Crônica de uma morte anunciada

Crônica de uma morte anunciada Gabriel García Márquez




Resenhas - Crônica de uma morte anunciada


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Otávio - @vendavaldelivros 11/01/2021

“No dia em que o matariam, Santiago Nasar levantou-se às 5h30m da manhã para esperar o navio em que chegava o bispo”.

Qual a nossa responsabilidade com a informação? O que você faria se ouvisse que alguém pode ser assassinado? Você acreditaria ou ignoraria? Você impediria ou não iria se envolver? Quanto de sangue temos nas mãos quando optamos por não nos posicionar? Qual é o nosso papel na mudança do destino?

Lançado em 1981 pelo mestre Gabriel Garcia Márquez, Crônica de uma morte anunciada narra os acontecimentos que levaram ao assassinato de Santiago Nasar. E, assim, anunciando o final da história nas primeiras linhas, Gabo conta como uma tragédia se abateu sobre uma pequena cidade litorânea colombiana e sobre como seus habitantes, que ouviram várias vezes o anúncio do crime e praticamente nada fizeram para impedi-lo, fazendo florescer uma culpa compartilhada entre todos.

Fortemente baseado em uma experiência pessoal, o livro é narrado em primeira pessoa por alguém que acompanhou de perto os acontecimentos que levariam ao crime. Estruturado em uma narrativa quase jornalística, o narrador “solta” informações relevantes para o entendimento do contexto ao longo da obra, dando a falsa ideia de que nós, leitores, já deveríamos conhecer aquelas informações.

Gabo foi jornalista e se inspirou em um crime acontecido na década de 50 em Sucre, região onde morou por anos, para criar esse livro tão espetacular. Mesmo em uma trama jornalística, que navega pelo suspense com facilidade, ele coloca sua poesia em cada linha, como se tomássemos doses necessárias para sentir a história em nossa própria pele, em nosso próprio sangue.

Consagrado por seu realismo mágico, é no realismo cru da descrição de lugares e cheiros que Gabo mostra, em Crônica de uma morte anunciada, todo seu talento para criar universos quase palpáveis, trazendo, aos nossos sentidos, de cheiros de sangue à dores (físicas e emocionais). Impossível de largar, é na morte de Santiago e na inação de tantos, que vemos como o destino pode se mostrar e dizer, em alto e bom som: Estou aqui, me vejam, me sintam, me toquem e acreditem em mim.


site: https://www.instagram.com/p/CJ61Ig8jkNA/
Sophia.Dabbah 13/01/2021minha estante
Melhores resenhas!!


Otávio - @vendavaldelivros 13/01/2021minha estante
ahahaha vindo de você é um elogio ainda maior!


Olívia Saldanha 13/01/2021minha estante
Este livro é genial, e sua resenha também


Otávio - @vendavaldelivros 14/01/2021minha estante
Muito obrigado!


Paty_leitora 23/07/2021minha estante
Livro maravilhoso, sua resenha foi ótima




Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

Crônica de uma morte anunciada, Gabriel García Márquez - Nota 9/10
Como conseguir prender a atenção do leitor quando você já conta o final da história logo na primeira frase? É com essa habilidade que Gabriel García Márquez, ou Gabo para os mais íntimos, constrói “Crônica de uma morte anunciada”. O destino infeliz de Santiago Nasar, protagonista da obra e vítima de um crime, é revelado desde o momento inicial da leitura.

Depois de anos do evento, o narrador personagem, amigo de Santiago, passa a investigar como foi o último dia do protagonista. Ele conversa com as pessoas que se encontraram com Santiago no dia de seu assassinato para tentar refazer os seus passos e compreender as circunstâncias de sua morte.

Nesses relatos, o leitor vai percebendo que o destino de Santiago era sabido por todos que estavam a sua volta, mas que nada fizeram para tentar evitá-lo. Esse cenário desperta uma sensação de revolta e impotência no leitor, que não consegue acreditar na omissão e negligência dos demais habitantes dessa pacata cidade. E nas entrelinhas da obra, o autor faz uma crítica implícita a uma sociedade marcado por pessoas que fingem não ver os problemas que passam em sua frente, como se eles não fossem de “sua conta”. Também é muito interessante perceber como são diferentes as versões contadas por cada um e como esses personagens tentam utilizam essa conversa com o relator para justificar - ou tentar aliviar - a sua atitude omissa com o crime. Essa gama de versões ainda contribui para que o leitor possa construir uma visão mais completa do ocorrido, criando a sensação de que está se deparando uma história real.

