A Casa dos Mortos

A Casa dos Mortos Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Recordações da Casa dos Mortos


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Lucas.Silva 25/03/2024

Esse livro é simplesmente arrebatador. Valendo-se de um personagem fictício, Dostoiévski trata da vivência nos trabalhos forcados na Sibéria. Através da sua visão, apresenta personagens cheios de humanidade, ambíguos, com moral inabalável ou altamente questionável. Diz haver, na prisão, pessoas boas e pessoas ruins, inclusive pessoas boas entre as ruins. O autor russo matiza muito bem diversas questões sobre a moralidade, apontando para uma falha da utopia da razão. Não se trata de simplesmente trazer a ?luz? a um ser humano para que ele então seja completamente modificado, muitos são os que se rejeitam completamente a qualquer mudança, acreditando estarem bens da forma que estão.

Esse livro traz à tona também uma beleza em um lugar em que poucos acreditam na sua existência. A animação dos presos em relação à possibilidade de fazer uma peça teatral apreciada por todos, o respeito dos espectadores, o talento de seus atores, tudo isso é tratado com um alto grau de ternura. Momentos como esses são muito quistos pelos presos, e eles seriam pessoas excelentes no exercício de suas funções artísticas se suas condições fossem outras. Na realidade, Dostoiévski defende que lá, na prisão, é onde se encontra a melhor parte do povo russo. Este que poderia trazer muitas contribuições para a humanidade. Mas são privados de sua liberdade, tentando satisfazer sua vida reclusa com fragmentos dela, para logo em seguida ter a plena noção de que não se passou de uma sombra.

Ademais, a edição da 34 é esplêndida. Traz uma tradução muito cuidadosa, mudando inclusive (ou melhor, trazendo para o mais próximo do original) o nome da obra. A belíssima apresentação de Paulo Bezerra, assim como apêndices, como uma carta do próprio Dostoiévski engrandeceram e muito a leitura deste livro ímpar na história da literatura. Espero que todas as pessoas possam ter o prazer de ler esse livro repleto de dores, angústias, beleza e anseio por liberdade.
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Christyele 12/01/2024

Achei um bom livro, porem, por ja ter lido muitos relatos dos sobreviventes do holocausto eu só achei como mais do mesmo, o que me fez vibrar mesmo foram as cartas no fim do livro!
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Raissa 05/12/2023

Se amar é crime, me prenda agr! ?
Confesso que tive medo da leitura acabar sendo um pouco arrastada, já que se trata de um livro semibiográfico, mas acabou se tornando uma leitura muito boa (mesmo não tendo tantos diálogos). A gente vai acompanhar algumas memórias do protagonista (preso por ter matado a esposa, numa crise de ciúmes) no meio daquele ambiente grotesco (fazendo um paralelo com o próprio autor, durante os trabalhos forçados na Sibéria). Mesmo sendo uma leitura bem pesada, não dá pra não se emocionar em partes como a peça de teatro que eles fazem durante o Natal, que me lembrou bastante a famosa cena do carrossel em Capitães da Areia. Enfim, com várias pitadas de humor e críticas ao sistema carcerário da época, esse livro acaba sendo uma das obras mais "íntimas" que temos do autor, por se tratar de um relato disfarçado de romance!
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Reginaldo Pereira 03/12/2023

E de quem é a culpa?
Este foi meu quinto Dostoiévski e admito que é também a quinta sensação diferente que o mestre me faz sentir ao terminar uma de suas obras. E a sensação da vez foi a reflexão?

Reflexão sobre tudo o que um gênio como ele vivenciou, passou, sofreu e observou ao longo dos quatros anos que passou como preso político na Sibéria. E só mesmo Dostoiévski para ?aproveitar? essa situação e conhecer - e admirar - ainda mais a sua maior devoção: o povo russo.

A escrita desta obra é suave e leve, mesmo considerando um tema tão pesado. Mas isso justamente pela maneira que Dostoiévski adota para narrar os locais, os personagens, os animais, as celebrações, e, principalmente, a privação de liberdade (aquilo que de fato representava a punição ao degredado).

O que o mestre tenta mostrar em sua obra pode ser resumida em um trecho de uma carta que ele mesmo escreveu ao sensor da época: ?Tente o senhor construir um palácio. Mande que tragam mármore, pinturas, aves do paraíso, jardins suspensos, toda sorte de coisas? Agora adentre-o. No fim das contas, talvez o senhor nunca mais queira sair dali. Talvez efetivamente não saia. Lá tem de tudo! ?Melhor não mexer no que está bom.? Mas de repente - um mero detalhe! - o palácio do senhor é bloqueado por uma cerca, e alguém chega e lhe diz: ?Tudo isto é teu! Aproveita! Mas não dês um passo daqui pra fora!? Pode ter certeza de que neste mesmo momento o senhor vai querer abandonar o paraíso e deixar a área cercada. E tem mais! Todo esse luxo, toda essa volúpia, servirão de inspiração para o seu sofrimento. O senhor chegará a ficar ofendido justamente com o luxo??

