Resenhas - Mulheres Perfeitas

Aline Navarro 31/12/2021

Livro chatoooooo
Mulheres Perfeitas é a segunda tradução do livro "Stepford Wives" de Ira Levin publicada no Brasil. A primeira edição foi em 1972 pela Record com o nome de As Possuídas, um título que não tem qualquer conexão com o conteúdo. Escrito em 1972 em meio à conturbada época em que as mulheres lutavam por seus direitos, o livro satiriza esses costumes e a maneira de pensar das pessoas principalmente com relação o machismo e suas manifestações. É uma crítica ácida diretamente na base da família do século XX cujo principal papel da mulher era cuidar de seus filhos e da casa estando sempre pronta para atender desejos e caprichos de seu marido.
Mulheres Perfeitas é um livro pequeno, uma leitura que deveria ser rápida, mas que deixa rastros na mente do leitor, sementes para questões que surgem após o assustador final. Achei que fosse algo mais real, menos fantasioso. Porém, não deixa de ser assustador de saber como um homem pode ser egoísta e ter um olhar tão objetificado em relação às mulheres.

Rodrigo 14/01/2021

Bom livro
Bom livro, leitura rápida e fluída. A obra tem uma mensagem interessante sobre capitalismo, machismo e feminismo.

PS: não assitam a adaptação que foi feita, simplesmente assassinaram a obra de Ira Levin.

Fê 20/12/2011

Gostei
Li em apenas um dia...gostei e achei uma boa reflexão sobre costumes modernos e a mulher nisso tudo...
É interessante e prende a atenção, você fica querendo saber como vai terminar e o final é um soco no estomago, deixa você cheio de interrogações...vale a pena ler!

Laís Ambrósio 13/01/2012

Boa leitura
Fiquei encantada com a forma de Ira Levin escrever. É uma leitura muito fácil, mas longe de ser simplista. Me instigou a procurar outros livros dele... Li em poucas horas e recomendo para quem quer uma boa leitura para as férias ou um final de semana.

Nanda 26/10/2009

:O é tudo que tenho a "dizer"

Nanda Cris 04/07/2011

Gostei
Me lembro vagamente de ter visto o filme e, no geral, é basicamente aquilo que está nas telonas mesmo.
Não temos um final preto-no-branco e sim algo meio lúdico, onde vc imagina o que veio a acontecer.
Boa leitura, principalmente para quem não viu o filme (porque aí não perde o suspense).

5 estrelas!

Ladyce 04/10/2012

Um mestre do suspense
Indo para as montanhas? Ou para a costa? Algumas horas de viagem em fim de semana ensolarado? Leve AS MULHERES PERFEITAS de Ira Levin para ler. Este é um livro fininho, 144 páginas de suspense, extraordinariamente bem escrito que consegue manter a atenção de quem o lê mesmo que o mundo desabe à sua volta. Com um ritmo surpreendente e um mistério crescente Ira Levin embrigada o leitor e surpreende. Pensei que o desfecho fosse ser diferente. Foi uma surpresa. Um romance que se assemelha à uma novela, ou seja, maior que um conto e menor que um romance. Nele estão todos os elementos que fizeram Ira Levin famoso, mostra a mesma habilidade do homem que escreveu O FILHO DE ROSEMARY que foi a base do filme de suspense O BEBÊ DE ROSEMARY, além do romance OS MENINOS DO BRASIL, que assim como as MULHERES PERFEITAS foi também um grande sucesso de bilheteria como filme. Se você não viu o filme recentemente há duas versões do filme: a 1975 e a 2005, a última como comédia no lugar de suspense, no Brasil o filme de 1975 leva o nome de AS ESPOSAS DE STEPFORD. O livro é bom entretenimento, assim como o filme.

Raphael Cavalcante 05/01/2014

Perfeitas? Apenas mulheres.
Mais do que uma obra de suspense ou humor negro, "Mulheres Perfeitas" é uma bela alegoria aos movimentos feministas que tomaram de assalto o século XX, especialmente a partir da década de 1960. O romance, ambientado na década de 1970, discute o novo papel da mulher, cansada da situação limitadora de "rainha do lar" e ávida por galgar posições no mercado de trabalho formal apesar da má vontade estampada por seus companheiros. É neste contexto que Ira Levin, mais conhecido por escrever "O bebê de Rosemary", nos apresenta Walter e Joana Eberhart. O jovem casal muda-se para a pacata Stepford a fim de fugir da agitação da metrópole e propiciar melhor qualidade de vida aos filhos. O problema é a polarização vivida por Stepford: enquanto os homens se encarceram na Associação Masculina local, as mulheres, esculturais, dedicam-se com fervor às atividades domésticas sem qualquer outro anseio. Irritada com esta situação,a liberada Joana começa a investigar o reino perfeito do subúrbio americano com consequências nada agradáveis... Ira Levin nos brinda com uma obra leve e ao mesmo tempo instigante, que alinhavando gêneros distintos, funciona como uma epítome a inquietações até hoje não resolvidas acerca das diferenças entre os sexos na sociedade contemporânea. Por fim, vale ressaltar a citação que o romance faz ao livro "A Mística Feminina" (The Feminine Mystique, 1963), de Betty Friedan, o qual criticava exatamente a ideia de que as mulheres poderiam encontrar satisfação apenas através da criação dos filhos e das atividades do lar.

Karen581 13/02/2015

SURPREENDENTE
*Não assista ao filme!