Com menos de 200 páginas, a obra traz uma escrita rápida e muito cativante… um livro que provavelmente será lido em pouquíssimos dias! Acho que é uma ótima opção para quem quer conhecer a obra de Gabo, sem ir direto para os incríveis - e densos - “Cem anos de solidão” e “O amor nos tempos do cólera”. Mais uma excelente leitura concluída para o #desafiobookster2018!

“No dia em que o matariam, Santiago Nasar levantou-se às 5h30m da manhã para esperar o navio em que chegava o bispo.”

site: https://www.instagram.com/book.ster
Beto | @beto_anderson 27/02/2020minha estante
Excelente livro. Acho que todos os livros do Gabo são bons. Dos que li, apenas Memórias das minhas putas tristes não me agradou muito. Preciso reler essa história e ver se me encanto com ela.




Andre.Trovello 03/12/2020

Sensacional!!
"Santiago, filho - gritou-lhe - que houve com você?
Santiago Nasar reconheceu-a.
Me mataram, querida Wene - disse."


Livro curto com final já anunciado no título que não muda em nada a experiência dele.
Foi meu primeiro contato com Gabo e a forma como ele deixa o assassinato em segundo plano pra focar nas personagens e nos seus pontos de vista sobre o ocorrido é sensacional.

Livraço! Recomendo MT.
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Rosangela Max 24/08/2022

Adorei!
Há muito tempo que não lia nada do autor e estava com saudade dessa escrita maravilhosa.
É uma crônica impressionante! Prendeu minha atenção do início ao fim.
O tema, de certa forma, é um absurdo. A morte sendo amplamente anunciada para e pela cidade inteira, inclusive para a própria vítima, e ninguém faz nada para evitar.
Desde o início já era sabido o que ia acontecer, restava saber como ocorreria e o motivo. A forma como isso é contado é espetacular.
Não gostei de alguns pontos, fiquei com raiva de alguns personagens, mas achei muito boa a ideia toda do enredo.
Recomendo a leitura.
Cleber 25/08/2022minha estante
Também gostei muito do livro, principalmente como a história foi contada com o leitor já sabendo sobre a morte.




ACarolinneUs5 20/02/2020

Boa premissa
A escrita é muito boa e o mistério que é criado desde as primeiras páginas segue até o fim do livro, onde o leitor segue sempre bem curioso. Mas, infelizmente, o livro não me cativou da forma que eu gostaria.
Foi o primeiro livro que li deste autor, porém admito que esperava mais...
shoes4books 16/12/2020minha estante
Eu já li sem esperar muita coisa. Haha. Dentro da proposta, achei divertido. Bem millenial.


ACarolinneUs5 16/12/2020minha estante
Hehehe, siim!


shoes4books 16/12/2020minha estante
Miga, comentei achando que era outro livro. ?????. Gente que doida que eu tô. Mas eu amei esse também, ri muito.


ACarolinneUs5 17/12/2020minha estante
?????? meu Deus kkkk


shoes4books 17/12/2020minha estante
A idade.




Bual 10/10/2020

A fatalidade nos faz invisíveis
Mais uma obra-prima do Gabo.

O título é perfeito. É narrado como uma crônica: é curto, com base em uma investigação não-policial privada montada sobre relatos cotidianos. Essa crônica é sobre a morte do injuriado Santiago Nasar, morto em dívida de honra. E anunciada porque praticamente todos sabiam com antecedência da consumação dessa desgraça, menos Santiago.

Tem todo o toque especial do Gabo expandindo o Gaboverso. Tem diversos elementos das outras obras dele que já li e é mais um deleite dessa forma tão encantadora de contar histórias.
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Mateus 21/02/2010

Com uma narrativa esplêndida, Gabriel Garcia Marquez faz de Crônica de uma Morte Anunciada um dos seus livros mais marcantes e críticos de todos.
Todas as pessoas sabiam que Santiago iria ser assassinado (menos ele próprio), e ninguém teve a coragem de contar a ele. Isso é uma grande crítica ao mundo atual, onde a covardia fala mais alto, e onde todos as pessoas são os assassinos, pois o crime poderia ter sido evitado.
Manuella 01/11/2013minha estante
Estou aqui lendo as resenhas desse livro e eis que te encontro. HAHAH Beijos Mateus. Adoro suas resenhas.


VeraaPacheco 09/12/2014minha estante
Quem desvirginou Angela Vicario?