O livre arbítrio! A grande dádiva humana retirada em uma prisão! Eis a quem o mestre parece homenagear nesta história linda, humana e, sobretudo, real! Obrigado mestre! Mais uma vez, obrigado!
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Cris 18/11/2023

18.11.2023
O que dizer? Arrebatador! Gostei muito dessa obra que relata a vida de um prisioneiro que foi exilado na Sibéria a trabalhos forçados. Vivenciamos junto com o personagem a visão que ele tem do lugar, das pessoas, suas reflexões sobre a sociedade, o ser humano.
CPF1964 18/11/2023minha estante
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Vanessa.Castilhos 19/11/2023minha estante
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Tina 08/10/2023

Beleza extraída de dentro de um presídio siberiano
"Talvez eu me engane, mas parece que pelo riso pode-se conhecer um homem, e se ao primeiro encontro nos agrada o riso de alguém totalmente desconhecido, pode-se dizer, sem vacilar, que esse alguém é bom".

Conheci Dostoievski através de "Memórias do Subsolo", uma leitura que foi bastante arrastada para mim, e posteriormente fiz a leitura de "Crime e Castigo", que me surpreendeu demais (positivamente). "Escritos da Casa Morta" surgiu em minha meta de leitura através de uma disciplina da pós-graduação. Estamos fazendo a leitura conjunta da obra. Essa edição da Editora 34 é ideal, pois foi traduzida diretamente do russo pelo tradutor Paulo Bezerra. Alguns alunos estão lendo edições traduzidas do francês, que apresentam várias diferenças de sentido que causam grande impacto no entendimento da história. Aqui, Dostoievski escreve sobre suas experiências em um presídio da Sibéria, após praticar atos revolucionários durante o governo tsarista, através das lentes de um personagem chamado Aleksandr Pietróvitch. O que mais me surpreendeu foi a maneira sensível e até bela com que Dostoievski narra certos episódios que presenciou no presídio. A ele foi permitido manter um caderno de anotações, e as fazia principalmente quando passava alguns períodos no hospital da prisão. Foi a partir dessas anotações que "Escritos da Casa Morta" tomou forma. O dia-a-dia dos presidiários não era nada fácil, com trabalhos forçados e sopa de repolho que muitas vezes continha até baratas. O roubo era praticado livremente nas celas, pois aos presidiários era permitido trabalhar fora e ganhar alguns copeques para uso próprio, e esse uso geralmente era traduzido em muita vodka. São muitos personagens, cada um com suas particularidades e histórias pregressas e que muitas vezes surpreendem pela brutalidade de seus crimes. Junto a tudo isso, temos a alegria do teatro de Natal, a Páscoa, os feriados e momentos festivos em que os presos se divertiam. Eu esperava uma leitura densa, difícil e triste, mas me deparei com o contrário: consegui ler de maneira fluida, apreciando cada situação e cada personagem de forma a extrair sua beleza. Incrível como Dostoievski conseguiu essa proeza, de extrair a beleza de uma realidade tão dura.

"Um tratamento humano pode humanizar até mesmo aquele em quem há muito tempo se apagou a imagem divina".

"Em toda parte há gente ruim, e entre os ruins há gente boa".
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ciliane.ogg 18/09/2023

Achei que seria um leitura densa, difícil por conta do assunto abordado, mas é uma delícia. Agora consigo entender um pouco melhor por que Dostoiévski é chamado por muitos de gênio.
Recomendo a tradução da editora 34 por ser mais fluída e gostosa de ler.
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Juper14 15/09/2023

Uma vivência nebulosa!!!
"Recordações da Casa dos Mortos" é uma obra literária escrita por Fiódor Dostoiévski, publicada originalmente em 1862. Este livro é uma narrativa semi-autobiográfica baseada nas experiências do autor durante os anos em que esteve preso na Sibéria, após ser condenado por atividades políticas revolucionárias.

A história é contada em primeira pessoa por um narrador, que é um homem educado, intelectual e cético, chamado Aleksandr Pietróvitch Górki (nome fictício). Ele é condenado a trabalhos forçados na prisão da Sibéria por supostamente conspirar contra o governo czarista. Através dos olhos desse narrador, somos levados a conhecer o universo brutal e desumano da prisão.

