Jazz é escutar um bom interprete, tal como: Coltrane, Miles Davis, Charlie Parker, Duke Ellington, Louis Armstrong...entre outros.
A história que Hobsbawm conta é carregada, a leitura não flui, parte pela escrita extremamente acadêmica em parte pelo indisfarçável senso de superioridade que o escritor tenta a todo momento alardear. Como resultado, o livro perde muito da qualidade.
Enfim, quem quiser se aventurar nessa obra deve estar preparado para um entediante relato do Jazz, melhor mesmo é colocar um bom disco para tocar na playlist e abrir um vinho tinto, o Jazz pode ser um bom companheiro para noites reflexivas.

Ps.: Meu interesse em Jazz cresceu em parte devido ao Livro “On The Road” do Jack Kerouac, onde aprendi um pouco sobre o movimento BeBob e a lenda sobre as improvisações que os bons artista conseguiam imprimir ao executar a musica.
Outro livro que fala abertamente sobre o Jazz é o clássico “O Grande Gatsby” que mostra a arte no período de “ouro” dos EUA.
Mas o artistas que ate hoje mais me encheu os olhos foi John Coltrane, sobretudo nas faixas: My Favorite Things, Equinox, Spirituals e outros. Ouvi-lo é uma experiência sensorial única.

Deixe que os presunçosos acadêmicos escrevam sobre o Jazz, a melhor parte é sentir a energia que esse música poderosa proporciona aos ouvidos...
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Marcio Coltri 07/01/2022

Essencial pra quem estuda sobre Jazz
Embora não seja músico, Hobsbown é um nome famoso entre os historiadores, e faz um trabalho muito interessante nesse livro, dividindo-o em 4 partes:
Prefácio à Edição Brasileira
Introdução à Edição de 1989
Introdução
Como reconhecer o Jazz
Parte 1 – História
Pré-História
Expansão
Transformação
Parte 2 – Música
Blues e Jazz orquestral
Os Instrumentos
A realização Musical
Jazz e outras artes
Parte 3 – Negócios
Música popular
A Indústria do Jazz
Parte 4 – Gente
Os Músicos
O Público
Jazz como Protesto
Notas
Discografia
Leitura complementar 1989
Glossário
Índice Onosmático

site: https://youtu.be/1cAalLXseHE
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