Recordações da Casa dos Mortos

Recordações da Casa dos Mortos Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Recordações da Casa dos Mortos


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Marcos 05/10/2009

Uma experiência e tanto
O livro retrata as experiências de Dostoiévski nos tempos de prisão, narradas através de um romance fictício.

Por ser narrada de uma forma diferente, quase que como um diário, muita coisa interessante é descrita e é difícil fazer uma resenha. Mas o ponto forte, mais uma vez, são as análises psicológicas das pessoas e suas conclusões pessoais.

Alguns aspectos interessantes merecem comentários. A questão dos presídios é bastante atual, apesar de ser um romance do século XIX. O trabalho era obrigatório e a forma como era implementado fazia toda a diferença sobre a reabilitação do preso. Se usado como uma obrigação inútil, como por exemplo simplesmente carregar uma pedra de um lado pro outro, funciona como humilhação, punição desarrazoada, ninguém sai ganhando. Mas se o deslocamento desta mesma pedra for usado para um fim, se tivesse uma utilidade, como construir uma casa, o preso saía cansado, porém realizado. Infelizmente, o trabalho era usado mais com o intuito de punir o detento.

Falando em punição, o autor comenta sobre um ponto interessante. Uma mesma punição pode ter efeito em dobro, pois desconsidera quem é a pessoa punida. Enquanto a camada mais pobre da população se acostumava rapidamente com a nova vida (embora vivesse em sonhos loucos de liberdade), para os nobres a promiscuidade, a miscigenação compulsória de culturas, era uma punição extra. Por mais que os nobres tentassem se aproximar, a plebe não os reconhecia como seus iguais, chegando a reclamar se tentassem ajudar. Mostra como o preconceito é uma via de mão dupla.

Embora tenha sido comentado que o trabalho tem potencial de ressocialização, alguns indivíduos pareciam simplesmente sentir prazer no delito cometido e nele não viam nada de errado. Esta é uma questão ignorada no sistema atual, que trata estas pessoas da mesma forma que outras, que demonstram interesse em se regenerar.

A punição principal em forma de açoite mostrava um efeito considerável nos detentos. Era tudo o que mais temiam, a ponto de cometer novos delitos, só para ver a pena adiada, ainda que isso parecesse irracional, já que a pena seria ainda maior. Porém, o efeito que isso provocava nos carrascos era bastante negativo para a sociedade como um todo, chegando ao ponto em que se beneficiavam dos castigos aplicados.

Outras situações curiosas e até hilárias, como o teatro que montaram, o banho coletivo anual, as fanfarronices dos detentos, a tentativa de fuga e várias outras coisas mostram que uma resenha é pouco para qualificá-lo.
Bruna 01/10/2010minha estante
Ótima resenha, fiquei bastante interessada!


Marcos 07/10/2010minha estante
Que bom que gostou. Mas se for seu primeiro livro do autor, é melhor começar com um romance, como Crime e Castigo, ou Irmãos Karamázov.


Pablo Italo. 13/04/2011minha estante
vou procurar este livro gora mesmo. sua resenha foi perfeita


ju 01/03/2012minha estante
Estou lendo esse livro, ele realmente é muito bom, vale a pena.Já tinha lido crime e castigo e gostei muito, por isso comprei este também.



Marcos 01/03/2012minha estante
Se gostou desses, não deixe de ler "Os Irmãos Karamázov". Considero a melhor obra de Dostoiévski.


Wanderson 10/01/2015minha estante
Boa resenha, estou lendo essa obra e achando muito interessante. já li outras obras do autor e gostei muito.


sonia.pineda.944 20/11/2017minha estante
Marcos, fiquei interessada em ler Dostoiévski. Vou começar por 'Irmãos Karamázov' e depois 'crime e castigo', 2 clássicos do autor, e depois continuarei. Quero te perguntar sobre esta frase que li em outro livro de outro autor falando do Dostoieévski: " Uma experiencia de encantamento pode salvar uma criança". Você sabe me dizer em que obra está?
grata pela atenção
Sonia 20/11/2017




Li 01/01/2014

Sob cegos e surdos aplicadores da lei
Como ler "dinamicamente" um livro desses, preocupar-me em ler 250 palavras por minuto de um texto que só superficialmente mostra ser um registro realista da vida dos condenados a trabalhos forçados na Sibéria, homens de cabeças raspadas, cobertos por trapos, cuja sopa tem, dentre outros ingredientes, baratas, dias e dias sem banho e de 100 a 1500 varadas ou chibatadas pairando sobre as costas...