O livro é uma análise profunda e sombria da natureza humana e da sociedade russa da época. Dostoiévski explora temas como o sofrimento, a liberdade, a redenção, a culpa e a esperança. Ele examina a psicologia dos prisioneiros e dos guardas, revelando as complexidades das relações humanas em um ambiente opressivo.

Ao longo da narrativa, o autor descreve vividamente as condições terríveis e desumanas enfrentadas pelos prisioneiros na casa dos mortos. Ele discute as diferentes personalidades e comportamentos dos detentos, a hierarquia social dentro da prisão e os métodos cruéis de punição e controle utilizados pelas autoridades. Além disso, Dostoiévski também aborda a transformação psicológica que ocorre no narrador à medida que ele enfrenta a brutalidade da vida na prisão.

"Recordações da Casa dos Mortos" é uma obra poderosa que oferece uma visão penetrante da natureza humana quando submetida a condições extremas. Dostoiévski utiliza sua experiência pessoal para criar uma narrativa emocionalmente impactante que continua a ressoar com os leitores, proporcionando uma reflexão profunda sobre a sociedade, a liberdade e a redenção.
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earlysunsetz 14/06/2023

Segundo livro do dostoievski que leio
Quando peguei este livro nem tinha tantas expectativas. sabia que dostoievski é um ótimo autor, claro, e inclusive estava lendo um de seus livros (noites brancas) online. já que quando fui procurar na biblioteca da escola e não o encontrei, peguei recordações da casa dos mortos. no começo não me prendeu muito, porém logo se tornou interessante.
sempre tive problemas em imaginar ambientes ao ler, e com recordações da casa dos mortos isso não aconteceu. tantos assuntos e personagens diferentes, relatados de forma tão bem feita!
enfim, quero engolir esse livro.
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Victor225 11/06/2023

Escritos da Casa Morta
Um verdadeiro tratado sobre liberdade, moral, justiça, etc. Tantos problemas e questões que são possíveis se ter ao ler, que nem consigo expressar o quão profundo esse livro realmente é.
Sabe-se que foi desta obra e da experiência do Dostô na prisão que surgiram muitos dos seus personagens futuros, como Raskólnikov, em Crime e Castigo, onde são explorados temas como a consciência, o crime, a natureza do mal e o cristianismo e o martírio como caminho para redenção.
Ainda assim, o que mais é ressaltado no livro é a importância da liberdade para o homem. Muitos a idealizando enquanto estão presos dentro das muralhas; outros, numa tentativa falha de sentirem-se livres, acumulando dinheiro e rapidamente o gastando, bebendo, fazendo de tudo para que pudessem sentir-se donos de si. Na carta ao censor, no apêndice, Dostoiévski ainda faz uma afirmação muito verdadeira, dizendo que mesmo que um homem construísse um palácio grande e ornamentado, bastaria dizer a esse homem que ele não mais poderia ir para fora, para que ele logo começasse a querer sair do lugar. No fim, a liberdade e o arbítrio são extremamente necessários para a personalidade e o espírito de um homem.
Temos ainda os exageros da lei, como no uso constante dos grilhões na época, mesmo para presos terrivelmente doentes. Para que serviam aqueles grilhões, senão para torturar de forma gradual a mente daquele preso? Lembrá-lo constantemente de que ele não é livre, de que ele é um condenado? Seria isso justo, visto que ele é um criminoso, ou apenas um constante rebaixamento moral sem função e motivo?
Mas de resto, minha parte favorita e a que me trouxe um verdadeiro sorriso foi o capítulo da peça, onde podemos ver que, mesmo entre os mais miseráveis, maldosos e imorais homens, a arte tem o poder de reunir todos em um momento de alívio, de risada e de companheirismo. Podemos ainda ver que, mesmo naqueles condenados, era possível encontrar talentos inimagináveis para a arte, que eram em muito desperdiçados dentro daquelas muralhas.
Podemos ver, enfim, que até mesmo em uma casa morta, há vida.
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Sérgio 28/05/2023

