The Jane Austen Book Club

The Jane Austen Book Club Karen Joy Fowler




Resenhas - The Jane Austen Book Club


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Rayssa 05/07/2020

Desperta curiosidade.
Gostei muito do livro e dos personagens, sobretudo de Jocelyn. Sua personalidade divertida, confiante e imprevisivel é contagiante. Para mim, ela é a protagonista dos melhores momentos da leitura. De outro lado, a personagem que menos gostei foi Prudie. Cheia de rancores, ela parece reclamar de barriga cheia da vida que tem e, no final, continua da mesma forma.

Como nunca li nada de Jane Austen, pensei que fosse ficar boiando durante as discussões da turma e, de fato, muitas vezes eu boiei, porém, para minha surpresa, todas as referências me despertaram interesse para ler as obras de Jane.

Em geral, o livro traz algumas questões importantes como abuso sexual, auto mutilação e pedofilia, mas que não foram aprofundadas. Gostaria que esses pontos fossem melhor explorados, já que são temas extremamente delicados para simplesmente jogar no texto. Também senti falta de ver mais a relação entre os personagens no presente. Com mais reuniões, mais discussões sobre os livros, etc.

O final obviamente traça um paralelo às obras românticas de Jane. O que decepciona é que algumas personagens acabam retrocedendo para relacionamentos que já não deram certo. Se para a autora o amor deve prevalecer no final, por que não evoluir para novos romances?

Apesar de tudo, sendo sincera, talvez eu tenha escolhido o momento errado para pegar esse livro. Quero reler após ler as obras de Jane Austen porque sinto que posso ter deixado passar muita coisa.
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Joice (Jojo) 21/06/2011

Quis ler "The Jane Austen Book Club" por causa do filme de mesmo nome, do qual eu sou fã. Nunca me preocupei muito em ler o material original após ter visto o filme, pois experiências anteriores apontam que o livro costuma ser melhor que sua versão filmada. Bom, não foi isso que aconteceu com "The Jane Austen Book Club".

De qualquer forma, vou tentar analisar o livro individualmente. Karen Joy Fowler escreve lindamente e sua paixão por Jane Austen é visível no comentário de cada um dos integrantes desse instigante grupo. Também é mérito da autora a notável pesquisa bibliográfica realizada de forma a apresentar o máximo de Austen.

A forma como Fowler escolheu para narrar a história de cada personagem - mesclando passado e presente no capítulo dedicado a cada um - funcionou muito bem. E é interessante como cada um dos romances de Austen se ajusta como uma luva em cada um.

Surpreendi-me rindo horrores das histórias da Bernadette (melhor no livro que no filme) e torci igualmente por Grigg e Jocelyn (apesar de já saber qual seria o final).

Só fiquei decepcionada com o final da narrativa. Achei que acabou depressa demais, como se todos tivessem coisas mais importantes para fazer do que discutir Austen. Ou talvez tenha sido a doença que me acompanhou no final dessa leitura. Enfim...

Mas é um bom livro. É divertido, com alguns personagens mais cativantes que outros (Prudie é tão mais animada vivida por Emily Blunt) e certamente vai agradar a quem busca um bom chicklit, especialmente se ele faz a cada dois parágrafos uma referência a Jane Austen.

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Psychobooks 22/07/2014

Um dia, passeando pela Cultura, dei de cara com esse livro. A capa me chamou atenção e, apesar de ter a maior cara de chick-lit (e eu não sou chegada nesse gênero), resolvi pagar para ver (literalmente!). No final do ano passado li um livro que judiou muito de mim, então queria uma leitura leve e divertida – e não hesitei em pegá-lo para ler. E tive uma baita surpresa!

- Enredo e desenvolvimento do enredo

A história se passa na Califórnia, onde seis pessoas – Jocelyn, Sylvia, Allegra, Prudie, Bernadette e Grigg (o único homem do grupo) – iniciam um clube de leitura das obras de Jane Austen. A primeira coisa que me atraiu para esse livro foi o fato de, no meio de cinco mulheres, a maioria de meia-idade, haver um homem (e jovem) lendo Jane Austen.

