O castelo branco

O castelo branco Orhan Pamuk
Orhan Pamuk




Resenhas - O Castelo Branco


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Arlete 15/03/2024

Somos quem somos
O livro te prende do início ao fim, com a expectativa do momento em que nossos protagonistas vão alcançar a grandiosa glória.

Percebo no livro a busca pela revelação fantástica de quem somos nós, e o que nos faz ser quem somos, e os outros? Os idiotas? O que faz eles serem quem são? Como nos tornamos quem somos?

Uma boa leitura.
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Beatriz Briggs 31/08/2022

O Castelo Branco, Orhan Pamuk
O Castelo Branco, Orhan Pamuk
Nota: 6/10

É muito complicado falar sobre um livro de um autor vencedor do Prêmio Nobel de Literatura. Esse foi meu primeiro contato com o autor e, honestamente, não amei. O livro pode ser rapidamente lido, com uma narrativa relativamente fluida, mas bem tedioso em diversas partes. Alguns fatos são de extrema fantasia e outros mais condizentes com a realidade, mas, ao fim e ao cabo, se encaixam bem na narrativa.

A história se passa no século XVII e é narrada por um acadêmico italiano que é capturado por turcos e vendido a um paxá, que, posteriormente, presenteia o escravo italiano a um jovem estudioso chamado Hoja. Desse encontro surge uma grande surpresa: amo e escravo são muito parecidos fisicamente, chegando a se confundir em diversos momentos da narrativa. Ao longo de muitos anos, os dois constroem uma relação turbulenta e complexa.

O foco dos dois é investigar alguns fenômenos naturais. Enquanto o acadêmico ensina tudo o que sabe a Hoja, com a esperança de retornar a sua terra natal, Hoja tenta se destacar aos olhos do jovem Sultão e descobrir, cada vez mais, os mistérios da vida. Mas, mais do que isso, Hoja fica obcecado em descobrir o que faz de nós o que somos. Ambos chegam à conclusão de que a resposta a essa pergunta está nos sonhos e nos pecados de cada um.

A meu ver, é um livro mais filosófico do que histórico. Embora classificado como romance histórico, passa longe disso. Na verdade, é uma obra sobre identidade pessoal, o ponto crucial é como dois indivíduos se tornaram um só, ao ponto de não conseguirmos identificar quem é quem. Eles estão realmente trocando de identidade ou é uma fantasia vivida por Hoja, querendo acreditar que ele, na realidade, é o escravo italiano? Não faço ideia.

O final não explicou muita coisa, ficou no ar. Sendo mais sincera ainda: não explicou nada, mais confundiu do que resolveu. Às vezes, acho interessante essa técnica; Kafka e Murakami são autores que constroem obras sem resolver a trama toda, porém, nessa obra de Pamuk, senti falta de um final que resolve a história, que explica o porquê dos acontecimentos. Não consegui entender qual foi a intenção do autor com o livro. Fiquei perdida. Mas, esperançosa de que outras obras de Orhan Pamuk sejam melhores, pelo menos aos meus olhos de leitora amadora.
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Déa 28/05/2022

Aviso aos navegantes: praticamente zero diálogo?
Mas um livro é um livro. Eu vivo, literariamente falando, para ter experiências que vão além do meu campo de visão e foi o que vivi neste livro. Comportamentos, pensamentos e atitudes tão bem descritos, em um cenário e ambiente oriental, que você parece saborear um delicioso chocolate com a leitura. O livro entrega uma história diferente, sobre uma relação peculiar, com um desfecho sensacional.
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Silvia.Costa 25/03/2022

Finalizado o “Castelo branco” de Ohran Pamuk. Livro rápido, interessante com narrativa fluída, mas monótona em alguns trechos que podem até te fazer desistir do livro. Mas não desista, vale a pena continuar. Alguns fatos são de extrema fantasia e total falta de realidade, mas se encaixam dentro da trama. É uma história totalmente focada no masculino, sobre a sociedade turca de uma época não muito definida. Um dos personagens principais não tem nome no livro. sendo uma ficção foge ao relato histórico quando narra a chegada da peste que definha a cidade, mas as semelhanças dos relatos que envolvem a peste nos remetem diretamente a pandemia recente. Um governante, cercado de assessores, ignorando a ciência. Há algumas tentativas de entrar na área da filosofia, mas estas logo se perdem com a continuidade da trama. Para mim não ficou muito clara e definida ao final a dinâmica e o destino dos dois personagens principais, mas também não vou dar spoiler aqui. Leiam que é legal.
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APaula.Maia 30/05/2021

Essa leitura foi meu primeiro contato com obras desse autor e gostei muito. Claramente percebe-se o quanto é merecido o Nobel de Literatura.