Ira Levin tem um talento incontestável, escrever.
No início do livro há um texto de introdução de Peter Straub que faz inúmeros elogios à essa obra singular, pensei ser exagero uma vez que o filme é interessante porém não há nada de tão extraordinário! Mas não, os elogios eram mais que merecidos e este livro nos leva à uma viagem da qual o filme não faz jus de nenhuma forma.
O autor faz uma crítica ainda mal entendida sobre a sociedade e como as mulheres não tinham voz nos anos 70 (década de lançamento do livro). Mulheres perfeitas com corpos e aparência impecáveis que vivem para servir o marido e os filhos, uma verdadeira escrava do lar sem interesses e aspirações que não fossem deixar a casa extremamente limpa e satisfazer sexualmente seus maridos.
Claro que dos anos 70 para os 2000 (década de estréia do filme) houveram várias mudanças com relação aos direitos das mulheres e ao feminismo, e é entendível as adaptações que fizeram no roteiro para que as críticas não fossem mal interpretadas e para se tornar mais verossímil com as mulheres da atualidade. As adaptações foram inúmeras, saíram do controle e sem dúvida desnecessárias. O filme distorceu completamente a personalidade das personagens e ainda deu inúmeras explicações que não precisavam.
Ira Levin nos conduz a um caminho misterioso e conforme avançamos nas pistas assim como Joanna Eberheart nos vemos perdidos, fazendo especulações e indagações que permanecem sem respostas até o último minuto. Uma trama de prender o fôlego, e acredite, o leitor ri com a protagonista, sente medo e a tensão das últimas páginas são de arrepiar!!


site: http://maisalemdoque.blogspot.com.br/

Lê 08/02/2023

"Simplesmente compreendi que estava sendo terrivelmente relaxada e egoísta, e agora estou cumprindo o meu dever conscientemente.."
Que dor no coração..

O pior de tudo são os maridos sonsos, fingindo que são aliados do feminismo, mas na real só estavam fingindo pra poder controlar as mulheres sem fazer alarde. Traição pior que essa não existe. Ser vista como inferior e serva pela pessoa que você ama.. realmente doloroso.

As duas personagens amigas

Li já sabendo que passaria raiva do início ao fim, mas não imaginei que o final seria tão frustrante. Me iludi muito, pensei que ela conseguiria escapar. Esperava no mínimo ela se revoltando com os cara e massacrando todos eles. Isso sim seria um final satisfatório.

Ver as amigas, a doida por signo e a outra bagunceira perderem a alma foi desesperador. Liguei muito à relacionamento abusivo, em quanto a pessoa vira um zumbi dependente e subserviente. (Pensar que o que vemos como relacionamento abusivo hoje em dia já foi a norma no passado).

Torci muito pra que a última personagem, a mulher negra nova na vizinhança conseguisse escapar daquilo. Na minha mente deu tudo certo e ela meteu o pé.

Mas o final frustrante não me desagradou tanto, gosto de finais realistas. O que me desagradou foi não darem uma explicação pelo menos sobre o método usado pra transformar as mulheres todas em zumbis.. hipnose, lobotomia?

Fiquei surpresa também pelo fato de o autor ser um homem, cheguei a pensar que fosse pseudônimo de uma autora.

Lisa 07/10/2011

Mulheres perfeitas para quem?
Comprei o livro porque já tinha ouvido falar no filme, com a Nicole Kidman. E, sempre prefiro ler o livro antes de ver o filme.

Fui surpreendida por uma leitura ágil, fluida e nem por isso, menos profunda do que se propõe a ser. Apesar do livro ter poucas páginas, o autor conseguiu me envolver no suspense que ronda a mulheres de Stepford.

No livro, fica claro que a pressão pela beleza e pela "mulher perfeita" vem dos homens, que, num grande ato machista, prefere ter uma mulher perfeita do que um ser humano, com personalidade, falhas e virtudes.

Uma das cenas que me surpreendeu é quando o filho de uma das mulheres reclama que o comportamento da mãe (que se tornou uma mulher perfeita) logo deve mudar e voltar ao normal.

Esta é uma questão muito delicada, que é mostrada no livro como os homens encaram o que é a perfeição de uma mulher.

Depois que li o livro, fiz umas pesquisas na web e encontrei duas coisas muito curiosas: 1º um link de um blog de críticas de filmes, que fala da versão feita em 1975, que cunhou a expressão "stepford" em mulher submissa nos EUA e que fala que as feministas se opuseram ao filme, o que eu achei bem estranho, mas, interpretação é uma coisa bem pessoal. (http://sweethorror.blogspot.com/2007/02/as-esposas-de-stepford.html)

2º Uma matéria no portal IG falando sobre beleza e talento, o título é "Sou melhor do que bonita" (http://delas.ig.com.br/comportamento/sou+melhor+do+que+bonita/n1597180210444.html), e acho que o que mais me chamou a atenção foi o primeiro comentário de uma internauta.

Um grande e interessante debate sobre machismo x feminismo, beleza x talento e personalidade x subserviência pode ser refletido com base na leitura do livro.


SET/2011

Fabiana 03/04/2016

Ruptura
O livro mostra os valores da sociedade americana nos anos 70, onde a mulher era a cuidadora do lar e da família. E enquanto algumas mulheres lutam contra isso, os homens da cidade de Stepford se organizam em torno de seus interesses.

Naldinh o/ 04/10/2017

Interessante, mas....
Um livro com uma trama interessante, que nos deixa curiosos com o que está acontecendo naquela cidadezinha.
Realmente prende a atenção do leitor, com um início e meio bem bacanas, mas com um final que deixa MUITO a desejar.

Eu particularmente detestei o final dessa obra pois, em minha visão, o livre arbítrio das mulheres é oprimido e a justiça simplesmente não é feita.
Torcemos o livro inteiro para um final bom e justo e infelizmente não recebemos.
Por isso leva 3 estrelinhas, pelo começo e meio da obra.