Não pretendo aqui resumir o livro, embora saiba que mesmo de posse do enredo, cada leitor acaba construindo suas próprias impressões do lido... Escrevo para exorcizar meu impasse em meio as minhas recentes descobertas sobre a leitura dinâmica. Interessei-me por este assunto porque ler para mim é como respirar, não poderia ficar sem. Ser assim me deixa ansiosa: há tanta coisa boa para ler e o tempo, para quem tem de trabalhar na Educação é tão escasso. ( Digo 'tem' porque as pedagogias, a falta de indignação entre meus pares, o desrespeito pelos docentes e discentes, o número crescente dos professores que caem adoentados física ou emocionalmente, dentre outros, têm me deixado cada dia menos apaixonada pela profissão).
A leitura então, é para mim um oásis, um tempo só meu, longe da modorra, é ação, é sempre outra possibilidade... Ter nas mãos e diante dos olhos obras de arte ( não é todo livro uma, mas quando se tem a sorte de encontrar...)
A verdade, digo, a minha verdade, é que diante de textos que funcionam como um soco no estômago não dá para correr, a gente se ajoelha com as mãos no ventre e se ergue lentamente, à medida que o impacto e a dor se esvaem.
Como somos capazes de tanta crueldade... Por que foram parar lá... e esses médicos, passivos não questionam as ordens, de que adianta curar os sulcos das costas desse homem para que ele seja novamente feridos... Como puderam matar o pobre cachorro que tudo o que sabia era amar, para tirar sua pele... Então são esses os respeitados, os que caem de pé... Como podem viver tantos anos num ambiente tão asqueroso... tanta coisa correndo no meu pensamento e no meu coração... o inciso do artigo quinto que diz que no Brasil não haverá prisão perpétua nem trabalhos forçados vão ganhando outra grandeza. Tanta coisa correndo no meu pensamento e no meu coração, que me é impossível, correr com a leitura, contar quantas páginas faltantes para o final, chega-me a ser um desrespeito por quem soube criar algo tão impactante. Da mesa pro sofá, do sofá pra cama, daí pro chão... umas paradas aqui e ali para tomar fôlego, ou o sono que vem reclamar o seu tempo eu indo fazer um chá porque quero saber hoje e não amanhã como ficaram os que se atreveram a fugir da prisão recompor as emoções e os pensamentos. Chego á conclusão que haverá textos que lerei de uma tacada, só didáticos, informativos, são tarefa e não fruição. porém, haverá aqueles por quem me dobrarei reverentemente e sorverei demoradamente suas palavras porque são mestres, e se o são, é preciso que eu faça alongar nosso tempo juntos

São trezentas e dezesseis páginas de puro mergulho numa realidade atroz que bem se sabe, não é ficção. Homens, mulheres e animais vítimas da violência de que somos capazes. Só a águia que não. Quer saber por quê... reserve um tempo para ler essa obra, não dá pra sair dela incólume, é amor e ódio certos, é admiração e perplexidade pura diante de tal capacidade escritora. É boa literatura, profunda, ardida, vida.
Lari 17/12/2014minha estante
Nossa...seu comentário é profundo. Arrasou!


Lisboa 04/04/2019minha estante
Foi a primeira obra que li do Dostoieski e considero uma ótima obra introdutória justamente por isso, ''ler é como respirar'' e nesse livro simplesmente não conseguimos parar, o texto extenso e com palavras pouco usuais é equiparado com um texto extremamente cativante, e com os relatos, cruéis, desumanos, mas narrados com uma retórica poética incomparável. Primeiro de muitos livros do autor que ainda lerei, mas sem dúvidas, a obra que mais me impactou até agora.


Priscila 30/10/2019minha estante
Que resenha maravilhosa!


Thaís Aguiar 23/08/2022minha estante
Resenha impecável. Parabéns!


Maymay10 30/10/2023minha estante
resenha incríveeeel ??????




Cris 18/11/2023

18.11.2023
O que dizer? Arrebatador! Gostei muito dessa obra que relata a vida de um prisioneiro que foi exilado na Sibéria a trabalhos forçados. Vivenciamos junto com o personagem a visão que ele tem do lugar, das pessoas, suas reflexões sobre a sociedade, o ser humano.
CPF1964 18/11/2023minha estante
??????


