Maga 22/01/2016
Breaking fool
Não sabia da existência deste livro até ler "Abandonado", livro que o mesmo autor lançou no ano passado. E quando soube que este romance também era narrado por Alberto Franco me senti na obrigação de ler. Pior para a minha irmã, que me tirou no amigo secreto do Natal e rodou a cidade inteira pra achar o livro!
A sensação de reencontrar o Franco alguns anos mais jovem, ainda na faculdade, foi estranha. Ele idolatra os amigos idiotas do curso de cinema, que por sua vez o idolatram por ter escrito um roteiro espetacular, que vai mudar a história do cinema. Adivinhem se esse roteiro não é uma invenção? Pra piorar, a única pessoa sensata da história, a garota com ele vive, é completamente ignorada por ele.
Depois da rejeição inicial, o livro não demorou a me pegar. O autor escreve de uma maneira tal que você se torna cúmplice das trapalhadas do Franco. E, como eu já o conhecia do livro anterior (que na verdade é posterior), a sensação era que que lia a história de um velho amigo. Aquele que você vê que vai fazer bobagem, mas não pode fazer nada pra evitar.
O final de O Roteirista traz aquela reviravolta típica dos romances desses autores da nova geração, o que costuma me irritar profundamente. Mas como o Franco já havia me conquistado desde o livro anterior, acabei com aquela sensação de que gostaria de saber ainda mais.
Enfim, acho que a recomendação é a mesma de "Abandonado": ame odiar ou odeie amar.