Marco Maia 03/06/2015minha estante
Boa pergunta Vera, mas acho que na visão do autor esse fato não interessa, ao menos é o que pensei quando acabei de ler.


Barbara.Guedes 03/06/2019minha estante
Segundo GABO este é seu livro favorito, apesar de CEM ANOS ter dado a ele o Nobel.




Teresa-Costa 03/09/2023

Curso e bem escrito
O autor narra com maestria uma história com tantas coincidências e acasos do destino que se fosse ficção não seria crível. Um exemplo da literatura jornalística do autor.
Camilla246 03/09/2023minha estante
Já quero incluir nas minhas próximas leituras.


MachadiAninha 03/09/2023minha estante
Acabei de ler esse e to BOAQUIABERTA com o final




Gabes_Ricci 01/01/2024

A leitura foi muito boa, infelizmente entendi apenas metade
Realmente gostei da escrita, apesar de ter me sentido um tanto inculta já que não entendi muitas das partes.

Entretanto, aquilo que entendi eu realmente gostei! Com certeza lerei mais do autor e tentarei reler mais tarde essa obra.

Sério, o livro apresentando os acontecimentos do dia foi um tanto inesperado, mas ainda tão dentro da narrativa, foi a minha segunda parte predileta, a primeira vai para o relato da Vicario filha (noiva).
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taynna cavalcanti 13/01/2021

a fofoca mais fatal da literatura
crônica de uma morte anunciada foi meu primeiro contato com o Gabo. antes de encarar cem anos de solidão eu quis ir pra algo "menor" e analisar a escrita, a narrativa, enfim, tentar me adequar pra não me decepcionar.
não encontrei dificuldades na leitura - nem no vocabulário, nem no entendimento da história.
Gabo escreve daquele jeitinho que te faz devorar o livro em plena madrugada, sabe?
no caso desta crônica, ele vai e volta com o que acontece na história, traz testemunhas, conta sobre o anúncio e me deixou muito curiosa com a trajetória do crime.
Santiago Nasar é um ricasso raparigueiro, mas gente fina. Santiago Nasar é assassinado. o motivo do crime? tem que ler pra descobrir.
adorei a forma como as horas são descritas pra nos dar um nó na cabeça e depois o mesmo Gabo ir lá e desatar, deixando no fim da narrativa uma série de absurdos e euforias.
simplesmente incrível!
Bual 13/01/2021minha estante
Melhor título ?


Karen 13/01/2021minha estante
Este livro é maravilhoso e de forma leve nós faz refletir sobre assuntos importantes e bem atuais em época de redes sociais




completamenteavoada 06/06/2022

Eu tô passada tô chocada
Minha gente, mesmo eu sabendo derna da primeira página que o homem morre, eu ainda fiquei desacreditada no azar dessa criatura e na sonsice do povo da cidade kkkkkk Quem precisa de inimigo quando se tem uns vizinhos iguais do Santiago Nasar, hein?
roses in winter 06/06/2022minha estante
recomenda?


completamenteavoada 06/06/2022minha estante
Super recomendo, Roses! É um livro curto e a narrativa é tipo jornalismo investigativo, fora que é Gabo, né. O desenrolar dos fatos é tão bem construído que a tragédia se transforma em um adorno da história.




Aline T.K.M. | @aline_tkm 18/06/2010

Leitura obrigatória!
http://escrevendoloucamente.blogspot.com

Apesar de conhecermos a trágica sentença de Santiago Nasar logo na primeira página de Crônica de uma Morte Anunciada, a narrativa é tão instigante que torna impossível largar o livro antes de chegar ao final. Os acontecimentos são contados com uma velocidade feroz – assemelhando-se a uma produção jornalística – por um narrador que deseja desvendar a história juntando as peças de um quebra-cabeça. Ele colhe depoimentos das pessoas da comunidade e, tal como ocorre em uma investigação, existe a divergência. Muitos se lembravam do dia como uma “manhã radiante”, já outros insistiam no tempo ruim e céu sombrio.

Desde o momento em que Ângela Vicário nos revela o nome de Santiago como sendo aquele que a desvirginara, o narrador carrega a dúvida (e nós, leitores, também) sobre se Santiago seria mesmo o autor do ato ou se, culpando-o, Ângela na verdade encobria o nome de um possível amante. Os infelizes acontecimentos ecoaram por muitos anos na vida de Bayardo San Román e Ângela Vicário, fazendo-se presentes em forma de solidão; mas, também, acabaram por revelar para ambos uma luz no fim do túnel.