Vanessa.Castilhos 19/11/2023minha estante
????




Luigi.Schinzari 26/11/2020

Sobre Escritos da Casa Morta de Dostoiévski:
Uma obra-prima não surge por acaso. Antes de amadurecer suas técnicas, um gênio em sua área deve maturar suas capacidades e intelecto com a prática constante de sua arte: antes de fazer Um Corpo que Cai, Hitchcock tinha diversas pérolas como Janela Indiscreta e Festim Diabólico espalhadas por seu brilhante currículo; antes de Sgt. Pepper, os Beatles gravaram Rubber Soul e definitivamente refinaram seu estilo, preparando terreno para sua obra-prima; Da Vinci pintou uma dúzia de quadros antes de chegar à Mona Lisa; e o resto é história. Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski (1821-1881), antes de tecer suas maiores contribuições para a literatura com obras como Crime e Castigo(1866), Os Demônios(1871) e, na minha opinião, o ápice de sua escrita, Os Irmãos Karamázov(1880), deixou todo seu plano futuro exposto em cada uma das páginas de seu romance semiautobiográfico Escritos da Casa Morta (no original em russo: ??????? ?? ???????? ????, Zapiski iz Myortvovo doma), publicado entre 1860 e 1862 na Rússia; não foi à toa: quem for ler a obra perceberá cada traço da genialidade de suas futuras obras e, em retrospecto, do retrato de sua carreira como um todo.

A história retrata as experiências do autor durante sua prisão na Sibéria, camuflada por um personagem que não é o autor, Alexandr Pietróvitch, que, diferentemente de Dostoiévski, que foi preso por conspirar contra o governo tzarista junto a um círculo revolucionário, foi levado ao cárcere por matar sua mulher. Logo no começo, o autor conta que descobriu os cadernos de Alexandr e que este já se encontra morto àquela altura. Nas anotações, são contadas as mais diversas experiências vividas em seu período encarcerado, dos momentos prazerosos encontrados em meio àquele ambiente funesto e morto até as situações de abuso das autoridades responsáveis pelo presídio e da mentalidade deturpada de alguns presos, sejam seus companheiros ou seus desafetos.

São muitos os temas abordados em cada passagem de Escritos da Casa Morta: seguindo praticamente o formato de contos, Dostoiévski pincela emoções das mais sutis às mais extremadas no panorama que quer retratar em sua obra, reunindo momentos, diálogos e trejeitos que compilou ao longo dos dez anos em que esteve preso -- juntando seu cárcere e a pena comutada em serviço militar obrigatório -- em seu Caderno Siberiano, espécie de diário em que compilava, in loco e no calor do momento, o que acreditava ser interessante para exprimir em palavras as sensações e experiências que tinha na Fortaleza de Omsk, local em que ficou aprisionado entre 1850 e 1854. Por conta disso, tudo nas páginas de Escritos é muito real e soa verossímil mesmo quando, em outros casos, pareceriam uma trama de cárcere folhetinesca.

Momentos de brutalidade extrema, contados pelos próprios criminosos que os cometeram, experiências bestiais do homem para com o homem são o laboratório do autor para desenvolver os temas que quer abordar na obra. A mente do criminoso expande suas raízes sobre temas como a razão real do crime, se há ou não um motivo devido para se cometer um crime -- temas que seriam aprofundados em Crime e Castigo --, a postura do homem em relação a fé quando está diante de injustiças de Deus para com o homem, se há ou não liberdade -- cerne de Irmãos Karamázov --, qual a pena devida para tal crime, indagações sobre ser justo ou não dar a mesma punição para crimes diferentes e tantos outros tópicos, traçados com maestria por um escritor que tinha muito bem delimitada em sua mente aquilo que queria dizer, tanto diretamente como de forma implícita instigada pelas sensações que a leitura causa no leitor sem, muitas vezes, este mesmo perceber que está sendo manipulado pelo autor -- talvez essa característica, aliás, seja o que diferencia um autor medíocre de um que ficará marcado na história, e definitivamente Dostoiévski é um daqueles que mais habita e continuará habitando a mente dos leitores de todos os tempos.