A realidade de desumanização da população carcerária
Acho que basicamente esse é um livro sobre a tirania. Mas a tirania no seu mais puro estado coercitivo. Essas memórias são um choque de realidade no seu mais puro primor. É interessante notar como aqueles relatos parecem ser tão reais que doem ao ser destrinchados. Acho que você nem precisa saber que foi baseado em fatos reais para saber que aquilo foi baseado em fatos reais. É aquele filme de terror que não precisamos de um disclaimer, porque é o terror que muitas pessoas vivem, o da injustiça. É interessante ler esse livro e ter uma visão do amadurecimento de Dostoievski como autor, ou seja, em como aquela experiência afetou ele. O autor serve para nós um toque doído sobre como somos capazes de nos tornar mais humanos mediante o viver de nossa vida. O amadurecimento é doído, e ver esse amadurecimento na prisão é de um incômodo inimaginável. Palmas ao russo, que conseguiu retratar de maneira realista Aa crueza da injustiça, da desumanização que torna bárbara; da tentativa do presídio em homogeneizar, em bestializar e ferir o caráter humano da sociedade. Ler esse livro é ter em conta o perfil sociológico do autor em descrever a ineficácia desse tipo de sistema em detrimento da força motriz de ser humano mesmo em situações deploráveis. Aqueles presidiários, mesmo em situações bárbaras, que machucam não só o corpo, mas a alma ainda insistem em serem humanos. Isso é inerente a nossa espécie e Dostoievski relata isso com maestria. Aquele ambiente decrépito parece se afogar em sua decrepitude com o passar das páginas, de modo que afrontar a pena daqueles que ali estão não se coaduna com sua personalidade como um todo. Explico-me, é extremamente humano Dostoievski relatar sobre como há humanidade mesmo onde você menos espera, que existem pessoas ali que são boas. Aliás, acho que esse é o ponto do autor, em insistir que, em regra, não somos inteiramente bons ou ruins, e que quando a prisão, em sua ineficácia, ressalta somente aquilo que é atroz ao indivíduo, descarta-se todas as qualidades que ali eles podem possuir, de modo que aquele sistema, coberto de injustiças burocráticas, somente tende a piorar o indivíduo. Dostoievski nos mostra a ineficácia do sistema carcerário quando nos mostra que ali são postos os homens como bestas e deles são retirados suas almas, a sua humanidade, de modo que só sobra a casca do indivíduo. O sistema é ocioso e o autor nem precisa de muito para levar o autor a entender que retirar a humanidade, não conceder direitos aos que ali estão, de nada adianta para a reinserção dos indivíduos. Ler esse livro é sentir o frio da Sibéria e o choque das injustiças, e notar que aqueles que sobrevivem àquela realidade, mesmo que a seu modo, são verdadeiros guerreiros.

Nota para a menção, no meio do livro sobre a inocência de um indivíduo que o próprio escritor do relato insiste em reconhecer sua inocência. Quando o livro nos afirma que de fato ele é inocente é uma prova cabal da realidade injusta desse sistema ineficiente. Além desse, o relato dos grilhões nos doentes, como mero reforço a sua situação é de tocar a alma, nos faz refletir sobre a necessidade de pormenorizar e contextualizar determinadas penas, que o próprio autor ressalta que é indiretamente são diferentes, visto que uns sofrem mais que os outros devido ao contexto social. Entretanto, não há pormenor que justifica um tuberculoso a estar engrilhoado mesmo prestes a morrer. Afinal de contas, ele também teve mãe.

Eu só retirei uma estrela porque o livro possui muitos saltos e retornos, contextualizações no meio de divagações que nos fazem sambar um pouco, principalmente com tantos nomes. Entretanto, nada que torne negativo a história em si, que é um tapa na cara dado de maneira excelente. Eu é que sou chato mesmo, provavelmente vou mudar as estrelas depois, enfim, deem uma chance!
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Marcus 20/05/2023

Memória de um cárcere
Diário do escritor durante sua prisão na Sibéria contada através de um alter ego. Em muitas partes cansativo, de qualquer forma é sempre uma grande obra, escrita com a maestria de Dostoiévski.
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Marcos606 24/03/2023

Dostoiévski foi condenado a quatro anos em um campo de trabalhos forçados na Sibéria, seguidos por um período indeterminado como soldado. Após seu retorno à Rússia 10 anos depois, ele escreveu um romance baseado em suas experiências no campo de prisioneiros. Foi-se o tom de romantismo e devaneio presente em sua ficção inicial. O romance, que daria início à tradição russa da literatura de campos de prisioneiros, descreve os horrores que Dostoiévski realmente testemunhou: a brutalidade dos guardas que gostavam da crueldade pela crueldade, a maldade dos criminosos que podiam gostar de assassinar crianças e a existência de almas decentes em meio à sujeira e degradação - todos esses temas, justificados pela própria experiência do autor, deram ao romance o imenso poder que os leitores ainda experimentam. Tolstói o considerava a obra-prima de Dostoiévski. Acima de tudo, o livro ilustra que, mais do que qualquer outra coisa, é a necessidade de liberdade individual que nos torna humanos. Essa convicção colocaria Dostoiévski em conflito direto com os deterministas e socialistas radicais da intelligentsia.
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fabiele :) 12/03/2023

Primeira experiência
Este foi o primeiro livro o qual li deste autor, é uma história interessante contada em primeira pessoa, mas não é do estilo de livro que realmente gosto, assim se tornou uma leitura mais arrastada. Mas valeu a experiência.
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