O livro foi escrito em 1979, porém é bem atual tanto nas partes configuradas por crises de identidade, inveja da vida do outro, resignações e fúrias quando uma ideia sua não é aceita ou entendida por outras pessoas, uma peste que assola o país e os obriga a criarem medidas sanitárias e de isolamento. Como dizer que esses temas não são atuais?

O “duplo” está presente em vários momentos e tantos os personagens quanto os leitores se questionam a todo o momento sobre a mente, a personalidade, semelhanças e diferenças de cada um.
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Deja 30/05/2021

Tudo Pela Sobrevivência
Não sei o que falar desse livro, li todinho achando que era um sonho bem louco, o protagonista acadêmico italiano que se torna escravo. Sua inteligência é aproveitada de forma desrespeitosa pelo seu novo dono Hoja, um cientista que tomou posse de todos os conhecimentos do seu escravo. Um relacionamento confusão e abusivo.
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Diego Vertu @outro_livro_lido 20/05/2021

Falta detalhes
Século XVIII. O livro conta a história de um jovem veneziano que em uma viagem seu navio é surpreendido pelos turcos. O jovem é levado como escravo de um paxá. Tempos depois é vendido a um Hoja que tem uma incrível semelhança com o escravo e aos poucos vira um amo. Os dois desenvolvem uma grande amizade e servem ao Sultão, neste ínterim uma epidemia de peste bubônica assola a região e os dois desenvolvem alguns estudos científicos. O livro continua contando fatos sobre a vida dos dois amigos.
Meu primeiro contato com o Orhan e confesso que esperava mais de sua obra. Há bastante trechos confusos e de leituras massantes, falta detalhes que enriqueceriam a obra. Achei que a questão do "duplo" também faltou ser mais explorada. Amei como o autor relatou a epidemia de peste bubônica, o confinamento, a situação dos comerciantes, a população contrariando a ciência (2021?). Em resumo: ideia boa, mas falha na execução.
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Giulia29 03/05/2021

"Uma pessoa deve amar a vida que escolheu o bastante para chamá-la sua até o fim"
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AnnaFernani (@maeefilhaqueleem) 23/01/2021

No século XVII, um acadêmico italiano vê a sua vida transformada ao ter o seu barco atacado por turcos e ele ser feito de escravo.
Em uma nova terra e uma nova língua, ele é comprado por um paxá, e graças aos seus conhecimentos em ciência e um pouco de medicina consegue ter um tratamento melhor, e devido a isso, é dado de presente a Hoja, um estudioso turco, q com incrível surpresa, era muito parecido com ele próprio.
Ainda com esperanças de conquistar a sua liberdade e voltar a sua terra, o veneziano tem a missão de ensinar tudo q sabe a Hoja e juntos estudam a astronomia e a ciência. O turco quer passar esse conhecimento p/ outras pessoas, inclusive p/ o Sultão, q requisita seus conselhos constantemente, mas não entende pq os "idiotas" como o chamam, não se interessam pelo mesmo q ele, e assim fica obcecado com a pergunta: O que faz de nós o que somos?

Esse foi o meu primeiro contato com o autor e gostei muito do q li.
Veneziano e turco são incrivelmente parecidos e durante a leitura vemos uma crise de identidade, um invejando a vida do outro e tendo uma mistura de personalidades.
Escrito em 1980, eu achei muito atual, principalmente por ter uma peste durante o livro e ambos aconselham o Sultão sob as medidas sanitárias q devem ser tomadas p/ se livrarem da peste (beeem atual não é, rsrs) e tb me chamou muito a atenção Hoja chamando de "idiotas" os q não se interessavam e não acreditavam na ciência (mais atual ainda, rs).
Aconselho a leitura, principalmente p/ quem gosta de comparar as diferentes culturas
Katia Rodrigues 23/01/2021minha estante
Ótima resenha! Fiquei super curiosa para ler o livro.