Um exemplo dessa subjetividade que o autor expressa de forma imperceptível, inicialmente, ao leitor é a passagem do tempo, que começa arrastando o primeiro dia de cárcere de Alexandr por dezenas de páginas, enquanto com o passar da vivência na prisão os lapsos vão se estendendo e o autor é obrigado a pontuar passagens mais marcantes e necessárias para retratar aquilo que quer contar -- semelhante ao recurso usado por Thomas Mann, admirador da obra de Dostoiévski, em sua A Montanha Mágica; fica a seu critério, leitor, decidir se ouve ou não uma inspiração dessa obra --, mostrando quão ordinária a vida se torna mesmo diante daquela quebra abrupta na linearidade da rotina, sendo o homem um animal tão adaptável a suas condições, mesmo aquelas mais desumanas; aliás, desumanas são, mas o autor pouco trata sobre ser justa ou não: com raras exceções, os homens que ali estão presos são criminosos brutais, mas a visão de Dostoiévski vai além dessa delimitação básica sobre a bondade ou maldade do homem ao espalhar por cada prisioneiro personalidades distintas e complexas que vão além de seus crimes; não liga para o criminoso, pois isto é apenas uma faceta de seu caráter, em resumo.

É com uma obra como Escritos da Casa Morta que Dostoiévski eleva-se em relação aos seus semelhantes. Tudo o que tornaria o autor célebre -- seu pioneirismo psicológico, dando prosseguimento ao trabalho nesse campo de autores como Stendhal e ampliando-o de forma nunca antes feita; a forma realista de retratar suas personagens e acontecimentos, as questões sobre fé, liberdade e o homem como um todo --, tudo está aqui, mesmo que de forma sutil, dando uma piscadela para seu fiel leitor que já conhece o restante de sua obra e acenando para aquele que está acompanhando-a cronologicamente, dando uma prévia da hecatombe que estaria para explodir em seus futuros livros. E mesmo com tudo isso, Dostoiévski não esgota toda sua munição em uma única obra como um autor menos experiente faria, deixando a arma carregada para futuros tiros que, como sabemos, seriam certeiros.
Luigi.Schinzari 17/12/2020minha estante
Muito obrigado? vai curtir muito, tenho certeza disso




isa.fsgomes 12/08/2020

Recordações da Casa dos Mortos, Fiódor Dostoiévski (1861)
INCRÍVEL(mente) chato
Nessa obra meio ficção/meio auto-biográfica, Dostoiévski conta, usando a voz de Alexandr Petróvich, suas próprias impressões e experiências de sua vida carcerária na Sibéria.

O livro traz muitas reflexões porém, não vai entrar na minha lista de favoritos. A leitura foi super estressante, arrastada e difícil de terminar. Foi uma grande tortura chegar ao final. E acho que esse talvez fosse o objetivo do autor. A imersão na vida monótona e nauseante da prisão acontece com força e peso durante toda a narrativa.

Diferente das demais obras de Dostoiévski, aqui não existe um aprofundamento dos personagens. E com tantos nomes confusos e abreviações, chega um momento que já nem sabemos de quem ele está falando. Ainda assim, estão presentes as profundas reflexões sobre humanidade, solidão, consciência, tirania, a aplicação e funcionamento do sistema penal, questões existenciais... Tudo bem característico do nosso amado amigo Dostô.

Resumindo, um livro excelente, real, cheio de conteúdo e incrivelmente chato.

Boa leitura!
Marcelo Rissi 13/08/2020minha estante
Ótima resenha!! ???? Estou na metade já e estou formando as mesmas impressões!




Lu 14/04/2024

Boa supresa.
Achei que seria uma coisa insuportável ler esse livro, mas que nada! É de leitura fácil, mesmo com algumas palavras que eu não conhecia (viva o Google!).
Claro que o tema não é superficial, é bem profundo. Todos lá cometeram algum crime. E o autor consegue fazer uma leitura quase poética da Casa dos Mortos.
Muito delicado, muito profundo e surpreendente.
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Patrícia 08/07/2009

Cansativo!
É duro dizer mas foi o único livro que não gostei de Dostoiévski e ainda não consegui terminar.
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Léo Araújo 26/10/2009

A liberdade vivida um dia por vez
Não há nada mais assustador do que olhar para si e ver a verdade que escondemos ao viver em sociedade. Estar sozinho é assustador deveras.

Dostoiévski consegue desmistificar o conceito de liberdade nessa história verídica em uma prisão na Sibéria. Talvez o pior sentimento que exista é a falta de liberdade, em todos os sentidos. Nada de máscaras, nada de poses. Apenas o instinto de sobrevivência.

