As Aventuras de Tintim: Tintim na América

As Aventuras de Tintim: Tintim na América Hergé




Resenhas - As Aventuras de Tintim: Tintim na América


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Tamires225 20/04/2024

Toda a descaracterização para estadunidense é pouca
A história é bem melhor elaborada e a arte é bonita, mas ainda tem os problemas de como desenha personagens negros, de como escreve os povos nativo americanos e os defensores dos direitos dos animais. Mas como eu acho muito gratificante ficar zoando estadunidenses, estou satisfeita.
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@vaisetratarleitora 05/09/2022

Mais um álbum, mais uma polêmica
Tintim na América foi o 3° álbum produzido pelo Hergé e no livro anterior ele já deixa claro que o personagem vai pros Estados Unidos no próximo.

As informações dessa resenha foram retiradas do site Tintim por Tintim.

Hergé queria escrever uma história que mostrasse a opressão que os nativos indígenas sofriam na época nós Estados Unidos, ele era fascinado por esse assunto, além de mostrar as paisagens do velho oeste. Mas obviamente o abade diretor do jornal tinha outros planos. Ele queria que a história abordasse o sindicato do crime, para mostrar toda a corrupção dos Estados Unidos (lembra que ele era de direita?). Então Hergé faz isso, mas também acrescenta (com uma certa rebeldia na minha opinião) informações sobre as indústrias modernas, as grandes cidades e também fala sobre os indígenas.
Assim como nos dois álbuns anteriores as referências dele ainda eram limitadas, então as informações também não são das melhores. Suas inspirações foram os livros Scènes de La Vie Future de Georges Duhamel, L'Histoire des Peaux-Rouges de Paul Coze e uma edição especial da revista Le Crapoulliot, que falava sobre os Estados Unidos.
Apesar de conseguir colocar os temas que queria, acabaram sendo abordados de forma superficial, mas pela postura mais crítica do que os álbuns anteriores, acredito que a essa altura ele já estava menos preso ás ideias convencionais da época e com um pouco menos de preconceitos.
A história foi publicada no jornal entre 1931 e 1932, sendo que em 1932 foi publicado como álbum em preto e branco, sendo atualizado em 1941. A primeira edição colorida foi publicada somente em 1945, quando a história foi redesenhada e ganhou uma aparência mais próxima do que conhecemos hoje, além de reduzir o número de páginas de 100 para 62. Em 1946 a história foi novamente atualizada, melhorando a linguagem visual e tornando ela mais fácil de se compreender. Desse álbum pra frente, as habilidades de Hergé aumentaram muito nesse quesito.
Apesar da história se passar nos Estados Unidos, pela crítica que continha e pelos rumores de guerra que já haviam na época, foi extremamente difícil encontrar um editor que quisesse publicar esse álbum nos Estados Unidos. A possibilidade de publicação só surgiu em 1940, mas Hergé teria que mudar algumas coisas e ele se recusou. Porém em 1973, o interesse pela publicação surgiu novamente e conseguiram convencer Hergé a fazer pequenas modificações para que finalmente pudesse ser publicado nos Estados Unidos.
A principal mudança era nos personagem negros da história (apenas 3) que eram extremamente esteriotipados (lembra de Tintim no Congo?), então dois dos personagens são transformados em brancos e o único que continua sendo negro ganha uma aparência mais parecida com a dos personagens brancos (ou seja, menos esteriotipado) e um tom de pele mais claro do que o preto (ou marrom extremamente escuro, não sei dizer) que ele tinha utilizado antes.
Apesar de mostrar alguns assuntos atuais pra época, como a opressão dos povos indígenas e negros, a corrupção e o crime, a representação do velho oeste não era real. O velho oeste que é apresentado na história existiu entre meados do século XIX até por volta de 1920. Em 1932 quando a história é escrita, as coisas já eram bem diferentes. Mas Hergé queria muito criar uma aventura como as dos filmes de velho oeste que ele era fã.
Esse álbum também foi acusado de racismo nos Estados Unidos pela forma como os indígenas foram representados. Moradores da cidade de Winnipeg chegaram a solicitar a uma livraria local que retirasse o livro das prateleiras, pois trazia uma visão pejorativa dos povos nativos. As pessoas acreditavam que o álbum alimentava os estereótipos e por isso não deveria ser veiculado.
Eu não conheço muito sobre o racismo sofrido pelos povos indígenas estadunidenses, então não posso dar uma opinião se acho que foi racista ou não, o que posso dizer é que a representação dele me lembrou muito desenhos que via na minha infância nos anos 90, e que retratavam povos indígenas às vezes como Scooby Doo e Pica Pau. Mas embora não possa opinar sobre se é ou não racista, de qualquer forma não acho que é retirando um livro de circulação que se resolve esse tipo de situação. Como eu já disse aqui em outras resenhas, acho que livros dessas épocas retratam a visão da época e isso é importante pra que entendamos os erros cometidos e não venhamos a cometê-los novamente. Acho que essas obras deveriam sim continuar a ser publicadas, mas acho que cabe acrescentar uma página explicando as problemáticas e falando sobre esses assuntos, trazendo informação e luz sobre o tema.