Durante seis meses o grupo lê seis romances de Jane Austen: Orgulho e Preconceito, Razão e Sensibilidade, Emma, Mansfield Park, A Abadia de Northanger e Persuasão. Ao longo desse tempo acompanhamos as reuniões e como a leitura das obras se entrelaça com a vida pessoal de cada uma das personagens.

- Narrativa

O livro é dividido em seis partes que levam os nomes dos meses e das obras a serem lidas durante cada mês. Em cada uma dessas partes um dos personagens fica mais em evidência do que os outros e, enquanto acompanhamos o andamento da leitura da obra e as posteriores discussões na reunião do clube, o narrador vai inserindo características dos personagens, contando um pouco de seu passado e dando um panorama da personalidade de cada um. Assim, vemos a maneira com que cada um deles lida com Jane Austen e com os outros membros do clube.

A narrativa é um espetáculo à parte! Ela é feita na terceira pessoa do singular nos momentos dedicados à história dos personagens, mas, ao abordar as reuniões do clube de leitura, ela muda para a terceira pessoa do plural – e isso me surpreendeu bastante! O narrador diz coisas como “nós nos sentamos para discutir Orgulho e Preconceito”, mas não se identifica com nenhuma das seis personagens. Nunca havia lido uma narrativa assim e achei sensacional, porque nesses momentos não apenas acompanhamos a discussão, mas nos sentimos parte dela também. Ponto para a Karen!

- Personagens

Jocelyn tem por volta de 50 anos, é solteira e cria cachorros da raça ridgeback para concursos e procriação. É perfeccionista e gosta de estar no controle da situação. É ela quem tem a ideia do clube de leitura, como forma de distrair sua melhor amiga, Sylvia, que está passando por um divórcio.

Sylvia tem a mesma idade de Jocelyn e está se separando de Daniel, que foi quem pediu o divórcio. O casal tem três filhos adultos, dois rapazes e uma moça, Allegra, que também entra para o clube.
Allegra tem por volta de 30 anos, é solteira e faz artesanato. É aventureira e esconde isso dos pais, que são um tanto superprotetores. Está separada de sua companheira, Corinne, e morando temporariamente com a mãe.

Prudie também tem por volta de 30 anos, é professora de francês e casada com Dean.

Bernadette é a “figurona” do grupo, tem quase 70 anos e está sempre vestindo roupas de ioga. Foi casada várias vezes e ninguém consegue interrompê-la quando ela começa a falar.

Grigg, o único homem do grupo, tem por volta de 40 anos e três irmãs mais velhas. Conheceu Jocelyn quando estava em uma convenção de ficção científica (ela estava em um concurso de ridgebacks, mas os dois estavam hospedados no mesmo hotel) e foi convidado para o clube por causa de Sylvia – o plano de Jocelyn era juntar os dois.

Conforme vamos lendo sobre a história dos personagens, entendemos melhor a forma como eles se relacionam e como encaram as obras de Jane Austen. Todos carregam consigo coisas boas e ruins do passado, que moldam as pessoas que se apresentam para o leitor no momento da leitura. Senti simpatia por todos eles, pois são o tipo de personagem com quem conseguimos nos identificar pelo menos um pouco, mas diria que o meu preferido, levemente à frente dos demais, é o Grigg. Por ser o único homem do grupo, ele fica um tanto deslocado, principalmente no começo, e sofre muita implicância de suas companheiras de leitura até ser completamente aceito. Ele acabou proporcionando, para mim, os momentos mais engraçados – com destaque para a parte em que ele diz que nunca leu Orgulho e Preconceito, para horror da mulherada:

“What should we read next?” Bernadette asked. “Pride and Prejudice is my favorite.”
“So let’s do that,” Sylvia said.
“Are you sure, dear?” Jocelyn asked.
“I am. It’s time. Anyway, Persuasion has the dead mother. I don’t want to subject Prudie to that now. The mother in Pride and Prejudice on the other hand…”
“Don’t give anything away,” Grigg said. “I haven’t read it yet.”
Grigg had never read Pride and Prejudice.
Grigg had never read Pride and Prejudice.
Grigg had read The Mysteries of Udolpho and God knows how much science fiction – there were books all over the cottage – but he’d never found the time or inclination to read Pride and Prejudice. We really didn’t know what to say.