Nessa narrativa é possível se sentir inserido no ambiente relatado por Dostoiévski, onde o sentimento de insegurança, falta de liberdade, tensão e angústia vem à tona e permanece até a última página do livro.

É um livro que demonstra claramente qual o verdadeiro sentido de liberdade: física, emocional e mental.
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Glauber 12/01/2010

É Dostoiévski!
Não é a sua obra mais representativa, mas marca o início de sua melhor fase. Talvez não recomendada a quem nunca teve um contato com o autor, mas certamente aqueles que já passaram pelas grandes obras "Crime e Castigo", "Os irmãos Karamazovi" e "O Idiota" irão reconhecer: é Dostoiévski!
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Paulo 12/04/2010

Um bom livro. Porém, como relato de encarceramento e trabalhos forçados, curiosamente acabou passando uma impressão de leveza para quem havia acabado de ler "Em busca de sentido", de Viktor Frankl.

Interrompi na p. 156, em novembro de 2007. Sem necessidade de prosseguir por enquanto.
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Nica 01/05/2011

Dostoievski é considerado o maior autor russo de sua época e um dos mestres da Literatura Universal de todos os tempos. Porém, antes de ler algum de seus romances ou contos convém conhecer um pouco sua biografia, pois sua vasta e magnífica obra espelha sua vida conflituosa, perturbada em torno de problemas pessoais, sociais e psicológicos.
O restante da resenha está no blog

http://lereomelhorlazer.blogspot.com/2011/04/recordacoes-da-casa-dos-mortos.html#more

Espero você lá, espero que goste e comente.
Obrigada, beijos
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André Goeldner 15/03/2011

DENSO, INQUIETANTE, HUMANO
Muito bom. Vale a pena.
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Alex0994 25/05/2012

Meu primeiro contanto com Dostoiévski foi através dessa obra. É uma leitura mais cansativa, de fato, porém é um bom livro, com uma história no mínimo curiosa e, Embora se trate de um livro escrito no séc XIX, o assunto se encaixa muito com vários aspectos do mundo atual.

Tal obra aborda temas curiosos e interessantes, como noção de justiça, preconceitos, arrependimento, a relatividade de um crime e da maneira com que uma punição atua sobre uma pessoa, a esperança no que diz respeito a liberdade de um detento, abusos por parte de autoridades, vícios, promiscuidade, etc.

O autor, em suma, tenta colocar em pauta a questão da humanidade nos detentos em geral. Um detento, independente do crime por ele perpetrado, não é um autômato, mas sim um indivíduo que sente, que pensa, que age e sobretudo tem sede de liberdade. A punição, embora deva ser aplicada, deixa de ser justa e passa a ser cruel a partir do momento que fere a qualidade de um detento como pessoa, consequentemente corrompendo ainda mais tal alma, ao invés de "reformá-la".
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Potterish 19/06/2012

Quem tem medo de clássico?
Resenhado por Thiago Terenzi

Pois este autor escreveu “Recordações da casa dos mortos”, um romance baseado em suas experiências enquanto viveu na sombria e gélida prisão de trabalhos forçados da Sibéria. Um enredo como este conseguiria facilmente atrair a curiosidade de qualquer leitor ávido por uma boa estória, certo? Mas este autor é Dostoiéviski e o livro é um dos maiores clássicos da história da literatura mundial. Alguém aqui tem medo de clássico?

Há quem sue frio quando ouve falar em Dostoiéviski, Machado de Assis, Cervantes, Tomas Mann, Kafka, Álvares de Azevedo, entre outros. Quando o professor exige a leitura de algum destes, um medo terrível adentra o corpo do aluno: é o Medo do Clássico.

Mas acalme-se! Nada está perdido – o clássico pode sim se tornar uma leitura interessantíssima. Há beleza – e muita! – nas palavras mofadas de um livro cânone. E digo com conhecimento de causa: já fui um desses que preferia jogar bola ou videogame ou entrar no MSN ou ir no cinema ou dormir ou assistir tevê… tudo, menos ler um Temível Clássico. Fui fisgado para esta que chamam de Literatura Erudita ao ler o livro que agora recomendo: “Recordações da casa dos mortos”, de Fiódor Dostoiéviski.

São sempre as mesmas as queixas quanto aos clássicos: a linguagem é dificílima; o livro não prende a atenção do leitor; são páginas e páginas de descrições chatíssimas, onde está a ação?…


PARA LER A RESENHA COMPLETA ACESSE: WWW.POTTERISH.COM/RESENHAS
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