Ana Carolina 11/01/2021

O castelo branco
Tem uns momentos cansativos, mas a experiência vale a pena. É um livro intrigante.
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fabio.ribas.7 02/01/2021

O castelo branco
O Oriente existe? Por incrível que possa parecer, há inúmeros livros de estudiosos respeitados e eruditos apresentando diferentes respostas a essa indagação. E as respostas não são simples, mas intrincadas e espalhadas, desde a possibilidade do Oriente, meramente, ser uma construção social, até o fato de termos diante de nós uma rede intrincada de culturas e cosmovisões fadadas a ser vistas mais como um bloco, um conglomerado de ‘coisas comuns’. Sem dúvida, um dos livros mais impactantes da minha vida. Achei-me nele!

site: https://medium.com/@ribaseribas1
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Eduardo 07/09/2020

O Castelo Branco
Um ótimo "ensaio" sobre diferenças culturais e de identidade... Nem tenho arcabouço cultural pra desenvolver melhor... Muito bom.
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Lelê 19/07/2020

Começa bem. O ritmo de leitura é constante.... daí no meio, tem lá umas tantas páginas que nem precisavam ter sido escritas. É mais do mesmo e mesmo. Não sai do mesmo assunto. Depois, volta a ficar bom e se encerra bem.
Segundo livro dele que leio dele e é a mesma toada.
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Higor 15/11/2019

'Lendo Nobel': sobre assuntos simples em prismas densos
Ter o duplo como cerne de uma história não é novidade na literatura; Robert Louis Stevenson, Oscar Wilde e Fiódor Dostoiévski foram alguns dos grandes nomes que se apropriaram do mito germânico, ‘Doppelgänger’, para fazer suas interpretações e contar suas versões.

Na década de 1980, o então iniciante e local escritor Orhan Pamuk lançou ‘O castelo branco’, tendo por base o mesmo mito: um italiano acadêmico e preso e feito escravo pelos turcos e vendido a um paxá (titulo de nobreza do império otomano, o que equivale a um Lorde, do império inglês).

No entanto, seu conhecimento em medicina e astrologia faz com que se destaque entre os demais, e logo é vendido a Hoja, um estudioso de renome para o sultão (titulo de nobreza equivalente a um imperador).

O livro é claramente de contrastes. Meu primeiro livro do autor, o assunto é comum em sua vasta obra, evidenciando a questão entre as diferenças, e miscigenações, entre Oriente e Ocidente. Vale lembrar que a Turquia se divide entre dois continentes: asiático e europeu, o que com certeza proporciona um choque e uma conversa interessante sobre as diferenças, tanto culturais, quanto sociais.

O contraste, óbvio, se mantém na relação escravo e amo; as religiões de ambos: o cristianismo em atrito com o islamismo; assim como a cultura e organização das cidades italiana e turca. Até através de metáforas, algumas um tanto convincentes, outras que se perdem, são utilizadas com a intenção de explorar ao máximo a intenção do autor.

O mito do duplo se faz presente, então, na semelhança física dos dois, fazendo com que ambos questionem o outro e a si mesmo, além de proporcionar um exercício ao leitor sobre a mente e comportamento de cada um; suas semelhanças, diferenças, anseios e medos e pecados.

Com a intenção de fazer uma historia grandiosa para um tema comum e até simples, que é questão do ‘eu’, Pamuk acerta em muitas ideias, principalmente no contraste cultural entre as duas nações, mas acaba por se perder em algumas outras, de cunho mais metafórico, deixando o livro cansativo e maçante em alguns pontos.

A conferir seus próximos livros.

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Nobel'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
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Leila de Carvalho e Gonçalves 17/07/2018

Individualidade E Identidade
Esse é o segundo livro de Orham Pamuk que leio, justamente sua estréia como escritor. Inspirado num conto inacabado de Flaubert, "O Castelo Branco" é uma fábula que encena uma tentativa de diálogo entre dois mundos considerados díspares, o Ocidente e o Oriente.

Apresentado como se fosse um manuscrito descoberto por um estudioso numa velha arca, suas páginas revelam a complexa relação entre um escravo e seu senhor, tendo como pano de fundo Istambul durante o século XVII. Aliás, fisicamente muito parecidas, as duas personagens acabam conquistando a confiança do sultão que resolve financiar uma fantástica arma de guerra idealizada pela dupla cuja eficiência pode levar a riqueza e notoriedade.

A prova de fogo dessa máquina consiste na conquista de uma cidadela cristã, o Castelo Branco, durante uma batalha. No entanto, a verdadeira força da narrativa reside na caracterização dos protagonistas, isto é, como suas personalidades se entrelaçam ou se repelem mediante a perspectiva de sucesso ou fracasso, inclusive, algumas vezes, fica até difícil identificá-los.

Em boa parte do livro, o escritor usa esse relacionamento para discutir identidade e individualidade e seu clímax segue até o último capítulo. No entanto, sob o contexto histórico, o romance aponta para uma questão que aflige a Turquia há séculos, a fluidez das fronteiras da Europa e Ásia.

Pamuk sabe muito bem como castigar o leitor. Suas histórias, vez ou outra, voltam a lembrança mesmo encerrada a leitura. Sem dúvida, o Nobel de Literatura lhe cai muito bem.
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