Ilusões Perdidas - Volume II

Ilusões Perdidas - Volume II Honoré de Balzac




Resenhas - Ilusões Perdidas


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Carlos Nunes 11/09/2010

Um dos poucos
Não sei se por causa da minha imaturidade na ocasião (estava com 14 anos), mas não consegui me empolgar com o livro. Parei na página 16. Uns dois anos depois, nova tentativa, mas novamente parei na mesma página. Desisti e troquei-o no sebo...
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Lucas Rodrigues 25/02/2010

Fome de Tudo
Ilusões Perdidas, obra de Honoré de Balzac, escrita entre 1835-1843.
Livro dividido em três partes, sendo a segunda a mais importante. Pois, é nela, que o protagonista Luciano de Rubempré - gênio da província seduzido pelos brilhos da capital Paris -, sofre seus altos e baixos no anseio de conquistar êxito na carreira literária.

É na capital que passa a trabalhar como jornalista, mesmo contra todas as reprovações feitas pela roda de intelectuais, de que se torna amigo, em momento de grande angústia e miséria no inicio de sua vida em Paris. Sendo Luciano do tipo que não suporta grandes provações e deseja rápido sucesso, é inserido nesse meio que Balzac define como "câncer que talvez devore o país". Porém, experimenta e gosta do saber do poder que o jornalismo tem. No inicio usa esse poder para desforrar alguns nobres - mas ciente da superficialidade da nobreza e também ciente da necessidade do apoio dela em seu triunfo - que lhe desamparam quando mais precisa. Em outro tempo, totalmente a contragosto, assina uma crítica literária negativa a respeito do livro de um amigo grandemente estimado. Alcança rápido sucesso, mas vê ao mesmo tempo seus escrúpulos de poeta e homem ingênuo a lhe constituírem um grande nó atravessado na garganta.

Passo a passo nosso protagonista vai perdendo as ilusões que fazia da nobreza, do mundo editorial, do espaço teatral, do jornalismo e de muitos "amigos". Comete muitos erros e tem chance de consertá-los, porém seu espírito preguiçoso teima em errar. Mas mesmo com todos os motivos que teríamos para odiar Luciano, acabamos nos apaixonando por este ser, tão belamente pintado por Balzac que chega a ser real. O autor o reveste de toda beleza possível num personagem.

Para contrastar com Luciano, são criados outros dois personagens, tão reais quanto o principal: David Séchard (maior amigo e cunhado de Luciano), homem sublime e capaz de grandes invenções, mas pouco prático para resolver problemas cotidianos. E, Daniel de Arthez, intelectual que Luciano conhece em Paris, que não se importa em viver uma vida de grandes privações para realizar seus trabalhos e manter suas convicções.
Balzac deu vida a estes três personagens e outros do romance, partindo de si próprio, de seu espírito e suas experiências. Pois, são elas, algumas das muitas faces que o escritor possui.

Ilusões Perdidas condensa uma forte crítica em relação à sociedade francesa do século XIX e a algumas de suas instituições. Vemos uma sátira veemente da aristocracia (fútil e mesquinha e também cuidadosa para manter sua esfera inacessível as casta mais baixas), dos pequenos burgueses sem escrúpulos que aspiram a possibilidade de se "tornarem" nobres e também dos operários famintos querendo se infiltrar na burguesia.

Balzac nasceu em Tours, França, em 1799 e morreu em agosto de 1850, poucos meses depois de se casar, pois até então sofrera 18 anos de paixões adúlteras. Em 1830 chegou a escrever 19 romances. Mas o sucesso e o dinheiro que com suas obras conquistava, era devorado pela vida faustosa que levava e o pagamento de credores.
Balzac deu ao seu conjunto de obras, o nome de Comédia Humana, em oposição à Divina Comédia de Dante. Que é composta de mais de 90 títulos, entre romances e contos.

"E assim, por uma bênção do acaso, nenhum aviso faltou a Luciano sobre o declive do precipício onde deveria tombar. De Arthez havia posto o poeta na nobre estrada do trabalho acordando nele o sentimento sob o qual os obstáculos desaparecem. O próprio Lousteau havia tentado afastá-lo... pintando-lhe o jornalismo e a literatura em suas cores verdadeiras. Luciano não quisera acreditar em tanta corrução escondida... Havia visto as coisas como elas realmente são, durante aquela ceia. Mas, em vez de se sentir tomado de horror... gozava com embriaguez daquela sociedade inteligente. Achava superiores aqueles homens extraordinários, metidos na armadura damasquinada de seus vícios e sob o brilhante capacete de sua análise fria, aos homens graves e sérios do Cenáculo. Depois, saboreava as primeiras delícias da riqueza; estava sob o encantamento do luxo, sob o império da boa mesa; seus instintos caprichosos despertavam. Bebia pela primeira vez vinhos finos, tratava conhecimento com as esquisitas iguarias da alta cozinha; via um ministro, um duque e sua bailarina, emparelhados aos jornalistas, admirando o seu poder atroz. Sentiu tremendo prurido de dominar esse mundo de reis; sentia-se com forças para os vencer. E havia, enfim, essa Corália que ele acabava de tornar tão feliz com algumas frases...Essa rapariga era, aliás, a mais bonita, a mais bela atriz de Paris. "
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Carol 17/02/2010