Falando agora da história em si, gostei menos do que das anteriores. Tem muita reviravolta e novamente tudo dá errado e depois dá certo muito rápido e várias vezes, o que se torna cansativo. Não achei a trama interessante também, os bandidos eram ruins demais (não no sentido de serem maus, mas de serem ruins em fazer o próprio serviço como capturar o Tintim por exemplo, incompetentes pra dizer o mínimo), então isso acaba tornando tudo mais chato, já que eles não fazem nada direito.
Uma coisa que achei muito legal foi a crítica na cena onde Tintim por acidente descobre petróleo na terra indígena, e aparecem diversos homens oferecendo rios de dinheiro pra ele pela terra, mas quando ele diz que a terra é dos indígenas, oferecem apenas 20 dólares e os expulsam de lá na maior brutalidade, ou seja, um dono branco eles respeitavam, mas um dono indígena não merecia o mesmo respeito. E em 24 horas a terra é devastada e se torna uma cidade moderna. De verdade adorei essa crítica e foi impossível não relacionar aos problemas do Brasil atualmente com o agronegócio, as proteções das terras indígenas, as violências sofridas pelos povos nativos nessas regiões e o garimpo ilegal. Pra mim, essa cena foi o ponto alto do livro.
Não diria que é uma história que valha a pena ler por si só, mas vale a pena ler pelo conunto da obra dos outros álbuns, pra entender e ver a evolução do Hergé.
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Mion 15/08/2022

Quanto à enredo, cansativo por ser muito repetitivo. Seria como aqueles filmes que tentam se destacar por plot twist sobre plot twist.

Mas é interessante a maneira como o autor demonstra rapidamente o ataque qe os indigenas sofreram nos EUA em funcao da descoberta e do valor do petroleo.

Outra experiencia interessante é descobrir como era uma historia de heroi na 1a metade do seculo xx.

Parece bobinho mas é interessante para descobrir outros tempos.
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Bruna 28/01/2022

Esse já tem uma melhora considerável perto dos volumes anteriores, mas ainda assim tem vários preconceitos durante a história. Os que são sobre estadunidense dei risada. Só não curti muito quando mostra indígenas. Não tem exatamente algo mega ofensivo mas ainda assim é bem preconceituoso.
Por isso prefiro a série animada. É melhor desenvolvida e não se baseia em preconceitos de cada país que o Tintim conhece pra criar uma história.
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Victoria (Vic) 08/01/2022

bem melhor que os dois volumes anteriores! o que me incomoda é o excesso de ação o tempo todo e MUITOS deus ex machina. tintim é a pessoa mais sortuda e blindada do universo! nada disso me incomodava quando eu lia mais nova, então acredito que seja só questão de faixa etária mesmo.
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Rafael.Tadeu 13/05/2021

Tão chato que não terminei de ler

O autor é extremamente preconceituoso,fala mal de tudo quanto é país que não tenha o viés político dele,foi a decepção do ano como leitura pra mim, esperava a mesma pegada da série de tv
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