O momento em que os gêmeos Vicário matam Santiago Nasar é realmente singular, mas não vou revelá-lo por completo, de chofre, aos possíveis futuros leitores do livro. Assim, atenho-me a destacar o momento em que Pablo Vicário lhe deu uma facada no ventre e “os intestinos completos afloraram como uma explosão”. Alucinado, Santiago Nasar caminha “amparando com as mãos as vísceras penduradas” e, ao ser perguntado sobre o que lhe havia passado, ele apenas responde: “Me mataram (...)”.

É interessante como a obra nos mostra preconceitos e comportamentos demasiado arcaicos (se pensarmos nos dias de hoje) tão cravados na comunidade que acabam sendo normalmente aceitos, inclusive pelos vitimados, levando a que o crime adquira o papel de consequência irremediável e até necessária. Ao haver tanta gente avisada da morte e curiosa quanto aos últimos momentos de Santiago Nasar, é de admirar que ninguém o tenha visto lá pelos finais de seu trajeto para alertá-lo. Em resposta, o autor nos coloca uma frase, mais como uma reflexão, com a qual finalizo este texto: “A fatalidade nos faz invisíveis”.


LEIA MAIS EM:
http://escrevendoloucamente.blogspot.com
VeraaPacheco 09/12/2014minha estante
Quem desvirginou Angela Vicario?




Lais.Lagreca 25/10/2021

Ótima leitura do início ao fim!
Sinopse: O narrador imediatamente sentencia: “No dia em que o matariam, Santiago Nasar levantou-se às 5h30 da manhã.” Fatalidade, destino, o absurdo da existência humana. O que explica a tragédia que se abateu sobre o protagonista de Crônica de uma morte anunciada? Nesta trama de construção perfeita, García Márquez monta um quebra-cabeça cujas peças vão se encaixando pouco a pouco, através da superposição das versões de testemunhas que estiveram próximas a Santiago Nasar no último dia de sua vida. Em que e em quem acreditar? Como descartar a parcialidade das versões e “o espelho quebrado da memória” dos envolvidos. É isso que o leitor vai descobrir ao longo da narrativa sóbria e direta, cuja estrutura toma emprestado o rigor jornalístico da reconstituição dos fatos tão caro a García Márquez. Todo o tempo, porém, o autor mantém a poesia, a sensualidade e a beleza de sua história e de seus personagens.

Mesmo sabendo o que aconteceu, a quem e por quem desde o início, eu me senti totalmente motivada a ler.
A escrita de Gabriel Garcia Márquez é direta e poética.
Nesta sua novela, é possível ver seu potencial por meio da forma como o discurso nos envolve, como uma espécie de quebra-cabeça de visões a respeito do dia em que matariam Santiago Nasar.
A não linearidade e os relatos fragmentados contribuem para a construção de uma sensação de “alvoroço” típica de lugares pequenos em que, quando ocorre algo extraordinário, as pessoas, por vezes, estão mais preocupadas em ser “o primeiro a saber”, “o que viu tal coisa”, “o que ouviu”, “o que pressentiu” do que o que agiu para impedir que algo grave acontecesse.

E ninguém fez nada?

Ótima leitura do início ao fim!
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Anna.Julia 20/12/2020

Ai, essa escrita!
É um livro leve, fácil, e empolgante de ler, às vezes um pouco angustiante. Li literalmente em uma sentada, a forma como Gabriel García Márquez escreve nos prende de uma forma inexplicável, todas as idas e vindas no tempo, podem confundir no início, mas deixam o livro dinâmico.
Depois de saber se Capitu traiu Bentinho, quero saber se a Ângela mentiu ou não.
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Dani 17/08/2021

Destino
O livro narra um assassinato, de forma não linear, construindo pouco a pouco o que aconteceu e os motivos para tal.
É um mistério por meio de narrativas, vai se ajeitando enquanto apresenta relatos de várias testemunhas que presenciaram os acontecimentos.
Apesar do livro ser pequeno, traz muita informação. Assim que apresenta uma nova personagem, fala sobre sua história.
A escrita é típica do autor, não temporal, gradativa e cativante.
Amei a história, fiquei surpresa em como as coisas se desenrolaram para o crime ter acontecido.
Andre.Trovello 17/08/2021minha estante
AMO ESSE LIVRO!


Dani 17/08/2021minha estante
Muito bom




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