Sim, tenho um Balzac 8P
É louco como consegui ganhar um Balzacão. Meu amado professor de prtuguês do ano passado, senhor Galli, pediu que fizéssemos uma resenha de um romance brasileiro: não tive dúvidas, corri fazer de Olhai os Lírios do Campo, pois nunca é demais emprestar esse livro da biblioteca... hehe. O "problema" foi que o professor gostou tanto da minha resenha, que me deu o "Ilusões Perdidas", do Balzac.
Li o livro, mas... Não é um livro ruim, não estou querendo bancar a culta nem nada, realmente achei um bom livro. Mas não é exatamente o tipo de leitura que eu diga "meu Deus, que história emocionante!", nem que me faça sentir a magia que certos autores como Erico Veríssimo fazem. Também é o tipo de leitura que exige uma atenção tremenda, não é uma história para distrair... Já me falaram que é por causa da minha idade, e que daqui uns seis anos e vou ler e vou curtir 'bagarai' o tio Balza. Esperar pra ver... ^^
larissa dowdney 16/02/2012minha estante
nossa, sua resenha é ótima! é muito o que penso!


Pedro 20/08/2013minha estante
vc é paulista?


Adriano Barreto 02/03/2017minha estante
Gostei da resenha, sincera e engraçada. Principalmente o "bagarai" hauhauha. Ainda não li "Ilusões perdidas", de Balzac, apenas, "O pai goriot". Mas, com toda certeza, a idade influencia no julgamento. Quando mais velha, de outra chance ao "tio Balza".




Mari Gominho 08/02/2010

Ilusões perdidas?
Em sua obra-prima “Ilusões Perdidas”, Honoré de Balzac narra a trajetória controversa de Lucien Chardon, um jovem provinciano que, munido apenas de sua inteligência, dirige-se à capital francesa para conquistar riqueza e sucesso. Desde o início, em Angoulême, seu amigo tipógrafo David Séchard, sua mãe e sua irmã confiaram cegamente em seu talento, projetando todos seus desejos no sucesso do rapaz. Ao chegar à cidade-luz, abandonado pela senhora de Bargeton e pela aristocracia que antes o defendia, Lucien viu no jornalismo a oportunidade para se vingar dos seus novos inimigos e ascender na sociedade.
Graças a uma crítica teatral, Lucien conseguiu um bom contrato em um jornal liberal. Descobriu o repugnante segredo dos articulistas: ao redigirem, tomavam partido de quem melhor lhe conviesse; quase sempre, daquele que pagava mais. O mesmo livro que era elogiado, ressaltando-se os pontos positivos, podia ser no dia seguinte destruído; bastava mudar o ponto de vista, pincelar algumas teorias e idéias estrangeiras, mudando a assinatura no final. Lucien achou aquela novidade muito confusa, porém não hesitou em adotar o método, em busca de fama e fortuna. Passou então a ser temido e respeitado entre os que poucos antes o humilharam; contudo, ainda um estranho no ninho.
Permitiu-se luxos e conviveu com a nata da sociedade, deixando para trás seus amigos e seus princípios em nome de uma ambição desmedida e doentia. A inveja e o interesse eram os combustíveis daquela sociedade hipócrita, cuja lógica Lucien absorveu rapidamente. Enxergando novas oportunidades, mudou sua posição política e apoiou monarquistas. Quando a fama do protagonista incomodou os velhos caciques da imprensa, armaram ciladas para destruir a reputação do jovem.
No final, descobre-se só e triste, insatisfeito com tudo e com todos e sem um vintém para ajudar sua família. Na mesma velocidade com que obtivera todos seus sonhos, perdera a glória que lhe era prometida. “Quem era ele nesse mundo de ambições? Uma criança que corria atrás de prazeres e vaidades, sacrificando tudo a esse sonho” (p. 197).
“Ilusões Perdidas” compõe um cenário da vida parisiense do século XIX, mas não se trata de um simples romance de costumes: é uma lição de vida, que nos leva a refletir até quando vale a pena abrir mão de nossos princípios em prol das riquezas materiais.
Nalí 02/10/2015minha estante
Apesar de ser um clássico, seria interessante marcar spoiler.




Lucas 29/01/2010

"Com sua pena você pode destruir qualquer coisa, até uma obra-prima."
Balzac nos traz uma obra de legítimo cunho realista, nos apresentado o pitoresco, mas hábil, escritor Lucien Chardon, um poeta do interior de origem parcialmente humilde que vai à Paris para alcançar rapidamente suas aspirações de luxo e nobreza. Entretanto, depara-se com as vicissitudes e a total podridão do meio literário e jornalístico com a deturpação da ética e o uso de publicações para satisfazer vinganças pessoais.
Balzac apresenta um personagem que não desperta uma simpatia imediata, arrogante e volúvel torna-se presa fácil das altas classes parisienses e de jornalistas rivais. Sendo ora vítima do sistema, ora propulsor do mesmo.
Com críticas ácidas advindas dos diálogos magistrais entre os personagens, Balzac mostra de modo singular a vida dos jornalistas na França no período pós restauração sem a necessidade de grandes e cansativas descrições, deixando a obra com uma leitura limpa e rápida.
Vale um aviso: o leitor que busca um herói em suas leituras sofrerá uma grande decepção, Lucien não quer mudar o mundo ao seu redor, mas apenas entrar nele. Um curioso ponto de vista. Recomendo a leitura!
Igor M. 23/04/2011minha estante
Fez eu lembrar de uma frase: "Se você não pode combater o inimigo, junte-se a ele". O que aparenta, até hoje, é que não há mais aquele amor pelas causas perdidas. Todos desejam ser espertos, o resto são otários. Não sei se realmente é a mesma idéia do filme. Enfim, vou ler e ver.




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