Não é coincidência termos seis personagens lendo seis romances de Jane Austen – cada um deles relaciona-se a uma obra da autora:
Jocelyn – Emma
Sylvia – Persuasão
Allegra – Razão e Sensibilidade
Prudie – Mansfield Park
Bernadette – Orgulho e Preconceito
Grigg – A Abadia de Northanger

- Conclusão

Esperava um chick-lit bobinho e acabei encontrando muita coisa incrível nesse livro, desde a escrita descomplicada e a narrativa diferente até personagens tão humanos que parecem nossos vizinhos. Karen Joy Fowler conseguiu captar nuances do comportamento humano sem deixar nada forçado – e em vários momentos me peguei pensando que fazia certas coisas iguais aos personagens. É uma história leve, por mais que traga alguns elementos pontuais mais pesadinhos, sobre relacionamentos humanos e sobre como nossa personalidade influencia nossas leituras e vice-versa. Um prato cheio para loucos por livros, como nós!

"Wasn't it Kipling who said, "Nothing like Jane when you're in a tight spot"? Or something very like that?"
Página 3


site: www.psychobooks.com.br
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kaiê ê ê 18/01/2022

eu simplesmente amei a leitura. estava com receio do livro, por ser em inglês e não ter o hábito de ler nessa língua, mas consegui aproveitar bastante a história. gostei muito dos personagens e da maneira que cada capítulo focou em um dos personagens do clube de leitura da Jane Austen. esse livro me encheu de vontade de ler todas as obras da Jane Austen, inclusive.
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Claudia 09/08/2010

Eu já tinha visto o filme - e não gostado. Mas como os livros costumam ser melhores do que os filmes, comprei e li. DE-TES-TEI. Muito ruim. Não consegui ver ligações entre os personagens e as histórias de Austen. Achei muito esquisito e, confesso, no final andei pulando páginas de tão chato que era. Afinal. um filme fez jus a um livro.
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Vânia 13/07/2012

Quando o filme te leva aos livros

Sem dúvida alguma, mesmo com toda essa distância temporal, Jane Austen e sua crítica à sociedade continuam modernos. As primeiras impressões, a busca do amor, o desespero à adequação social, as crises familiares, as mentiras, os segredos, a segunda oportunidade...tudo isso já fazia parte do cotidiano da escritora no século XIX. Hoje, apesar de toda nossa tecnologia, a emancipação feminina, a liberdade sexual, as buscas e decepções continuam as mesmas.

Admito, este filme levou-me a querer retornar à leitura dos livros originais. Eu os havia lido há tanto tempo, muito mais por se tratarem de clássicos do que por tentar entender a dinâmica que estava em jogo. Ao assistir ao filme quis entender melhor as explanações dos personagens quando comentavam sobre as obras.

Não preciso dizer que o livro tem uma riqueza de detalhes que não é permitida ao filme, personagens que no filme são apenas citados, no livro, aparecem.
Infelizmente é mais um livro não distribuído no Brasil.
Não pense, com isso, que para entender o filme você precisa ter lido o livro. O filme é auto explicativo, mas, sem dúvida alguma, conhecer previamente os personagens de Austen, ajuda no entendimento. Até porque eles citam tantos nomes, fazendo comparações entre os personagens, que de vez em quando dá um nó na cabeça

Enfim, é um livro gostoso de ser lido, dinâmico, envolvente, lá fora considerado leitura adulta (acima de 18 anos) e que satisfaz totalmente sua curiosidade em descobrir o porquê, duzentos anos depois, Jane Austen mora aqui ao lado.
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